Há alguns dias nestas páginas foi noticiada a nova cruzada de Papa Francisco: uma aliança com as principais figuras financeiras mundiais, lideradas pela família de banqueiros hebraicos Rothschild. O nome é Conselho Para o Capitalismo Inclusivo Com o Vaticano e é uma operação particularmente cínica. Mas pode também ser um interessante ponto de partida para algumas reflexões acerca do caminho que a nossa sociedade está a seguir.
Mas antes, vamos espreitar melhor as figuras centrais deste Conselho: além do Papa, eis Lady Lynn Forester de Rothschild, esposa do chefe do Banco NM Rothschilds de Londres, Sir Evelyn de Rothschild, um mega-bilionário reformado de 90 anos.
As perigosas amizades de Lady Lynn
Lady Lynn tem origens mais “comuns”: nasceu numa família americana da classe trabalhadora em New Jersey, onde o seu pai, como ela diz, trabalhava em dois empregos para que ela e os seus irmãos pudessem obter diplomas de Direito e de Medicina. Assim ela conta. E deve ter tido mentores influentes, pois Lynn primeiro trabalhou em Wall Street e depois na indústria das telecomunicações, incluindo a Motorola, onde conseguiu juntar algumas dezenas de milhões de Dólares. Depois envolveu-se romanticamente com Sir Evelyn e com os 20 mil milhões de Dólares dele. Diz-se que Henry Kissinger teve um papel em encorajar a união.
Lady Lynn é também interessante para além do seu famoso marido: na lista de passageiros que tinham voado no jacto privado e agente do Mossad, o suicidado Jeffrey Epstein, um dos nomes que aparece é “de Rothschild, Lynn Forester”. Curiosamente, a mesma Lynn Forester que, em 1991 e antes de casar com Sir Evelyn, tinha generosamente concedido a uma amiga britânica o pleno uso duma das suas propriedades de Manhattan, isto após a morte do pai da amiga, o magnata dos media e agente do Mossad Robert Maxwell (série Pedofilia e Poder). A amiga britânica de Lynn, Ghislaine Maxwell, aguarda agora julgamento pelo crime de cumplicidade na exploração de prostituição infantil como parceira de Jeffrey Epstein. A Maxwell tinha até recentemente usado o endereço de Lady Lynn em Manhattan como sede registada de uma bizarra organização sem fins lucrativos chamada Terramar que ela e Epstein fundaram em 2012, alegadamente com o objectivo de salvar os nossos oceanos. Quando Epstein tinha sido preso, a Maxwell tinha rapidamente dissolvido a organização sem fins lucrativos. Um dos patrocinadores da Terramar era a Fundação Clinton.
Nada de surpresa: Lady Lynn tem outra amiga de longa data chamada Hillary Clinton, cujo marido, Bill, também aparecia na lista de passageiros do jacto privado Lolita Express de Epstein, cerca de duas dúzias de vezes. Lynn e o seu marido, Sir Evelyn, eram de facto tão próximos dos Clintons que em 2000 passaram parte da lua-de-mel como convidados do Sr. e da Sra. Clinton na Casa Branca. Mais tarde, em 2008, Lady Lynn tinha-se tornado uma grande angariadora de fundos para o Partido Democrático, algo repetido em 2016 para a candidatura de Hillary à presidência. E Lynn era também conselheira de Hillary no programa económico.
Os Guardiões da Moralidade
Mas não há só Lady Lynn no Conselho: também há um grupo seleccionado de bilionários e organizações financeiras, pomposamente intitulados de “Guardiões”, pois a tarefa deles é vigiar a moral da reforma do Capitalismo.
A lista destes Guardiões inclui Rajiv Shah, CEO da Fundação Rockefeller e antigo parceiro do AGRA da Fundação Gates (o programa que introduziu as sementes geneticamente modificadas na África). A Fundação Rockefeller é uma componente fundamental na Agenda The Great Reset do World Economic Forum de Davos, e encontra-se envolvida no sector da alimentação com o recente relatório Reset the Table: Meeting the Moment to Transform the US Food System (“Reiniciar a Mesa: Explorando o Momento para Transformar o Sistema Alimentar dos EUA”).
Entre os Guardiões encontramos também Darren Walker, CEO da Fundação Ford, outra fundação empenhada na “revolução” alimentar.
O chefe da DuPont, gigante químico e OGM, é outro Guardião, bem como as companhias de vacinas e medicamentos Merck e Johnson & Johnson. A Merck é aquela empresa que ficou calada sobre os efeitos secundários do seu medicamento, o anti-inflamatório Vioxx, até atingir os 55.000 óbitos provocados por ataques cardíacos; depois, evidentemente satisfeita, a Merck decidiu finalmente retirar o fármaco (2007). Do outro lado temos a Johnson & Johnson que nos últimos anos tem ficado implicada em coisas aborrecidas como os efeitos adversos do seu medicamento antipsicótico Risperdal, a presença de amianto cancerígeno no seu pó para bebés e milhares de processos judiciais pelo papel como principal fornecedor da Purdue Pharma, produtora do analgésico mortal OxyContin.
