Fármacos: o terceiro assassino

Temos gripe?

Experiência pessoal:

  • a primeira coisa que faz um médico formado na Europa ocidental é agarrar no bloco das receitas e prescrever uma série de fármacos. Se for suficientemente estúpido, acrescenta um antibiótico também (eh sim, aconteceu-me isso também no sistema de saúde nacional).
  • a primeira coisa que faz um médico formado na Europa oriental é prescrever-te um anti-inflamatório e um chã com mel, canela mais um punhado de ervas.

É uma questão de forma mental: o médico ocidental foi “criado” na ilusão de que a única medicina decente é aquela apoiada nos fármacos, enquanto no Leste teimam em não abandonar os curativos tradicionais e a medicina alternativa.

Como é óbvio, o caminho melhor é o segundo. Mas por qual razão? Porque as doenças não são todas iguais, pelo que algumas necessitam de fármacos (aqueles desenvolvidos nos laboratórios), outras podem ser tratadas ou com um conjunto de fármacos mais remédios naturais ou até só com os segundos.

Infelizmente, como vimos, a orientação ocidental é aquela de favorecer, sempre e sem excepções, os produtos das casas farmacêuticas, rotulando como “inútil” ou “primitiva” qualquer outra solução. Mas isso cria uma série de enormes problemas, como bem sabe o Professor Peter Gøtzsche.

Gøtzsche é um daqueles pesquisadores que nunca conseguirão um Nobel. E ele, que parvo não é, sabe disso. Mas evidentemente terá pensado que é possível viver sem o prémio. E acho que tem razão.

O médico dinamarquês, decidiu reunir uma série de dados e publica-los num livro, com resultados surpreendentes: os fármacos utilizados no tratamento das doenças psicológicas e psiquiátricas são a terceira maior causa de morte na Grã-Bretanha, logo após as doenças cardíacas e câncer. Os efeitos colaterais dos medicamentos contra insónia e ansiedade provocam milhares de vítimas.

Porque, então, os médicos costumam prescreve-los com tanta facilidade?

O diário britânico Daily Mail entrevistou Gøtzsche. É ele que explica qual a situação, após um título bastante cumprido:

Os fármacos prescritos são o terceiro maior assassino da Grã-Bretanha: os efeitos colaterais dos medicamentos tomados contra a insónia e a ansiedade matam milhares. Porque os médicos os distribuem como rebuçados?

O uso de fármacos psiquiátricos em subida (80 milhões de vendas por ano), um número crescente de pessoas que desenvolvem dependência, muito poucas clínicas para trata-los e um número de vítimas em ascensão: pode parecer o cenário duma País empobrecido pelos cartéis da droga. Em vez disso, é a realidade diária dos pacientes dos serviços de saúde britânicos que são tratados contra a ansiedade, a insónia e a depressão; medicamentos prescritos que não são apenas muitas vezes desnecessários e ineficazes, mas também podem ser viciantes, provocar efeitos colaterais incapacitantes e matar.

Os antipsicóticos, habitualmente subministrados a pacientes que sofrem de demência para mantê-los quietos, aumentam o risco de doença cardíaca, acidente vascular cerebral e diabetes. Os fármacos aumentam a possibilidade de quedas que, em caso de quebra da anca, podem significativamente encurtar a vida útil, enquanto alguns antidepressivos estão ligados a irregularidade do batimento cardíaco potencialmente mortal.

O número de mortes devidas a estes comprimidos tem sido grosseiramente subestimado. Como revelado no novo livro Deadly Psychiatry And Organised Denial [“Psiquiatria Mortal e Negação Organizada”, ndt], o total real é assustador: de acordo com os meus cálculos, com base em dados de fontes publicadas e não publicadas, os fármacos são a terceira maior causa de morte depois das doenças cardíacas e do câncer.

