The Red Pill: os homens têm direitos

Imaginem uma jovem realizadora feminista determinada a fazer um filme sobre a cultura de estupro. Onde encontrar informações? Obviamente no Avoiceformen, o blog que as feministas consideram uma das piores fortalezas do masquilismo-patriarcal, um esgoto de ódio e violência pura.

Mas Cassie Jaye, a realizadora em questão, é uma mulher inteligente e ao fazer o filme queria ouvir todas as vozes, não apenas aquelas feministas. E foi assim que nasceu The Red Pill, o documentário que as feministas querem banir.

Por que tanta ira contra um documentário que é descrito (por aqueles que o viram) como objectivo e imparcial? A resposta é simples: a investigação de Cassie mostra como os motivos do movimento para os direitos dos homens são sérios e baseados em considerações de senso comum, enquanto alguns contra-motivos das feministas são superficiais. Pior ainda: no final do filme, Cassie afirma não sentir-se mais feminista, depois de ter refletido sobre essas questões numa viagem que compara à de Alice na toca do Coelho Branco.

Parece um final feliz de Hollywood, mas isso não acaba aqui: a distribuição e a projecção do filme marcaram o início de uma história que, por si só, poderia fornecer material para outro filme.

Sem sequer ter visto a película, as feministas afirmam que o filme incite a violência contra as mulheres, endossa uma cultura sexista e misógina e abusa da liberdade de expressão. Por estas razões conseguem bloquear a projeção em vários cinemas e festivais, não apenas nos EUA, mas também em outros Países. Na Austrália, por exemplo, a Universidade de Sydney cancelou a exibição, tal como fizeram vários cinemas em Melbourne; e até mesmo Netflix recusar projectá-lo. Sempre na Austrália, clientes e sponsor ameaçaram parar os negócios com os cinemas que o projectarão.

Entre os eventos tragicómicos relacionados com o lançamento do filme, merece uma menção especial o que aconteceu na Austrália, onde numa transmissão foi entrevistada Cassie Jaye. Os dois jornalistas (Andrew O’Keefe e Monique Wright) começaram a questioná-la com um tom inquisitório sobre o conteúdo do filme e isso continuou ao longo de largos minutos. Até esta conversa:

Cassie: Vocês viram o
filme?
O’Keefe: Bom, nós vimos quanto foi possível o seu publicista não enviou tudo.
Cassie: Enviei-lhe um screen anexado ao filme completo e vocês também podem compra-lo no Google Play, no Vimeo …
Monique Wright: Nós tentámos fazer isso, mas não conseguimos.



Em outras palavras: atacavam a realizadora sem sequer ter olhado para o trabalho dela. Bem vindos ao mundo do politicamente correcto

A entrevista foi colocada na página do Facebook da emissora e imediatamente os usuários começaram a insultar os jornalistas pela falta de seriedade, pedindo até as demissões. Após milhares de comentários desse tipo, a emissora retirou o vídeo e publicou um aviso com o qual proibia a sua publicação.

E pensar que Cassie, enquanto realizadora, tem um currículo altamente respeitado: desde logo comprometeu-se na defesa do ponto de vista das mulheres e gays, com obras quais Daddy I Do (2010), que fala sobre a educação sexual das mulheres (a tese do filme é que uma válida educação sexual das mulheres reduziria as gravidezes indesejadas), ou The Right to Love (2012), que fala sobre o direito ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.

É precisa honestidade intelectual para assistir ao documentário, mas vale a pena porque é muito bom: sem dúvida recomendado, sobretudo se considerarmos que é cada vez mais difícil ouvir uma voz “fora do coro”. A nossa sociedade criou um ambiente no qual falar de “direitos dos homens” parece ridículo, até supérfluo: mas assim não é e The Red Pill mostra isso. À medida em que a realizadora fala com homens que foram descritos como perigosos psicopatas, surgem as perplexidades, reforçadas pelas entrevistas com algumas representantes da ideologia feminista. Até entender que são estas últimas o lado escuro do assunto.

