Anonymous: a propaganda ocidental

Na semana passada (dia 4 de Fevereiro de 2021), o pesquisador Matthew Doer disponibilizou online um incrível conjunto de documentos: trata-se dos ficheiros hackerados pelo grupo Anonymous com um extenso conjunto de provas relativas ao facto dos serviços secretos britânicos (GCHQ e MI6) operarem através de uma multidão de organizações de fachada, e durante seis anos, para minar a Síria, a Rússia e uma série de outros Estados-nação soberanos.

Não é a primeira vez que Anonymous disponibiliza documentos destes tipo: já em 2018/9 tinha feito o mesmo sobre este assunto. Só que agora os velhos ficheiros são actualizados, complementados por novas provas e publicados numa espécie de “resumo integral” cujas dimensões impressionam.

Fiz uma breve pesquisa com Google para encontrar todas as notícias escritas em português, publicadas na última semana e relativas às duas principais empresas de fachada utilizadas pelos serviços secretos ingleses: a Bellingcat e a Integrity Iniciative.

Encontrei duas notícias acerca da Bellingcat:

Acerca da Integrity Iniciative: nem um resultado.

É impressão minha ou falta algo? Sim, falta mesmo… Então vamos fazer o papel sujo, aquele que os órgãos de comunicação oficial ignoram. Vamos ver como é que os serviços secretos de Sua Majestade tentam minar as políticas de vários Países, Rússia e Síria em primeiro lugar.

Aviso já: o documento original é cumprido, repleto de ligações e documento oficiais. Por aqui vamos apresentar um resumo, também porque apresentar tudo seria fisicamente impossível.

Em primeiro lugar é bom descarregar as várias centenas de documentos reunidos pelos pesquisadores: este é o link (a maioria do material está em língua inglesa). Uma vista de olhos tanto para entender que não se trata duma brincadeira, depois podemos seguir o roteiro pelo portal Telegra.ph (atenção ao ponto: não é a página do diário inglês!).

Em síntese: os documentos estão relacionados com as actividades do projecto Integrity Iniciative que foi lançado no Outono de 2015 e financiado pelo governo britânico. O objectivo declarado do projecto é contrariar a propaganda russa e a guerra híbrida de Moscovo. Escondido atrás das boas intenções está, o Reino Unido criou de facto um serviço secreto de informação em larga escala na Europa, Estados Unidos e Canadá que reúne representantes de comunidades políticas, militares, académicas e jornalísticas com o grupo de reflexão em Londres à cabeça.

Por enquanto, a Grã-Bretanha é capaz de conduzir tais operações nos seguintes estados:

Os planos a curto prazo de Londres para criar clusters semelhantes incluem a Letónia, Estónia, Portugal, Suécia, Bélgica, Canadá, Arménia, Ucrânia, Moldávia, Malta, República Checa, Países do Médio Oriente e Norte de África, Polónia, Eslováquia, Roménia, Bulgária, Geórgia, Hungria, Chipre, Áustria, Suíça, Turquia, Finlândia, Islândia, Dinamarca, e EUA.

Todo o trabalho é feito sob absoluto sigilo através de contactos ocultos nas embaixadas britânicas, o que levanta mais suspeitas de que a Grã-Bretanha esteja a usar uma desculpa plausível para criar um sistema global de influência de informação e interferência política em assuntos de outros Países.

Estruturas encobertas para actividades de manipulação política e financeira sob o controlo dos serviços secretos britânicos são criadas não só nos Países da União Europeia mas também em outros continentes. De facto, está a ocorrer uma silenciosa colonização tanto de vizinhos britânicos na UE como de aliados da NATO. Por enquanto, o grupo Anonymous tornou pública uma parte dos documentos que tem à disposição mas adverte que está pronto a revelar muitos mais segredos caso o Reino Unido não esclareça a sua posição.

Nesta óptica, é necessário entender que o apoio ao radicais islâmicos (ISIS), as “revoluções” mais ou menos coloridas e factos de crónica com grande eco internacional estão intimamente relacionados. O chamado caso Navalny, por exemplo, e todo o relativo frenesim mediático sobre o homem, foi causado pelos serviços secretos sempre com o mesmo objectivo: desacreditar os adversários, principalmente a Rússia.

