Joe Biden: a sombra dos jesuítas na Administração

Fausto Carotenuto é um antigo colaborador de Mino Pecorelli. Um nome, este último, ainda capaz de endireitar os cabelos de muitos em Italia. Explica Wikipedia versão portuguesa:

Pecorelli era um jornalista italiano, morto em Roma, um ano após sequestro e subsequente morte do ex-primeiro-ministro Aldo Moro em 1978. Ele foi descrito como um “jornalista independente, com excelentes contatos nos serviços secretos.” De acordo com Pecorelli, o sequestro de Aldo Moro havia sido organizado por uma “superpotência lúcida” e foi inspirada na “lógica de Yalta”. O nome de Pecorelli constava na lista de membros de Licio Gelli da loja maçônica Propaganda Due descoberta em 1980 pela polícia italiana. Em 2002, o ex-primeiro-ministro Giulio Andreotti foi condenado, juntamente com Gaetano Badalamenti, o chefe da máfia, a 24 anos de prisão pelo assassinato de Pecorelli. A sentença foi expelida pelo Supremo Tribunal Italiano em 2003.

Mino Pecorelli era advogado e jornalista, fundador da revista Osservatore Politico: em poucos anos tornou-se uma das publicações mais influentes, tratando de de fraude fiscal, comportamento público e privado dos políticos (incluindo o da família de Giovanni Leone, Presidente da República entre 1971 e 1978), o escândalo Italpetroli, o escândalo Lockheed, o caso Sindona, a presença de uma loja maçónica no Vaticano, o caso Aldo Moro… As suas fontes eram do máximo nível, ao ponto que os colegas de Pecorelli falam em “profecias”: mas nada havia de sobrenatural, mais simplesmente o jornalista sabia a quem e o quê perguntar. Demasiadas perguntas, pelo que Pecorelli foi morto em Roma, em 1979.

Direita? Esquerda?

Fausto Carotenuto era o colaborador de Pecorelli e desde então tem sido analista estratégico dos serviços secretos da NATO, de empresa privadas, perito do Médio Oriente e da estratégia da tensão. A sua visão do poder tem sido condensada no livro Il Mistero della Situazione Internazionale (“O Mistério da Situação Internacional”), que depois tão mistério não é: duas “pirâmides” mundiais, aparentemente opostas (uma vez que costumam expressar-se politicamente através da Direita e da Esquerda) mas que na realidade dominam o planeta, alternando opressão e liberdade ilusória com o único propósito de manter as consciências adormecidas.

Para que fique claro: a Direita clássica promove abertamente o

egoísmo social, enquanto a nova Esquerda pós-moderna é mais insidiosa, uma vez que consegue mascarar as suas reais intenções por detrás do véu dos bons sentimentos, dos direitos civis e do politicamente correcto, apresentando ontem Obama, e hoje Biden.

A mesma direcção, assegura Carotenuto, mantida pelo jesuítas, que desenvolvem um papel muito importante no seio duma das duas pirâmides. Carotenuto convida a observar a equipa do novo ocupante da Casa Branca:

Há homens da CIA como George Tenet e o próprio Robert Gates, outro especialista em terrorismo do Médio Oriente: todos eles foram treinados na Universidade Jesuíta de Georgetown, onde um certo Henry Kissinger ensinava. Não é segredo para ninguém: Joe Biden está próximo dos jesuítas e das figuras que saíram de Georgetown.

Carotenuto enfatiza a vocação histórica dos seguidores de Inácio de Loyola, que nasceram como educadores de jovens príncipes:

Uma vez formados, não os deixam ir: são tornado nos Ciampi, Monti, Draghi (ex-Director do Banco Central Europeu), criando uma verdadeira estrutura, uma rede composta de carreiras de alguma forma “assistidas”.

E, pela primeira vez na história, um jesuíta ocupa mesmo o trono papal: Trump atacou-o Papa Francisco, frontalmente e através de Mike Pompeo, pelo facto do Vaticano ceder ao regime de Pequim o poder de nomear bispos católicos na China. E Biden? Muito pelo contrário: segue Bergoglio:

Biden faz tudo o que o Papa Francisco pede: aberturas sobre o aborto, sobre os gays, sobre a economia verde, sobre os migrantes, sobre a pobreza, sobre o clima. São também temas partilháveis, mas com Bergoglio são utilizados como cosmético para receber os votos da classe média, do bem-pensante, e depois impulsionar as agendas do poder real: guerras, electromagnetização do planeta, Great Reset.

Dúvidas? Espreitem as mais recentes alianças de Papa Francisco para entender qual a direcção escolhida em Roma. Cuidado com os Jesuítas, insiste Carotenuto: o novo e poderoso Chefe do Pessoal da Casa Branca, Ron Klein, saiu de Georgetown.