Outros Guardiões incluem os CEOs de Visa, Mastercard, Bank of America, Allianz Insurance e BP.
Também digno de nota é o Mark Carney, antigo chefe do Banco de Inglaterra e defensor de uma moeda digital central para substituir o Dólar. Carney é agora o Enviado Especial das Nações Unidas para a Intervenção Climática e Finanças. Carney é também membro do Conselho de Administração do Fórum Económico Mundial de Davos, o promotor público do Great Reset do Capitalismo global “sustentável”. De facto, no Conselho do WEF encontramos muitos dos Guardiões dos Rothschild, incluindo o bilionário Marc Benioff, fundador da empresa de computação cloud Salesforce, e o chefe da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) Argel Gurria, mais o antigo CEO do Credit Suisse, Tidjane Thiam, que faz parte do Conselho Empresarial Internacional do Fórum Económico Mundial.
Outros Guardiões desta transformação do Capitalismo inclusivo são o chefe do Bank of America (lavagem de dinheiro por conta dos cartéis de droga mexicanos e do crime organizado russo) e Marcie Frost, a controversa CEO da CalPERS, o enorme fundo estatal de pensões da Califórnia que gere mais de 360 mil milhões de Dólares.
O chefe da State Street Corporation, uma das maiores empresas mundiais de gestão de activos com 3.1 triliões de Dólares sob custódia, é outro Guardião. Em Janeiro de 2020, a State Street tinha anunciado a intenção de votar contra os directores das empresas presentes nos principais índices bolsistas se estas não cumprirem os objectivos de mudança ambiental, social e de governação. É este o Green Investing (“Investimento Verde”), uma componente do Socially Responsible Investing (“Investimento Socialmente Responsável”), parte da estratégia do WEF para condicionar os mercados.
No total, os Guardiões gerem mais de 10.5 triliões de Dólares e controlam empresas que empregam 200 milhões de trabalhadores. Nada mal. Agora um breve olhar sobre o seu novo parceiro do Vaticano.
A moralidade de Papa Francisco
Ironicamente, ou talvez não, Papa Francisco, o parceiro escolhido para dar credibilidade ao grupo de mega-capitalistas liderados pela Rothschild, está envolvido no enorme escândalo financeiro que investiu nos últimos tempos o Vaticano. E isto apesar do Papa Francisco ter declarado em 2013 que uma das suas principais tarefas era aquela de pôr em ordem a escandalosa gestão das finanças da Igreja.
O escândalo gira em torno do agora desonrado Cardeal Angelo Becciu que, até 2018, tinha sido de facto o confidente do Papa e Chefe de Gabinete Papal. Becciu tinha ocupado o cargo de Substituto para os Assuntos Gerais na Secretaria de Estado, um lugar-chave na Cúria Romana, até Junho de 2018, quando o Papa o elevou ao trono cardeal e o colocou à frente da Congregação para as Causas dos Santos. Becciu, que claramente santo não é, durante anos teve a oportunidade de investir centenas de milhões e até milhares de milhões de fundos da Igreja, incluindo doações para os pobres em São Pedro, em projectos escolhidos em conjunto com um antigo banqueiro do Credit Suisse. Os projectos incluíam uma participação de 150 milhões de Euros num complexo imobiliário de luxo em Londres; 1.1 milhões de Dólares no Rocketman sobre a vida de Elton John; 110 milhões de Euros entregues à empresa Time and Life para a aquisição da Banca Popolare di Milano. Tudo isto surgiu no seguimento da investigação sobre o escândalo da pedofilia no Vaticano, investigação que já tinha obrigado Papa Francisco a demitir o Cardeal Theodore McCarrick de Washington, o primeiro Cardeal da Igreja a ser vítima de alegações de abuso sexual.
O Papa sabia dos investimentos duvidosos de Becciu? Sim, sabia e antes do escândalo McCarrick rebentar, até tinha apreciado os serviços do seu Chefe de Gabinete. Relembramos que no mês de Junho de 2017 tinha sido afastado do cargo o Auditor Geral do Vaticano, Libero Milone, um profissional com um currículo impecável: Milone tinha-se apercebido que os seus esforços para esclarecer as contas da administração do Vaticano estavam a ser sabotados. De repente, Becciu convocou Milone para comunicar-lhe que já não gozava da confiança do Papa. E mais: Milone foi também preso pelas forças de segurança papais com a acusação de ser responsável pelo desvio de fundos, mas o tribunal do Vaticano nunca abriu um processo contra ele, também como nunca houve uma investigação.
