Coronavirus III – A origem

Antes um artigo publicado em Global Research acerca da origem do Coronavirus. Depois algumas considerações. Boa leitura!

Coronavirus: o vírus com origem nos EUA?

Os media ocidentais rapidamente subiram o palco e apresentaram a narrativa oficial para o surto do novo Coronavírus que parecia ter começado na China, alegando que tinha sido originado por animais num mercado húmido em Wuhan.

No começo a origem era desconhecida, mas parece provável agora, de acordo com relatos chineses e japoneses, que o vírus originou-se em outros lugares, possivelmente vários locais, mas só começou a espalhar-se de forma ampla depois de ter sido introduzido no mercado. Mais precisamente, parece que o vírus não teve originou na China e, segundo relatos japoneses e outros meios de comunicação, pode ser originário dos Estados Unidos.

Pesquisadores chineses concluem que o vírus teve origem fora da China

Depois de colectar amostras de genoma na China, os pesquisadores médicos primeiro demonstraram conclusivamente que o vírus não foi originado no mercado de peixe, mas tinha várias fontes não identificadas; depois foi exposto ao mercado de peixe de onde espalhou-se por todos os lados. (1) (2) (3)

De acordo com o Global Times:

Um novo estudo realizado por pesquisadores chineses indica que o novo Coronavírus pode ter começado a transmissão de homem para homem no final de Novembro, a partir de outro local que não o mercado de peixe Huanan de Wuhan.

O estudo publicado no ChinaXiv, um repositório chinês aberto a pesquisadores científicos, revela que o novo Coronavírus foi introduzido no mercado de peixes a partir de outro local e depois espalhou-se rapidamente devido ao alto número de contactos próximos. O resultado foi obtido com a análise dos dados do genoma, das fontes de infecção e do caminho de disseminação do Coronavírus colectado na China.

O estudo acredita que o “paciente zero” transmitiu o vírus a trabalhadores ou fornecedores no mercado de peixe de Huanan, mercado lotado que facilita facilmente a transmissão do vírus aos compradores, o que causou uma disseminação mais ampla no início de Dezembro de 2019. (Global Times, 22 de Fevereiro de 2020)

As autoridades médicas chinesas e as agências de inteligência realizaram uma pesquisa rápida e extensa sobre a origem do vírus, colectando quase 100 amostras de genoma de 12 Países diferentes em 4 continentes, identificando todas as variedades e mutações. Durante essa pesquisa, determinaram que o surto de vírus tinha começado muito antes, provavelmente em Novembro, logo após os Jogos Militares de Wuhan. Chegaram às mesmas conclusões independentes que os pesquisadores japoneses: o vírus não começou na China, mas foi introduzido de fora.

Em 27 de Janeiro, o maior especialista respiratório da China, Zhong Nanshan, disse:

Embora o COVID-19 tenha sido descoberto pela primeira vez na China, isso não significa que seja da China. […] Isso é chinês, mas nasceu em outro lugar, em outro País. (4)

Obviamente, isso levanta questões sobre a origem real. Se as autoridades continuaram as suas análises através de 100 amostras de genoma de 12 Países, devem ter tido um motivo convincente para procurar a fonte original fora da China. Isso explicaria porque havia tanta dificuldade em localizar e identificar o “paciente zero”.

Medias japoneses: o Coronavírus pode ser originário dos Estados Unidos

Em Fevereiro de 2020, o relatório da japonesa Asahi (imprensa e TV) afirmou que o Coronavírus era originário dos Estados Unidos, não da China, e que algumas (ou muitas) das 14.000 mortes americanas atribuídas à gripe podem, de facto, ter sido causadas pelo vírus Coronavírus (5):

Um relatório de uma emissora de TV japonesa, que revela a suspeita de que alguns americanos podem ter contraído o Coronavírus de maneira desconhecida, tornou-se viral nos media sociais chineses, alimentando medos e especulações na China de que o novo Coronavírus possa ser originário dos Estados Unidos. .

O relatório, da TV Asahi Corporation do Japão, sugeriu que o governo dos Estados Unidos talvez não tenha conseguido entender como o vírus se espalhou em solo americano.