Se nada disso for novidade aos olhos de quem costuma seguir tais acontecimentos, não podemos esquecer um pormenor: o grupo Anonymous apresenta uma impressionante documentação. E, como realça o mesmo grupo: “Não utilizamos provas circunstanciais de fonte aberta e não afirmamos que as provas são altamente prováveis. Mostramos documentos reais cuja autenticidade é confirmada pelo FCO [o Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, ndt]”.

De facto, o volume da documentação é assustadora assim como não pode passar despercebida a sua qualidade. Documentação que confirma as suspeitas apresentadas ao longo dos anos acerca do citado Navalny, do caso Skripal, do ataque químico na Síria,

O documento fundamental de toda a estratégia é Theory of Change, cuja finalidade declarada é enfraquecer a influência da Rússia nos seus vizinhos próximos, através da implementação de projectos ao longo das seguintes vertentes de trabalho:


Engage: trabalhar através do British Council para implementar actividades interpessoais entre as comunidades étnicas russas e as comunidades locais, a fim de desenvolver ligações de acordo com as linhas de competências do século XXI (competências em língua inglesa e literacia mediática, empresas sociais e actividades culturais).

> Resultado: as comunidades que são vulneráveis à desinformação pela Rússia são educadas e formadas em como questionar a propaganda e a desinformação, inclusive através de iniciativas intercomunitárias.

Enable: trabalhar com governos aliados através de peritos destacados para melhorar as suas comunicações estratégicas às suas populações ao combaterem a desinformação russa.

> Resultado: a capacidade é construída pelos principais governos parceiros na luta contra a desinformação e no envolvimento com as comunidades vulneráveis à desinformação russa.

Enhance: apoio aos meios de comunicação social independentes na Rússia, nas proximidades do estrangeiro, para trazer equilíbrio e pluralidade aos meios de comunicação social de língua russa, nos Estados Bálticos e nos países orientais.

> Resultado: a capacidade dos meios de comunicação social públicos e independentes da editoría é construída ou mantida, a qualidade do seu conteúdo é melhorada.

Projecto: Coordenação X-Whitehall sobre a Rússia, incluindo a tradução de documentos oficiais do Reino Unido para russo, desenvolvimento de conteúdos dos media em russo, emissão de posições do Reino Unido em russo em tempo real.

> Resultado: o conteúdo dos media do HMG é produzido em russo, visando os falantes de russo na antiga União Soviética.

Exposição: enfraquecer as posições da Rússia, desmascarando e expondo a desinformação russa em tempo real nos principais meios de comunicação social dos Países visados pela desinformação russa. Inclui apoio ao jornalismo de investigação, trabalho em rede entre ONG e financiamento da investigação sobre a desinformação russa.

> Resultado: é construída a capacidade das ONG envolvidas no desmascaramento da desinformação russa.

Quando combinadas, estas etapas devem conduzir aos seguintes resultados:

Engage + Enable = Melhor coesão social e maior aceitação dos valores universais nos três Estados Bálticos, Ucrânia, Moldávia, Geórgia, República Checa, Eslováquia e Hungria, especialmente entre as minorias de língua russa nesses países.

Enhance + Project = Melhoria da pluralidade e do equilíbrio dos meios de comunicação em língua russa na antiga União Soviética, especialmente nos três Estados bálticos, Ucrânia e Moldávia.

Engage + Enable + Enhance + Project = Governos, população e meios de comunicação social nos três Estados Bálticos, Ucrânia, Moldávia, Geórgia, Europa Central e países da NATO são mais resistentes à desinformação por parte da Rússia.


Como afirmado, este é o ponto de partida. E até aqui nada de surpreendente, pois estamos a falar de medidas básicas de contra-informação e de influência, utilizadas por todos os serviços secretos do planeta e não desde hoje: tudo isso e muito mais foi amplamente explorado durante as décadas da Guerra Fria.

O que é importante notar é que não se trata apenas de medidas “defensivas” mas também “ofensivas”. E isso choca com a mensagem que costuma ser transmitida pelos órgãos de informação do Ocidente: não há apenas uma propaganda russa (da qual ninguém duvida), há também uma propaganda ocidental contra a Rússia. Repetimos: infelizmente é normal que assim seja. O que é “menos normal” é o facto do Ocidente apresentar-se unicamente como vítima das ingerências de Moscovo e silenciar, nos factos, qualquer aprofundamento acerca do assunto.

