O Verdadeiro Poder – Parte III

Não é simples resumir tudo o que se encontra nas páginas do ISGP: é muito material. Doutro lado, como já afirmado, o site é o fruto de muitos anos de trabalho. Todavia é possível tentar uma síntese (que, como tal, pode esquecer alguns aspectos “secundários”).

A ideia de base do ISGP é que a História tal como é contada nos livros escolares seja apenas a superfície de algo bem mais complexo. Não é difícil concordar com esta teoria: sabemos que a História é escrita pelos vencedores, os quais tenderão sempre a exaltar alguns aspectos enquanto ocultam outros.

Além disso, manipular a História pode servir também para adaptar o presente e preparar o futuro.
Na Europa, por exemplo, é agitado o espectro de Hitler cada vez que a União Europeia for questionada: uma Europa não unida pode deixar espaços para “loucos” com tendências hegemónicas, o que significaria o regresso da guerra entre Países irmãos. Poucos gostam de explicar que quem tinha financiado Hitler e o movimento dele eram as mesmas forças “democráticas” hoje ocupadas a invadir outros Países por interesses meramente particulares (Afeganistão, Iraque, etc.). Só um observador atento (mas nem muito) pode entender que o mesmo processo pode ser encontrado também hoje, num País europeu como a Ucrânia, onde um grupo de oligarcas fascistas recebe o apoio de Washington.

O “sistema” criado com paciência durante os últimos 200 anos está à beira de entrar na reforma: ainda antes da queda do Muro de Berlim, uma série de acontecimentos mostraram que o tempo das grandes ideologias tinha chegado ao fim, substituído por uma série de think tank nos quais eram (e ainda são, em parte) formadas as directrizes ao longo das quais a sociedade teria seguido o seu caminho.

Dalguns destes think tank pode ser encontrado o rasto também neste blog, doutros nem por isso porque há casos nos quais a fronteira entre uma “oficina de ideias” e um “grupo de interesse privado” é muito subtil, quase impercetível; na maior parte das vezes, think tank e grupos de interesse particulares são perfeitamente sobreponíveis. Isso pode tornar muito complicado distinguir o “quem é quem” e quais as respectivas finalidades.

O trabalho do ISGP individua quatro instituições de base presentes na actual sociedade, nomeadamente:

  • a instituição Liberal
  • a instituição Conservadora
  • a rede Vaticana e Paneuropeia
  • a instituição sionista

Esta é apenas uma primeira divisão e não pode ser vista como “estanque”: um sionista bem pode ser liberal, um conservador pode apoiar a rede do Vaticano, etc. Mas tanto para ter uma ideia para onde começar, esta subdivisão presta. Vamos observa-la com mais atenção.

A instituição Liberal

Está centrado em volta do poder bancário internacional, do comércio e da diplomacia. Também está inteiramente comprometida com o processo de globalização em todos os sentidos possíveis e tem ao seu dispor centenas de ONGs (organizações em fins lucrativos). Entre os membros “liberalistas”, três merecem destaque: Carnegie, Rockefeller e Ford. Mais adiante teremos oportunidade de conhece-los melhor.

Geograficamente podem ser individuados tanto na Costa Leste como na Oeste dos Estados Unidos, na área não-católica da Europa, e tem elementos semelhantes na Ásia. O núcleo principal nos EUA é constituído pelos seguintes indivíduos e grupos:

  • David Rockefeller e o seu círculo, como Maurice Greenberg, Peter Peterson, John Whitehead, Warren Buffet, e Paul Volcker.
  • O grupo de Henry Kissinger, que sempre esteve conectado à CIA e a qualquer projecto neoconservador.
  • Grupo de George Shultz / Bechtel / Bohemian Grove (na Costa Oeste).
  • A família Rothschilds na Inglaterra e na França

Outras figuras importantes são Lord Roll, Lord Carrington, Etienne Davignon ou Pehr Gyllenhammar. A maioria dos homens mencionados aqui já pertenceram à anglo-americana Pilgrims Society ou ao Grupo 1001.