No entanto, não se sabe se os americanos que já morreram de gripe contraíram o Coronavírus, conforme relatado pela TV Asahi. (People’s Daily, versão em inglês, 23 de Fevereiro de 2020)

Em 14 de Fevereiro, os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) afirmaram ter começado a testar pessoas com doenças semelhantes à gripe para o novo Coronavírus em laboratórios de saúde pública em Los Angeles, São Francisco, Seattle, Chicago. e New York.

A rede de TV Asahi apresentou a documentação científica para as suas reivindicações, levantando o problema de que ninguém saberia a causa da morte porque os Estados Unidos deixaram de utilizar os testes e não publicaram os resultados. O Japão evitou perguntas do tipo “natural ou artificial” e “acidental ou deliberada”, afirmando simplesmente que a epidemia do vírus pode ter ocorrido pela primeira vez nos Estados Unidos. Parece que essas informações foram excluídas da Internet ocidental, mas nos media chineses ainda são referidas.

Essas alegações provocaram polémicas não apenas no Japão, mas também na China, tornando-se imediatamente virais nos media sociais chineses, especialmente considerado que os Jogos Militares ocorreram em Wuhan, em Outubro, e já tinha sido amplamente discutido a possibilidade do vírus ter sido transmitido naquele momento de uma fonte estrangeira.

Talvez os delegados dos EUA tenham trazido o Coronavírus para Wuhan e uma mutação tenha ocorrido, tornando-o mais mortal e contagioso e causando um surto generalizado este ano. (People’s Dairy, 23 de Fevereiro de 2020) (1)

Shen Yi, professor de relações internacionais da Universidade Fudan em Xangai, disse que os virologistas globais “incluindo agências de inteligência” estavam a monitorizar a origem do vírus. O governo chinês não fechou as portas a esta possibilidade. A reportagem informava:

Os internautas são incentivados a participar activamente nas discussões, mas de preferência de maneira racional.

Na China, isso é significativo. Se os relatos fossem inúteis, o governo claramente diria às pessoas para não espalharem rumores falsos.

O virologista de Taiwan sugere que o Coronavírus teve origem nos Estados Unidos

Por isso, Taiwan apresentou um programa de notícias na televisão em 27 de Fevereiro (clique aqui para ver o vídeo em chinês) que mostrava diagramas e fluxogramas sugerindo que o Coronavírus teve originem nos Estados Unidos. (6)

Abaixo está uma tradução aproximada, um resumo e uma análise do conteúdo seleccionado desse noticiário.

O homem no vídeo é um grande virologista e farmacologista que realizou uma pesquisa longa e detalhada acerca da fonte do vírus. Ele passa a primeira parte do vídeo explicando quais os vários haplótipos (variedades, por assim dizer) e explica como eles estão relacionados, como um deve ter chegado antes do outro e como um tipo deriva do outro. Explica que é simplesmente uma ciência elementar e não tem nada a ver com questões geopolíticas, descrevendo como, tal como acontece com os números, 3 vem sempre depois de 2.

Um dos seus principais pontos é que o tipo de infecção em Taiwan existe apenas na Austrália e nos Estados Unidos e, dado que Taiwan não foi infectada pelos australianos, a infecção em Taiwan só poderia vir dos Estados Unidos.

A lógica elementar é que a localização geográfica com a maior variedade de linhagens virais deve ser a fonte original, porque uma única linhagem não pode surgir do nada. Ele mostra que apenas os Estados Unidos têm todas as cinco “variedades” conhecidas do vírus (enquanto Wuhan e a maior parte da China têm apenas uma, assim como Taiwan e Coreia do Sul, Tailândia e Vietname, Singapura, Inglaterra, Bélgica e Alemanha) , formando a tese de que os haplótipos em outros Países podem ter tido origem nos Estados Unidos.

A Coreia e Taiwan têm um haplótipo diferente do vírus da China, talvez mais infeccioso, mas muito menos mortal, o que explicaria a taxa de mortalidade de 1/3 daquela chinesa.

