EUA & Sauditas: imperializando aqui e aí

O Isis acabou? Pouco mal, custa nada criar outro.

Senhores, abram as asas ao BSF, a Border Security Force. Que está a ser implantada no norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia.

Esta força é composta em grande parte por ex-combatentes da Força Democrática Síria (SDF), os militantes curdos que já apoiaram abertamente Washington, aos quais serão adicionadas outras unidades de origem pouco clara (provavelmente guerrilheiros do Isis reciclados, mercenários e terroristas de Al-Qaeda e Al-Nusra: não é que haja muita escolha naquelas bandas).
Música e letras do porta-voz do exército americano, o coronel Thomas Veale:

Actualmente há cerca de 230 indivíduos que estão a receber o treino, mas o objectivo final é de cerca de 30 mil soldados. O objectivo fundamental do novo exército é o reemprego de cerca de 15 mil soldados das Forças Democráticas da Síria para uma nova missão com a Força de Segurança da Fronteira, agora que as operações contra o Isis estão a chegar ao fim.

Desculpem, eu provavelmente sou obtuso, mas se “as operações contra o Isis estão a chegar ao fim”, para que serve um novo exército? E por qual razão os americanos continuam na Síria?

Uma formação militar de curdos e terroristas nas fronteiras da Síria só pode ter o objectivo de dividir o País em dois e funcionar como apoio para futuros problemas étnicos na Turquia (que neste período está a afastar-se de israel e do Ocidente no geral para aproximar-se à Rússia). Isso sem esquecer que Assad tinha sido dado como acabado quando, na verdade, está vivo e em boa saúde.

Não acaso não apenas a Rússia está insatisfeita com essa nova operação, também Ankara não está favorável a um exército de curdos ao lado das suas fronteiras e já declarou abertamente que pretende destruí-lo.
Como pós-guerra começa bem.

Entretanto, no Yemen…

Para a Arábia Saudita, a agressão militar contra o Yemen está a tornar-se um pesadelo. Cada vez mais parece insustentável devido ao aumento do custo das operações e ao preço
político que se tornou proibitivo.

Riad, guiada por Mohammed bin Salman
(o atual príncipe herdeiro saudita ministro da Defesa) lançou a
operação em Março de 2015 para afirmar a sua hegemonia na área; o
desastroso resultado da operação está rapidamente a prejudicar a
credibilidade e o peso político da coroa saudita.

A agressão militar de Riad prejudicou seriamente as infra-estruturas do Yemen, além de causar a morte de mais de 13 mil pessoas. O fracasso da campanha militar saudita tem números devastadores: dezenas de aeronaves da coligação militar lideradas pela Arábia, bem como centenas de tanques e veículos blindados, foram destruídos pela resistência iemenita liderada pelo movimento Ansarullah.

A Arábia Saudita e os seus aliados perderam uma dúzia de helicópteros de ataque Apache,  Boeing AH-64, cinco aviões McDonnell Douglas F-15 Eagle e F-16 Fighting Falcon, além de mais de 20 aeronaves de reconhecimento. Juntamos dez navios de guerra e várias canhoneiras, centenas de centros de comando e postos fronteiriços destruídos nas regiões do sudoeste saudita, Najran, Jizan e Assir.

A guerra está a provocar enormes prejuízos económicos: um deficit orçamentário de 15% do produto interno bruto para a Arábia Saudita, a redução do volume das reservas de capital de 737 bilhões para 437 bilhões de Dólares. Os gastos militares da Arábia aumentaram constantemente até atingir 81 bilhões de Dólares, tornando o reino rico em petróleo no terceiro maior gastador militar do mundo depois dos Estados Unidos e da China.

Ipse dixit.

Fontes: The Defense Post, Il Faro sul Mondo

7 Replies to “EUA & Sauditas: imperializando aqui e aí”

  1. Impressionante é o silêncio, relativamente à guerra levada a cabo pelo regime da Inglaterra contra a República do Iémen através do suporte financeiro e militar do Reino da Arábia Saudita.

    O que se está a passar na República do Iémen é um autêntico genocídio, efectuado pelos ingleses e a Arábia Saudita, que conta com um vergonhoso silêncio cúmplice, por parte da Organização das Nações Unidas (ONU).

    – Britain's war on Yemen

    – British soldiers at work in Yemen (attacking a civilian)

    Recomendo aos leitores do blogue Informação Incorrecta este site e respectivo canal no Youtube:

    – Crimes of Britain
    https://crimesofbritain.com

    – Crimes of Britain (Youtube)
    https://www.youtube.com/channel/UCdvpE9Ob5VxYXw4k9TIWEDg/feed

    1. Bem observado JF

      O porque do silencio… Pois … para alem de nao conseguirem inventar justificacoes , estarem a ir contra todos os bons valores que apregoam defender (mas isso ja e habito), terem de dar encobrimento a um aliado que todo o mundo sabe que nao so, nao e flor que se cheire como é uma tirania e vai contra tudo o que sao direitos humanos refiro-me a Arabia Maldita mas esta gasta pipas de massa em material belico que compra a esses personagens.