Mas até aqui estamos perante uma atitude compreensível e lógica na óptica desta nova “guerra fria”. Menos normal é o Ocidente construir “acidentes” e massacrar inocentes para acusar o adversário. E vender tudo como “verdade” aos cidadãos ocidentais. Estes são crimes, estas são mentiras que têm como único alvo o público ocidental. Nada disso significa desmascarar as ocultas tramas de Moscovo; isso significa criar uma “realidade” que nos factos não existe e que tem como objectivo condicionar os cidadãos dos “democráticos” Países ocidentais.

É mesmo aqui que encontramos os citados casos Navalny, Skripal ou o ataque químico na Síria. Verdade pré-confeccionadas. Partindo destes episódios fabricados (e criminosos, como no caso da Síria), são criadas aquelas condições que manipulam os sentimentos das massas e viabilizam decisões como as sanções económicas ou os ataques militares no Médio Oriente).

Os dois “departamentos” que, sob a liderança dos serviços secretos ingleses, coordenam tais actividades são os citados Bellingcat e Integrity Iniciative.

Bellingcat

Wikipedia versão inglesa apresenta Bellingcat como um “site britânico de jornalismo de investigação especializado em verificação de factos e inteligência”, fundado “pelo jornalista britânico e antigo blogueiro Eliot Higgins”. Higgins, lembramos, é o “jornalista investigativo” que fez descobertas “clamorosas” acerca da Síria sem nunca ter visitado o lugar, só através de fotografias disponíveis na internet. Foi assim que conseguimos “demonstrar” que tinha sido Assad a atacar os seus concidadãos com armas químicas.

Rapidamente Higgins tornou-se um especialistas em praticamente todas as áreas: descobriu campos de treino do ISIS com Google Earth (!!!), “provou” os ataques do russos contra as forças ucranianas (com Google Maps? Não sabemos), explicou a raiva dos supremacistas brancos no ataque contra a mesquita de Christchurch, “provou” que o avião Ukrainian Airlines flight PS752 precipitou porque atacado pelas forças armadas do Irão, obviamente confirmou que Navalny tinha sido envenenado pelos russos, depois tratou da Etiopia, da Nova Guiné, do Cameroon… Higgins tornou um especialista total.

Quem apoia financeiramente Bellingcat? A família Brenninkmeijer (dona da cadeia C&A e de fundos de investimento), The National Endowment for Democracy (agência dos EUA), a Open Society Foundation de George Soros, a Digital News Initiative (basicamente: Google)… e a Lotaria Nacional de Código Postal da Holanda: não fiquem surpreendidos pois esta é financiada pela Bill and Melinda Gates Foundation, pela Clinton Foundation, por Amnesty International, pela European Partnership for Democracy (EPD), pelo Rocky Mountain Institute (energia “verde”), The Climate Group (bancos Credit Agricole, HSBC, Swiss Re, BNP Paribas), ONU…

Na prática, os serviços secretos tomaram um blogger “bombástico” para torna-lo num megafone com a tarefa de amplificar as “verdades” da propaganda anti-Moscovo.

Integrity Iniciative

Bem mais interessante a Integrity Iniciative, projecto do think tank Institute for Statecraft. A Integrity Iniciative tem a missão declarada de defender a democracia da desinformação, em particular da Rússia bem como da China e de grupos extremistas como o ISIS.

Como sempre, eis a pergunta: quem fica atrás da Integrity Iniciative? Resposta muito simples: o Ministério da Defesa do Reino Unido, a NATO, o Ministériod a Defesa da Lithuania, o Departamento de Estado dos EUA e Facebook. É preciso acrescentar mais? Sim, é.

Em finais de 2018, os meios de comunicação russos afirmaram que o grupo internacional Anonymous tinha divulgado documentos sobre Integrity Iniciative, documentos que mostravam como esta última fizesse parte de um projecto de desinformação para interferir em outros Países. Foi exactamente o que aconteceu agora com a nova série de documentos.

