Ucrânia: o false flag de Bucha

Atenção: as imagens deste artigo podem ferir a sensibilidade do Leitor. Problema dele.


Ontem vi as imagens do “massacre” de Bucha. E, como demasiadas vezes acontece, as imagens contam uma história diferente da narrativa oficial.

Wikipedia:

O livor mortis […] representa a mudança de coloração que surge na pele dos cadáveres, decorrente do depósito do sangue estagnado pela ação da gravidade, nas partes mais baixas do corpo, e que indicam sua posição original. Apesar de sofrer a influência de múltiplos fatores, o processo se inicia quase imediatamente à cessação da circulação sanguínea. Pode tornar-se perceptível, em condições ideais, entre 20 a 45 minutos post-mortem. Em média, aparecem entre 1 a 3 hs, fixando-se (fixação das hipóstases) definitivamente em torno de 8 a 12 horas post-mortem, ocupando o plano inferior da posição do corpo. […]

O cadáver adquire uma tonalidade descolorada em algumas áreas (áreas de pressão com as superfícies), e perifericamente arroxeada onde se deu a acumulação do sangue. Com o passar do tempo a mesma vai se tornando mais ampla e evidente.

Fotogramas do vídeo do Washington Post:

Não há descoloração da pele e o sangue é “fresco”. Tudo isso é um problema porque, como sabemos, na semana passada a Rússia levou a cabo uma redistribuição táctica das forças que originalmente cercaram Kiev: as unidades foram deslocadas para outra zona e, provavelmente, serão utilizadas  para eliminar o que sobrou do exército ucraniano.

Aqui está o problema, pois Bucha, segundo as próprias autoridades locais, tinha sido declarada “completamente libertada” na Quinta-feira dia 31 de Março. Neste vídeo é possível ver Anatoliy Fedoru, o Presidente da Câmara de Bucha, anunciar que os Russos tinham abandonado a cidade. Fedoru não parece muito perturbado perante as dezenas de corpos que deveriam já ocupar as ruas da sua cidade: talvez porque na altura em que o vídeo tinha sido gravado não havia corpos.

De facto, se a cidade tinha sido libertada em 31 de Março, não se entende por qual razão é que os corpos ainda estavam nas ruas três dias depois. Ou porque é que não tinham sido recolhidos pelos familiares enlutados. Ou porque não sofreram o livor mortis, apresentando até sangue ainda vermelho “vivo”.

Mas há outro pormenor que perturba: muitos daqueles cadáveres têm a braçadeira branca usada pelos ucranianos para assinalar às tropas russas que não estão a apoiar o exército de Kiev.

Então temos duas hipóteses: ou os cadáveres não estão realmente “mortos” e fazem parte duma encenação; ou as tropas ucranianas entraram na cidade e eliminaram os “não patriotas”. O Leitor é que escolhe.

Não há espanto por aqui. Quando ocorreu o falso bombardeamento da “maternidade” de Mariupol, os apoiantes de Kiev culparam a Rússia. Mas a mesma rapariga grávida no centro da história deu uma entrevista na qual refutou completamente as mentiras e afirmou que não só os soldados ucranianos transformaram o hospital num quartel, como também que roubavam a preciosa comida às mulheres grávidas e depois bombardearam o hospital.

Quando a Ucrânia alegou que a Rússia tinha destruído um centro comercial, surgiu um detalhado vídeo mostrando como as forças ucranianas tinham colocado a sua artilharia móvel no parque de estacionamento do referido centro comercial.

Quando os ucranianos afirmaram que a Rússia tinha tentado explodir a central nuclear de Zaporizhzhia, as imagens de segurança mostraram que recém-chegadas tropas russas tinham sido atacadas com lança-granadas por parte das tropas ucranianas barricadas num dos edifícios administrativos da central.

Quando, há um mês, um famoso jornalista americano tinha sido morto em Irpin, nos arredores de Kiev, e todos os apoiantes ucranianos tinham apontado o dedo à Rússia, o incidente foi rapidamente esquecido quando o próprio companheiro do jornalista declarou numa entrevista que tinham sido alvo de fogo por parte das tropas ucranianas, a quilómetros de distância das forças russas mais próximas.