Nem o Irão nem a Itália foram incluídos nos testes acima, mas agora os dois Países decifraram o genoma principal e declararam serem de variedades diferentes das da China, o que significa que não são nativas da China mas foram necessariamente introduzidas de outra fonte [sabe-se agora que o vírus presente na Italia é de origem alemã, ndt]. Vale a pena notar que a variedade na Itália tem aproximadamente a mesma taxa de mortalidade que a chinesa, três vezes maior da de outras nações, enquanto o haplótipo no Irão parece ser o mais mortal, com uma taxa de mortalidade entre 10% e 25%. (7) (8) (9)

Devido à enorme quantidade de cobertura mediática ocidental focada na China, grande parte do mundo acredita que o Coronavírus espalhou-se para todos os outros Países a partir da China [foi esta a primeira hipótese em Italia também, ndt], mas isso agora parece ter sido refutado. Com cerca de 50 Países em todo o mundo com pelo menos um caso identificado no momento da redacção deste artigo, seria muito interessante examinar amostras de vírus de cada um desses Países para determinar a sua localização de origem, fontes e padrões de disseminação em todo o mundo.

O virologista também disse que os Estados Unidos tiveram recentemente mais de 200 casos de “fibrose pulmonar” que resultaram em morte pela incapacidade dos pacientes de respirar, mas com condições e sintomas que não podem ser explicados pela fibrose pulmonar. Disse que escreveu artigos para informar às autoridades de saúde dos EUA, que considerava seriamente aqueles que morreram como relacionados ao Coronavírus, mas foi-lhe respondido culpando das mortes os cigarros electrónicos e silenciaram as discussões.

O médico de Taiwan disse que o surto de vírus começou mais cedo do que o esperado:

Temos que olhar para Setembro de 2019.

Ele realçou o caso de Setembro de 2019, quando alguns japoneses viajaram para as Hawai e voltaram para casa infectados, pessoas que nunca tinham estado na China. Isso aconteceu dois meses antes das infecções na China e imediatamente após o CDC fechar repentina e completamente o laboratório de armas biológicas de Fort Detrick, afirmando que as instalações eram insuficientes para evitar a perda de patógenos. (10) (11)

Afirma que investigou esses casos pessoalmente com muito cuidado (como fizeram os virologistas japoneses que chegaram à mesma conclusão). Isso pode indicar que o Coronavírus já se tinha espalhado para os Estados Unidos, mas onde os sintomas foram oficialmente atribuídos a outras doenças e, portanto, provavelmente mascarados. […]

O importante site de notícias chinês Huanqiu noticiou um caso nos Estados Unidos em que médicos relataram a um parente que uma mulher tinha morrido de gripe, mas o atestado de óbito listava o Coronavírus como a causa da morte. Em 26 de Fevereiro, a afiliada da ABC News, KJCT8 News Network, relatou que uma mulher recentemente informou os media de que a irmã dela morreu de infecção por Coronavírus. Almeta Stone, residente em Montrose, Colorado, disse:

Eles (a equipe médica) nos informaram de que era a gripe e, quando recebi o atestado de óbito, havia um Coronavírus na causa da morte. (12)

Não podemos determinar o número de casos nos Estados Unidos, mas como o CDC aparentemente não possui kits de teste confiáveis e está a realizar pouco ou nenhum teste para o vírus, pode haver outros. [aos dados oficiais relatam até hoje 4.663 casos confirmados de Coronavirus nos EUA com 86 mortes. As estimativas falam de pelo menos já 100.000 contagiados… ndt].

Notas:

(9) O Coronavirus é mudado: o Irão foi atacado por um tipo diferente daquele de Wuhan

 

Darpa e Coronavirus

Após o artigo de Global Research um par de considerações. É tão difícil imaginar uma guerra bacteriológica? Tomamos o documento oficial de 2000, Rebuilding America’s Defenses, publicado pelo think tank conservador Project for a New American Century (“Projecto para um Novo Século Americano”): em primeiro lugar, fala-se da necessidade de uma “nova Pearl Harbor”, que permita aos EUA usar o seu poder como uma resposta legítima perante um ataque. E, sempre nesse documento, podemos ler:

Formas avançadas de guerra biológica, que podem atingir determinados genótipos, podem transformar a guerra biológica de um reinado de terror num instrumento político útil.