Na altura, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Commonwelth responsabilizou a Rússia pela divulgação dos documentos (o que pode ser) com “a intenção de confundir o público e desacreditar uma organização que está a trabalhar independentemente para enfrentar a ameaça da desinformação”. Mas nunca o Ministério tentou negar a veridicidade dos documentos publicados. Bastante significativo.

Conclusão

Fica para o Leitor o prazer de navegar entre todos os megabytes de documentos, ligações, imagens que constituem o material hackerado. Dá uma trabalheira mas se o assunto interessar então vale a pena. Aconselho partir da página principal que oferece uma visão geral das documentação dividida por tópico. Não percam tempo para visitar as ligações https://freenet.space pois reencaminham para o canal Youtube Anony Ops de Anonymous, aberto no dia 29 de Março de 2021 e, obviamente, já completamente esvaziado dos conteúdos publicados. Sigam as ligações do tipo https://telegra.ph.

Os documentos publicados pelo grupo Anonymous são importantes: não desvendam episódios novos mas confirmam da melhor forma quanto suspeitado ao longo do tempo. Não se trata apenas de contra-informação; não se trata de travar a propaganda russa (que existe) ou aquela chinesa (idem): trata-se de criar incidentes, mesmo que isso signifique a morte de inocentes, e amplifica-los; trata-se de infiltrar o mundo académico e a comunicação social para modelar o pensamento dos cidadãos em função “anti” tudo o que não for alinhado; trata-se de utilizar a censura; trata-se de justificar sanções ou até acções militares que, caso contrário, não teriam fundamentação.

Em síntese: trata-se de imperialismo escondido sob o fraco disfarce da “democracia”, um regime que, mais uma vez, promove a perigosa mistura entre público e privado.

Perguntas: é democracia aquela onde o governo manipula as opiniões dos cidadãos? É democracia aquela onde as instituições cometem crimes para justificar aos olhos dos cidadãos agressões contra terceiros? Não? Então qual a definição?

Uma olhada ao ficheiro Italia

E para falar de “democracia”: fui espreitar com curiosidade o ficheiro relativo à Italia. Na lista sobressaem dois nomes: Jacopo Iacoboni e Beppe Severigni. O primeiro é um jornalista do Partito Democrático (PD, o antigo Partito Comunista), muito ligado ao ex-líder do PD e Primeiro Ministro Matteo Renzi.

Severigni é muito mais conhecido: jornalista e apresentador televisivo, é vice-director do Corriere della Sera, ex-correspondente do The Economist, The Sunday Times, The Financial Times, docente universitário: também ele tem sido um apoiante de Matteo Renzi (portanto sempre área PD: em 2013 Renzi queria candidatar Severigni entre as fileiras do partido).

Entre os documentos relativos ao caso italiano há também movimentações de dinheiro (por exemplo para despesas de viagem ou de estadia no Reino Unido), valores de vários milhões de Euros. Em boa parte dinheiro dos contribuintes.

Não fiquei surpreendido em encontrar dois exponentes da área do PD no âmbito da desinformação anti-Moscovo, aliás, foi a confirmação de quanto já sabido: a Esquerda institucional tornou-se um dos mais fieis braços operativos da oligarquia mundial.

 

Ipse dixit.

14 Replies to “Anonymous: a propaganda ocidental”

  1. Comentários apagados.

    “Anónimo”: já tinha avisado, mais uma e fica de fora, este é o último aviso. Quem não consegue ter respeito para os colegas Leitores não merece aparecer por aqui.

    Sérgio: já estou farto da propaganda partidária e da insinuações contra o autor, agora acrescentamos os insultos aos colegas também?

    Para ambos: problemas ideológicos? Resolvam num outro lugar.

    Obrigado.

    1. Max, tudo bem, vou me conter, para isso terei que visitar I.I. menos vezes, te juro que na minha concepção não faltei com respeito à ninguém, alias minha resposta foi até muito educada perto do comentário carinhoso que recebi.

      Menos respeito Max, em nome do respeito é que o Brasil está como esta, e esse é o motivo, por excesso de respeito é que soltaram o luladrão por “falta de provas”, é por respeito que o povo se submete a usar focinheiras da moda de cores variadas e logo, por respeito à vida, matarão quem tiver opnião diferente, tempos sombrios…

      POR MENOS RESPEITO À QUEM NÃO MERECE RESPEITO!!!

