O U.S. Cyber Command (“Comando Cibernético dos EUA”) está a preparar-se para retaliar contra alegados ataques cibernéticos russos e/ou chineses. A situação é grave e, como explica o New York Times, isso irá acontecer em várias fases:
O primeiro grande passo é esperado nas próximas três semanas, disseram as autoridades, com uma série de acções clandestinas através das redes russas que deverão ser visíveis para o Presidente Vladimir V. Putin e os seus serviços de inteligência e militares, mas não para o resto do mundo.
Uau, estamos no meio dum enredo de espionagem digno dos melhores filmes de 007. Depois, obviamente, as sanções, especialidade da casa:
Os funcionários disseram que as acções seriam combinadas com algum tipo de sanções económicas, apesar de restarem poucas sanções verdadeiramente eficazes para impor, e uma ordem executiva de Biden para acelerar o endurecimento das redes do governo federal após o hacking russo, que passou despercebido durante meses até ser descoberto por uma empresa privada de ciber-segurança.
Esperem, esperem… durante meses os russos espiaram as redes do governo federal e ninguém no Cyber Command deu por isso até uma empresa privada ligar e dizer “Olá, sabem que os Russos estão espiar-vos?”. Tudo bem, podemos até acreditar nisso mas que tal apresentar algo? Por exemplo: o nome da empresa privada, alguns dados, coisas assim… Nada: é preciso acreditar. E nós acreditamos religiosamente.
Também porque os ataques foram dois, não um: o segundo alvo foi a Microsoft, que relatou uma grave violação nos sistemas de correio electrónico utilizados por pequenas empresas, governos locais e grandes contratantes militares. A Microsoft identificou logo os intrusos como um grupo patrocinado pelo Estado chinês e apressou-se a consertar a falha para permitir aos utilizadores (Microsoft Exchange) de eliminar a vulnerabilidade. Também neste casos nada de pormenores, temos que acreditar. E nós acreditamos, piamente.
Portanto: antes a Rússia, depois a China. Faltam o Irão e a Venezuela, mas para isso esperamos que a McDonald’s denuncie a intrusão informática num dos seus menus (sem especificar qual, nós acreditamos na mesma).
Como é óbvio, o governo de Zombiden não dorme em serviço (contrariamente ao Cyber Command): o receio é que a espionagem e o roubo possam ser um prelúdio para actividades muito mais destrutivas, tais como a modificação de dados ou a sua eliminação. E a Casa Branca sublinhou a gravidade da situação numa declaração de Domingo do Conselho de Segurança Nacional: a Casa Branca está a preparar uma resposta governamental para avaliar e abordar o impacto.
Sabe-se que a resposta está a ser liderada por Anne Neuberger, uma antiga funcionária sénior da Agência Nacional de Segurança que é a primeira ocupante de um posto recentemente criado: Deputy National Security Adviser for Cyber and Emerging Technologies (“Conselheira Adjunta de Segurança Nacional para as Tecnologias Emergentes e de Informação”). Abreviado: DNSACET. A nova DNSACET sabe o que faz: os avós dela eram sobreviventes do Holocausto, está tudo dito.
Sempre segundo o New York Times:
Jake Sullivan, conselheiro de Segurança Nacional de Biden, disse no Twitter, a 4 de Março, que a Casa Branca estava “a seguir de perto” as notícias de que as vulnerabilidades da Microsoft estavam a ser usadas contra “contas potencialmente comprometidas de think tank e entidades de defesa de bases industriais”.
Resumindo: estas coisas não se fazem. São de mau gosto. É por isso que os EUA nunca atacam utilizando armas ciberneticas: honra e honestidade são o lema de Washington. Ao mesmo tempo, continua Sullivan, é necessário forçar uma “ampla discussão estratégica com os russos”. E os chineses, podemos acrescentar. Eles não têm nem honra e nem honestidade. Querem uma prova? É o mesmo Sullivan que a fornece. Russos e chineses atacam porque
sabem que a lei americana proíbe às agências de inteligência de pesquisar sistemas com base nos EUA, e estão a explorar essa restrição legal.
Pode haver melhor prova do que isso? Os EUA não espiam as redes informáticas no interior das suas fronteiras porque a lei impede isso. E nós acreditamos devotadamente. Russos e Chineses, de forma vil e ignóbil, exploram este excesso de democracia para os fins obscuros e de certeza ilegais deles. É uma vergonha. E isso justifica o termo “retaliação”. Fossem os EUA a atacarem primeiro, então seria uma “ataque” indiscriminado. Mas, após os dados apresentados, faz todo o sentido falar em legítima “retaliação”. E nós acreditamos convencidamente, apesar da sensação de alguém estar a gozar connosco.