Como investigador Cochrane Collaboration, uma organização internacional independente que avalia a investigação médica, o meu papel é o de avaliar do ponto de vista forense os resultados dos tratamentos. No começo isso levou-me a desafiar hipóteses amplamente apoiadas, como no caso dos benefícios do rastreio do cancro da mama (de acordo com as minhas estimativas, a cada ano no Reino Unido milhares de mulheres se submetem a tratamentos desnecessários por causa de diagnoses exageradas)[…]. Mas o que eu descobri sobre os danos causados ​​por medicamentos psiquiátricos excede em muito qualquer outra coisa que tenha sido identificada.

Na verdade, mesmo que todos os dados estejam já disponíveis, se saberes para onde procurar, sou o primeiro a tê-los reunidos descobrindo, por exemplo, que o número de suicídios entre adultos e crianças que estão a ser tratados com antidepressivos é 15 vezes maior do que o número calculado pela Food and Drug Administration dos Estados Unidos. No entanto, os psiquiatras e os médicos geralmente ignoram ou negam a espantosa magnitude dos danos dos fármacos, também usados frequentemente ao acaso. Só neste mês, por exemplo, um estudo publicado no British Medical Journal revelou como, em Inglaterra, milhares de pessoas com dificuldades de aprendizagem são regularmente tratadas com medicamentos antipsicóticos, medicamentos que não fazem nada para ajudar esses pacientes, mas são usados ​​como uma camisa de força química.

Porque a história se repete?
Peter C. Gøtzsche

Oito anos atrás tinha sido avisado sobre os problemas criados pelas drogas, quando uma dos meus alunos tinha sugerido essa ideia para a sua tese de doutorado: “Porque a história se repete? Um estudo sobre benzodiazepinas e antidepressivos”.

Ela tinha descoberto que tranquilizantes populares como o Valium (um fármaco baseado nas benzodiazepinas) tinham sido apresentados como muito seguros logo introduzidos, mas depois foi descobertos provocarem elevada dependência. Mais tarde, quando os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRIs) entraram no mercado, há 20 anos, a grande razão da venda era que não davam dependência: mais uma vez, não era verdade.

Decidi cavar profundamente nesta área e agora tenho três estudantes de doutorado que investigam para descobrir o que os fármacos realmente fazem às pessoas.

Os resultados são surpreendentes: os médicos os distribuem em grande quantidade, porque acreditam na eficácia e na segurança deles, mas os testes estão baseados numa má ciência. Os esqueletos estão a sair deste guarda-roupa com um ritmo alarmante. As pílulas para dormir, por exemplo, deixam de ser útil depois de um par de semanas, mas é deixado que os pacientes continuem a assumi-los durante anos; isso enquanto antipsicóticos são aprovados com base em dois ensaios em que foram comparados com placebos, não importa quanto pequeno seja o efeito.

As falhas nos ensaios

Uma razão pela qual os médicos são enganados é a falha fatal na forma como os ensaios são realizados. Ninguém é suposto saber a qual grupo é dado o medicamento e a qual o placebo.

[os testes são realizados com a técnica do “duplo
cego”. São criados dois grupos de pacientes: um grupo que obtém o
verdadeiro medicamento, o outro um placebo (uma normal pílula de açúcar). É chamado
de duplo-cego porque, em teoria, nem o médico nem o paciente sabem quem recebeu o medicamento ou o placebo, ndt]

Mas nos ensaios é amplamente sabido quem fica com o medicamento psiquiátrico porque este causa efeitos colaterais definidos, tais como náuseas e boca seca. Os médicos, cujo relatório acerca de como os pacientes respondem é utilizado para julgar a eficácia do medicamento, tendem a relatar melhores resultados para o grupo do medicamento, mas estes resultados são distorcidos pelo facto deles saberem a quem o verdadeiro fármaco tinha sido subministrado.

Sabemos que isso acontece porque uma análise de estudos conduzida pela Cochrane Collaboration descobriu que, quando o placebo for realizado para provocar efeitos colaterais semelhantes aos medicamentos, os psiquiatras relataram bons resultados em ambos os grupos.