É o caso do Coronavirus? Acho que não. Como arma bacteriológica o Coronavirus seria um fracasso: no final das contas, esta pandemia irá acabar com “poucos” milhares de vítimas mortais espalhadas pelo planeta todo. Muito longe dos resultados duma arma minimamente eficaz. Todavia…

Todavia vamos ver quanto relatado pelo jornalista Paolo Barnard porque não deixa de ser interessante. Quem é que tudo sabe acerca do Coronavírus? É Berkeley, a famosa universidade da Califórnia. E quem pagou pelos estudos? A Darpa, que é o ramo do Pentágono especializado em armas experimentais, químicas e bacteriológicas.

Por qual razão a Darpa financia a pesquisa acerca da zoonosis (a transmissão de doenças infecciosas entre animais e seres humanos), em particular o estudo sobre a transmissão do vírus através de morcegos? E por qual razão a universidade mais esquerdista e pacifista da América aceita dinheiro da Defesa dos EUA? São as perguntas que o mesmo Barnard dirige às partes interessadas: a própria Darpa e a bióloga Brook, de Berkeley, directora das investigações virológicas nos morcegos.

Por parte da Brooks é o silêncio. Pela Darpa responde três vezes o chefe da comunicação, Jared Adams, com e-mails enormes que, todavia, não dar uma explicação exaustiva às questões. Por parte da Brooks ainda silêncio, apesar de Barnard e Adams terem posto o nome dela entre os destinatários de todas as comunicações.

Mas o que torna únicos os morcegos? O facto de serem um excelente reservatório de vírus de rápida reprodução e altamente transmissíveis. Embora os morcegos possam tolerar vírus como esses, quando o vírus muda para animais sem um sistema imunológico de resposta rápida, sobrecarrega rapidamente o seu novos hospede, levando a altas taxas de mortalidade.

Conclui sarcasticamente o jornalista: teorias conspiracionistas? Por amor de Deus, ficamos fieis à Ciência “baseada nas evidências”, ora essa.

Um salto até os EUA, onde não falta quem não está convencido desta pandemia. Ron Paul, por exemplo: antigo congressista (neocon), ex-candidato presidencial e médico de formação.

Isso não significa que a doença é inofensiva. Sem dúvida, as pessoas vão morrer de Coronavírus. Aqueles que pertencem a categorias vulneráveis devem tomar precauções para limitar o risco de exposição. Mas já vimos esse filme. O governo amplia a ameaça como uma desculpa para nos afastar um pouco mais das nossas liberdades. Quando a “ameaça” termina, no entanto, nunca devolvem as nossas liberdades.

Um pânico estudado, em que Países inteiros entram em auto-isolamento: e para quê?

Um vírus que até agora matou pouco mais de 5.000 pessoas em todo o mundo e menos de 100 nos Estados Unidos? E onde está o pânico pela tuberculose, uma doença antiga que voltou e matou quase 1.6 milhão de pessoas em 2017? Por que a tuberculose é tão raramente discutida nos media? (Ron Paul Institute)

Esta dúvidas são as mesmas que eu tive quando assisti ao começo da campanha mediática em Italia, na qual ainda me encontrava mesmo na altura em que iniciava o surto: cada ano morrem entre 27 mil e 70 mil pessoas de gripe nos EUA, entre 250.000 e 500.000 em todo o mundo, mas é o silêncio. No ano passado, no mês de Março, um surto gripal provocou em poucos dias a morte de 60 pessoas na Polónia: ninguém se atreveu a falar de epidemia, ninguém lançou o alarme. Por qual razão? A taxa de letalidade? Mas nós não conhecemos a taxa de letalidade do Coronavirus, este é um dado conhecido sempre depois do fim da epidemia/pandemia, geralmente dois anos depois, quando é possível ter uma ideia mais precisa do número de contagiados. Por qual razão os media apresentam agora taxas assustadoras de 2, de 3, até de 6% no caso do Coronavirus? Quem fornece estas falsas percentagens?

Porque “não”?

Para concluir: não será a “arma perfeita”, mas esta pandemia de Coronavirus mostra de forma clara e em tempo real a capacidade de reacção de todos os Países perante uma ameaça biológica: instituições, sistema sanitário, sistema militar. Mais: mostra quais as reacções das multidões perante uma crise deste tipo.

