Oh Meu Deus, a censura! (com update)

Olá pessoal!

Nos últimos tempos tem sido cada vez mais evidente a tentativa por parte de alguns comentadores de prejudicar a função do espaço dedicado aos comentários para:

  1. atacar os autores de Informação Incorrecta
  2. introduzir um clima de constante fricção
  3. falsear a linha editorial de I.I. com acusações sem sentido.

O primeiro ponto não é muito relevante, pois apenas demonstra os limites de quem critica.

O segundo ponto é já mais importante, pois sempre achei os comentários uma parte fundamental de I.I. e uma valiosa fonte de informação e troca de ideias.

Mas o que não posso permitir é o terceiro ponto e depois de repetidas tentativas de levar os protagonistas destas acções à razão, e considerando a falhanço destas tentativas, vejo-me obrigado a introduzir a moderação dos comentários. Esta é uma acção que detesto, pois contrária aos princípios de I.I., mas que é necessária quando alguns comentadores utilizam a total liberdade de expressão aqui garantida exclusivamente para fins pessoais e, em resumo, para sabotar a actividade destas páginas.

A minha primeira decisão tinha sido a de ignorar os tais comentários, mas uma vez que nas últimas horas a ofensiva começou a concentrar-se em ataques contra a linha editorial de I.I., a mesma com já uma década de existência, é necessária uma intervenção para que na óptica de qualquer Leitor fiquem sempre claros quais os pontos de vista defendidos nestas páginas (pontos de vista que podem ser consultados no Manifesto de Informação Incorrecta).

Na prática, esta medida significa que a partir de agora os comentários não serão publicados em tempo real mas apenas depois de serem verificados por mim. E dado que o Max não vive sempre na frente do computador, será normal ter um tempo de espera entre a apresentação do comentário e a sua efectiva publicação (espera que nunca será ultrapassará as 24 horas).

Peço desde já desculpa pelo incómodo, lembrando que se trata de uma medida temporária. Não é a primeira vez que a total liberdade de expressão aqui garantida é explorada para prejudicar a normal troca de opiniões e nem será a última. É precisa paciência, mais nada.

Update

Graças à intercessão pessoal de Krowler, que assim decidiu defender a liberdade de expressão humana e o amor à discussão, a censura é levantada. É festa! Bem vinda de volta Liberdade!

Mas a espada de Dâmocles continua a pairar sobre a cabeça dos malfeitores: a Justiça seguirá o seu curso, monitorizando os acontecimentos e intervindo impiedosamente contra aqueles que abusam da liberdade concedida para oprimir as ideias dos inocentes e os sagrados e incorruptíveis ideais da Informação Incorrecta. Ai de si!

Agora a Justiça vai comer porque ainda não almoçou.

 

Ipse dixit.

16 Replies to “Oh Meu Deus, a censura! (com update)”

  1. Caro Max, divirjo de você no atacado, mas respeito seu varejo…não esmoreça na sua luta contra a intolerância!

  2. Há algo pior do que a censura explícita, é a manipulação da censura. E como ela se dá. Como uma forma de editar não opiniões despropositadas, mas fatos, acontecimentos e principalmente processos históricos que determinaram o mundo presente. Quanto a dita linha editorial do II, ela é explicitamente anti-sionista, que intencionalmente ou não, serve como um recorte recente do passado envolvendo elites judaicas, que dessa forma são ignoradas ou desprezadas em sua longa trajetória de dominação global, muito anterior ao surgimento de uma de suas tantas ramificações, o sionismo.
    Não há como minimamente entender o funcionamento mundo com uma abordagem tão recortada. E isso não é opinião, é constatação. Agora, o editor do II deve definir o que quer do blog: uma linha editorial exclusivista ou extensivista. Seja claro e defina. E terás todos seus espelhos a segui-lo…
    PS: qual o moral que o blogueiro tem para censurar se recorre a adjetivos pejorativos tanto qto os comentadores por ele visados?

    1. Começamos pelo fim.

      A moral do blogueiro fica intacta pela simples razão não recorreu a “adjetivos pejorativos”, como doutro lado não costuma fazer. Se a intenção tivesse sido ofender, bem outros teriam sido os termos utilizados. Se o desejo tivesse sido a pura ofensa, por exemplo, teria escrito “idiota” sem acrescentar mais nada. “Idiota integral” é diferente, tal como expliquei na altura. Atrevo-me a dizer que até é carinhoso e uma atenta leitura do meu comentário deixa vislumbrar entre as linhas palavras de aprecio para o “idiota integral”. Aprecio que não faria sentido numa troca de ofensa e que ficaria totalmente fora do contexto no caso dum Leitor (tu) que convidei de forma clara e inequívoca a publicar as suas ideias, mesmo que não concorde com elas.