Problema: como assistir ao documentário The Red Pill?
E até com legendas em português?
Solução: é suficiente ser Leitor de Informação Incorrecta.
Aqui está, boa visão:



Ipse dixit.

14 Replies to “The Red Pill: os homens têm direitos”

  1. Também relacionado com o tema e as fake feminists (falsas feministas)

    Camille Paglia:

    – Criticas sobre o feminismo atual, liberdade e igualdade

    – Sobre os excessos do feminismo e ideologia de género

    – Rapazes e Raparigas são diferentes

    Elisabeth Badinter:

    – O papel do feminismo hoje

    Ilka Oliva Corado:

    – El falso feminismo de las marchas anti Trump
    https://cronicasdeunainquilina.com/2018/01/22/el-falso-feminismo-de-las-marchas-anti-trump/

    Outro documentário interessante, mas não relacionado de todo com o falso feminismo

    Borrando a papá (2014)
    https://www.youtube.com/watch?v=VLXEdcH4NIg (Leg. em pt)
    IMDB: http://www.imdb.com/title/tt3962820/?ref_=nv_sr_1

  2. Ok Max… ja ca esta deste lado.
    Um documentario para assistir no fim de semana
    Obrigado

    JF
    Obrigado por mais das suas sempre boas sugestoes.
    Antes do desaparecimento e volta do Max tivemos oportunidade de trocar ideias (discussoes muito agradaveis e interessantes por sinal) e é bom pode-lo fazer novamente.

    EXP001

  3. Boa parte do machismo adquirido pelos jovens é oriundo do machismo implícito das próprias mães. subjugadas direta ou indiretamente pela formatação da família patriarcal, que por sua vez, reproduz/naturaliza o ciclo indefinidamente…

    1. @Max

      Acho que faltou a máfia Khazariana.

      Ja agora … que tal um artigo acerca disso?

      EXP001

    2. Sim, o "Deus" versão hominídea, elaborado cuidadosamente pelas sociedades patriarcais…

  4. Se coubesse pensar, falar, escrever, agir sobre direitos, seria afirmar o direito à vida, a sobrevivência e à felicidade de tudo que é vivo. Cada vez que se identifica, separa e classifica grupos para defender, implica em prejudicar outros grupos. Mas como tudo, nada é por acaso, e as defesas, que não são opiniões, tornam-se religião e motivo de mais violência social. As pessoas ficam obcecadas pela defesa de alguma coisa que aparece e desaparece, em função dos interesses de quem põe em funcionamento os dispositivos de poder. O porque destas ocorrências na sociedade,como elas surgem, se aprofundam e predominam nas mentes das pessoas caberia investigar.O advento, permanência e desaparecimento do feminismo e quaisquer ismos seria interessante saber, cabendo aos poucos que ainda têm alguns neurônios em funcionamento não se colocar em nenhuma gaveta.

    1. Pois Maria, os "-ismos".

      Há sempre alguém disposto a seguir um, pôr de lado o cérebro e abandonar-se à defesa do seu "-ismo" com dentes e garras. Ainda não percebi qual a razão, porque não se trata apenas de defender uma ideia: além das questões sérias (como o Feminismo, o Comunismo, etc.) há outros exemplos menos nobres, como o clubismo no futebol que funciona segundo os mesmos mecanismos. E repito: ainda não entendi o que fica na base.

      Grande abraçooooooo!!!!

  5. Como nossa base sobre os valores existenciais é precária, isto faz com que busquemos, incessantemente, pontos em comum, para termos uma sensação de fortalecimento. Mas como vivemos, na maior parte do tempo, voltados para valores sociais e econômicos, este processo remoto de busca de uma identificação existencial fica quase que restrito, não a busca de um entendimento maior, mas no mero sentir-se inserido em grupos, sejam eles qual forem…sem falar que esta lógica favorece a fragmentação do tecido social, muito proveitosa para os segmentos dominantes…ismos x ismos

  6. Excelente documentário.
    Estava a ver e a lembrar-me da luta de outro grupo pela supremacia, utilizando o mesmo tipo de estratégia: A estratégia da vitimização.

Obrigado por participar na discussão!

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