No início da guerra, muitos no Ocidente tinham sido enganados pela história de um extraordinário aviador ucraniano que alegadamente abateu sete aviões de combate russos. Falava-se do “fantasma de Kiev”, era o videojogo Digital Combat Simulator World.

Uma reportagem em vídeo do blogueiro Gonzalo Lira prova sem margem para dúvidas que a Ucrânia está a encenar vídeos de propaganda.

A propaganda faz parte da guerra e é utilizada em todas as frentes, tanto no Ocidente e quanto no Oriente: pensar o contrário é ingénuo e irrealista. Todavia é preciso realçar um par de aspectos.

O primeiro é que, para justificar um cada vez maior empenho na guerra contra a Rússia, o Ocidente é obrigado a apostar em false-flags de péssima qualidade, como aquele de Bucha. Isso preocupa porque demonstra o desespero de quem, como a NATO, “queria mas não pode”. No papel de “espectador forçado”, está disposta a tudo para aumentar a parada e justificar assim um maior envolvimento. É a atitude de quem procurar o fim das hostilidades? Não parece.

O segundo aspecto que é preciso salientar é aquele da frente da propaganda: todos os órgãos de comunicação estão juntos nisso, sem levantar a mínima questão, mesmo perante incongruências flagrantes que estão debaixo dos olhos de todos. Não há vozes de discordância, a parede é compacta, mesmo que isso signifique a tomada de decisões prejudiciais para os cidadãos não directamente envolvidos no conflicto. O “Holocausto do novo milénio” (definição do presidente do Parlamento ucraniano) de Bucha é agora explorado para introduzir novas sanções que só irão provocar danos ao resto da Europa.

Para acabar: o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que o batalhão neonazi Azov está “totalmente integrado” no exército ucraniano. Ian Miles Cheong perguntou a Zelensky sobre os nazis no Batalhão Azov, culpados de disparar sobre prisioneiros de guerra russos. A resposta de Zelensky? “Eles são o que são”.

 

Ipse dixit.

3 Replies to “Ucrânia: o false flag de Bucha”

  1. Sugiro como complemento à exposição da(s) “false-flag(s)” citadas, a leitura do seguinte artigo (suiço):
    hXXps://strategika.fr/2022/04/02/la-zelenskimania-et-limage-ravagee-de-la-suisse/
    Finalmente, vemos as manipulações das “bestas” sobressaírem também no seu “quintal”.

    E, relativamente a…
    NATO, “queria mas não pode”. No papel de “espectador forçado”, está disposta a tudo para aumentar a parada e justificar assim um maior envolvimento. É a atitude de quem procurar o fim das hostilidades? Não parece.

    Pois não, não parece. Aliás, parece quererem exatamente o contrário não é? Se calhar é mesmo.
    A geo-economia começa a mostrar ser um peso (pesado) além das capacidades de certas ambições.
    É ver, ler sobre a “novela” das reservas de ouro dos países da UE, depositadas no BoE.
    Repatriação difícil essa mmm… sem rublos e agora também sem ouro?
    Como ficam as transações dos tais bens essenciais russos que alimentam (literalmente) os países da UE?

    A acompanhar, as “brincadeiras” dos “amiguinhos” preferidos da dupla CFR+RIIAD… na Polónia.

    A metodologia de pressão máxima, para a ocorrência da demolição (não tão controlada como dizem alguns) das soberanias e do suporte económico-social dos “não centralizados”, ocorre com vigor reforçado.
    Estamos no último ano da monetarização FIAT… olá CBDC’s… em 2023.
    Está feito, o estabelecimento dos vários “casus-belli” para o despoletar dos confrontos sociais…
    Doença, Morte, Fome e Guerra.
    A próxima fase é a sua ampliação até à ruptura.