Becciu gozou da plena confiança de Papa Francisco, pelo menos até Novembro de 2020, quando a polícia italiana fez irrupção na residência do antigo contabilista de Becciu, encontrando 600.000 Euros em dinheiro e provas de que o funcionário tinha desviado 15 milhões de Dólares ao longo dos anos através de facturas falsas. Agora a versão oficial é que Becciu enganou o Papa. Sem dúvida.
O futuro da elite
Além dos nomes, da ideia do Capitalismo “inclusivo e sustentável”, das aventuras do Papa, há algo que podemos considerar.
Há muito tempo, Informação Incorrecta tinha apresentado um esquema que descrevia duma forma bastante simples a composição da elite (série O Verdadeiro Poder): o ramo Liberal, o ramo Conservador, o ramo Vaticano Paneuropeo e ramo Sionista. Seria errado ver estes como segmentos estanques, empenhados numa perene luta de poder um contra os outros. Pelo contrário: o mais correcto é imaginar grupos de pessoas e de empresas em segmentos “fluidos”: se cada um destes grupo tem uma sua identidade, alguns “princípios”, cerca de contactos e também a sua “reserva de caça”, também é verdade que estas quatros forças estão numa competição “limitada” entre elas pois trabalham sempre com a clara finalidade de preservar o poder do grupo superior ao qual pertencem, o grupo da elite. Os quatros ramos são na realidade quatro faces do mesmo sujeito. Pode haver fricções, e há, acerca do “como” gerir o poder; o que não há é dúvidas sobre o facto desta classe “superior” gerir o poder.
Um rápido exemplo de “fricção”: durante as Administrações do Presidente Reagan (ramo Conservador), o Secretário de Estado era George Shultz (protegido de Rockefeller), o Subsecretário de Estado era John Whitehead, um grande amigo de David Rockefeller, e no Departamento da Defesa havia Caspar Weniberger: três membros da Pilgrims Society, uma criação do ramo Liberal. Foram estes que utilizaram a sua rede de comunicação social para permitir que o caso Irão-Contra (no qual figuras chave da Administração e da CIA facilitavam o tráfico de armas para o Irão, sujeito a um embargo internacional de armas, para assegurar a libertação de reféns e para financiar os Contras nicaraguenses) fosse exposto nas páginas dos órgãos de comunicação. E note-se que todas as pessoas aqui citadas oficialmente pertenciam ao mesmo partido político, o Republicano.
Portanto, repetimos, quatro ramos cada um com uma sua própria visão acerca de “como” gerir o poder, capazes de determinar alianças e choques temporários mas sempre unidos na defesa dos interesses comuns.
Todavia, The Great Reset parece constituir um ponto de viragem. Ao observar os componentes do World Economic Forum e da nova emanação Rothschild-Vaticano, parece claro que os quatros ramos ultrapassaram ou momentaneamente afastaram da mesa as divergências extemporâneas em prol dum projecto comum, de grande alcance. Provavelmente o maior projecto do grupo elitário.
Um projecto que tem o seu centro em Davos, com o The Great Reset, e que cada vez mais parece com uma “chamada às armas” para todas as forças no tabuleiro. O grupo Vaticano Paneuropeu alia-se ao grupo Sionista dos Rothschild o qual introduz no Conselho o grupo Liberal da East Coast (o Partido Democrata, os Rockefeller e, sobretudo, os meios de comunicação que estes nomes controlam: praticamente 90% da informação norteamericana). Sem esquecer o infiltrado sionista Kissinger, o grupo dos Clintons e aquele de Obama (Joe Biden agora, Kalama Harris a seguir).
De fora parece ficar o enfraquecido Ramo Conservador enquanto o Ramo Sionista joga em duas mesas ao mesmo tempo: como parte do acordo com o Vaticano (Rothschild) e como parte ainda significativa no ramo Conservador, um ramo que provavelmente tem que descontar algo após os quatro anos de Trumpismo. Mas a elite, neste fase de viragem, precisa dos activos militares, a começar pelos do Pentágono, passando pela CIA e acabando nas Forças Armadas dos EUA (os bastiões dos Conservadores). Provavelmente será só uma questão de tempo até o grupo Conservador voltar no eixo com a eleição dum “ponta de lança” que se enquadre no esquema geral: Sarah Palin? Difícil, é verdade que não é preciso demonstrar inteligência para o cargo, mas a simpática Sarah nos últimos anos tem seguido demasiado de perto os passos de Trump, pelo que parece fora da lista dos candidatos. Mais provável um Ted Cruz, já advogado da Pfizer, um Marco Rubio de origem cubana ou outro útil idiota qualquer que possa abraçar os mandamentos de Davos.
