Thomas Fuente trabalhou 29 anos no FBI, até 2008.
Dirigiu o Departamento das Operações Internacionais a partir da sede de Washington, foi responsável pelos agentes especiais destacados na Interpol, Nações Unidas, Europol. Desde 2006 até a reforma foi também membro do Comité Executivo da Interpol. Hoje colabora com a CNN como especialista e é membro do Conselho dos Consultores do Departamento de Estado da Segurança Diplomática.
Interessa? Sim, interessa porque em 2011 Fuentes decidiu colaborar com Trevor Aaronson, jornalista americano, director do Centro da Florida do Jornalismo Investigativo. O resultado foi The Terror Factory: Inside the FBI’s Manufactured War on Terrorism (“A Fábrica do Terror: Dentro da Guerra contra o Terrorismo Fabricada pelo FBI”), um livro que numa sociedade minimamente normal deveria ter funcionado como uma pedrada no charco mas que, infelizmente, bem poucos conhecem (hoje pode ser adquirido na Amazon por 8,04 Dólares: “Baía do Suspiro”, o romance romântico de Nora Roberts, custa 10,89 Dólares…).
O livro descreve como o FBI, na condução das suas próprias actividades contra o terrorismo islâmico no território dos Estados Unidos da América, crie a partir do nada as ameaças, instruindo, armando e financiando os “terroristas” que posteriormente se orgulha de ter capturado.
Em resumo, funciona duma forma deveras simples. Os agentes federais recrutam um informador, de preferência com origem no Oriente Médio e com problemas judiciários para que possa ser chantageado caso decida não cooperar. Sucessivamente, é infiltrado numa comunidade islâmica com a tarefa de fingir ser um membro duma organização terrorista e identificar assim indivíduos pobres, marginais e/ou psicopatas, aos quais propor um atentado.
Graças ao apoio logístico e financeiro fornecido pelo FBI, o infiltrado fornece dinheiro, armas e explosivos, sugere um plano ao desgraçado e colocá-lo em posição ideal para actuar através da remoção de qualquer obstáculo. Pouco antes que carregue no gatilho, aparece o FBI que prende o “criminoso” em flagrante delito; a seguir, um tribunal federal irá condenar o indivíduo a dez anos de prisão por tentativa de acto terrorista.
Um esquema básico, quase infantil na sua simplicidade: mas funciona. Os “terroristas” presos e detidos pelo FBI claramente não são tais, mesmo que quisessem. Desgraçados que sobrevivem à beira duma sociedade hiper-classista, geralmente zangados com o resto do mundo, no máximo teriam inchado as fileiras da pequena criminalidade; tornam-se vítimas sacrificais dum governo que quer gabar-se de êxitos na luta contra o terrorismo no interior dos EUA, mantendo também elevada a atenção do público sobre o assunto.
Explica Fuente:
Quando você faz uma proposta de orçamento para uma agência de segurança, uma agência de inteligência, não pedes dinheiro dizendo “Ganhámos a guerra contra o terror e está tudo bem”, porque como primeira coisa o orçamento seria reduzido da metade. Conhecem o lema de Jesse Jackson, “manter viva a esperança”? Bom, para mim é o contrário: “Manter vivo o medo”.
Assim, combinando a narrativa orwelliana com o fanatismo de tempos distantes, quando marginalizados e retardados eram obrigados a confessar relações com o diabo para apaziguar o medo e a ignorância, é reforçada a confiança na autoridade. O governo dos Estados Unidos cria crimes para resolver crimes, de forma que seja mantido vivo o medo. E o fim último não é de certeza proteger os salários e os níveis de ocupação do FBI.
A “guerra contra o terror” ampliou o poder e a riqueza de poucas elites; o terrorismo, subtraindo liberdade e segurança a 99% da população, é um instrumento de controle porque, como sabemos, povos assustados são mais fáceis de controlar e menos propensos a questionar os actos dum governo visto como a única defesa possível contra a fúria da de-civilização dos “maus”. Como as ovelhas seguem o pastor, assim as pessoas deixam que a liderança possa perseguir qualquer objectivo se este for apresentado como uma solução perante a iminente emergência. Vimos isso após os recentes acontecimentos em Bruxelas, na sequência dos quais políticos e jornalistas têm pedido, com uma espantosa sincronia, uma aceleração da política de unificação e até da vertente militar dos Estados europeus.
