Os hebreus no comércio dos escravos

O ódio racial é estúpido. Não aceitar uma pessoa porque nascida num determinado País é estúpido. Tudo o que discrimina é estúpido: etnia, cor da pele, sexo, religião… Se o racismo é estúpido, o mesmo poder ser dito do seu contrário: manipular a História para ocultar as responsabilidades duma raça é estúpido. E cria novos problemas.

É o caso dum assunto acerca do qual o silêncio parece ser uma obrigação: o comércio dos escravos.

Para compreender do que se trata, podemos ver um dos vídeos publicados por Louis Farrakhan, um clérigo muçulmano americano líder da Nation of Islam (“Nação do Islão”), seguido por milhões de afro-americanos, ou ler um livro, intitulado The Secret Relationship Between Blacks and Jews (“O secreto relacionamento entre Negros e Judaicos”), publicado pelo Historical Research Department Nation of Islam, outrora disponível em todas as livrarias e na Amazon, agora banido e disponível para compra em algumas livrarias especializadas.

O livro The Secret Relationship Between Blacks and Jews, publicado originalmente em 1991, tem sido submergido por críticas: não era de esperar outra coisa. A página de Wikipédia (em idioma inglês) dedicada ao assunto, por exemplo, limita-se a relatar as críticas:

O livro “A Relação Secreta” tem sido amplamente criticado por ser anti-semita e por não fornecer uma análise objectiva do papel dos judeus no tráfico de escravos. A Associação Histórica Americana emitiu uma declaração condenando as alegações de que os judeus desempenharam um papel desproporcionado no comércio de escravos do Atlântico, e outros historiadores como Wim Klooster e Seymour Drescher concluíram que o papel dos judeus no comércio global de escravos do Atlântico era de facto mínimo. Os críticos do livro afirmam que este utiliza citações selectivas para exagerar propositadamente o papel dos judeus.

O que Wikipedia não diz é que tanto Klooster quanto Drescher são judeus. O que Wikipedia não diz é que o livro não apresenta apenas teorias mas também um bom número de provas, de documentos irrefutáveis: milhares de documentos originais. Mas Wikipedia escolheu publicar exclusivamente as críticas e nem um dos milhares de documentos que apoiam a tese do livro. Curioso, no mínimo.

Na verdade, “A Relação Secreta” é uma obra de investigação histórica que visa demonstrar que durante dois séculos e meio os judeus geriram o comércio de escravos, o chamado Comércio Atlântico. Por esta razão apoia as suas conclusões num sem número de documentos originais.

Uma teoria exagerada? Aparentemente sim. Mas não podemos esquecer um “pormenor”: durante os últimos séculos as principais fontes de financiamento privado estavam nas mãos de bancos geridos por famílias judaicas. E o Comércio Atlântico custava: havia a compra dos navios, os salários das tripulações, dos intermediários, dos caçadores de homens em África, a corrupção, a alimentação… negar a participação dos banqueiros hebraicos no seio deste comércio é um sem sentido histórico. Os bancos que lidavam com o financiamento necessário para a compra dos escravos eram não apenas judeus: mas maioritariamente judeus sim.

Mas os documentos apresentados no livro dizem que os judeus não eram apenas os financiadores: eram comerciantes também, eram escravagistas. Enriqueceram com a deportação e a venda de africanos, com o comércio de algodão recolhido nas plantações, com a venda de rum produzido em destilarias, com operações bancárias, com o financiamento dado aos grandes proprietários de terras que controlavam as plantações, com a criação de novos escravos. Não foram os únicos a participar nesta barbárie, longe disso: mas desenvolveram um papel que não pode ser definido como secundário.

Os judeus não geriam apenas a deportação dos africanos: aqueles que sobreviviam à viagem eram levados para as ilhas Caraíbas, onde havia quintas onde se cultivava cana-de-açúcar e algodão, e onde os negros podiam aprender o duro trabalho escravo. Os sobreviventes desta primeira fase de aniquilação da personalidade eram exportados para as plantações do sul dos Estados Unidos, onde outros comerciantes, leiloeiros e corretores judeus os vendiam em leilões. Nas quitas, os negros eram acasalados para que produzissem crianças escravas para venda. Os machos reprodutores eram escolhidos entre os mais fortes, depois da selecção natural já ter eliminado mais de metade deles. “A Relação Secreta”, como afirmado, apresenta um volume impressionante de documentos acerca da participação dos judaicos neste negócio. Liquidar tudo como “anti-semitismo” é estúpido, significa negar a História.