Stop, é altura de parar.
Temos aqui uma série de nomes, de indivíduos, de grupos: mas quem são estes? Qual o papel deles na nossa sociedade? Quantos são conhecidos? Por exemplo: quantos entre os Leitores ouviram falar do 1001 Club? Afinal, uma mera lista de nomes diz e não diz. Aliás: diz pouco.

Portanto, antes de continuar, é preciso conhecer melhor estas pessoas, enquadra-la no contexto do Verdadeiro Poder, sempre lembrando de que estamos a falar apenas e unicamente das instituições Liberais (pelo que, o sagaz Leitor já intuiu que esta série não vai ser concluída tão depressa…).

Quem é quem

David Rockefeller

David Rockefeller é um banqueiro, herdeiro do império construído pelo avô John Davison
Rockefeller Sr. (1839 – 1937) com a fundação da petrolífera Standard Oil (em 1878). A marca deixada pela Standard Oil na nossa sociedade é imensa e vai muito além do petróleo. E, de facto, ainda hoje existe, com outros nomes: Chevron, Exxon Mobile e Bp são apenas os mais conhecidos, mas o império é enorme e é difícil encontrar uma área onde a família Rockefeller não esteja presente.

O que interessa aqui é medir o real poder de David Rockefeller no âmbito da nossa sociedade. E temos que recorrer outra vez ao mesmo adjectivo: enorme. Rockefeller conheceu todos os principais actores mundiais desde o final da Segunda Guerra Mundial até hoje e não há Presidente dos EUA que possa ter ignorado os seus “aconselhamentos”. É, de facto, uma figura incontornável para entender os acontecimentos dos últimos 60 anos.

Maurice Greenberg

Membro do círculo de Rockefeller é Maurice Raymond “Hank” Greenberg, homem de negócio e dono do American International Group (AIG), hoje falida (crise de 2008) mas que chegou a ser a 18º maior empresa publica do mundo e a maior multinacional no campo dos seguros (88 milhões de clientes em 130 Países). Faz parte do Council on Foreing Relations e da Comissão Trilateral de Rockefeller. Já foi conselheiro económico da cidade de Pequim (China) e conselheiro económico do International Business Leader’s Advisory Council de Shangai (China). Ainda é membro do concelho da Escola Económica de Tsinghua (China), da International Advisory Council of the China Development Research Foundation (China) e do Banco de Desenvolvimento da China (China que, lembramos, é parte dos BRICS, tanto para dizer…).

Entre os outros pormenores, foi director da Federal Reserve (mais sobre a FED: parte 1, 2, 3 e 4) de New York e é amigo pessoal de Henry Kissinger.

Peter Peterson

Homem de negócio Cedo, Peter George “Pete” Peterson entrou no grupo de Rockefeller e conquistou posições políticas com a Administração Nixon (foi Secretário para o Comércio). Mais tarde entrou na Lehman Brothers como presidente e administrador. Em 1985 fundou o Grupo Blackstone (do qual foi presidente até 2008) e foi conselheiro em numerosas sociedades (algumas delas: 3M, Black & Decker, The Continental Group, Federated Department Stores, General Foods, Radio Corporation of America e Sony. Em 2000 foi eleito presidente da Federal Reserve de New York.

John Whitehead

John Cunningham Whitehead, que morreu no começo deste ano, foi político e banqueiro.
Vice-Secretário de Estado com Ronald Reagan (1985-1989), foi também presidente do Conselho de Administração da Federal Reserve de New York e director da Bolsa de New York. A sua ligação com a família Rockefeller era muito sólida e abrangia interesses económicos (investimentos, Asia Society) e “filantrópicos” (Rockefeller University, Lincoln Center).
Era membro do Grupo Bilderberg.

Warren Buffett

Outros daqueles indivíduos que é difícil “condensar”” em poucas linhas.

Warren Edward Buffett é um empreendedor e economista que ja´foi o homem mais rico do planeta: em 2015, com uma fortuna de 72.7 biliões de Dólares, é apenas o terceiro mais rico, após Bill Gates e o mexicano Carlos Slim Helú. Os seus investimentos (e participações) abrangem de tudo um pouco: Coca Cola, Gillette, McDonald’s, Kirby Company e Walt Disney, só para fazer alguns nomes. Mas alista é ampla e ocupa uma inteira página de Wikipedia.