A investigação de Trevor Aaronson tem a vantagem de apresentar o fenómeno com rigor documental, enquadrando-a no seu contexto histórico e legal. Após os acontecimentos de Paris e Bruxelas, o facto de que o nosso aliado mais importante (o mesmo que decidiu desenvolver o papel de defensor do Ocidente perante a ameaça terrorista) utilize as suas forças para elaborar planos de terroristas, recrutar desgraçados, armá-los e pô-los em condições de actuar como “ameaças contra a sociedade”, bom, tudo isso é um pormenor que deveria valer algo mais do que “A Baía do Suspiro” de Nora Roberts. Porque, no mínimo, isso indica que a relação entre os governos ocidentais e o terrorismo islâmico é muito mais complexa e simbiótica de quanto emerge pela narrativa dos órgãos de informação.
Para activar as legendas em Português, clicar em Detalhes (a rodela em baixo, à direita) e escolher o idioma. Para os mais preguiçosos, a seguir a transcrição da intervenção.
O FBI é responsável por mais conspirações terroristas nos EUA do que qualquer outra organização. Mais do que a Alcaida, mais do que o al-Shabaab, mais do que o Estado Islâmico, mais do que todos eles juntos. Provavelmente, não é assim que veem o FBI. Talvez imaginem os agentes do FBI a abater vilões como o John Dillinger ou a prender políticos corruptos.
Depois dos ataques do 11 de setembro, o FBI começou a preocupar-se menos com os “gangsters” e com os líderes eleitos de forma desonesta. O novo alvo passou a ser o terrorismo e a perseguição de terroristas consumiu o FBI. Todos os anos, o FBI gasta 3300 milhões de dólares em atividades nacionais contraterroristas. em comparação com os 2600 milhões de dólares para o crime organizado, a fraude fiscal, a corrupção pública e todo o tipo de atividade criminal.
Passei anos a estudar casos de repressão terrorista, nos EUA, e cheguei à conclusão de que o FBI é muito melhor a criar terroristas do que a apanhá-los.
Nos 14 anos que se seguiram ao 11 de setembro, ocorreram seis ataques terroristas graves, nos EUA, incluindo o atentado na Maratona de Boston, em 2013, bem como ataques fracassados, como na altura em que Faisal Shahzad tentou abandonar um carro armadilhado em Times Square. Nesses mesmos 14 anos, o FBI gabou-se de ter frustrado dezenas de conspirações terroristas. Ao todo, o FBI deteve mais de 175 pessoas em operações contraterroristas secretas.
Estas operações, que normalmente são orientadas por um informador, proporcionam os meios e a oportunidade e, por vezes, até a ideia, para que pessoas perturbadas e com dificuldades financeiras se tornem no que hoje em dia designamos de terroristas.
Depois do 11 de setembro, foi dada uma ordem ao FBI: acabou-se. Acabaram-se os ataques em solo americano. Os terroristas tinham de ser apanhados antes de atacarem. Para tal, os agentes recrutaram uma rede de mais de 15 mil informadores, todos à procura de alguém que pudesse ser perigoso. Um informador pode ganhar 100 mil dólares ou mais por cada caso de terrorismo que entrega ao FBI. Isso mesmo, o FBI paga a criminosos e vigaristas mais de 100 mil dólares, para espiarem comunidades nos EUA, mas sobretudo comunidades muçulmano-americanas.
Estes informadores apanham pessoas como Abu Khalid Abdul-Latif e Walli Mujahidh. Ambos são doentes mentais. Abdul-Latif cheirava gasolina e já tentara o suicídio. Mujahidh sofria de esquizofrenia, não conseguia separar a realidade da fantasia. Em 2012, o FBI prendeu estes dois homens por conspirarem um ataque a uma estação militar perto de Seattle, com armas fornecidas, é claro, pelo FBI. O informador do FBI era Robert Childs, um violador e pedófilo condenado, a quem pagaram 90 mil dólares pelo seu trabalho no caso. Não é um valor exorbitante.