Católico e próximo dos círculos jesuítas é também William Burns, recentemente nomeado Director da CIA, muito envolvido na desestabilização do Médio Oriente quando trabalhava para Obama.

Também de Georgetown é Avril Haines, colocada na Direcção Geral de Inteligência. E ex-aluno jesuíta é o barão médico Anthony Fauci, que nem mesmo Trump tinha conseguido desalojar: publicamente, Fauci declarou ter aprendido precisamente com os jesuítas os fundamentos do sentido da vida. E agora Biden colocou-o à frente da delegação que irá marcar o regresso triunfante dos Estados Unidos à OMS. A mesma estrutura opaca globalista da qual Trump tinha-se retirado, em controvérsia sobre a gestão (demasiado “chinesa”) da emergência Covid, utilizada para suspender direitos e liberdades em nome da segurança.

O Padre da Walt Disney…

Jesuítas atrás de Biden? Sim, também eles. E grande parte da equipa do novo Presidente vem das escolas da Companhia de Jesus:

Joe Biden está muito próximo dos jesuítas, e já citou Bergoglio no seu primeiro discurso após a “vitória” eleitoral.

Mas atenção: quem o “coroou” formalmente? Foi um jesuíta particularmente importante, o padre Leo O’Donovan, reitor da Universidade de Georgetown durante muitos anos e que pronunciou a oração para a cerimónia de inauguração da presidência Biden a 20 de Janeiro: o homem “criou” ministros, executivos da CIA e Presidentes americanos, tais como Bill Clinton. Um católico estranho, este O’Donovan::

Em Georgetown permitiu que as grandes editoras americanas de pornografia dessem palestras e tinha também iniciado uma investigação sobre o uso biomédico dos fetos: um facto invulgar, para um cristão.

Para um cristão sim; para um exponente do verdadeiro Poder não, sobretudo se o desejo for reescrever a ordem mundial

Não esqueçam que durante 11 longos anos, de meados dos anos noventa a meados de 2000, padre Leo O’Donovan foi um dos directores da Walt Disney. E durante esse tempo, tantos elementos escuros entraram nos filmes Disney.

Um padre director da Walt Disney? Sim, é verdade: desde 1996 até 2007. A selecção de um padre para ser Director de uma grande corporação americana foi altamente invulgar, mas a sua nomeação ocorreu numa altura em que a Disney enfrentava críticas por parte das organizações religiosas pelo facto de acolher temas gays ou lésbicos e por distribuir um filme (Priest de 1994) que retratava um padre católico como homossexual. Tanto O’Donovan como Michael Eisner, o CEO da Disney (também saído de Georgetown), na altura declararam que não tinha sido esta a intenção atrás da nomeação de O’Donovan; e, vistos os resultados, podemos acreditar que a verdadeira razão foi bem outra.

O’Donovan é muito próximo dos Bidens: presidiu à missa fúnebre para o filho do novo Presidente, Beau Biden, que morreu em 2015 de um tumor cerebral. E Joe Biden é o autor da introdução ao livro de O’Donovan, Blessed Are the Refugees: Beatitudes of Immigrant Children (“Abençoados São os Refugiados: Beatitudes das Crianças Imigrantes”). Supérfluo lembrar o facto de O’Donovan ser o Director do Jesuit Refugee Service (JRS, “Serviço Jesuítas dos Refugiados”) e que Biden falou em Novembro passado tanto numa angariação de fundos em prol do JRS quanto na intenção de elevar o número de refugiados dos actuais 15.000 previstos pela Administração Trump para 125.000.

…e o que sobrar da Maçonaria.

Obviamente, Carotenuto salienta que não existem apenas os Jesuítas a liderar o grupo que na prática retomou as rédeas dos Estados Unidos.

Existe também a Maçonaria, que, no entanto, é cada vez mais uma ‘massas de manobra’.

Nada de conspirações maçónicas por aqui, bem pelo contrário: a Maçonaria tornou-se corrupta, orgânica ao poder mais dissuasor.

Uma vez os maçons estavam ao serviço dos poderes “brancos”, quando eram um fruto dos Templários e dos Rosacruzes. Depois, tornaram-se essencialmente “massas de manobra” das piores potências mundiais, mesmo que algumas delas se pintem como progressistas. O que poderá fazer Biden se não obedecer àqueles que o puseram lá? Colocaram-no lá apesar das muitas suspeitas, das suas estranhas atitudes, das acusações sexuais de alguns anos atrás por parte de três mulheres.

No entanto, os media aclamaram Biden desde logo, sem reservas e sem “cavar” demais no passado dele: Biden estará lá para fazer belos discursos e, acima de tudo, assinar decisões tomadas por outros.