Em outras palavras, foi descoberto que o fármaco não é mais eficaz do que o placebo. […]

Com base no mesmo tipo de ensaios, os antidepressivos também estão a ser prescritos para doenças como a compulsão alimentar, o transtorno de pânico, o transtorno obsessivo-compulsivo e sintomas da menopausa.

Os benefícios reivindicados podem ser ridiculamente pequenos: por exemplo, diminuir a taxa das “ondas de calor” de dez para nove por dia. Contudo, apesar da falta duma boa evidência acerca dos benefícios, 57 milhões de prescrições de antidepressivos são distribuídas por ano só na Inglaterra e os pacientes são deixados com eles durante anos.

As consequências

Uma razão pela qual a utilização de fármacos estar em constante expansão é que não existe nenhum marcador químico para diagnosticar a depressão ou a ansiedade. Assim, mudanças diárias do humor, tais como sentir-se menos felizes ou mais ansiosos, pode ser uma razão para o tratamento. A maioria de nós até poderia obter um ou mais diagnósticos psiquiátricos se consultar um psiquiatra ou um médico de família.

Um tratamento bem sucedido para a depressão deve permitir que as pessoas possam levar uma vida mais normal, voltar ao trabalho, manter relacionamentos. Mas, em todos os milhares de ensaios, nunca vi evidências de que os antidepressivos podem fazer isso.

Alguns pacientes podem tornar-se um pouco eufóricos […] mas nos pacientes investigados muitos relatam sentir-se pior, afirmam que as pílulas mudam as suas personalidades e não num bom sentido; podem mostrar menos interesse em outras pessoas e relatam sentir-se emocionalmente entorpecidos. “Como viver sob um cobertor de queijo” é uma descrição típica que os pacientes utilizam.

A função sexual desaparece; a libido cai em metade dos pacientes e metade não conseguem orgasmo ou ejaculação. Então, os antidepressivos não são susceptíveis de salvar os relacionamentos íntimos, são mais propensos a destruí-los.

Quando dei uma palestra para psiquiatras infantis australianos, um deles disse que sabia que três adolescentes que tomavam antidepressivos tinham tentado o suicídio porque não conseguiam uma erecção a primeira vez que tentaram fazer sexo.

Aqueles rapazes não sabiam que a culpa era do fármaco, achavam que havia algo de errado neles. Embora muitos psiquiatras acreditem ainda que os SSRIs possam reduzir o risco de suicídio que pode aparecer com uma depressão, é bem estabelecido que esses medicamentos na verdade aumentam o risco em crianças e adolescentes, e muito provavelmente em adultos também.

Apesar da falta de um marcador químico para qualquer transtorno psiquiátrico, os psiquiatras frequentemente afirmam que os medicamentos trabalham corrigindo um desequilíbrio químico no cérebro. Eles dizem que é como a insulina e as diabetes, que os pacientes não podem produzir serotonina suficiente. Foi-me dito por um professor de psiquiatria que parar um antidepressivo seria como retirar a insulina a um diabético.

Mas é absurdo, ninguém descobriu que as pessoas deprimidas têm menos serotonina no cérebro, na verdade alguns antidepressivos baixam a serotonina.

Este conto de fadas tem-se revelado muito prejudicial e pode levar pacientes a tornarem-se viciados. São dados mais comprimidos ou doses mais elevadas na esperança de que o “desequilíbrio” possa ser reparado, e isso pode continuar durante anos. Quando tentam abandonar as pílulas e experimentam efeitos colaterais desagradáveis, os pacientes afirmam que o que lhes for dito é que os seus sintomas são o resultado da doença que regressa.

Isso ignora o facto de que os efeitos da suspensão dos fármacos pode imitar os sintomas do transtornos psiquiátricos. Também não e encaixa com o que acontece quando os pacientes em desespero alcançam os fármacos novamente: dentro de algumas horas podem estar a sentir-se melhor. A verdadeira depressão não desvanece tão rapidamente.