Em 2009, um informador do FBI que fugira do Paquistão por homicídio, liderou quatro homens num atentado às sinagogas do Bronx. O principal arguido era James Cromitie, um funcionário falido do Walmart com problemas mentais. O informador oferecera-lhe 250 mil dólares para participar na conspiração. Há muitos outros exemplos.
O The Intercept publicou a minha nova história sobre uma operação, em Tampa, que envolve Sami Osmakac, um jovem que vivia perto de Tampa, na Flórida. Osmakac também sofria de esquizofrenia. Também estava falido e não tinha ligações a grupos terroristas internacionais. Ainda assim, um informador do FBI deu-lhe trabalho, ofereceu-lhe dinheiro, apresentou-o a um agente secreto que se fazia passar por terrorista e convenceu-o a participar num atentado a um bar irlandês.
Mas o que é mais curioso é que o agente infiltrado principal — podem vê-lo nesta fotografia com a cara desfocada — voltou ao posto de Tampa com o equipamento de gravação ligado. Em privado, os agentes do FBI reconheceram que o que faziam era absurdo. Um juiz federal não quis que ouvíssemos estas conversas. Vedou as transcrições e interpôs uma providência cautelar, para impedir que alguém como eu fizesse algo assim. Em privado, o agente principal — o supervisor do pelotão — descreveu o aspirante a terrorista como um “atrasado mental que não tinha onde cair morto”. Descreveram as suas ambições terroristas como “frouxas” e “utópicas”.
Mas isso não deteve o FBI. Deram a Sami Osmakac tudo o que ele precisava. Deram-lhe um carro armadilhado, deram-lhe uma AK-47, ajudaram-no a fazer o chamado “vídeo do mártir” e até lhe deram dinheiro para um táxi, para que chegasse aonde eles queriam. Enquanto preparavam a operação, o supervisor disse aos agentes que queria um final à Hollywood. E conseguiu-o. Quando Sami Osmakac tentou abandonar o que pensava ser um carro armadilhado, foi preso, julgado e condenado a 40 anos de prisão.
Sami Osmakac não é o único. É um dos mais de 175 supostos terroristas a quem o FBI deu um final à Hollywood. As autoridades norte-americanas chamam-lhe o “Combate ao Terrorismo”. É apenas teatro, um teatro da segurança nacional, com homens desequilibrados como Sami Osmakac, atores involuntários numa produção cuidadosamente encenada produzida pelo FBI.
Tom Rielly: Essas acusações são muito graves, muito fortes. Tem provas disso?
TA: Comecei a investigar em 2010, quando recebi uma bolsa do Investigative Reporting Program da Universidade de Berkeley. Eu e um assistente reunimos uma base de dados de todos os casos de terrorismo, da primeira década após o 11 de setembro. Usámos o arquivo do tribunal para descobrir se os réus tinham alguma ligação a grupos terroristas internacionais, se tinham usado um informador e se este fizera o papel de instigador ao proporcionar os meios e a oportunidade. Enviámos isso ao FBI e pedimos-lhes que reagissem à nossa base de dados. Se houvesse erros, que nos indicassem quais eram e nós voltávamos a verificar. Eles nunca contestaram as nossas descobertas. Usei essa informação num artigo para uma revista e no meu livro e, em presenças em sítios como a CBS e a NPR, voltámos a dar-lhes a oportunidade de contestar as descobertas, mas eles nunca vieram a público dizer quais eram os problemas. As informações têm sido usadas por grupos como a Human Rights Watch, no seu último relatório sobre este tipo de operações. Até agora, o FBI não reagiu às acusações de que não apanha terroristas, mas pessoas mentalmente perturbadas, que eles pintam como terroristas, neste tipo de operações.
TR: O The Intercept é aquele novo “site” sobre jornalismo de investigação fundado pelo Glenn Greenwald. Fale-nos do seu artigo e porque escolheu esse “site”.
