Vacina, as reacções adversas (até 13 de Março de 2021)

Continuemos com a espreitar as reacções adversas provocadas pelas vacinas através dos dados da Eudra Vigilance, o departamento da Agência Europeias dos Medicamentos que, lembramos, limita a recolha de dados aos Velho Continente (mais precisamente: Espaço Económico Europeu, o que não é a Europa toda) mais Reino Unido.

Para aceder aos dados, lembro o link: Database.

Novidade a respeito da anterior actualização: há os primeiros dados da vacina Astra Zeneca também o este aspecto é interessante dado que nestes dias o produto está a ser bloqueado por vários Países coma acusações de ser perigoso.

Infelizmente, continua a faltar um dado absolutamente central: o número das vacinas subministradas. Isso significa que é impossível extrair o rácio entre número de subministrações e número de reacções adversas.

Lembro que os dados de carácter geral que é possível obter do conjunto apresentado pela Eudra Vigilance são os números relativos ao casos por cada reacção. Na prática, a agência relata o desfecho final da reacção adversa, dividido entre:
  • casos fatais
  • não resolvidos
  • não especificados
  • resolvidos
  • resolvidos com consequências
  • em recuperação
  • desconhecidos

Aqui vamos observar os casos mais graves, aqueles “fatais”, “não resolvidos” e “resolvidos com sequelas”, ignorando os “não especificados” e os “desconhecidos” (atenção: os casos com desfecho definido como “desconhecido” representam uma percentagem muito significativa do total das reacções adversas).

É também importante realçar como os “casos não resolvidos” e os “casos resolvidos com sequelas” indicam na verdade um amplo conjunto de consequências, de gravidade variável: não seria correcto assumir todos estes como casos “graves” porque assim não é. Todavia, dado que estamos a falar de produtos oficialmente “inócuos”, não deixa de ser interessante realçar tal aspecto.

Os dados estão actualizados ao dia 13 de Março de 2021.

Vacina Pfizer/Biontech

A vacina conhecida como Pfizer até agora provocou 102.100 reacções adversas. Lembramos: fala-se aqui de qualquer tipo de reacção, tanto grave quanto leve.

O País com o maior número de acontecimentos adversos é a Itália, seguida por França, Holanda e Espanha. Portugal ocupa a 6ª posição (o mês passado encontrava-se na 7ª) com 2.498 casos.

Entre os eventos mais frequentemente notificados encontram-se perturbações gerais e/ou relacionadas com o local de administração, perturbações do sistema nervoso, perturbações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo e perturbações gastrointestinais. Neste caso a tendência confirma quanto observado anteriormente.

Os dados acerca das faixas etárias e do sexo continuam a não ser particularmente significativos uma vez que o processo de vacinação, após ter envolvidos numa primeira fase os profissionais de saúde e o pessoal paramédico, agora interessa profissões ou idades escolhidos tendo como base critérios que variam de País em País mas que, no geral, continua a pôr a tónica em determinadas profissões ou idades.

Até a data a vacina Pfizer provocou (entre parênteses aspas a situação do mês anterior):

  • 2.540 mortes (1.385)
  • 41.462 casos não resolvidos (22.580)
  • 2.231 casos resolvidos com sequelas (1.182)

Vacina Moderna

Ainda poucos os dados da vacina Moderna.

Para já podemos observar 5.939 casos de reacção adversa, de gravidade variável.

A distribuição geográfica vê o País mais atingido a Holanda seguida por Espanha, Italia e França. Portugal ocupa a 9ª posição com 84 casos.

Mais, a tipologia das reacções adversas reflectem aquela da vacina Pfizer: perturbações gerais e/ou relacionadas com o local de administração em primeiro lugar são as reacções mais comuns, perturbações do sistema nervoso em segundo, depois perturbações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo e perturbações gastrointestinais em último lugar.

Quanto aos dados acerca da faixa etária e do sexo, vale quanto afirmado anteriormente no caso da vacina Pfizer, sendo que no caso da Moderna a limitada utilização torna os dados ainda menos significativos.

No caso das reacções adversas dividias por categoria, até agora, a vacina Moderna provocou (entre parênteses a situação do mês anterior) :

  • 973 mortes (148)
  • 3.049 casos não resolvidos (795)
  • 36 casos resolvidos com sequelas (103)

Obviamente, perante o último resultado (36 casos resolvidos com sequelas neste último mês, 103 no mês anterior), tive que refazer as contas. E o total apresentado para este mês (36 casos) está correcto perante os dados apresentados. Honestamente, não posso excluir totalmente a hipótese dum meu erro ocorrido no mês anterior, embora o cuidado posto nos cálculos seja elevado (cada cálculo, por exemplo, é efectuado duas vezes): ainda por cima, não é possível verificar os dados anteriores no database da Oracle, pelo que não dá para refazer as contas.