Trata-se de informações valiosas quando obtidas em tempos de paz, pois em caso de guerra o tempo é vital. Juntamos as considerações feitas no artigo anterior: durante uma crise, há sempre oportunidades de vário tipo, sobretudo para quem pode preparar-se com antecedência. Já foram conduzidos testes que tinham como alvo comunidades de cidadãos inocentes: nada de “conspiração” aqui, documentos oficiais não faltam.

O Coronavirus também como possível stress-test das massas? E porquê não? Onde estaria a novidade? Os falsos ataques “islâmicos” não vão na mesma direcção? Não tentam (com sucesso) determinar qual o sentimento das pessoas? Não prevêem vítimas inocentes?

A maioria das pessoas comuns acredita que vive num estado social governado pelo acaso ou por circunstâncias ocasionais, uma sociedade em que as massas decidem a sua vida “democrática” graças ao exercício do voto. Na realidade, sempre foi uma restrita elite de poder que direccionou, para onde era mais conveniente, o pensamento das massas, apoiando determinados líderes ou financiando guerra em redor do globo. Não estamos a falar de “Illuminati”, de “sionistas”, de “alienígenas”: falamos de poder económico e financeiro, um poder bem real e tangível. A massa, acerca dessa verdade, é levada a pensar que é tudo uma teoria da conspiração, mas a verdade é que por trás de todos os principais eventos da história, pelo menos a partir de 1700, sempre existem os nomes habituais e apenas alguns irredutíveis das coincidências poderiam negar este facto. É História, peguem nos livros.

Dificilmente um indivíduo consegue tornar-se um líder apenas com as suas próprias forças ou habilidades, geralmente quando um personagem se eleva até às manchetes é porque conseguiu estabelecer as apropriadas conexões com o poder e alguém decidiu que essa pessoa poderia ter acesso aos principais meios de informação (que de qualquer forma sempre pertencem aos mesmos grupos de poder): não é estranho que a pessoa, ou o partido/movimento ao qual pertence, receba financiamento para crescer e tornar-se conhecido, aceite e apreciado pelas massas. Tudo isso não está de forma alguma ligado ao acaso ou à improvisação, o poder sabe como construir e direccionar o consentimento, e utiliza todos os meios à sua disposição para fazê-lo da maneira mais eficaz. Foi por este motivo também que nasceu o estudo das massas.

Muito provavelmente, o primeiro trabalho sério sobre o comportamento das multidões foi realizado pelo sociólogo francês Gustave Le Bon em 1895 com o tratado “A psicologia das massa”. Neste trabalho, o estudioso analisa o papel das multidões na sociedade da época, ao qual atribui um significado bivalente: segundo Le Bon, as multidões são facilmente levadas a morrer pelo triunfo de uma fé, dum ideal, e facilmente podem ser levadas aos actos mais vis. Esse trabalho foi muito importante e teve um impacto tão forte no estudo da psicologia das massas que até (diz-se) interessou chefes de Estado como Mussolini e Hitler. Obviamente, esse primeiro trabalho iniciou deu início a inúmeras outras pesquisas que avançaram na mesma direcção, com tanto de aplicações práticas: os experimentos sociais, isso é, o observar e o registrar os comportamentos de grupos de pessoas.

Não há necessidade de recorrer à conspiração para entender que todos os grupos de poder sempre beneficiaram de determinados conhecimentos. Um exemplo trivial são a publicidade e a estratégica colocação de produtos nas prateleiras dos supermercados. O poder precisa deste tipo de informação: estudar a psicologia, observar o comportamento das massas é a forma melhor para preservar o poder pois permite conhecer com antecedência as nossas escolhas, antecipar as reacções, manter o status quo sem recorrer ao uso da força militar.

Por mais inacreditável que possa parecer, nós, todos nós, somos estudados, continuamente. Seja por razões militares, seja por razões económicas, seja por razões de controlo social: a suposta emergência de saúde chamada Coronavirus bem pode ser parte ou tudo isso junto. Um experimento perfeitamente bem-sucedido, admitimos.