Nesta altura o quadro estará completo: os quatros ramos do Poder juntos e em sintonia para cantar em coro as maravilhas do The Great Reset com um Capitalismo sustentável, inclusivo e ambientalista. No médio e longo prazo é provável que estes ramos deixarão de existir, ficando divididos em duas facções no máximo. Aliás, nos factos o ramo Vaticano Paneuropeu, o Liberal e o Sionista já hoje podem confluir numa única força. Afinal das contas, quatro ramos tiveram sentido até hoje: óptimos para controlar um planeta onde ainda não havia o pensamento único, mas num planeta globalizado, quatro organizações são demais: se é verdade que o Capitalismo será reformado, é também verdade que a elite será obrigada a tornar-se algo mais orgânico e tendencialmente mais unitário para poder gerir as transformações de nível global.
Ipse dixit.
Instigante reflexão, Max. Maravilha.
A minha primeira sensação foi a de ir afundando na cadeira, sob a pressão de terrível impotência.
Depois, ficam aqueles questionamentos (idiotas ou nem tanto) que só as melhores reflexões conseguem fazer emergir.
Como desequilibrar as forças do poder?
As forças de baixo, os deploráveis na definição da hilária, acumulam raiva, uma raiva contida por todas as forças opressoras, mas uma raiva que num momento dado pode explodir e fazer surgir de cada deplorável um ingovernável pronto a acabar com tudo isto.
Suponho ser esta uma preocupação das elites que fazem este movimento de junção descrito pelo Max, para reforçarem-se umas as outras no grande reinício trombeteado a partir de Davos. Tanto pode ser real essa preocupação que não tardam a oferecer as migalhas com que compram a servidão dos deploráveis, a famosa renda mínima universal já testada por força da “pandemia” e a ser disseminada por todo corpo social.
Contribuir para manter separado dos demais ramos de poder aquele dos conservadores já mais ou menos isolados pode ser a melhor coisa a fazer neste panorama de junção das forças de cima.
Na prática, a luta desigual que Trump e o que ele representa, realizam contra as demais forças me parece um exemplo do que pode vir a ser o próximo desenho dos poderes constituídos.
Se Trump lograr ganhar a guerra suja das eleições presidenciais, o que gostaria, mas duvido muito, ponto para um segmento de poder. Perdendo, menos oportunidade para desequilibrar os podres poderes.
O verdadeiro poder vigente estruturou à séculos um modelo externamente a si mesmo, em espiral, onde os elos ocorrem estritamente com o nível imediatamente superior e inferior. Todos componentes dessa estrutura espiral funcionam sem a plena percepção da própria estrutura como um todo. Uma espécie de linha de montagem de Frederick W. Taylor, mentor de Henry Ford. Ou seja, conjuntos de especialistas alienados. O verdadeiro poder não está simplesmente no topo deste modelo, mas é irreconhecível mesmo para os elos mais altos do espiral. Assim funcionavam as Ordens Fechadas medievais, como funciona a maçonaria operativa (moderna), e todas organizações institucionais de âmbito global.
O poder de mando primário invariavelmente é anônimo (ocultado), como forma de anular qualquer possibilidade de ser alcançado. Trata-se de uma lógica transformada numa ideologia praticada por ínfimos grupos detentores das mais variadas formas de atividades hoje globalizadas. Portanto, neste nível não há espaço para rivalidades, mas instigadas à partir dos elos mais altos submetidos.
Em retrospectiva, vale a pena ver o vídeo que abaixo indico, no qual também se fala do papel que o Dr. Wolfgang Wodarg teve na exposição da fraude da pretensa pandemia do H1N1 (gripe suína). O sucesso que ele teve na altura, foi uma pequena vitória que permitiu parar aquele “comboio” antes de ele ganhar andamento.
Poderia, deveria ter servido de alerta, pois algo semelhante tinha ocorrido no passado (H1N1-1976), quando a imprensa era de facto o “quarto poder” e a situação foi denunciada pela CNN (década de referência – caso Watergate entre outros, vejam o filme “The Post”). Inclusive, alguns anos antes tinha ocorrida a fraude relacionada com a Gripe Viária (2005-H5N1).
Mas dado que à sociedade humana nada aprende e a memória tudo esquece, os que tudo planejam e seus “mordomos” que o implementam, tiverem o tempo e os meios para retirar as devidas lições dessas anteriores “experiências”, aprimoraram a máquina, prepararam a logística e dispuseram pelo mundo os elementos fundamentais ao sucesso que agora conseguiram.
A lições foram muito bem estudadas pelo “Império das Sombras” e o oposto foi, é a atitude da ovelhas (cretinos).
Quem desconhece as histórias da nossa História e nada aprende (leva a vida na boinha sem pensar)… blá, blá.
Aqui fica para enquadramento… *ttps://www.bitchute.com/video/Hmxo720ccw4V/