Os equívocos dos médicos sobre os medicamentos que prescrevem estão a transformar problemas temporários em crónicos.

Apenas Diga Não

Mais de um milhão de pessoas no Reino Unido são viciadas em pílulas para dormir e medicamentos anti-ansiedade, de acordo com o All Party Parliamentary Group on Involuntary Tranquiliser Addiction [“Grupo Parlamentar Interpartidário sobre a Dependência Involuntária de Tranquilizantes”, ndt], apesar de há anos o aconselhamento oficial tem sido de não prescrevê-los por mais de quatro semanas.

Os paciente entrevistados revelam que um número semelhante está a ter problemas para afastar-se dos antidepressivos. […] No entanto, o Sistema Nacional de Saúde faz quase nada para ajudar essas vítimas. Há vergonhosamente poucas estruturas para tratá-los, menos de dez em todo o País, e todas são mantidas por pequenas instituições de caridade, alguns das quais estão a fechar devido à falta de financiamento.

Precisamos educar os médicos para que eles saibam como esses medicamentos realmente funcionam, e para mostrar-lhes como ajudar os pacientes a deixar de tomar os comprimidos (reduzindo muito suavemente a dose).

De acordo com os meus cálculos, se os fármacos psiquiátricos só forem prescritos por algumas semanas em situações agudas, seria preciso apenas 2 % das actuais prescrições para a insónia, a depressão e a ansiedade. A poupança em termos humanos e financeiros seria enorme. […]

A minha proposta é iniciar uma campanha Just Say No [“Apenas Diga Não”, ndt], é tempo para uma guerra contra os fármacos psiquiátricos.

Voltamos ao discurso de abertura e a isso somarmos quanto afirmado pelo Professor Gøtzsche: isso significa que todos os fármacos são inúteis? A pergunta é pertinente, pois na internet é muito simples encontrar histórias de “tratamentos milagrosos”, de “curas” não reconhecidas pela Ciência que tratam doenças impossíveis. É o caso do câncer, tanto para fazer um exemplo.

A resposta deve ser perentória: não, não todos os fármacos são inúteis. Há doenças que não estão ao alcance da medicina tradicional e nem da alternativa.

Não estão convencidos? Então reflectam acerca disso:

  • da família Agnelli (dona da FIAT), membros atingidos pelo câncer, tratamento: quimioterapia e radioterapia.
  • o presidente da França, François Mitterrand: quimioterapia e radioterapia.
  • Lloyd Blankfein, judeu e número um da Goldman Sachs, com linfoma: quimioterapia.
  • Warren Buffet, Número Um da Berkshire Hathaway, o homem mais rico da América, com câncer da próstata: quimioterapia.
  • James Dimon, número um de JP Morgan Chase, com câncer na garganta: quimioterapia e radioterapia.
  • Robert Benmosche, número um do gigante dos seguros AIG, com câncer do pulmão: quimioterapia,
  • Sultan bin Abdulaziz Al-Saud,  o príncipe herdeiro do trono saudita, com câncer: quimioterapia.

Realmente acham que estes senhores não têm (ou tinham, como no caso de Mitterand) “amizades” suficientemente importantes para evitar o que todo o resto da humanidade faz em caso de câncer: quimioterapia e/ou radioterapia? Falta de dinheiro? Não brinquemos, por favor…

As casas farmacêuticas são um horror, pensam só e exclusivamente no lucro: acerca disso não podem existirem dúvidas. Mas há medicamentos ou tratamentos que, infelizmente, não podem ser substituídos.