Entretanto, Xi…
Do outro lado do Pacífico, o Presidente chinês Xi Jinping diz que o desenvolvimento das forças armadas do País deveria concentrar-se na “prontidão de combate” no meio das crescentes tensões entre Pequim e Washington, como relata a agência Xinhua.
O presidente salientou as “instabilidades” e as “incertezas” nas actuais condições de segurança da China e disse que todas as forças armadas “devem estar sempre prontas a responder a todo o tipo de situações complexas e difíceis, salvaguardar resolutamente a soberania nacional, a segurança e os interesses do desenvolvimento”, bem como “dar um forte apoio à construção abrangente de um país socialista moderno”.
Ao mesmo tempo, o líder chinês elogiou as forças armadas por terem atingido as metas estabelecidas para 2020, enquanto salientou a realização de um bom começo no reforço da defesa nacional durante o período do 14º Plano Quinquenal (2021-2025). Como pano de fundo, obviamente, as tensões com os Estados Unidos que aumentam em relação a ilha chinesa de Taiwan e as disputas no Mar do Sul da China.
No mesmo dia, o comandante do Comando Indo-Pacífico dos EUA, Philip Davidson, manifestou a sua preocupação de que a China esteja a acelerar os seus movimentos para “suplantar” o poder militar dos EUA na Ásia:
Preocupa-me que [a China] esteja a acelerar as suas ambições de suplantar os Estados Unidos e o nosso papel de liderança na ordem internacional baseada nas regras.
Agora, tudo isso é muito divertido, sem dúvida e por aqui agradecemos os esforços de todas as partes para manter alto o moral do pessoal. Mas algo não bate certo.
William Henry e os seus amiguinhos
A BGI Genomics (cujo novo nome é agora BGI Group), a empresa de genómica ligada ao Partido Comunista Chinês denunciada por funcionários americanos para “extracção” do DNA dos cidadãos americanos, colaborou extensivamente com a Fundação Bill & Melinda Gates.
Esta história da extracção do DNA é verdadeira? Não sabemos mas isso importa até um certo ponto. Vamos com ordem.
A empresa foi recentemente alvo de uma investigação do programa 60 minutos sobre o uso dos testes Covida-19 para “recolher, armazenar e explorar informações biométricas” sobre cidadãos americanos, de acordo com antigos funcionários dos serviços secretos dos EUA. Além disso, um recente e exclusivo artigo da Reuters liga a empresa ao exército do Partido Comunista Chinês, citando acerca de 40 documentos. Uma artigo interessante que peca só por causa dum pequeno pormenor: ninguém consegue ler tais documentos, apenas a Reuters. Um mero detalhe, ora essa.
Seja como for: estamos a falar da China, não são precisos muita perspicácia ou 40 documentos-fantasmas para entender que determinados níveis de pesquisa recaem obrigatoriamente na esfera dos interesses do Partido e pensar o contrário é ingénuo.
E aqui entra em jogo a Fundação Bill & Melinda Gates que desempenhou um papel crítico na expansão americana da BGI. Em Setembro de 2012, a fundação da Microsoft assinou um “Memorando de Entendimento” para formar uma colaboração sobre a saúde global e o desenvolvimento agrícola. O co-fundador do BGI elogiou o acordo, celebrando os próximos “avanços científicos nas áreas da genómica humana, vegetal e animal”. Também revelou que os esforços de colaboração estariam concentrados na sequenciação do genoma, precisamente a actividade da qual se falou no episódio de 60 Minutos.
Já em 2010, Bill Gates tinha visitado a sede da BGI numa zona industrial na periferia de Shenzhen, na China: em companhia de Ray Yip, chefe das operações da Fundação Gates na China, observaram as mais de 150 máquinas de sequenciação genética de última geração que analisavam o equivalente a milhares de genomas humanos por dia. A empresa já estava a trabalhar com o objectivo de construir uma enorme biblioteca baseada no DNA de milhões de pessoas. Os executivos da BGI não viam isto como o ponto final, mas sim como o trampolim para novas descobertas de medicamentos, investigação genética avançada e uma transformação da política de saúde pública.
A Fundação Gates também financiou projectos BGI relacionados com a sequenciação do genoma juntamente com entidades do Partido Comunista Chinês tais como o Ministério da Ciência e Tecnologia e a Academia de Ciências Agrícolas. Ao mesmo tempo, o Dr. Tadataka Yamada, antigo presidente do Programa de Saúde Global da Fundação Bill & Melinda Gates, é agora o presidente do Conselho Científico Consultivo da BGI.