É estimado que o comércio dos escravos produziu noventa milhões de mortes, tudo para obter  dez milhões de escravos utilizados nas plantações: um verdadeiro genocídio. E é claro que os judeus de hoje não são responsáveis pelo que aconteceu há centenas de anos. Eram tempos diferentes dos actuais, nos quais os princípios que governavam a sociedade não eram aqueles que utilizamos hoje: julgar o passado com o nosso metro é sempre um exercício que leva a conclusões erradas, impedindo a compreensão dos acontecimentos. Na altura, por exemplo, os negros nem eram considerados verdadeiros seres humanos e a maioria da população partilhava esta visão: os que se opunham ao comercio dos escravos eram uma ínfima minoria.

Foi preciso muito tempo para mudar tais pontos de vista, mas esta foi a realidade, que se goste ou que não. Portanto a solução não pode ser mudar a história, não pode ser proibir partes dela, aprovar leis que impõem uma única verdade, proibir livros que relatam verdades inconvenientes, rotular todos como “anti-semitas”. Que é exactamente aquilo que se passa hoje: Amazon deixou de distribuir o livro, no Youtube são disponíveis os vídeos de Farrakhan mas os mais “politicamente incorrectos” foram apagados.

A solução reside em assumir as responsabilidades, de forma crítica e consciente, para que os erros do passado não voltem (ou não continuem) a assombrar o hoje. Se dum lado propor uma compensação não faz sentido (eu deveria pagar pelos erros dos meus antepassados?), do outro lado ignorar ou ocultar a História é só uma maneira de fugir ao problema. Numa altura em que a questão racial ocupa os títulos dos diários (duma forma meramente instrumental, mas não vamos falar disso agora), é justo que todos os responsáveis reconheçam os seus próprios erros e peçam desculpa se for o caso: não há por aqui povos que podem dar-se ao luxo de negar os factos.

Parece uma paradoxo, mas a luta contra o anti-semitismo (que pessoalmente apoio) passa também por aqui.

 

Ipse dixit.

3 Replies to “Os hebreus no comércio dos escravos”

  1. Ultimamente, Max, tu tens andado para lá de eficiente nas tuas leituras e investigações.
    Coloquei meu assado no forno e vim passear em II para me animar. Não deu outra, embora o que relatas não me cause surpresa, mas me esclarece.
    Eu não sei porque, mas há determinados grupos sociais que têm umas tendências nítidas e, no caso dos judeus, se ocultam facilmente atrás de uma nacionalidade, mas sua mentalidade deixa rastros indeléveis na vida vivida.
    Fazer negócio com qualquer coisa, sem a mínima preocupação de prejudicar, matar, estropiar, para mim é a cara da maioria dos judeus, provavelmente influenciados por sua religiosidade que considera o outro…uma coisa diferente dele, não digno de ser.
    Tenho lá o testemunho de gente confiável, com a qual compartilhei cama, mesa e banho. Bueno, minha possibilidade de ler o mundo passa pela convivência, e extrai pensamento dos micro mundos, principalmente. Todos em II sabem disso.
    Meu companheiro alemão e sua família, com o término da segunda guerra, passaram anos na Alemanha derrotada dormindo debaixo de escombros porque as poucas casas disponíveis e vazias por onde andavam tinham sido tomadas por judeus, que as alugavam a bom preço, evitando que os mais prejudicados pela guerra não ficassem na intempérie.
    Meu companheiro editor, sírio, falecido, teve uma primeira companheira a quem amou intensamente e que faleceu ainda jovem. Antes de nos conhecermos, namorou uma judia, israelita, enquanto passava das agruras financeiras da vida. Certo dia pediu a namorada um dinheiro emprestado para arrumar o túmulo da falecida. Ouviu uma resposta para nós, gente comum, incrível: a namorada queria saber quanto tempo demoraria para devolver a pequena quantia para estabelecer os juros. São judeus, o povo escolhido, para mim, deve ter sido escolhido pelo maior banqueiro que já viveu.
    Vou dar uma olhada no assado porque os cães foram atraídos pelo calor e pelo cheiro. Estão os dois sentados a frente do fogão. O inverno está chegando. Abraços.

    1. Ola Maria, tal qual o Max, nao ha nada q diga q tb nao me traga especial interesse. Gostaria muito de ter a chance de conhecê-la pessoalmente. Estamos tão proximas uma da outra…Isolada neste canto do país, bem a vista do litoral atlântico, eu e os dois bichanos q encontraram em mim uma boa amiga q os provê e conforta, sigo em frente na perspectiva de consolidar minha decisão. As vezes falho ao nao responder à altura a demanda por discussões tão importantes. Uma hora chegará minha vez.
      Dê a dica q irei perambular peka sua região – mesmo pq meu estoque de mel está quase no fim. Saudações a todxs.

Obrigado por participar na discussão!

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