    Mas, até lá, vamos assistindo a umas “novelas” e a uns “futebóis” para nos irmos entretendo.
    E não se esqueçam das férias, tá na hora de fazer umas reservas pró sol do verão. Vamos a banhos?

  2. Olá Max e todos:
    Essa de dizer que uma imagem vale mil palavras só vale para alguns que usam a atitude de observar. A maioria “lê” a imagem já convencido do dito, lido, escutado a priori.
    Quem olha a imagem para aprender dela, mesmo que não saiba o que acontece com o sangue depois de morto porque só lida com cadáveres nos jogos e filmes mal feitos, pode verificar que no “massacre”, os atiradores tiveram o cuidado de atirar exclusivamente nos vitimados, pois nenhum buraquinho em paredes, nenhum vidro quebrado. Outra sutileza facilmente observável é que dos mortos não escorreu nenhum pinguinho de sangue no chão. Curioso. Os cenaristas precisavam chamar uma “troupe” de Hollywood para montar o cenário com mais precisão; de preferência num filme de Hittcook, mestre do suspense que não admitia erros.
    Outra coisa muito prejudicial é aquela de informar que as imagens podem ferir as sensibilidades. Isso corrobora para desviar da realidade as imagens da guerra. Os insensatos, não os ditos sensíveis, acabam criando uma imagem mental fantasiosa e até romantizada da guerra,
    Sou favorável a mostrar a guerra tal como ela é, carnificina pura, traição, emboscada, maldade genuína, violência desnecessária. E onde os peões do jogo viram suco de gente e os mandantes permanecem ao longe, enviando ordens. Para os vitimados mais vale a guerra da morte instantânea do que a batalha militar convencional, essa feita de canhões, fuzis e mísseis balísticos, porque nessa última os petardos cortam, e arrancam pedaços de corpos, os mecanismos da batalha passam por cima amassando corpos vivos. E dificilmente tem alguém para recolher corpos vivos em pedaços pois os que conseguem caminhar ou arrastar-se estão na luta para manter a própria vida.
    Não tento descrever o inferno de Dante, falta-me competência narrativa para tanto. Descrevo imagens reais que enquanto escrevo, e talvez sejam lidas, isso acontece exatamente em 16 lugares desse mundinho exemplar.
    Ou alguém acha que a desova de armamento está acontecendo apenas na Ucrânia?
    Os brasileiros mais brutos por vocação e ignorantes por circunstâncias de vida apresentaram-se para lutar a favor dos ucranianos. Um deles retornou apavorado porque uma bomba tinha caído “na cabeça dele” segundo suas palavras. Por certo que não foi na cabeça dele, mas deve ter visto ao vivo e a cores o efeito de uma bomba pra valer. O dito brasileirinho fez tanto selfie por lá, que os ucranianos tocaram ele de volta para o idiota não denunciar suas posições.
    Mas falando do artigo em si, muito oportuno, os EUA e seus vassalos pelo mundo estão fazendo tanta força para provocar uma terceira guerra mundial, que será a prova definitiva da sua incompetência se não conseguirem. Por oposição, será também a prova definitiva da competência da Rússia, China e aliados, caso consigam frear a insanidade e desespero do império em decadência. Trocaremos um reinício unipolar por um multipolar. Veremos o que acontece.