      Claro, depois podemos ignorar tudo, ficar com a interpretação literal das palavras e fazer os ofendidos. Mas quando me relaciono com os Leitores parto sempre da ideia de que do outro lado haja uma pessoa com inteligência suficiente para compreender certas coisas deixando de lado as infantilidades. Ou será que estou errado?

      Quanto ao resto. Uma das coisas que invejo às religiões é a fé. Eu não tenho fé e sinto falta dela, porque a fé consegue dar certezas e eu tenho bem poucas certezas. O Idiota Integral tem certezas, encontrou a raiz do mal absoluto, não precisa procurar mais nem questionar-se. Resumindo: tem uma fé. Bom para ele, é algo perfeitamente legítimo, mas não é a minha praia. A minha praia é a dúvida, constante, porque vivemos numa ilusão e só o continuo questionar-se pode evitar as armadilhas das falsas certezas que são nós vendidas.

      Defini a linha editorial de I.I. ao abri-lo e falei dela inúmeras vezes: nem exclusivista e nem extensivista mas sim “pesquisista”. E suma, trata-se de procurar, mesmo sabendo que qualquer resposta encontrada poderá apenas ser temporária e sempre sujeita à escrutínio. Por aqui não são vendidas Verdades Absolutas porque ninguém as tem. É por isso que um dos melhores elogios que o Leitor pode fazer-me é de ser “contraditório”: por vezes vou ler quanto escrevi há anos e reparo em diferenças com a minha actual visão das coisas. É um problema? Ao contrário, é motivo de satisfação: chama-se “crescimento”, pois a contradição é a passagem obrigatória de quem põe a dúvida em primeiro lugar. Entendo que seja um ponto de vista muito distante daquele do Idiota Integral, até inconcebível, mas mesmo é assim legítimo e pretendo que seja respeitado, algo que o Idiota Integral recusa fazer. Se o fizesse, continuaria a apresentar as suas opiniões deixando duma vez por todas a tentativa de impingi-las ao autor ou aos Leitores. Mas não, não consegue e até põe um ultimatum: “Seja claro e defina.”.

      Não, querido Idiota Integral, não vou assumir que a origem de todos os males seja o Sionismo, é absolutamente inútil insistir. Não posso dizer “nunca vou admitir isso” porque nunca se sabe na vida (a dúvida, sempre ela!), mas, apesar do profundo desprezo que sinto para com o Sionismo, por enquanto continuo a ver outros actores na cena.

      Querido Idiota Integral, já disse e vou repetir: acho que tens o que for preciso para partilhar o teu conhecimento mas, se o desejo for interagir com o próximo (falo aqui no digital, não te conheço pessoalmente), tens que começar a ser um pouco mais “elástico”. É justo defender as nossas ideias (eu faço isso, como todos), mas não podemos partir do princípio que os outros estejam sempre errados. A vida não é só preta ou branca, na maior parte dos casos é cinzenta e este é o caso: às vezes posso estar certo eu, outras vezes estás errado tu. Ah, não, não era assim: “às vezes posso estar certo eu, outras vezes estás certo tu”, é isso.

  3. Max,
    A não publicação em tempo real dos comentários vai cortar a discussão de muitos temas, discussão essa que é prática corrente no blog. Por isso não concordo com a censura à priori, tipo ‘Precrime’.
    A haver censura, cujo mérito não vou aqui discutir, esta deveria ser feita só depois do comentário publicado.

    1. Isso é verdade também. E não dá jeito estar sempre com o smartphone na mão para ver se há ou não algo para moderar. Ok, abandonamos o precrime e passamos ao postcrime.

      Na verdade haveria outra solução: uma censura ad hoc, de tipo pessoal, que consiste em bloquear o utilizador (o relativo endereço IP). Mas espero sempre que os infractores entendam o espírito que sempre foi de I.I. e tenham uma atitude mais responsável na utilização dum espaço que nasceu para ser de todos os Leitores. Pelo que, vamos abolir a censura e voltemos à normalidade.

      Viva a Liberdade: ou liberdade ou morte!

  4. Max, a censura é uma má política pois isso é fazer o jogo daqueles(as) que através dos seus comentários tentam sabotar o trabalho desenvolvido pelo blogue e desacreditar o seu conteúdo.

    A estupidez, a ignorância, e a má-formação, devem ser expostas e não ocultadas, para que todos aqueles que pensam pela sua própria cabeça e são capazes de raciocinar e interpretar, possam ter umas barrigadas de riso com a imbecilidade dos outros.