Considerado que por enquanto não há uma explicação melhor, e excluindo um erro na origem ou até uma posterior modificação no database, a coisas mais simples é assumir um meu erro na recolha dos dados: veremos qual a situação no próximo mês.

Vacina AstraZeneca

Acabamos com a nova entrada: a vacina da AstraZeneca. Para já podemos observar 54.571 casos de reacção adversa, de gravidade variável.

Aparentemente muitos mas continua a ficar a dúvida: quantas doses foram subministradas?

A distribuição geográfica das reacções adversas vê me primeiro lugar a França, depois Italia, Noruega e Áustria. Portugal ocupa a 11ª posição com 202 casos.

A tipologia das reacções adversas reflecte aquelas das vacinas Pfizer e Moderna: perturbações gerais e/ou relacionadas com o local de administração em primeiro lugar são as reacções mais comuns, perturbações do sistema nervoso em segundo, depois perturbações músculo-esqueléticas e do tecido conjuntivo e perturbações gastrointestinais em último lugar.

Acerca das reacções adversas dividas por categoria: tem sido extremamente complicado aceder aos dados, é provável que, dada a ampla cobertura mediática ligada à suspensão da vacinas AstraZeneca em vários Países, o número de consultas online tenha aumentado e o server da Oracle tenha entrado em sobrecarga. Resultado: uma hora só para visualizar os dados.

Os valores são no caso da vacina AstraZeneca são os seguintes:

  • 451 mortes
  • 38.800 casos não resolvidos
  • 2.234 casos resolvidos com sequelas.

 

Resumo dados Pfizer/Biontech, Moderna e AstraZeneca

Portanto, segundo os dados fornecidos pela Agência Europeias dos Medicamentos relativos ao processo de vacinação em curso na Europa, as vacinas provocaram até agora (entre aspas a situação do mês anterior):

  • Reacções adversas: 162.610 reacções adversas de gravidade variável (55.975)
  • Mortes: 3.964 (1.533)
  • Casos não resolvidos: 83.311 (23.375)
  • Casos resolvidos com sequelas: 4.501 (1.285)

Lembro mais uma vez: estes são exclusivamente dados oficiais fornecidos pela Agência Europeia de Medicamentos.

Como curiosidade estatística: o total das reacções adversas quase quintuplicou, os casos não resolvidos aumentaram dum factor 3.5, os casos com sequelas também 3.5, as mortes “apenas” 2.5.

 

Ipse dixit.

As reacções adversas até 13 de Fevereiro de 2021

As reacções adversas até 23 de Janeiro de 2021

6 Replies to “Vacina, as reacções adversas (até 13 de Março de 2021)”

  1. Eu acredito, que o número de mortes pela VACINAS no mundo, está na faixa entre 100 mil e 500 mil mortos. Agradeço pela oportunidade, e peço a todos que NÃO ESMOREÇAM!!!

  2. Aqui na terra catarina a preocupação de todos que podem tomar decisões é não se “queimar” politicamente.
    Então é gracioso observar o jogo de empurra dos senhores e senhoras responsáveis. Parece jogo de futebol de várzea. O executivo depois de jogar a bola no seu campo, passa para o judiciário que passa para os técnicos de saúde… Isto tudo em função do próximo fechamento de 14 dias.
    Na arquibancada os empresários gritam que não, a maioria do povo grita que sim, os médicos em geral gritam que sim, e por enquanto o jogo está empatado, com fechamento parcial.
    Como nada é o que parece, ninguém está preocupado com saúde, ou erário público, pelas condições de contrato a não ser o povo medroso. Tanto é que foram encomendadas recentemente vacinas da Pfizer, enquanto tenham sido proibidas em diversos países.
    Há também um fator que faz oscilar a balança política. Foram registradas manifestações gigantes contra o fechamento Brazil a fora, todos com a bandeira verde e amarela ou camisas amarelas. Daí que fiquei em dúvida se é o povo do Bolsonaro, ou se junto tem a parcela lúcida do povo.
    Enfim…quem fará gol eu não sei.

    1. É Maria, o que na verdade o que “eles” estão tentando esconder é que uma grande parte desse povo verde e amarelo foi é pra porta dos quartéis pedir para o Exercito tomar o STF e o Legislativo da mão dos criminosos…
      E se a maioria do povo não se der conta do que esta acontecendo e ficar discutindo “Bolsonarisses” e não optar pela via armada do povo desarmado, cairemos como cordeiros para o o abate.
      É melhor morrer de pé, do que viver ajoelhado!!!

      1. E os telespectadores assistindo e comendo pipoca dando risada e tirando selfies, preferem morrer sentados… Lamentável.

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