  3. O problema… está no facto dos boys e girls da cidadania de Roma da NATO:
    —> NÃO ESTAREM INTERESSADOS NA SEGURANÇA DE AMBAS AS PARTES!
    Pois é: não têm interesse na segurança dos povos que… não estão interessados em vender as suas riquezas a multinacionais.
    .
    .
    Os patriotas ucrânianos: que façam um acordo de paz com a Russia, e repudiem o hipócrita Ocidental!
    .
    Os patriotas ucrânianos que não sejam comidos por parvos pelo hipócrita Ocidental (e seus lacaios: Zelensky, etc):
    – O OCIDENTE QUE PROVOCA PUTIN, E MANDA ARMAS PARA A UCRÂNIA, É MUITO MUITO PIOR QUE PUTIN.
    [multinacionais ambicionam fazer compras no caos da Ucrânia]
    .
    .
    Europeu-do-sistema:
    – habituado ao saque de riquezas a povos autóctones (América do Norte, Sul, etc), o europeu-do-sistema ESTEVE MAFIOSAMENTE EM SILÊNCIO (aguçar o dente às riquezas da Ucrânia e da Russia) perante ameaças de ‘gurus’ da NATO:
    -> secretário geral da NATO: «a Russia vai ter cada vez mais NATO nas suas fronteiras».
    -> outros ‘gurus’: «a globalização vai entrar pela Russia a dentro» (multinacionais a fazer compras…).
    .
    Pois é:
    – a NATO pretende cercar a Russia (um território imenso no planeta, com apenas 140 milhões de habitantes) com países da NATO.
    [todos unidos num saque a um território imenso]
    .
    .
    Mais:
    – nas mais variadas regiões do planeta, sempre que não está instalado um «governo amigo»… o hipócrita Ocidental fomenta guerras/revoluções para que… a exploração de riquezas caia nas mãos de multinacionais Ocidentais.
    .
    Sim:
    – o hipócrita Ocidental bloqueia a investigação à forma como chegam armas a ‘grupos rebeldes’, que não possuem fábricas de armamento… e cujas guerras/revoluções são usadas para destituir «governos não-amigos» (não interessados em vender)
    Mais:
    -> O hipócrita Ocidental está preocupado é em acusar/ silenciar (com a acusação de serem racistas/xenófobos) os Identitários que dizem o óbvio:
    – «os países que fazem chegar armas a ‘grupos rebeldes’ é que têm de pagar a ajuda aos refugiados».
    .
    .
    ..
    .
    .
    Os boys e girls do cidadanismo de Roma europeu DEVEM DUAS MENSAGENS DE PAZ:
    – não só ao povo da Russia, como também ao povo da Ucrânia, como também a todos os povos que não estão interessados em vender as suas riquezas a multinacionais!
    .
    .
    Mensagem de paz 1:
    -> A TAXA TOBIN
    .
    “Urge a implementação da Taxa Tobin”!
    .
    A implementação da Taxa Tobin vai permitir o desenvolvimento dos mais variados povos
    … nomeadamente…
    vai permitir que os mais variados povos possam desenvolver as suas mais variadas empresas, consequência:
    – vão ser empresas autóctones a explorar as suas riquezas naturais… e não… multinacionais Ocidentais.
    .
    .
    Mensagem de paz 2:
    -> O MAIS ELEMENTAR DOS TRATADOS DE PAZ
    .
    Isto é:
    —> um tratado de paz que recuse o MAIS VELHO DISCURSO DE ÓDIO DA HISTÓRIA -> o ódio tiques-dos-impérios: o ódio a povos autóctones Identitários.
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    [cidadão de Roma da NATO = cidadão de Roma de há 2000 anos atrás]
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    O ‘problema’ do europeu-do-sistema não é Identidade, é cidadanismo de Roma:
    – ele não gosta de trabalhar para a sustentabilidade (projecta a existência de outros como fornecedores de mão-de-obra servil, de demografia)…
    – ele vai vendendo tudo aquilo que herdou (do nacionalismo) a multinacionais… e… está em conluio com as mais diversas negociatas…
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    RUSSIA LÍDER DO MUNDO LIVRE.
    A Russia poderá ser a líder do MUNDO LIVRE:
    – povos que não estão interessados em vender as suas riquezas a multinacionais!
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    SEPARATISMO IDENTITÁRIO; sim, óbvio!!!
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    Os Identitários reivindicam LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO do europeu-do-sistema; por motivos óbvios:
    -> NA ORIGEM DA NACIONALIDADE ESTEVE O IDEAL DE LIBERDADE IDENTITÁRIO: “ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo”; não foi:
    – o ódio tiques-dos-impérios da cidadania de Roma.
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    .
    SEPARATISMO 50-50:
    -> os globalization-lovers, UE-lovers, etc, que fiquem na sua… desde que respeitem os Direitos dos outros… e vice-versa.
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