A fábrica de Georgetown

Para Carotenuto, a actual agenda do poder dominante é o resultado de uma estratégia profunda, precisa e orgânica.

Em comparação com o grupo de Trump, esta “pirâmide” tem uma enorme vantagem: tem muitos homens treinados que são capazes de levar a cabo estas estratégias. Globalização, emergências, vagas de medo e ódio, exploração propagandística do aquecimento climático, falsa revolução verde. E depois guerras, desequilíbrios, vacinações em massa, condicionamento cultural, mecanização digital dos seres humanos. Não é que haja falta de bons elementos nisto: mas, repito, são essencialmente cosméticos, para manter um certo consenso.

Uma táctica que o analista reconhece como eminentemente jesuítica: subtil e refinada.

Não estou a dizer que todos os que estiveram em Georgetown trabalhem para os Jesuítas, mas aqueles que fazem carreira, garanto-vos que o fazem. E o estilo deles é inconfundível.

Alguns nomes?

Bill Clinton Ex-Presidente dos EUA), Lyndon Johnson (também ex-Presidente dos EUA), Iván Duque Márquez (Presidente da Colômbia), Laura Chinchilla (Presidente da Costa Rica), Saad Hariri (Primeiro Ministro do Líbano), Gloria Macapagal Arroyo (Presidente das Filipinas), José Manuel Barroso (já Primeiro Ministro de Portugal, Presidente da Comissão Europeia de 2004 a 2014, agora CEO da Goldman Sachs), Rei Felipe VI de Espanha, Rei Abdullah II da Jordânia, Príncipe Turki bin Faisal Al Saud da Arábia Saudita. Mas a lista é muito comprida e inclui políticos, empresários (Citigroup, J.P. Morgan, Oracle), funcionários de várias Administrações dos EUA…

Biden, o “progressista” pró-guerra

Com Biden, os EUA estão de volta ao cenário como o principal instrumento de uma precisa estratégia de tensão internacional, baseada numa grande desestabilização geopolítica do planeta.

Trump tinha-a evitado, colocando os travões em tudo: era o melhor que podia fazer, com os meios limitados que tinha.

Mas Joe Biden é um falcão de primeira magnitude:

Foi presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado durante muitos anos, e foi um defensor de refazer todo o mapa do Médio Oriente, através de guerras e conflitos inter-religiosos. Era o que o topo da “pirâmide” queria: criar um vórtice de ódio e violência no Médio Oriente. Joe Biden trabalhou nas falsas “fontes árabes”, juntamente com homens que estão agora na sua Administração. Antes disso, ele tinha sido um grande apoiante da invasão do Iraque: nos EUA estava na linha da frente, vendendo ao público o conto das inexistentes “armas de destruição maciça” de Saddam. Em 2011, Biden interrompeu uma negociação que deveria manter os EUA no comando de algumas áreas do norte do Iraque. Em vez disso, os EUA, graças a Biden, retiraram as suas tropas. Assim os curdos foram deixados sozinhos e massacrados, e o Daesh foi capaz de criar o Isis.

Não podemos esquecer o papel de Biden no Médio Oriente::

Foi um dos 29 senadores democráticos que deram os seus votos ao Presidente Bush para ir para a guerra no Iraque. Veremos os EUA novamente em acção na Líbia, Síria, no Golfo Pérsico: devem regressar para criar vórtices de guerra e ódio, ou seja, “doenças da humanidade”. O negócio dos armamentos? Também há isso, mas é apenas um corolário.

Em 1999, durante a Guerra do Kosovo, Biden apoiou o bombardeamento da República Federal da Jugoslávia pela Nato. Ele e o Senador John McCain (republicano) co-patrocinaram a Resolução McCain-Biden sobre o Kosovo, que apelava a Clinton para usar toda a força necessária, incluindo as tropas terrestres, para enfrentar os apoiantes de Milošević. Biden foi um forte apoiante da Guerra de 2001 no Afeganistão, dizendo: “Custe o que custar, devemos fazê-la”. E em 2002 Biden deu o seu voto ao então Presidente Bush para utilizar a força no Iraque (curiosa a actual posição de Biden acerca disso: “Desde o momento em que ‘choque e pavor’ começou, a partir desse momento, opus-me ao esforço, e fui tão franco como qualquer pessoa no Congresso e na Administração”).