Com base em quais dados podemos descartar esta hipótese? Qual raciocínio pode afastar definitivamente um tal ideia? O que leva os media a apresentar dados falsos (a já citada taxa de letalidade que em verdade não pode ser estabelecida)? O que leva as autoridades em falar em taxa de propagação “acima da média” quando nem sabemos ao certo o número de contagiados? O que leva Wikipedia a alterar a taxa de letalidade da Gripe Espanhola? Por qual razão as “variedades” mais letais do Coronavirus foram encontradas na China, no Irão e na Italia (lembramos: o País cujo próximo governo será liderado por um partido anti-Europa)? O que leva a chancelera alemã, Angela Merkel, a afirmar (há uma semana) que dois terços do habitantes do seu País serão contagiados quanto o pico em Italia está previsto para a próxima semana, altura em que poucas dezenas de milhares de italianos terão contraído o Coronavirus?

Na verdade, excluir a priori que o Coronavirus possa ser um novo teste significa negar o que já aconteceu.

 

Ipse dixit.

Fontes: no texto.

16 Replies to “Coronavirus III – A origem”

  1. Satisfação em ver todos aqui a pleno vapor! Max. bela compilação de informações e análise instigante de sempre. Creio que aqueles títulos em caixa alta tirados da mídia que te mandei ajudaram um pouquinho para decidires limpar o terreno a teu modo. Bom, até aqui fizestes um esboço da construção do consentimento. Espero atenta um esboço analítico das consequências as quais o Manoel já deu o primeiro tiro.
    Não vou falar de estatísticas porque já vi demasiadas e não acreditei em nenhuma. Chamou-me muito a atenção que China, Irã e Itália fossem numericamente distinguidas, e tu acrescentastes significado a tal observação: as variedades mais letais com distinção para o Irã. Interessante, inclusive por serem nós vitais das novas rotas da seda. Afinal, sejamos criativos: guerra comercial admite outras estratégias além de sanções comerciais, não é mesmo?
    Com tanta coisa já dita, esmiuçada ou desdita, resta-me deixar algumas observações cá do fim do mundo (ás vezes deliro pensando que também pode ser o início do mundo, eu que não enxergo)
    O brasileiro ralé, classe baixa é um forte e um esperançoso, que não tem medo de qualquer coisa. Tem sido temperado no lamaçal da gripe chicunguia, da dengue, da tuberculose, da cirrose hepática causada pela bebida vagabunda, da vida sem privacidade, da falta de a´gua que preste, de saneamento básico, de atendimento médico, e ri dessa tal gripezinha. Se é para pegar medo, não pegou; se é para se manter isolado, imagina pegar todo dia o trem, metrô ônibus socado para dentro com milhares de infelizes que ou por emprego ou para vender quinquilharias na calçadas das demais classes se descambam todo dia das periferias ou favelas. Imagina morar amontoado com famílias e não famílias, tudo junto. E o baile funk, alguém vai deixar de ir em função das invenções de moda de sabe quem? Pois sim! Aqui, se morrer, não sabe de que família de gripe é, e diga-se de passagem, se morre mais da polícia militar, da milícia, de acidente de trânsito, de acidente de serviço, de briga de família e não família, sem contabilização que preste. Azar.
    Coisa interessante o presidente da república ter origem na ralé. Outro dia informou a plenos pulmões: “se eu estiver contaminado, o problema é meu..” e foi abraçar a multidão de seguidores por pensamento ou interesse que o aguardavam nos jardins do palácio do planalto. O comportamento do senhor presidente foi normal, o sempre dele. O que me pareceu estranho, mas seguindo um protocolo geral foi que tudo e todo mundo levantou-se no Brazil absolutamente contra àquilo que o senhor presidente faz desde mais de 30 anos no parlamento, fora dele, e atualmente na presidência. É como se tal comportamento, realmente não adequado para um presidente, fosse um pecado mortal, total, desmedido. Proibido, entendem, proibido!
    Quanto aos visíveis no Brazil, nada diferente a comentar: todo mundo de máscara vagabunda que até mosca é capaz de passar, nada até de futebol, experimentos aqui nas minhas vizinhanças. Na UFSC, aulas e palestras para alunos e professores via internet, nos mais desenvolvidos centros de pesquisa e estudo tele tudo. Mostra-se assim que a universidade não precisa de gente junta afinal: toda gente todo tempo na frente do computador e um computador por indivíduo a no mínimo um metro de distância do outro, dentro de casa. Tudo isso naturalmente para quem tem casa grande, para quem frequenta “altos estudos”, para quem morre de medo, cada vez que liga a TV e vê a economia que não é a sua desabando, para depois ser plenamente ressarcida a quem de direito, para quem treme diante da baixa do petróleo e da alta da gasolina e de tudo mais, a escarvar seu direito aquela vidinha legal civilizada que inclui fazer sexo pelo computador com a namorada que está fazendo algum curso na Europa ou EUA, e exigindo da empregada doméstica luvas, máscara, toca e tudo e qualquer coisa que a transforme numa ameaça a condição humana.