Com  sua empresa Berkshire Hathaway é o maior companhia de resseguros (resseguro: operação na qual um segurador transfere a outro, total ou parcialmente, um risco assumido através da emissão de uma apólice ou um conjunto delas) do planeta, logo após a suíça Swiss Re e a alemã Munich Re. Muito importante a posição de Buffet no sector da multimedialidade, sobretudo diários (Washington Post, Newsweek) e televisão (ABC, Eurosport, ESPN, etc.).

Paul Volcker

Paul Adolph Volcker é um economista.
Já foi Presidente da Federal Reserve durante as Administrações de Jimmy Carter e Ronald Reagan (1979-1987). Foi presidente da Comissão Trilateral e, entre 2009 e 2011) presidente do comité de consultoria Economic Recovery Advisory Board (hoje President’s Council on Jobs and Competitiveness), uma instituição não governamental que desde 2009 “aconselha” o Presidente Obama (do qual Volker é apoiante).

Já foi presidente da Comissão Trilateral, do Grupo dos Trinta (mais aqui acerca do Grupo: parte 1 e 2) e faz parte do Bilderberg. Volker tem uma profunda ligação com os Rockefellers: faz parte do comité consultivo do Rockefeller Group, tal como acontece com numerosos membros da família.

Henry Kissinger

Outra figura incontornável das últimas décadas que dispensa apresentações, Kissinger é uma das
eminências pardas das várias Administrações dos Estados Unidos. Inútil listar aqui vida e obras: Departamento de Estado, o National Security Council da Casa Branca, Council on Foreign Relations (mais acerca do Council neste artigo), RAND Corporation foram todas apenas etapas do longo caminho dele.

Interessante realçar que foi a família Rockefeller a “lança-lo” para o mundo da política, em 1955: foi aí que começou também a sua colaboração com Eisenhower e os sucessivos Presidentes (Kennedy, Johnson, Nixon, etc.).

George Shultz / Bechtel / Bohemian Grove

Esta é o Grupo da Costa Oeste (Califórnia), formado por:

  • George Shultz, economista e empresário: Secretário do Trabalho dos Estados Unidos, de 1969 a
    1970; diretor do Escritório de Administração e Orçamento,
    entre 1970 e 1972;  Secretário do Tesouro de 1972 a 1974; Secretário de Estado entre 1982 e 1989. Foi também presidente da Bechtel Corporation, chegando à presidência da empresa. Economicamente influenciado por Milton Friedman e George Stigler, mais tarde foi conselheiro de George W. Bush com Dick Cheney, Paul Wolfowitz e Condoleezza Rice (grupo definido como “os Vulcões”), sendo considerado o pai da “Doutrina Bush”, a da guerra preventiva. Shultz é presidente do International Advisory Council da JPMorgan Chase e do think tank Institute for International Economics (também conhecido como Peterson Institute for International Economics em horna do já citado Peter Peterson).
  • A Bechtel Corporation (ou Bechtel Group) é a maior empresa de construção e engenharia civil do EUA. Dono do grupo é Riley Peart Bechtel, conselheiro do International Council of J.P. Morgan Chase, membro da Comissão Trilateral de Rockefeller e ex conselheiro do Presidente George W. Bush. É membro do Bohemian Club, que organiza o anual Bohemian Grove.
  • Bohemiam Grove é uma reunião anual da qual já falámos neste artigo.

Família Rothschild

Também esta dispensa apresentações, aparecendo como bicho-papão em qualquer teoria conspiratória que se preze. E também acerca da família Rothschild já falamos nestes artigos: parte 1 e 2.

Últimas notas acerca da Pilgrims Society e do 1001 Club.

A Pilgrims Society foi fundada em 1902 pelo diplomata americano Joseph Choate para promover a amizade e a paz entre os EUA e o Reino Unido. É conhecida para organizar almoços em ocasião da chegada em Londres do novo Embaixador dos EUA. Parece coisa inocente mas a lista dos membros inclui pessoas quais Henry Kissinger, Margaret Thatcher (que já não almoça por evidentes motivos), Lord Carrington, Paul Volcker, Sandra Day O’Connor (juíza do Supremo Tribunal dos EUA, membro da Rockefeller Foundation), John D. Rockefeller e David Rockefeller; mais uns quantos membros da família real (incluída a Rainha) e do governo dos Estados Unidos. Um verdadeiro “almoço Rockefeller”, acerca do qual nada é sabido.