A bomba dos ayatollah, a pirâmide de Putin e os Bispos de Pequim

Como experiente analista geopolítico, Carotenuto também considera o provável desanuviamento com o Irão um desastre. No início dos anos 80, Carotenuto estava em Teheran:

Conheço bem aquele regime, sei que queria a bomba, mesmo nessa altura, para defender-se em caso de ataque. Lentamente, a “pirâmide” encabeçada por Biden deixou o Irão aproximar-se do seu objectivo: pensem no vórtice de tensão que seria desencadeado com o Irão transformado numa potência nuclear para estar em pé de igualdade com israel. Não surpreendentemente, o regime de Teerão está contente com a nomeação de Biden. O povo também está aliviado, porque as sanções serão levantadas: mas asseguro-vos que são sobretudo os ayatollahs que estão felizes.

E depois há a Rússia: o relacionamento entre Washington e Moscovo irá agravar-se:

Porque Putin faz parte da outra ‘pirâmide’, aquela que utilizou o próprio Trump.

E não é difícil imaginar isso: Joe Biden tem grandes credenciais como inimigo da Rússia, pois promoveu a “revolução colorida” na Ucrânia, o golpe também gerido por neonazis, para depois passar a cobrar através do filho Hunter, coberto de dólares como executivo do gigante petrolífero Burisma (como também aconteceu com Joseph Cofer Black, antigo oficial da CIA, ou Devon Archer, antigo conselheiro da campanha presidencial de John Kerry em 2004).

A parte de leão, claro, podia ser tomada pela China:

Trump tinha fechado as portas aos chineses, mas agora vão reabri-las. Não é do interesse dos EUA reabrir à nova superpotência mundial. Mas os “Dems”, de facto, não fazem os interesses dos Estados Unidos: alinham com o grande grupo globalista que já decidiu que os mercenários do futuro “império” já não serão os americanos, mas os chineses: são mais trabalhadores, são muitos e seguem ordens sem alarido, e, além disso, não são enfraquecidos pelo demasiado bem estar, a alimentação errada, os medicamentos errados com que os americanos têm sido alimentados e tratados durante décadas.

Também são possíveis novas tensões com a Coreia do Norte, algo inteligentemente extinto por Trump, pois “é sempre conveniente, para criar tensão, ter um ‘diabo’ ameaçador”.

E o clima? Estará em primeiro plano também:

Óbvio o regresso imediato aos acordos de Paris: está sob a bandeira do globalismo e do “gretismo”, ou seja a fábula da origem antropogénica da “mudança climática”, em grande parte causada pela acção do sol. Para Carotenuto, a “pirâmide jesuítica” de Biden é a mais activa na sua missão histórica: parar o despertar das consciências.

O despertar também está a ser prevenido por vacinas, por maus medicamentos, pela exploração de um vírus que poderia ser curado e que não foi devidamente tratado. Qualquer coisa que enfraqueça as nossas forças vitais, físicas e psíquicas, enfraquece o nosso despertar.

Agora, diz Carotenuto, o dragão retomou a América e quer o Great Reset. Seremos esmagados por causa isso?

Não, é apenas o regresso da velha política.

Talvez.

 

Ipse dixit.

Fonte: o artigo está baseado em dois recentes vídeos de Fausto Carotenuto: Vince Biden: si rafforza la peggiore cupola mondiale e La peggiore delle cupole mondiali alla Casa Bianca.

5 Replies to “Joe Biden: a sombra dos jesuítas na Administração”

  1. Este Carotenuto é um Gênio ! Max, esta foi a melhor descrição circunstanciada que eu li sobre o novo “presidente”; trabalho que faz II o que ela é.
    Mas o novo inquilino da casa branca que se cuide porque a dita casa tem muitas sacadas. Às vezes os velhos deliram…
    Até porque há uma juíza californiana que fez sua fama enjaulando em prisões um número excessivo de seus irmãos de cor. E ela está a espreita, tendo todas as “qualidades” para assumir o posto.

  2. A corja jesuíta que tanto mal fez e faz a Portugal.

    Foi a República de 1910 e os homens que a tonaram possível, o último bastião de resistência que enfrentou esses escroques no meu país, com coragem e determinação.

    A escumalha jesuíta, clerical, e os seus crimes, é bem conhecida pelos cidadãos Portugueses.

  3. A Ordem Jesuíta surgiu em Pamplona com total autonomia (apesar de sócios) dentro da Igreja Católica, e cuja prioridade era explorar o Novo Mundo. Antes disso, seus futuros lideres eram navarros milicianos (ditos homens de armas) que serviam nobrezas da Francia Ocidental (atual França) e Francia Oriental (atual Alemanha), sem maiores fidelidades. Navarra era uma região que abrangia o norte da atual Espanha e sul da atual França. Com o descobrimento do Novo Mundo, tornaram-se, nas novas Terras, o mais alto poder ligado mas não submetido a Igreja. Ou seja, eram exploradores mostrados como “missionários cristãos”.

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