Coronavirus: o inferno na Suécia

Enquanto praticamente todo o mundo está a fechar-se em isolamento para conter a pandemia causada pelo Coronavírus, há um País europeu que decidiu ir contra esta tendência.

A Suécia introduziu poucas restrições obrigatórias para combater a Covid-19, ao contrário da maioria dos outros Países que adoptaram uma abordagem mais dura. Os trabalhadores e as empresas suecas continuam a operar em grande parte como o habitual, com o governo a adoptar uma abordagem soft em relação à pandemia.

Há algumas restrições em vigor, tais como limitar as reuniões a 50 pessoas em vez de 500 e, sempre que possível, trabalhar e estudar a partir de casa. O público também é aconselhado a praticar o distanciamento social, mas as medidas não são tão rigorosas como na maioria dos outros Países: não há obrigações, há aconselhamentos. E a vida, social e económica, continua.

Na passada Sexta-feira, o Primeiro Ministro Stefan Lofven advertiu acerca de “muitas semanas e meses difíceis pela frente”. O seu discurso recebeu ampla aprovação, de acordo com a empresa de pesquisas Novus: não há necessidade de um bloqueio nacional.

Cientificamente, Paul Franks e Peter Nilsson, professores de epidemiologia da Universidade de Lund, sugerem que mesmo esta falta de acção coercitiva faz que o País espere uma taxa de hospitalização muito menor do que em outros Países. Isso porque muitas pessoas infectadas mas não sofrem de sintomas, mantendo-as afastadas do sistema de saúde.

Até agora, não existe um programa de rastreio generalizado, por isso não existe uma imagem precisa de quem tem e não tem COVID-19 na Suécia. O governo tenciona testar principalmente os trabalhadores da saúde e outros em empregos chave.

Em suma, a Suécia nesta altura deve ser um inferno: milhões de pessoas contagiadas, idosos que morrem na rua sem nem saber a razão, órfãos que choram, pilhas de cadáveres. Ou talvez não.

Os casos na Suécia ultrapassaram os 4.000 contagiados, com 146 pessoas mortas após terem contraído doenças respiratórias. Há 39.6 casos reportados por 100.000 pessoas na população sueca, uma taxa semelhante à do Reino Unido (33.8 por 100.000 pessoas).

“Ehhhh, mas não podemos comparar a Suécia com outros Países”. A Suécia tem a mesma população de Portugal.

“Ehhhh, mas a população é distribuída de maneira não uniforme no território”. Exactamente como acontece em Portugal.

“Ehhhh, mas aqui estamos mais protegidos”. Na Suécia há 4.000 contagiados, em Portugal são 8.251. Na Suécia há 146 mortos, em Portugal 187.

“Ehhhh, mas na Suécia o clima é mais frio”. De facto, todos afirmam que o calor é inimigo do Coronavirus.

“Ehhhh, mas o vírus aqui é mais perigoso”. E onde está escrito isso? “Em lado nenhum”. Exacto.

 

Ipse dixit.

16 Replies to “Coronavirus: o inferno na Suécia”

  1. Max de esse números de mortos são de dados oficiais? É que no Worldometers reporta 239 mortes.
    E também há o caso de Israel.
    Cumprimentos…

  2. A Suécia vai ser excomungada, tamanho é o seu atrevimento.

    Agora só falta dizerem que os médicos e cientistas suecos são todos malucos.

    A imaculada «openDemocracy» por exemplo acusa o Prof. Didier Raoult, que ocupa salvo erro o top 5 na liderança das investigações na área da Epidemiologia, de ter «…longos e rebeldes cachos de cabelos brancos…», de ser «…uma figura controversa, um negador das mudanças climáticas que foi questionado por suas técnicas de investigação…».

    O curioso é que a organização «openDemocracy» escreve um texto vazio com várias acusações ao Prof. Didier Raoult acerca do uso defendido pelo próprio de cloroquina no combate ao coranavírus covid-19, mas é incapaz de as justificar, fazendo simplesmente um ataque para desprestigiar a imagem do epidemiologista nunca contrapondo com dados médicos e científicos o método de tratamento com cloroquina.

    Ligação: https://www.opendemocracy.net/pt/democraciaabierta-pt/tratar-covid-19-com-cloroquina-uma-imprudencia/

    1. JF,

      Fui espreitar o site com o nome sugestivo de openDemocracy, e abri o artigo sobre o prof Didier Raoult / Cloroquina.
      Na introdução, começa logo por denegrir a imagem do professor associando-o ao negacionismo climático, pesquisas duvidosas etc. Depois continua no mesmo tom.