    1. Ufa !! a vizinha voltou afiada… e como sempre, precisa e enfática.

      É Maria, ontem comecei a sentir na pele a paranoia da pandemia. Apos desistir de entrar no supermercado as 19:30 por falta de vaga para estacionar ( algo inédito para uma noite de Segunda-feira de meio de mês ) e por insistência da minha esposa , retornamos as 21hs, saindo de lá ás 23 hs (normalmente fecha ás 22:30 ) e ainda ficaram mais de 50 fregueses nas filas ( pobres funcionários ).
      As prateleiras não estavam vazias , mas pareciam que um nuvem de gafanhotos estava começando a querer devora-las. Vi alguns funcionários frenéticos na reposição das gondolas, então arrisquei perguntar para um deles, se estava faltando alimentos. Ele me respondeu que não, apenas não davam conta de repor os produtos nas prateleiras.
      Diria Raul Seixas: ” É… a coisa tá assim..”

      Já percebo uma diminuição nas atividades nas ruas. Em breve tudo vai parar , escolas , shoppings, cinema. Este povo todo, entediado em casa, vai fazer o que ? O que fizeram no ultimo final de semana , se encontrarão todos na praia. É o que farei também, enquanto não nos proíbem.

      PS: Também não poderia deixar de enaltecer o trabalho jornalistico do Max. Como de costume.

      Abraços.

  2. «…Por qual razão a Darpa financia a pesquisa acerca da zoonosis…»

    Max, recentemente foram colados dentro das carruagens do Metro do Porto uns autocolantes da empresa «Zoono Animal Health» (referentes à sua sucursal na Península Ibérica) e que surgiu assim de repente como a única entidade empresarial capaz no panorama nacional e quem sabe no Mundo de desinfectar, enxotar, e aniquilar o Covid-19 das composições do Metro do Porto mas somente por 30 dias, findo esse período deduzo que o vírus deve ressuscitar não estivéssemos nós a chegar à Páscoa:

    – Metros limpos com produto que elimina o novo coronavírus por 30 dias
    https://www.jn.pt/nacional/metros-limpos-com-produto-que-elimina-o-novo-coronavirus-por-30-dias-11924675.html

  3. O processo conspiratório cerca o indivíduo comum desde qdo este se capacita a pensar. A imobilidade/aceitação/neutralidade mental, é mera resultante, que chega ao ápice, no ideário do opressor levar o mesmo a querer, não a mudar o status quo civilizatório, mas estar no lugar de seu próprio opressor, seja conscientemente ou não, o que na prática, não altera suas funestas consequências.

  4. Não vejo que a “crise” Coronavírus seja um embate entre elites ocidentais e orientais. Mas mais uma etapa onde elites supranacionais que visam remodelar o mundo cfe suas agendas globalizantes, e em andamento há um bom tempo. A chamada Nova Ordem Mundial, que em termos de formatação idearia é bem velhinha…

  5. E para que força militar? Com alta tecnologia e propaganda cartelizada (5 agencias noticiosas no ocidente), associadas ao velho controle da moeda, brinco com o poder…

  6. Alguém aqui me pode dizer qual a taxa actual de mortalidade do Covid-19 em Itália e França?

    Obrigado desde já
    Krowler

    1. Eu diria que a taxa de mortalidade pelo vírus em Itália e França é idêntica à taxa de imortalidade sem o vírus: menos de 1%… A pergunta é mais que pertinente mas não há dados publicados para permitir uma resposta com um mínimo de exactidão.