    2. Max, falei de politica , quando o assunto abordado por vc foi política.

      Quando o assunto foi Covid e suas consequências. Escrevi minha opinião.

      Foram alguns comentaristas ( e penso que vc também ) que associaram erroneamente minha posição com conotações políticas. Embora eu tenha reiterado várias vezes que isso não é verdade, mesmo assim os comentários de algumas pessoas continuaram a me jogar nessa vala comum.

      Agora , só por exemplo, o prefeito de São Paulo, João Dória ( outro que também não morro de amores por ele ) é considerado de direita, mas tem opiniões iguais as minhas. Embora, também eu não concorde em 100% com ele.
      Posso citar outro , o governador de SC , que foi eleito pelo PSL de direita, defende as medidas restritivas.

      Com relação as acusações, quando eu digo: “Fulano é um idiota” . Isso é uma opinião minha , ninguém é criminoso por ser um idiota. Agora , se eu falo : ” Fulano é ladrão”, eu tenho que ter uma prova, porque roubar é um crime e chamar alguém de ladrão é uma acusação séria.

      Expus minhas opiniões com coragem, mesmo sabendo que elas não seriam aceitas. Não me escondi no anonimato.
      Se me excedi, é porque não sou perfeito e não tenho “sangue de barata”.

      Mas, foi só apertar, que o oculto se revelou.

      1. Acho que você quis dizer governador de São Paulo referendo-se a Doria. E, ele não é de direita, é de centro mas quando desce do muro invariavelmente vai para o lado esquerdo.
        Mas, não há ideologias na política atual, há apenas interesses. Talvez se você aceitar isso tudo fica mais leve.

        1. Olá Eduardo

          Sim , estou ciente, vi que escrevi errado, mas não quis corrigir, pois achei irrelevante, até porque ele já foi prefeito. Mesmo assim, agradeço.

          “Mas, não há ideologias na política atual, há apenas interesses. Talvez se você aceitar isso tudo fica mais leve.”

          Concordo, mas quando eu disse que o Dória era de direita, vc contestou na mesma moeda dizendo que ele era de “centro” e as vezes de “esquerda”, citando ideologias da mesma forma que eu.

          Eduardo, essa é a minha bronca por aqui.

          Quantas vezes o Max usou os termos direita/esquerda nos seus posts. Quando eu toco no assunto, me acusam de ainda pensar dentro da velha ideologia. Da mesma forma que vc acabou de fazer agora.

          Usei as comparações ideológicas, que embora sejam termos ultrapassados, são usados para expressar um situação especifica que pelos menos no brasil, todos entendem. Certamente , deve haver maneiras melhores de se expressar. Eu sou engenheiro, vc é médico , sabemos que o nosso forte não é letras.

          Abraço.

      2. Tá vendo Max?
        Você apagou meu comentário resposta e agora terei que dormir com este barulho de que o “oculto se revelou”…
        Mas como você disse, vou ficar no respeitinho.

    1. Nesta ligação podemos encontrar a estratégia da OTAN no que toca às campanhas de desinformação que desenvolve ou pretende desenvolver:

      – INCREASING SOCIETAL RESILIENCE: INNOVATIVE WAYS TO COUNTER DISINFORMATION, HOSTILE INFORMATION ACTIVITIES AND OTHER HYBRID THREATS

      https://www.nato.int/structur/pdd/2020/20201015_Resilience_Guidelines.pdf

      No ponto 4 do documento (página 5) vem referida qual a faixa etária prioritária que a OTAN pretende influenciar com a sua propaganda; aquela que se situa entre os 18 e os 35 anos:

      B. TARGET AUDIENCES

      While NATO’s communications efforts aim to reach the general public, the following groups are considered priority audiences for the Alliance:

      1.Successor generation (young people 18-35 years old);

      2.Influencers, opinion formers and decision makers.

  2. Zé, sabes que Sérgio é do PT, sabes que raciocina com base naquilo que diz o partido: para que provocá-lo? Depois claro que a situação descarrila. Não podes mudar o seu ponto de vista, é uma guerra perdida logo à partida.