TA: O The Intercept pareceu ser o sítio mais lógico para isto, porque o meu artigo realça o facto de uma fonte me ter enviado as transcrições das conversas privadas do FBI, que um juiz ocultara, com base na alegação do governo de que a sua divulgação causaria danos irreparáveis à estratégia de aplicação da lei nacional dos governos dos EUA. O The Intercept foi criado para proteger os jornalistas e publicar o seu trabalho, quando lidam com assuntos delicados como este. A minha história publicada hoje, no The Intercept, conta como Sami Osmakac foi implicado nesta operação do FBI e entra em mais pormenores. Aqui, só pude destacar as coisas que eles disseram, tal como chamarem-lhe “atrasado mental”. Mas foi muito mais rebuscado. Tiveram muito trabalho para dar dinheiro a Sami Osmakac, que ele usou para comprar armas ao agente infiltrado. No julgamento, a prova central foi o facto de ter pagado as armas, quando estas transcrições mostram como o FBI levou alguém que era doente mental e estava falido a arranjar dinheiro para pagar armas, acusando-o de conspiração.
TR: Uma última pergunta. Nem há 10 dias, o FBI prendeu possíveis suspeitos do ISIS em Brooklyn, alegando que podiam ir a caminho da Síria. Era verdade ou mais do mesmo?
TA: Para já, só sabemos o que descobrimos no arquivo, mas parece ser mais do mesmo. Este tipo de operações andam ao sabor do vento. Inicialmente, eram conspirações da Alcaida e agora são do Estado Islâmico. É importante salientar que, neste caso, os três homens acusados só começaram a planear ir para a Síria depois de serem apresentados ao informador do FBI. Na verdade, este ajudou-os com os documentos de que precisavam. Uma coisa cómica neste caso é que a mãe de um dos arguidos descobrira que ele queria ir para a Síria e escondera-lhe o passaporte. Não se sabe se, mesmo que tivesse aparecido no aeroporto, ele teria ido a algum lado. Sim, há pessoas que talvez queiram juntar-se ao Estado Islâmico nos EUA e são essas que o governo dos EUA devia investigar. Neste caso em particular, dadas as provas apuradas, é provável que o FBI tenha possibilitado o avanço destes tipos num plano de ida para a Síria, quando não estavam nem perto disso.
(Tradução: Ana Lopo)
Muhammad |
Apenas FBI e Estados Unidos?
Muhammad é um farmacêutico originário da Faixa de Gaza, vive com a esposa e quatro filhos em França. Há muito obteve o estatuto de refugiado naquele País e os seus últimos problemas começaram há cerca de três anos.
Estava no caminho de volta para a minha casa, e uma vez chegado perto fiquei surpreso ao ver um grande número de carros. Então, de repente, eles me agarraram, me algemaram e disseram “Entra no carro, és suspeito de terrorismo”.
Muhammad foi fechado numa cela solitária da qual saía só em ocasião dos interrogatórios.
Depois de dois dias, as autoridades disseram-lhe que nada tinham encontrado contra ele, pelo que estava livre. Algum tempo depois, um homem chegou à sua casa e convidou-o a dar um passeio. O homem, que se identificou como o director dum serviço de inteligência francês, levou-o para um hotel.
Aqui o homem disse à Muhammad, “Convidei-te porque quero que tu trabalhes para nós”. Muhammad perguntou que tipo de trabalho. Segundo o relato de Muhammad, o agente respondeu: “Vais trabalhar connosco da seguinte maneira: nós vamos dar-te detalhes sobre pessoas, numa mesquita por exemplo, e tu vais recolher informações sobre eles”.
Muhammad não concordou: e aqui começam problemas ainda mais sérios.
Um dia, a polícia apareceu na casa de Muhammad; este foi levado até o aeroporto, onde foram tiradas as impressões digitais e amostras de DNA. Em Maio passado, a polícia veio outra vez e Muhammad foi colocado numa espécie de prisão domiciliária num velho hotel da cidade de Parthenay, na Bretanha.