      Dei uma espreitadela em mais alguns artigos, e percebi que ali existe uma ideologia alinhada com o que de pior tem o sistema, destinada a um público especifico e mal informado.

      Além da cloroquina, existem pelo menos mais três substâncias que têm dado resultados positivos no combate ao vírus.
      No entanto, parece que a opção de ‘ter que escolher quem morre e quem vive, como dizem que acontece em Itália e Espanha’ é preferível a administrar as ditas substâncias a pacientes que não têm mais nada que lhes possa valer.

      Sou da opinião que todos aqueles que fizeram a ‘Escolha de Sofia’ em vez tentar todas as substâncias possíveis e imaginárias para ajudar os seus doentes ignorando o Juramento de Hipócrates, deveriam ser processados criminalmente por homicídio qualificado e associação criminosa.

      1. A organização «opendemocracy» foi fundada pelo sr. George Soros e serve para promover a ideologia neoliberal, a globalização, e os interesses anglo-saxónicos.

        É conhecida pelo seu apoio ao terrorismo e a grupos extremistas de carácter neoliberal, nacional-socialista, e fascista.

        1. George Soros é um judeu húngaro, e se vende como capitalista liberal de esquerda, no Brasil visto como comunista… vamos até qdo esconder a realidade?

          1. A religião do sr. Soros, é problema dele.

            Quanto ao resto que escreveu posso garantir-lhe que de liberal e «de esquerda» o sr. Soros não tem nada nem nunca teve, o seu apoio ao terrorismo, ao nacional-socialismo e ao fascismo é conhecido de todos, basta ver as campanhas que o próprio faz e o financiamento que distribui por grupos extremistas e terroristas afectos a essas ideologias.

            «…no Brasil visto como comunista…»

            Duvido, os cidadãos Brasileiros não são burros para cometer um erro de raciocínio tão grande como esse, provavelmente quem lhe disse ou diz uma coisa dessas deve pertencer a alguma organização neoliberal, ou então de extrema-esquerda, esquerda, centro, direita, ou extrema-direita, financiada pelo sr. Soros.

            A ideologia e propaganda presente na organização «opendemocarcy» de comunista nada tem, sendo claramente neoliberal.

  3. Não me importava nada (excepto frio) de estar na Suécia ou o modelo deles aqui ser adoptado mas o problema é o sistema nacional de saúde (a diferença ou não).
    A Open Democracy pode ir para um certo sítio.

    Nuno

  4. Entretanto a Suécia actualiza o seu estado e irá tomar maiores medidas de isolamento.
    Aguardo a teoria que nos informe que a NWO comprou a suecia.
    Até já.

    1. Fogo, agora é que estou feito ao bife. A Suécia traiu-me. Eh sim, caro Anónimo, isso deita por terra todas as minhas suposições. Fiquei convencido: maldito Coronavirus, maldito Acaso!

    2. Que horror, o coronavírus mau vai fazer maldades na Suécia.

      No entanto tem a certeza que foi a NWO que comprou a Suécia?

      Aguardo a sua resposta por forma a que nos indique o caminho para sair deste imbróglio.

      1. isso questiono eu. já que identificaram o inimigo correto. a NWO, a big pharma, os iluminati, ou qualquer entidade obscura…. creio que deviam rapidamente nos indicar a luz. o caminho da salvação.

        1. Eu quem? porque é que alguém lhe haveria de indicar o caminho da salvação? Nós nem sabemos se voce quer ser salvo? E mesmo que quisesse ser salvo é anónimo… como salvar um anónimo se não sabemos quem é ? , comece pelo principio apresente-se escolha um pseudónimo e eu prometo… eu mesmo vou-lhe indicar o caminho da salvação…a luz, a verdade e a vida … oremos…

        2. Você está a mentir, se reler a publicação acima não existe qualquer referência a «…NWO…».

          A única menção a «…NWO…» foi feita por si com o acréscimo também por si efectuado na sua resposta da «…big pharma…», dos «…iluminati…», e de «…qualquer entidade obscura…».

          Em quê que ficámos? Por favor anónimo(a), ajude-nos a tentar compreender onde quer chegar.

          P.S.: Acho que deve seleccionar melhor os sítios e artigos que anda a ler por forma a não cair no enredo das teorias da conspiração, que por aí circulam na Internet.

