Assim falavam economistas, banqueiros, especialistas, políticos, jornalistas.
E diziam a verdade: esta crise é bem pior. Observem a imagem:
É o andamento histórico do mercado do crédito nos Estados Unidos, de como os bancos endividaram as famílias, causando hiper-consumos com crédito fácil, uma bolha pronta para estourar. O Grande Crash de ’29 foi preparado por uma abertura excessiva do crédito, tal como aconteceu agora.
Seguiu-se uma década terrível, feita de deflação, 30 por cento de desempregados e queda abismal dos consumos, condição da qual a América saiu apenas com a entrada na Segunda Guerra Mundial. Pois a guerra é a grande consumidora de produtos não vendidos e uma excelente forma de empregar o povo (mulheres na fábrica, os homens na frente).
Mas, como mostra o gráfico, a euforia do crédito fácil que causou a Grande Depressão, guerra e miséria em todo o mundo, é um nada quando comparado com a dívida que o País acumulou até 2008. E, surpresa, a descida está logo no início.
A descida foi abrupta na década 1930-40, ou seja, o aperto do crédito foi pesado e interrompido unicamente com a entrada em guerra. Engoliu uma inteira geração.
A tendência do gráfico não é apenas sobre a América, é claro. Uma série de indicadores económicos no mundo têm a mesma tendência: uma curva exponencial.
Desde as taxas de juros na iminência da dívida grega, até o spread dos Títulos franceses e alemães, as curvas exponenciais dizem uma coisa bem conhecida: o fenómeno que descrevemos é insustentável.
Qualquer técnico, observando a tendência da dívida dos Estados Unidos, poderia ter previsto o desastre: era simplesmente inevitável e amplamente anunciado. Mas foi escolhido ficar em silêncio e quem sugeria uma inversão de rumo era indicado como “catastrofista”.
E, tanto para não perder o bom humor, eis o resumo da crise da Zona NEuro.
Pois diziam: a Zona NEuro é forte, esta é uma crise americana…
Ipse dixit.
Fonte: Rischio Calcolato
"Tudo o que é preciso é a crise geral certa e o mundo aceitará a nova ordem mundial." – Rockefeller.
É melhor lembrarmo-nos disto antes de nos meterem um microchip na mão.