O 1001 Club foi fundado em 1970 pelo Príncipe Bernardo de Holanda com a ajuda de Anton Rupert,
sócio sul-africano da família Rothschild.

Oficialmente, o 1001 Club tem como objectivo recolher fundo em favor do World Wide Fund for Nature (o WWF, entre cujos fundadores havia tal Godfrey Anderson Rockefeller, Sr). Mas o Club é esquisito: por exemplo, recusa divulgar os nomes dos membros (e a mesma coisa faz o WWF). Nomes que circulam são aqueles do Barão von Thyssen, Gianni Agnelli, Henry Ford e Alfred Heiniken: todos mortos. Os actuais membros parecem operar em sector quais o bancário, militar ou diplomático (ao mais alto nível).

Uma vez conhecidos melhor os indivíduos, vamos ver um pouco mais acerca desta instituição Liberal.

Como

A instituição Liberal controla de forma directa os seguintes meios de comunicação através de uma rede de amizades: New York Times, Washington Post, Newsweek, Time Magazine, CBS, ABC, NBC e CNN. Estas empresas são de propriedade de membros da Pilgrims Society ou alguns dos seus amigos mais próximos. Na Inglaterra, The Times, Financial Times e Reuters estão entre os que estão ligadas aos Pilgrims. O controle é exercido também sobre o Departamento de Estado dos EUA através do Council on Foreing Relations e da rede da Pilgrims Society.

Historicamente, a atitude tem sido pró-árabe (isso é: em favor das monarquias do Golfo), devido a
interesses petrolíferos, pró-invasão do Afeganistão mas contrária a uma invasão directa do Iraque em 2003. Suporta também uma política externa moderada de Israel em relação aos Palestinianos e os outros vizinhos árabes.

Trata-se duma instituição completamente anglófila (como demonstra a Pilgrims Society), mesmo que alguns dos membros tenham origem hebraicas ou trabalhem com sionistas radicais (é o caso de George Shultz); e é um dos maiores apoiantes da teoria do aquecimento global, na vertente mais catastrófica.

Entre as várias iniciativas, podemos citar o Disclosure Project, que tem como objectivo procurar provas e testemunhos acerca de fenómenos UFO.

Do ponto de vista político, como é óbvio, as preferências do instituição Liberal vão para o Partido Republicano, mas isso não significa que haja preconceito em relação ao Democrata. Na verdade, a instituição Liberal utiliza os membros duma ou doutra facção com extrema desenvoltura: Eisenhower, Nixon, Ford, Carter, Clinton, o primeiro Bush (o segundo é um idiota) e Obama são todos Presidentes que colaboraram activamente com os Liberais.

No estrangeiro, as relações são óptimas com o Partido Conservador britânico (os Tories) e a Pilgrims Society é prova disso. Não acaso, o ex-premier Tony Blair, uma vez deixada a guia do Reino Unido, foi trabalhar como consultor na JPMorgan Chase que, como vimos, é uma espécie de banco oficial da galáxia Rockefeller e Liberal no geral. Activa também no Canadá (País que pertence ao Commonwealth), a instituição Liberal mantém relacionamentos com o Partido Democrata Liberal do Japão, no seio do qual operam elementos da Yakuza. As ligações com o Japão não são novas e remontam à fundação da Comissão Trilateral (na qual encontramos o nome Mitsubishi).

Como lembrado logo no início, esta divisão Liberal” não deve ser vista como estanque, sem ligações com as outras vertentes. Nomes como Rockefeller, Kissinger, JPMorgan Chase e outros voltarão à tona ao longo dos próximos capítulos.

São estes os nomes do Verdadeiro Poder?
Calma, pessoal, calma: o percurso é comprido e não simples. Eu sei: seria mais fácil atirar já para o ar o nome do Grande Velho que nos bastidores domina o planeta. Mas não é assim: não há nenhum Grande Velho, que existe apenas nas teorias mais infantis. O mundo é um lugar bem mais complexo e o Verdadeiro Poder não é uma excepção. Considerem que a informação aqui resumida já é um destilado duma síntese…

No próximo artigo espaço para a instituição Conservadora.