  5. Bem, não sei se a Covid é tão inócua como todos os artigos do blog parecem querer demonstrar , não sou nem médica nem microbiologista, mas ao olhar o panorama estabelecido no Equador e mesmo nos Estados Unidos observo que durante a minha vida não me lembro de uma gripe sazonal ter acumulado cadáveres nos hospitais. Outra coisa que me parece obscura é que mecanismo levaria a que médicos do mundo inteiro aderissem a um projeto conspiratório que faria com que não usassem remédios tão simples e conhecidos como a clroroquina , heparina etc só para que o paciente piorasse e fosse para um respirador ! Aliás, aqui no Brasil já morreram muitos médicos, inclusive hoje lamentamos a morte de um médico de 32 anos. Há dois dias veio a óbito uma menina de 17 anos que contraiu a doença e não tinha nenhuma outra comorbidade. E estes exemplos podem ser multiplicados muitas vezes. Li também que a doença ataca não só os pulmões, mas vários órgãos do corpo. Mas, é só uma gripezinha …Aqui no Brasil temos a FioCruz um instiituto de pesquisa reconhecido mundialmente pela capacidade de seus doutores e pela excelência de suas pesquisas. Mas, até esta venerável instituição científica está colaborando nesta conspiração ? Sei não… como dizia Shakespeare ( se não me engano) ” Há muito mais coisas entre o céu e a Terra do que sonha a nossa vã filosofia.”

    1. Olá Maria do Carmo!

      Cada gripe, cada ano, mata centenas de milhares de pessoas. Não é o Informação Incorrecta que diz isso, é a OMS (Organização Mundial da Saúde): até 600 mil óbitos. Quantas vítimas até agora no planeta por causa da COVID-19? 170 mil? Faltam 430 mil para alcançar o nível de uma forte gripe. Então faço uma pergunta à Maria do Carmo: por qual razão foi declarada uma pandemia se a COVID-19, até agora, nem consegue ser pior do que uma gripe sazonal?

      “durante a minha vida não me lembro de uma gripe sazonal ter acumulado cadáveres nos hospitais”.
      Verdade. Normalmente nem todos os idosos com gripe são internados para morrer numa cama de hospital. Este ano sim.

      “Outra coisa que me parece obscura é que mecanismo levaria a que médicos do mundo inteiro aderissem a um projecto conspiratório”.
      Os médicos não aderem a um projecto conspiratórios: limitam-se a seguir os protocolos estabelecidos não por eles.

      “…que faria com que não usassem remédios tão simples e conhecidos como a clroroquina , heparina etc só para que o paciente piorasse e fosse para um respirador”.
      Os médicos não inventam tratamentos: seguem aquelas que são definidas como “boas práticas médicas”. Se a “boa prática” não prevê a subministração de heparina no caso da COVID-19, os médicos não a subministram; e se a subministram, fazem isso correndo riscos pessoais. Pode sempre haver um juiz a perguntar “donde foi buscar esta ideia da heparina?” e o médico está lixado.

      “Aliás, aqui no Brasil já morreram muitos médicos, inclusive hoje lamentamos a morte de um médico de 32 anos. Há dois dias veio a óbito uma menina de 17 anos que contraiu a doença e não tinha nenhuma outra comorbidade”.
      Até agora, todas as vítimas jovens (entendo abaixo dos 60-65 anos) mortas com COVID-19 tinham outras patologias subjacentes. Todas. Os diários adoram mostrar os casos de pessoas não idosas mortas com COVID-19, mas é preciso seguir cada caso, sobretudo em órgão de comunicação não de primeiro plano (tipo diários regionais) para saber como acaba a história. Em todos os casos “suspeitos”, a patologia escondida foi sempre descoberta com uma autópsia e, regra geral, o paciente falecido nem tinha ideia de estar doente.

      “Aqui no Brasil temos a FioCruz um instiituto de pesquisa reconhecido mundialmente pela capacidade de seus doutores e pela excelência de suas pesquisas. Mas, até esta venerável instituição científica está colaborando nesta conspiração?”. Não apenas no Brasil há instituições de excelência, existem também em outros Países e todas seguem as directivas da OMS. Doutro lado há um Nobel (Montagnier) que diz o oposto do seu centro de excelência, há centenas de médicos que discordam da versão oficial, há centenas de médicos só em Italia que começaram a utilizar medicamentos não incluídos no protocolo (arriscando mas tendo sucesso), há também um médico brasileiro que lê o blog que está a fazer o mesmo com os seus colegas.

      Como diria Shakespeare: “Por que razão considerar sábios o que alguns dizem enquanto os outros, que fazem com sucesso trabalhando na linha da frente, são desprezados como conspiracionistas?”. Talvez não fosse Shakespeare, talvez fosse eu, mas espero ter respondido às suas perguntas 🙂

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