Muhammad começou a sofrer de agravamento dos problemas de saúde, incluindo infecções da pele e dos olhos. Em Outubro de 2015, apareceu um artigo no jornal Le Courrier de l’Ouest relatando que um imame salafista de 48 anos vivia em Parthenay desde o Maio anterior. O diário não revelava o nome, mas os detalhes eram aqueles de Muhammad e poderiam ter sido fornecidos só pela polícia.
Em Novembro, um juiz de Poitiers não reconheceu as acusações dadas pelas autoridades e anulou a “detenção” de Parthenay. No passado 25 de Março, todavia, Muhammad foi convocado em Paris para uma audiência sobre a revogação do seu estatuto de refugiado.
Muhammad não é o único caso: até o final de Janeiro, mais de 350 pessoas tinham sido colocadas numa condição de residência obrigatória, a mesma de Muhammad, enquanto a polícia realizava buscas sem mandados em casas, empresas e mesquitas. Isso sem que as autoridades explicassem por qual razão os indivíduos constituíssem uma ameaça para a ordem pública ou a segurança.
Muhammad é agora acompanhado pelo Collectif Contre L’Islamophobie en France (CCIF), que tenta também ajuda-lo nas despesas (até agora perto de 5.000 Euros).
Ipse dixit.
Fontes: Privacy SOS, Florida Center for Investigative Reporting, CCIF, The Electronic Intifada, Amazon
Vídeo:
- TED: Trevor Aaronson – How this FBI strategy is actually creating US-based terrorists (idioma: Inglês).
- The Newburgh Sting (reportagem de 2014 que mostra como o FBI tentou recrutar indivíduos do Bronx para realizar um ataque terrorista contra a base militar de Newburgh, New York. Idioma: Inglês).
- Mohammed Refugie, le Palestinien dont la France veut se débarrasser (Muhammad conta a sua história. Idioma: Francês).
Percebo agora um pouco mais sobre o modo de se fabricar os atentados que têm aparecido na televisão.
O tiro de pólvora seca nos atentados do Charlie em Paris, tinha tanto de real como de surreal. Agora as peças ficam devidamente encaixadas.
Krowler
Fábricas de terror estão disseminadas por toda sociedade, em todas as sociedades. É a vigência daquilo que Debord chamou de sociedade de representação, ou de espetáculo, ou seja a realidade é o que parece ser. E esta regra "invisível" é tão eficaz que funciona desde o nível individual. Quer ver? O vestuário e a maquiagem não são amplamente utilizados para mascarar a feiura e as anomalias? O discurso hermético não serve para tornar opaco o desconhecimento? Quando alguém quer aparecer, ser notado, o que a maioria faz? Se "produz" não é mesmo? E tudo isso é muito naturalizado e até elogiado. Quando um comportamento se torna "natural", ele pode ser muito perigoso, tanto quanto as instituições que existem para fabricar naturalidades. Assim, quanto mais se faz parecer que um grupo é violento, sujo, mau pensante, mais se hostiliza os ditos cujos. Quando se convence a sociedade que os pobres matam, violam, roubam, mais a maioria requer "segurança pública", ou seja, mais polícia, e os mais abastados requerem segurança privada, ou seja, mais milícias. E a sociedade quase toda grita por mais cadeia, mais violência institucionalizada. E todos (as) tem medo justamente daqueles que convém aos verdadeiros vilões, aos que manobram os cordéis no grande palco da vida.
A última aqui na Terra Brasilis é a neura contra mosquitos e gripe. Isso deve estar dando dinheiro para muita gente interessada neste tipo de medo. O resultado são filas imensas para tomar vacina (paga) em clínicas particulares, a ponto de falta a dita cuja vacina. Seria de rir, se não fosse de chorar.
As agencias com 3 letras andam sempre muito ocupadas…esta é nova,
e para os midia actuais tirando publicações na web nada disto não existe. Afinal são eles que ditam o que deve e não ser notícia…isto é mesmo baixo, mas já não surpreende se vão muito mais baixo.
Nuno
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