 

Ipse dixit.

Relacionados:
O Verdadeiro Poder – Parte I
O Verdadeiro Poder – Parte II
O Verdadeiro Poder – Parte III
O Verdadeiro Poder – Parte IV
O Verdadeiro Poder – Parte V
O Verdadeiro Poder – Parte VI
O Verdadeiro Poder – Parte VII

Fontes: ISGP

12 Replies to “O Verdadeiro Poder – Parte III”

  1. "O sistema criado nos últimos 200 anos", como assim? O sistema atual teve seus primórdios no séc. XVI, quando reinos cristãos deliberaram monopólios em favor judeus travestidos de cristãos novos, com a expansão das guildas (hoje a chamamos de associações, federações ou confederações) pela Europa, igualmente regidas por mercadores associados a financistas judeus oriundos do leste europeu. A pesquisa já demonstra um equívoco de premissa. Separar em quatro divisões dá uma conotação de que exista um confronto autofágico. Falso. As ramificações servem, justamente, para confundir e impossibilitar seu núcleo. Liberais e conservadores são como esquerda e direita, bipolarizando o foco político aparente e desviando a atenção de quem está acima. Quanto ao Vaticano, esse já foi dominado desde o séc. XVII, por jesuítas e protestantes (fomentados pelo kahal), quando confiscaram suas terras na Inglaterra e França. A ideologia eurocentrista ocidental sempre esteve em voga, até o advento do euro… Quanto a última instituição, permito-me afirmar apenas que está deveras mal conceituada… trata-se de um princípio de supremacia que os move existencialmente, muito além de uma instituição…

    1. ahi minha nossa senhora dos blogues….

      Chaplin, está a confundir o Mercantilismo com o Capitalismo. Não é simples determinar uma data exacta, é verdade: até durante um período de tempo os dois sistemas coexistiram, mas é só a partir de 1700 que são afinadas as bases teóricas do nosso sistema. A Revolução Industrial teria sido impossível no séc. XVI, com ou sem judeus. E é aí que encontramos a origem do actual modelo. É possível procurar origens mais antigas e sem dúvida podem ser encontradas: foi o primeiro homem que cultivou o trigo e disse "isso é meu". Mas o nosso sistema (Capitalismo que cria e explora a classe trabalhadora vs. Comunismo que quer os meios de produção nas mãos do proletariado) só aparece a partir da Revolução Industrial e, logo a seguir, com os primeiros panfletos marxistas.

      Separar em quatro divisões ajuda a esquematizar e compreender se, como é deixado claro, não se fala de divisões estanques mas de algo mais fluído, em que membros duma divisão podem bem estar presentes nas outras. Não há autofagía mas sinergia. As ramificações existem em todos os lados: venha Chaplin participar na minha reunião de condóminos…

      A ideologia eurocentrista recebeu um golpe possivelmente fatal como Euro: este provavelmente foi a única nota positiva da moeda única. Hoje na Europa olha-se para fora, procurando alternativas ao que está "dentro".

      Não comento acerca do Vaticano simplesmente porque ainda não li com atenção o que diz o ISGP a este respeito.

      Quanto ao Sionismo: todas as divisões acima referidas são movidas por um princípio de supremacia, o Sionismo não é excepção. A diferenças pode residir no aspecto religioso dos Judeus, nas motivações, mas a finalidade é sempre a mesma: não é uma "luta pela sobrevivência" a dos Judeus, é mesmo uma guerra que quer atingir a supremacia. É o mesmo que se passa com as elites Liberais e Conservadoras: dominação é a palavra de ordem comum a todos os grupos.

      Última nota: o termo "instituição" foi por mim escolhido para o equivalente inglês "establishment", que não tem uma tradução literal em Português. O establishment indica algo mais complexo do que uma instituição.

      Wikipedia:

      "Establishment, em sentido mais abstrato, refere-se à ordem ideológica, econômica e política que constitui uma sociedade ou um Estado.