O que o Professor Gøtzsche faz é lançar um alarme acerca de outros problemas: a ignorância dos médicos e até dos profissionais de áreas específicas; as falhas nos métodos de experimentação (e aqui não podemos esquecer as “prendas” que as casas farmacêuticas entregam aos envolvidos na redacção dos relatórios); uma cultura da “prescrição fácil” que prejudica o paciente e a sociedade; uma outra cultura, paralela e igualmente prejudicial, a do medo em denunciar erros e falhas em âmbito médico (de novo: quem tem a coragem de opor-se às práticas das poderosas casas farmacêuticas ou aos especialistas de maior renome?).

Sempre mantendo bem presente quanto afirmado acerca da impossibilidade em substituir determinados tratamentos “modernos”, assim como o perigo de cair em tentações simplistas quantos perigosas, não seria mal de vez em quando olhar para trás e recuperar certos métodos que vigoraram ao longo de séculos. Não se fala aqui de aplicar sanguessugas para retirar do paciente o “sangue mau”: é que não sempre ter um pouco de insónia significa estar deprimido ou precisar de 20 gotas de Valium…

 

Ipse dixit.

Para quem estivesse interessado no assunto, eis os livros publicados pelo Prof. Peter C. Gøtzsche:
  • Peter C Gøtzsche, Henrik R Wulff (2007): Rational diagnosis and treatment – evidence-based clinical decision-making. John Wiley & Sons. ISBN 9780470723685.
  • Peter C Gøtzsche (2012): Mammography screening – truth, lies and controversy. Radcliffe Publishing. ISBN 9781846195853.
  • Peter C Gøtzsche, Richard Smith, Drummond Rennie (2013): Deadly medicines and organised crime : how big pharma has corrupted healthcare. Radcliffe Publishing. ISBN 9781846198847.
  • Peter C. Gøtzsche (2015): Deadly Psychiatry and Organised Denial. People’s Press. ISBN 978-87-7159-623-6.

Infelizmente não encontrei nenhuma versão traduzida em Português.

Livremente disponível em formato Pdf existe Corporate crime in the pharmaceutical industry is common, serious and repetitive: obviamente sempre em idioma inglês. Documento extremamente interessante apesar de relativamente breve (umas 18 páginas), reporta casos de crimes cometidos pela indústria farmacêutica entre os anos de 2007 e de 2012.

Para quem não entender o Inglês: fiquem descansados, vou traduzir as partes essenciais nos próximos tempos. Se não me esquecer como de costume, claro…

Fonte: Daily Mail

17 Replies to “Fármacos: o terceiro assassino”

  1. Ainda ontem, acordei ontem uma constipação daquelas. Foi o dia tudo a espirrar e limpar o nariz, ao fim do dia, estava a começar as dores de cabeça. Cheguei a casa a noite, a minha mãe fez-me um copo de leite bem quentinho com mel e 2 cascas de limão…….maravilha, passado umas horas já estava bem melhor e ao outro dia acordei como se nada tivesse passado.

    Não me lembro da ultima vez que tomei qualquer comprimido para constipações, dores de cabeça ou outro tipo de problemas……é só "remédios" caseiros, e fazem mesmo efeito.