  7. O que não percebo se o vírus da Itália veio da Alemanha, o porquê da Alemanha ter muito poucas mortes em relação à Itália…

    Krowler as contas fazem se no fim.

  8. Pablo,

    As contas estão a ser feitas em tempo real, em função da disponibilidade de informação de cada país, sendo certo que o nível de qualidade da informação varia de país para país.
    Eu tenho resposta para a pergunta que fiz. A minha dúvida é saber se existem outros com resposta igual ou diferente, para perceber os critérios utilizados. Só isso.

    Um abraço
    Krowler

    1. Krowler eu até posso duvidar das informações do Irão e da China. Agora duvidar das informações da Alemanha não.

      A minha pergunta foi para o Max, não percebo a discrepância enorme se números entre a Itália da Alemanha, já que o vírus foi “importado” de lá.

      O que se está a passar na Itália.

  9. Neste momento os valores oficiais (fonte: worldometers.info) são:

    Itália -> Casos fechados – 7.003, Recuperados – 4.025 (57%), Mortos – 2.978 (43%)

    Espanha -> Casos fechados – 1.719, Recuperados – 1.081 (63%), Mortos – 638 (37%)

    EUA -> Casos fechados – 263, Recuperados – 108 (41%), Mortos – 155 (59%)

    Sabe-se que quanto maior é o tamanho da amostra menor é a margem de erro.
    Sabe-se também que a contagem de mortos é a mais rigorosa, seguida da contagem de recuperados. Quanto ao número total de infectados só se poderá especular.

    Algum comentário sobre estes valores? Estão de alguma forma errados?

    1. Olá Krowler, sou o Max!

      Itália -> Casos fechados – 7.003, Recuperados – 4.025 (57%), Mortos – 2.978 (43%)

      Os casos “fechados” (imagino signifique “concluídos”) são infinitamente maiores. O Ministério da Saúde, por exemplo, não recomenda a execução do teste nos casos assintomáticos que desta forma não entram na lista dos “casos fechados”. Até agora, em Italia, foram feitos acerca de 11.000 testes (um pouco mais), na maior parte dos casos efectuados entre os indivíduos mais em risco, por óbvios motivos.

      Segundo o CNR (Centro Nacional de Pesquisa) os casos detectados “são pelo menos um terço ou um quinto dos casos reais”. E Italia é o País na Europa que mais testes fez até agora (por isso também há “mais casos” e “mais mortos”). Mas é claro que se efectuas o teste entre as categorias mais em risco, o resultado mostrará um número de óbitos bem superior. Na Toscana, por exemplo, os hospitais efectuam testes entre todos os pacientes dos hospitais: e os hospitais não são o melhor lugar para encontrar pessoas em boa saúde.

      Anteontem, o Ministério da Saúde publicou um dado interessante: o número total de pessoas mortas por causa do Coronavirus é…. doze (12)! Isso mesmo: desde o começo da pandemia, em Italia apenas doze pessoas morreram por causa do Coronavirus. Todas as outras morreram por causa de doenças já presentes. Aqui vai o link: https://www.agenzianova.com/a/5e6bcf1da7fbe3.23491954/2851060/2020-03-13/coronavirus-iss-in-italia-i-decessi-accertati-finora-per-causa-del-covid-19-sono-solo-due?fbclid=IwAR2USwVxiKIOE8cYzUSESK2vedjwdE-FRV414JF775m-Ob1hOM458VfhegE.

      Se esta taxa de letalidade (43%) fosse verdadeira, estaríamos perante a mais terrível doença alguma vez encontrada pela Humanidade, pior do que a peste negra. O que é simplesmente ridículo: este é o mesmo vírus que provoca a gripe e nada mais!

  10. Olá Max,

    Obrigado pelo esclarecimento. Os valores apresentados sempre me suscitaram dúvidas, por isso estava a insistir em procurar mais informação.

    Um abraço
    Krowler

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