      Em sentido depreciativo, designa uma elite social, econômica e política que exerce forte controle sobre o conjunto da sociedade, funcionando como base dos poderes estabelecidos. O termo se estende às instituições controladas pelas classes dominantes, que decidem ou cujos interesses influem fortemente sobre decisões políticas, econômicas, culturais, etc., e que portanto controlam, no seu próprio interesse e segundo suas próprias concepções, as principais organizações públicas e privadas de um país, em detrimento da maioria dos eleitores, consumidores, pequenos acionistas, etc."

      Portanto, não sei como traduzi-lo em Português, mas sugestões são muito bem vindas!

      Abraçooooooo!!!!!!!!!!!!!!!

    2. Significado de Estabelecimento
      s.m. Ação ou efeito de estabelecer; ato de se estabelecer.
      Ação de criar, fundar ou abrir (alguma coisa): o estabelecimento de uma empresa.
      Ação de instituir (regulamentar); instituição: o estabelecimento da ditadura.
      Local utilizado para o comercio ou para a industria; loja.
      Uso Antigo. Texto utilizado para regulamentar; estatuto ou lei.
      (Etm. estabelece/r/ – e + i + mento)

  2. Caro Max, reuniões de condomínio seriam muito perigosas para pessoas como eu…hehe
    Observo algumas dificuldades em alinhar nossos raciocínios, mesmo que nossos pensamentos estejam muito próximos. Uma delas é a questão da linha contínua da história, onde se consegue identificar alguns acontecimentos de extrema relevância, sem precisar voltar a origens tão remotas como o descobrimento do trigo, mas que, na maioria das vezes, não mostram seus fios condutores. Mercantilismo e capitalismo são processos, ou melhor, etapas, de uma mesma lógica, conduzidos pelos mesmos segmentos.
    Suas conseqüências, igualmente, foram nefastas, em maior ou menor escala. Não acho inteligente desprezar um em favor do outro. Quanto a Revolução Industrial, não se pode ter certeza de como, onde e quando aconteceria, caso não tivesse havido as pilhagens, os monopólios, a escravidão e demais mazelas civilizatórias patrocinadas desde o retorno dos judeus e seu Kahal à Inglaterra depois de 300 anos. Establishment em português, equivale a "estabelecimento da ordem". Não reconheço a supremacia como algo tão obstinadamente buscado entre os povos, e sim, entre segmentos dominantes, que se escondem nas bandeiras dessas nações. Abraço.

    1. Segundo o Chaplin, todo este mundo e a condição em que nele vivemos fazem parte de um "guião" que existe desde os primórdios da vida na terra. Somos controlados desde sempre pelos mesmos.

      Qual é o objectivo?
      Quem são estes que nos controlam?

      Cumprimentos amigo Chaplin

  3. Caro Max, reuniões de condomínio seriam muito perigosas para pessoas como eu…hehe
    Observo algumas dificuldades em alinhar nossos raciocínios, mesmo que nossos pensamentos estejam muito próximos. Uma delas é a questão da linha contínua da história, onde se consegue identificar alguns acontecimentos de extrema relevância, sem precisar voltar a origens tão remotas como o descobrimento do trigo, mas que, na maioria das vezes, não mostram seus fios condutores. Mercantilismo e capitalismo são processos, ou melhor, etapas, de uma mesma lógica, conduzidos pelos mesmos segmentos.
    Suas conseqüências, igualmente, foram nefastas, em maior ou menor escala. Não acho inteligente desprezar um em favor do outro. Quanto a Revolução Industrial, não se pode ter certeza de como, onde e quando aconteceria, caso não tivesse havido as pilhagens, os monopólios, a escravidão e demais mazelas civilizatórias patrocinadas desde o retorno dos judeus e seu Kahal à Inglaterra depois de 300 anos. Establishment em português, equivale a "estabelecimento da ordem". Não reconheço a supremacia como algo tão obstinadamente buscado entre os povos, e sim, entre segmentos dominantes, que se escondem nas bandeiras dessas nações. Abraço.

  4. Ou ordem "actualmente*" estabelecida?
    *varia ao longo do tempo.
    Vulgo em inglês: The establishment is something we must obey, its the weapon of the powers that be, and the powers are hidden by its puppets the perfect scrapegoats.
    Nuno $)

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