    Há anos que nestas páginas tento convencer as pessoas a abandonar as velhas ideologias que só servem para entreter e distrair as massas. Acho que ao longo deste tempo todo não consegui fazer mudar de ideia um única pessoa. Tempo perdido? Absolutamente não, pelo contrário: não terei convencido ninguém mas encontrei muitas outras pessoas que tentam raciocinar com as cabeças delas. É para isso que continua-se a escrever e a comentar. Convencer os outros? Deixa lá, a maioria das pessoas muda de ideia só quando se mexe nos interesses delas, outras nem a fadiga de pensar fazem.

    O Brasil? Difícil acreditar que os problemas do Vosso País derivem do respeito. Mas sem respeito vai ser difícil comunicar e encontrar qualquer tipo de solução. Mesmo ontem estava a espreitar o site do PT (devo ter uma costela masoquista): se aquilo é o espelho da política no Brasil, então a situação é dramática pois há uma exepcional extremização de qualquer assunto. “Milícias”, “genocídio”, “black power”… não admira que depois qualquer coisa seja o gatilho para lutas de teclado, que seja impossível falar do Brasil de forma calma.

    Não quero que esta luta entre pobres ocupe as páginas de I.I., não acho que seja pedir muito. Também porque estou convencido de que ao hospedar a tal luta prestaria um péssimo serviço aos Brasileiros: tudo acabaria numa infinita troca de insultos. Que é exactamente a finalidade de quem deseja que esta luta continue para manter o Brasil como está. Ou acham mesmo que tudo não passa duma genuína luta ideológica?

    1. Max, NUNCA acessei o site do PT na minha vida.

      Sou PTista?

      Sou contra as cotas raciais .

      Sou contra a descriminalização das drogas.

      Acho que todas pessoas tem que ter os mesmos direitos e deveres , mas sou contra o ativismo LGBT.

      Acho que o índio é o legitimo dono da terra, mas gostaria que houvesse uma clara definição sobre quem tem direito a ser considerado um indio.

      Sou a favor de pena de morte em casos de reincidência.

      Será que o PT me daria uma carteirinha de sócio?

      Desculpe, Max, mas vc não sabe nada a meu respeito.

      1. “Desculpe, Max, mas vc não sabe nada a meu respeito.”

        É engraçado ler isso porque lembro que Sérgio acusou-me de não ler os comentários, de ignorar as suas fontes, etc. Na altura pensei “Mas como se atreve?”. Pelo visto Sérgio partilha a minha visão quando for Sérgio for o visado. Não acha curioso?

        Olhe Sérgio, a ideia com que fiquei é que você é do PT. Que fique claro: pertencer a um partido não é uma culpa, do meu ponto de vista é uma doença (independente de ser PT, PSL ou seja lá qual for). Se Sérgio não for do PT fico contente por ter errado pois significa que Sérgio não está doente.

        Todavia, tenho que pedir moderação. Não há Leitores superiores aos outros e Sérgio sabe que errou (tal como errou o “Anónimo” a provocar). O único que aqui pode insultar sou eu por direito divino (vou dar umas dicas: a minha mãe chamava-se Maria e eu nasci no Dia de S.João Baptista, é preciso dizer mais?). Fechamos o episódio, inútil continuar. Só peço respeitinho a ambos, ok?

        Obrigado.

  3. Uma das consequências mais perniciosas dessas ações ocultas que se tornam as palavras oficiais da mídia é o ódio que gera nas pessoas.
    Quem odeia, não pensa. É levado puramente por um sentimento hostil que se nega a ouvir o outro. Ruim, muito ruim.
    Sem as pessoas perceberem está se desenvolvendo em quase todos nós no planetinha.
    Acompanho no whatzap discussões entre pessoas comuns de todos os matizes de base ideológica. É um esforço que faço para “expiar as minhas culpas”. Dá medo! Não respondo, não comento, só acompanho. Por um lado uma total falta de informação fidedigna, e por outro um descarregamento de fel que me leva a pensar que estas organizações britânicas de informação para uns e desinformação para outros vem sendo coroada de êxito.
    O trabalho de investigadores fidedignos é absolutamente importante. Lástima que chega a poucos.
    A divulgação por II me parece que exige continuidade neste sentido.

Obrigado por participar na discussão!

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