    Mas que fique claro que a Liberdade de Expressão e a Liberdade de Opinião têm de ser escrutinadas, e não se pode admitir que esta plataforma seja utilizada para ofender quem nela participa ou mentir acerca da mesma.

    E visto que esta publicação é relativa à censura, desde já informa-se os estimados Leitores(as) do blogue Informação Incorrecta (II) que a comunidade de software livre Mozilla, acaba de defender explicitamente a censura na Internet, através de uma publicação no seu blogue onde afirma que não basta silenciar ou remover usuários, é preciso fazer mais:

    – We need more than deplatforming

    https://blog.mozilla.org/blog/2021/01/08/we-need-more-than-deplatforming/

    Tenha paciência Max, mas quando tiver oportunidade escreva uma nova publicação sobre navegadores, pois alternativas precisam-se.

    Para já sugiro o navegador Opera ou para quem quiser se aventurar o navegador russo Yandex.

    Também seria interessante começar a procurar alternativas para o blogue no que toca a redes sociais; existem boas hipóteses como o VK, Parler, Mastodon.

    Ou criar um canal no Telegram ou Signal.

    P.S.: A melhor maneira de receber informação e estar informado é através de «newsletters» via correio electrónico, onde é a própria pessoa que escolhe e se inscreve para receber o seu conteúdo não existindo censura, ao contrário das «redes sociais» que na sua maioria manipulam o conteúdo que visualizamos ou censuram o mesmo.

    1. JF!

      A intervenção de Mozilla é mais um sinal da triste direcção que está a ser tomada pela empresa, que deseja juntar-se aos “grandes”. Algo já visto em 2017, quando começou a colaboração com Microsoft, Google e Samsung para a criação dum novo navegador.

      Mas até lá atenção: Firefox é ainda um navegador open source, portanto de código aberto. Isso significa que qualquer programador pode verificar o código e esta é uma garantia. Google Chrome e Opera não são open source e, enquanto o primeiro é distribuído com uma licença BSD, o segundo tem uma licença “fechada” (de facto: é privado) e desde 2016 pertence aos chineses Qihoo 360 e o bilionário Zhou Yahui. Quemmais preocupa é a empresa Qihoo 360 que tem um péssimo historial feito de backdoors e falsas Autoridades de Certificação vendidas por israel.

      Yandex? Gosto dele mas não utilizo por duas razões: 1. não é portátil 2. colabora com o Serviço Federal de Segurança Russo (FSB), mesmo sem ter entregue as chaves de encriptação dos seus serviços (na prática: limita-se a passar ao ex-KGB os dados).

      Na verdade é cada vez mais complicado sugerir um navegador “seguro”. No futuro é muito provável que também Firefox acabe por ser substituído por outro navegador não open source de Mozilla, mas até lá fico com ele também porque os possíveis substitutos (Pale Moon ou o interessante Bailisk) apresentam perigos devidos à ancianidade do projecto de base (ambos são versões antigas de Firefox). Única viável alternativa open source é Chromium.

      Se a prioridade é encontrar um navegador verdadeiramente “seguro”, então as únicas escolhas sérias são Lynx e Links, ambos inteiramente open source e textuais. Seguros? Sim. Práticos? Nem por isso.

      1. Não estava a referir-me a questões de segurança e qualidade dos navegadores, nesse aspecto o Firefox é o melhor e o mais prático, mas o boicote ao mesmo deve ser efectuado, pois jamais uma empresa ou organização que disponibiliza um navegador, e afirma defender o software de código aberto assim como a liberdade e a privacidade na Internet, pode incentivar a censura e o silenciamento dos usuários.

        É uma enorme contradição.

        Se a Mozilla não concorda com a opinião de fulano ou sicrano, deve expor com certeza as suas razões, e se achar por bem, levar aquilo que lhe causa angústia ou prejudica, aos tribunais que é onde se resolve as questões pertinentes nas sociedades civilizadas.

        Não apelar à censura, silenciamento, boicote, ou perseguir alguém por delito de opinião; a Internet não é uma monarquia constitucional, nem uma ditadura nacional-socialista ou fascista, nem tão pouco o tribunal da Inquisição.

        Esta atitude por parte da Mozilla, revela somente uma coisa, que de independente e livre nada tem, e tenta neste momento passar um atestado de estupidez a biliões de cidadãos ao redor do Mundo, quando afirma que aquilo que ocorreu recentemente no edifício do Capitólio nos EUA foi causado pelas publicações feitas numa rede social pelo s. Trump, esse indivíduo maroto e malvado.

        Quanto a alternativas navegáveis, também existe o Vivaldi que é dos antigos funcionários do Opera.

  5. Smartphones
    Parece que o telemóvel é uma péssima companhia. Estou a ponderar mudar para Ubuntu Touch ou outra alternativa minimamente segura
    Alguém por aqui a usar smartphones fora dos sistemas Android ou Iphone?