      Mas o que tem mesmo de ficar escondido e nao se pode saber de maneira nenhuma é que os pobre e mal armados do Yemen estao a resistir faz anos contra alguem armado (e muito) com os caças, obuzes, misseis, artilharia, navios , armas ligeiras supostamente mais avancadas, sofisticadas e caras do mundo do mundo que custaram bilioes de $$$. Isto abriria um perigosissimo precedente que faria com que muitos perdessem o medo e desafiassem o status quo (mais ou menos como se todos os carneiros sentissem que poderiao vencer o pastor).

      No outro dia li um artigo acerca do material abatido pelo Yemen recordo-me de ler 1 ou 2 F15, 1 F16, 1 EuroFighter Typhoon, 1 aviao de carga ou reabastecimento, um dos navios do futuro dos eua (sim alguma vez poderia haver algum sitio em guerra no planeta em que eles nao tivessem la um pezinho)

      https://br.sputniknews.com/oriente_medio_africa/201610086516558-catamara-missil-video/

      Agora quanto aos Ingleses e olhando para a historia e factos começo a ficar com a sensacao que sao a razao do mal no mundo, engatam pela calada uns contra os outros e como vivem numa ilha pensam que nada lhes acontece, pode parecer exagerado mas vejamos:
      – Guerras do opio com a China
      – "Deixaram" a parte do globo que deu origem a India, Paquistao e Bangladesh e sao muitas as tensoes e pouca a paz da gente que ali vive
      – Estiveram nas Arabias e é o que se Vê
      – O Odio que teem contra a Russia desde a Russia Imperial
      – Entraram na CEE ou UE nao para participar mas para sabotar (o que seria mais dificil se estivessem fora)
      – Incitaram e acaloraram a Polonia desafiar a Alemanha e deu na 2 guerra mundial pois alimentaram aos Polacos a injustificável ilusão, que iriam prestar o necessário apoio a Varsóvia em caso de guerra.

      Para terminar deixo o link para este sitio na net que me parece interessante e equilibrado. Ainda estou a avaliar quem participa nele e quais as suas intencoes pois como muita gente sabe o diabo mora nos promenores e vive da subtileza das coisas, mas por agora ainda esta com nota de credivel

      http://www.grifo.com.pt/index.php?option=com_content&task=category&sectionid=4&id=20&Itemi

      EXP001

  2. Continuem enxergando apenas países e nacionalidades e nunca chegarão a conclusão alguma. O FATOR JUDEU SIONISTA está infiltrado e presente em todos países, e são esses segmentos que decidem o funcionamento do mundo, sejam eles, judeus-alemães, judeus-ingleses, judeus-russos, judeus-estadunidenses, judeus-franceses…

    1. Olá! 1ª observação: o vídeo consta apenas em inglês, mal indício.
      Seu conteúdo faz uma boa síntese do funcionamento mundo. Para quem investiga e "traduz" informações, fica evidente que o mundo está de joelhos para o Grande Capital Sionista, não só judaico mas de seus aliados. Elites árabes, turcas, russas, etc, são alinhadas numa Guerra Fria que jamais acabou, e que propicia que a propaganda midiática, sob controle dos mesmos segmentos, perpetue um falso dilema. A Rússia desde o fim dos Romanovs, é amplamente dominada por grupos judaicos. Mesmo no período da URSS, ela manteve-se assim, valendo o mesmo para a URSS "ocidental" ou os "brancos", como Ucrânia. Observe quem tem assento no conselho de segurança da ONU com direito a veto, já diz muito. Migrações em massa, sempre estiveram à serviço da mão-de-obra a ser explorada. Populações em estado de extrema precariedade, vulneráveis a mais alta escravidão.
      Putin é um fantoche da tal Guerra Gelada, cuja figura é revestida de uma imagem nacionalista. Assim como foram Gorbachov e Yeltsin. O terrorismo nada mais é do que uma indústria que serve a múltiplos interesses. Justifica a indústria bélica, impõe o medo, a inércia do escravo pós-moderno, e confunde ainda mais o entendimento macro da geo-política mundial. O estabelecimento institucional internacional pós-2ª Guerra está totalmente comprometido com esses segmentos dominantes. Um exemplo? A própria ONU, um reduto sionista. Aliás, os próprios "opositores" são agigantados pois exercem uma função de legitimação do sistema mundo. Abraço.

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