Fernando Nobre é uma figura muito conhecida em Portugal: médico, activista, professor universitário e político.
Licenciado e doutorado em Medicina como especialista em Cirurgia Geral e em Urologia, docente nas disciplinas de Anatomia e Embriologia, na Bélgica iniciou a colaboração com os Médicos Sem Fronteiras, do qual foi membro e administrador. Regressado a Portugal, fundou a Assistência Médica Internacional, organização não-governamental, da qual é presidente. Através da AMI participou como cirurgião em mais de duzentas e cinquenta missões de estudo, coordenação e assistência humanitária em cerca de setenta países. É professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, e noutras universidades privadas. Integra o Conselho Geral da Universidade de Lisboa, é presidente da Assembleia-Geral do Instituto da Democracia Portuguesa, vogal do Conselho Fiscal do Centro de Apoio a Vítimas de Tortura, membro da Sociedade de Geografia de Lisboa e da Comissão de Honra de Homenagem a João XXI.
Já candidato ao cargo de Presidente da Assembleia da República, em 2012 assumiu pertencer à grande Loja do Oriente Lusitano, defendendo que os membros das lojas maçónicas se devem assumir como tal.
Pessoalmente não posso perdoar ao Nobre o facto de ter aceite o convite de Pedro Passos Coelho para ser cabeça de lista em Lisboa nas eleições legislativas, há alguns anos atrás. O governo de Passos Coelho representou um dos pontos mais baixos alcançados por este País: e isso nada tem a ver com a cor política (que já não tem importância), apenas com as escolhas daquele governo. O facto de Nobre ter sido um dos cúmplices políticos não pode passar esquecido, fica como mancha indelével.
Resumindo: não gosto dele. Mas nesta entrevista fala-se de Medicina, portanto a palavra é para o médico: antes um breve excerto da entrevista conduzida por Rui Unas no âmbito do programa Maluco Beleza. Pouco mais de dois minutos, uma espécie de preview com legendas:
Gostaram? Mas a parte mais interessante é sem dúvida aquela de meia hora, para a qual infelizmente não há legendas. Em qualquer caso, está aqui:
Ipse dixit.
Olá Max: esse senhor é uma pessoa que merece o adjetivo de excepcional. É dos humanos que deveriam permanecer no planeta, lúcido e firme, por muitas décadas mais.
Obrigada pela oportunidade de ouvi-lo.
Tenho a honra de assumir que teve o meu voto desde o 1º dia, quando soube que seria candidato à presidência da República Portuguesa em 2012… e porra, o meu povo preferiu um tecnocrata pidesco (2 vezes).
Não é de facto um santo, longe disso e por isso um como nós. Mas sempre assumiu as suas convicções e posições politicas com frontalidade e seriedade e daí a credibilidade que lhe dei desde o 1º momento.
Mais importante e maior era e tem sido desde sempre a sua faceta humanista e o trabalho realizado pela AMI.
Sugiro a leitura do livro Humanidade, editado em 2009.