E em 2016, a BGI lançou uma nova sede baseada nos EUA, em Washington, o Estado natal da Microsoft e da Fundação Bill & Melinda Gates. Em Maio de 2017, foi formado o Centro de Inovação da Costa Oeste, com sedes também em Seattle e San Jose, o primeiro centro para trabalhar na medicina de precisão com a colaboração da Universidade de Washington, o Instituto Allen para a Ciência do Cérebro, a Universidade do Estado de Washington e, obviamente, a Fundação Bill & Melinda Gates. Em Maio de 2018, foi alcançado um acordo com o Mount Sinai Hospital de Toronto, Canadá, para a primeira instalação das plataformas BGISEQ (Combinatorial probe anchor synthesis cPAS- BGI/MGI, método de sequenciação da BGI) na América do Norte.
Os laços entre BGI e Washington também parecem ter influenciado a decisão da empresa de visar o Estado com os seus kits de teste Covid-19, alegadamente parte do plano da empresa para “extrair” os dados dos americanos. No início de Março, o Estado de Washington foi o local do primeiro grande surto de coronavírus nos Estados Unidos. À medida que as taxas de Covid e a necessidade de testes aumentavam, a BGI apresentou ao Estado uma oferta sedutora: construir e ajudar a gerir laboratórios de testes Covid de última geração.
É esta a prova de que a BGI tenciona “roubar” os genomas dos cidadãos americanos? Apesar das afirmações do programa 60 minutos, nesta altura não há uma resposta: são afirmações que podem ser tranquilamente lidas como parte da propaganda americana e ninguém ficaria surpreendido por causa disso.
Muito mais interessante é observar as diferentes posturas da Administração e do sector privado: enquanto Zombiden aponta a China como o “novo inimigo”, William Henry mantém um canal aberto e bem activo com os seus amiguinhos “sequenciadores” e, por consequente, com o Partido Popular de Pequim. Política com troca de acusações, ameaças, apelos para prepara-se ao combate dum lado, colaboração e negócios do outro. Aparentemente dois caminhos inconciliáveis. Aparentemente dois percursos com direcções opostas. “Aparentemente”, claro…
Ipse dixit.
“Cyber Pandemia”.
Uma coisa deve ser as “negociações de alto nível” supra nacionais que envolvem bancos e outras corporações, que não chegam aos ouvidos dos pobres mortais, mas que determinam as linhas gerais de funcionamento dos Estados.
Daí se entende que supostos beligerantes, nações inimigas, alberguem institutos do país antagônico.
Os grandes negócios funcionam independentes das pendengas entre Estados.
Nesse alto nível também existe competição acirrada. Mas ela é tratada com produzir a ruína de uns em benefício de outros, tramoias que levam ao suicídio de alguns, da morte ou desaparecimento inesperado de outros. Aí o assassinato puro e simples
passa por outros nomes e noutras circunstâncias.
Então seja necessária uma grande ou pequena guerra com forças militares, guerra comercial, guerra de espionagem ou outra espécie, as estruturas governamentais se organizaram para tal, auxiliadas por uma história inventada pelas mídias. Aquela história feita para o cidadão comum engolir.
As grandes guerras foram pensadas para refazer a economia mundial, e assim aconteceu. Não creio que as coisas tenham mudado fundamentalmente
Nada de conspiração até ai. Apenas o que a realidade me aponta como possibilidade.
Um filme para ver/rever: “The 6th Day”
Inicio da propaganda preparatória para o “blackout” planeado. O “sapo” cozinha-se em lume brando, bem o sabemos, assim como já sabemos do evento a ter lugar em Julho deste ano, para o efeito, a semelhança do Event201 de 2019.
E daqui, o que pressupôr?
Associo o “blackout” a duas situações que podem não ser distintas na sua ocorrência temporal mas…
1-O hiper-crash bolsista… Rebentar de todas as bolhas criadas (bitcoins incluídas), ruína de todo o tipo de negócios, crises monetárias (falta de acesso a), crise no fornecimento de serviços de base (eletricidade, gás, água, telecoms) crise logística (falhas no fornecimento de bens primários de consumo);
2-Implosão do atual sistema de trocas económico-financeiras, por forma a forçar a entrada dos sistemas monetários digitais, centralizados no ECB (BIS) e no FED (Wall Street/City).
Com toda essa desgraça, precedida já da propaganda do ignóbil “papão russo” que tais planos e acções andou a preparar, estará feita a doutrinação da “manada”, mais uma vez, psicologicamente já manietada com a doutrinação prévia (covid19).
E o ignóbil “papão russo”, vai virar o maléfico “povo russo”, apoiante do demoníaco Putin, o hitler do novo século.
Serão eles por lá ou nós por cá… por cá será, ou estás connosco ou estás contra nós (logo apoiante dos maus russos).
Aceitam-se apostas para as datas de ocorrência do “blackout”?
A da casa é… Outubro… 3 a 6 meses de desespero até à implementação da monetarização digital.