  6. Bem isto hoje está ao rubro, agora é a Google que pretende censurar a rede social Parler, e provavelmente terá o apoio da Apple:

    – Google Pulls Parler, Apple May Follow, After Use in Capitol Riot

    https://www.bloomberg.com/news/articles/2021-01-08/apple-threatens-to-remove-parler-after-app-used-in-capital-riot

    Aparentemente tudo isto se deve ao facto do Presidente Trump ter aderido a essa rede social, por tanto se emprensas privadas têm o poder de silenciar o presidente de um país, eu nem quero imaginar o que farão ao cidadão comum.

  7. Não sei quantos comentarios foram censurados, a censura não revela, mas parece que um dos meus comentários foi alvo da censura do II , alegadamente um comentário sabotador do trabalho de blog, talvez … os leitores nunca saberão ! Serão remetidos á ignorância porque o supremo blogueiro nada tem de justificar afinal de contas e como muito bem diz , é ele que paga o servidor, e os leitores? Apenas tem que confiar no supremo blogueiro e tudo correrá bem, terroristas da blogosfera como P.Lopes devem ser reeducados ou banidos deste paraíso de comentários em linha com o pensamento do blog ou moderadamente desviantes .
    Parece que no novo normal tudo deve ser esterilizado e os comentários não são excepção.
    Pois bem, P.Lopes o insidioso comentador tem um desafio ao blogueiro e aos comentadores seus pares!
    Colocar aqui o blasfemico comentário, o blogueiro que diga exactamente onde aquele comentário se excedeu ou sabotou o trabalho do Blog. Terá sido esse comentário mais satírico do que aquilo que aqui se escreveu sobre Greta ou sobre Chomsky? A verdadeira linha editorial do Blog é o que ele realmente escreve ou o que ele anuncia em abstrato como sua intenção ?
    E depois deixar que os comentadores se pronunciem. O comentario deve ser julgado pelos pares do comentador, o comentário deve ser julgado e não o comentador , do mesmo modo que um homem deve ser julgado pelo seu crime e não pela sua forma de vida.
    O supremo Blogueiro atreve-se a confiar a espada de Dâmocles aos comentadores de II ?
    Não é assim em democracia ?
    E qual será a moldura penal ? Proponho o banimento do delinquente! Se for reconhecida a razão ao blogueiro pela maioria dos comentadores , P.Lopes retira -se de comentador , sem surgir com outros pseudônimos, sem mais delongas , retira -se apenas e para sempre .
    Há coragem para isso? Haverá imparcialidade ? O desafio está lançado !

  8. O blogueiro insiste em tentar enquadrar minha visão de mundo a seu bel prazer. Desde qdo que instei o sionismo como única fonte de dominação mundial? Jamais. E o faz com o propósito de recorte do processo histórico muito mais amplo e muito anterior ao próprio sionismo e que envolve diretamente as elites judaicas orientais e ocidentais. Quanto a prerrogativa da dúvida, sem dúvida é imprescindível, mas isso não significa que fiques limitado ou impedido de constatar muitas realidades quase que imutáveis. Quanto ao artifício do uso da literalidade textual ou não, é algo que dispensio pois a vejo como um artifício literário em relação ao próprio conteúdo onde está inserida. Já o “mal absoluto” é uma alegoria criada pelos escribas ao serviço dos dominantes ao longo do tempo, que o blogueiro faz uso para folclorizar o pensamento que julga inconveniente. Diz: “a fé dá certezas”. Não, caro Blogueiro, e vc sabe disso, a fé (e seu fanatismo) produz muito mais crenças aleatórias voltadas a subsistir um indivíduo precarizado e sedento por um ente que lhe dê as cordenadas. E, falando de dúvidas, quem sabe possa elucidar a menção feita num artigo dos últimos dias de que os judeus Rothshild controlam o Banco Central da China?

  9. Olá Max: No meu jeito de pensar, Krowler tem razão.
    Olha que um comentário bem feito que diverge do nosso pode contribuir à reflexão.
    Agora uma coisa me parece que acontece aqui e pode ser simplesmente ignorada. Acontecem comentários dirigidos ao blogueiro ou aos comentaristas que nitidamente aspiram a confusão e o prejuízo de um blog tido e havido por nós como um dos melhores senão o melhor, no sentido da árdua pesquisa que realiza e às opiniões inteligentes que apresenta.
    Apresentar e não alimentar, respondendo às manifestações deste tipo, me parece uma boa opção. Basta dizer, se alguém deseja manifestar-se contrário: no sense.

Obrigado por participar na discussão!

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