  2. Eis um assunto que idiotamente ainda me dá nos nervos por entender que a indústria farmacêutica é uma das maiores "assassinas" do ocidente, além de subtrair muito dinheiro da sociedade (nas cidades brasileiras há uma farmácia em cada esquina, todas fazendo bons negócios).
    Algumas observações pessoais:
    1. Trabalhei 30 anos em universidades grandes (manicômios, na prática)não só no Brasil, como nos EUA, México e Canadá. Em torno dos campus, dezenas de consultórios psiquiátricos, fazendo belos negócios com professores e alunos na base da fluoxetina. Resultado: colegas e alunos cometendo suicídio (só quem ganha em óbitos é a cirurgia plástica).
    2.Faz 15 anos moro na zona rural de um pequena cidade no sul do Brasil, naturalmente convivendo com cobras, aranhas e escorpiões, além de 6 famílias todos cooperativados entre nós. Já fomos picados várias vezes e sempre ingerimos após a picada um produto chamado aqui Específico, só vendido em agropecuárias porque nunca obteve licença para farmácias (é bom demais, não há necessidade de soro). O químico que produz o Específico aprendeu com índios.
    3. A Maria Pequena é a única criança conosco, desde que nasceu convivendo com adultos minimamente lúcidos, e circulando em meio a animais, plantas, cachoeiras, nós, parafernália tecnológica de comunicação,milhares de livros e muita liberdade (naturalmente um problema na escola pois é ativa, espontânea, independente e sabe demais para a idade dela) Resultado: tivemos de fazer um escândalo para impedir que administrassem Ritalina para a pequena, pois as crianças dadas como agitadas recebem o veneno "gratuitamente" por aqui.(o município se orgulha de ser um dos poucos no Brasil com 100% de crianças na escola).
    4.Tenho 65 anos, durante a vida já pertenci às mais diversas classes sociais e nunca tive vida de "rainha". Não me considero com doenças físicas, psíquicas ou mentais (os loucos nunca se reconhecem como tal). Aparento dois terços da minha idade e faço tudo o que uma mulher saudável com quarenta e poucos anos faz. Não uso drogas da indústria farmacêutica, uso o que chamam alternativos: fitoterapia,acupuntura, comida o mais possível livre de agrotóxicos (plantamos em casa o que é possível em terra não contaminada, viva),água para beber, cozinhar, lavar e cultivar de fonte própria natural, mineral, e muito movimento corporal, sexo o máximo possível e nada de produtos tóxicos no corpo tais como maquiagem, desodorantes e afins ( meu material de limpeza corporal é água, óxido de zinco e saponáceos naturais). Creio que estou ótima.
    5. E só para não me alongar demais, não vivemos aqui fazendo exames médicos a base de raios x (mamografias e afins) porque a exposição a tais interferências consideramos mais prejudiciais do que a suposta prevenção. E quanto ao câncer, me desculpem, mas não apenas os pobres são influenciados pela medicina abutre ocidental. Também para esse mal tipicamente da nossa sociedade existem alternativas fito terápicas constantemente ocultadas.

  3. Desculpe, mas os listados não servem como referência de nada. Mentes malthusianas, tratamentos malthusianos. Devem, inclusive, achar tudo o mais muito ridículo. Não consigo imaginar o sr. Buffet sob tratamentos xamânicos.

    Aqui no Brasil o Dr. Luiz Moura, um adepto do tratamento conhecido como autohemoterapia teve sua licença para exercer a profissão cassada. Hoje sabemos que a medicina esportiva tem feito uso de Plasma Rico em Plaquetas ou PRP. Já há relatos de outros campos da medicina utilizando o mesmo tratamento. A autohemoterapia é uma prática quase centenária, mas quem pode obter lucro com sua disseminação?

    Isso sem falar em Wilhelm Reich e outros.

    Expedito.

    1. Expedito, está a falar seriamente?

      Acha mesmo que os vários Blankfein, Buffet, Dimon, etc. são tão deficientes que não fariam tudo e mais alguma coisa para salvar a pele?

      Isso é: dum lado acusamos as casas farmacêuticas de esconder os verdadeiros remédios, doutro lado acusamos os donos das mesmas casas de submeter-se a terapias inúteis?

      Autohemoterapia? Muito bem, vamos vê-la: onde ficam os ensaios que falam de tratamento contra o câncer conseguido apenas com a autohemoterapia simples? Porque para saber se uma coisa funciona ou não deve haver ensaios, estatísticas, dados de qualquer tipo, correcto? Ou ficamos apenas com a palavra do dr. Moura?

      Em Italia (mas também na Alemanha, na Grécia, etc.) a autohemoterapia é permitida desde 1994 e praticada não como "tratamento do câncer" mas como tratamento que coadjuva as sessões de quimio e rádio terapia: a autohemoterapia sozinha não cura os tumores, lamento.

      "A autohemoterapia é uma prática quase centenária, mas quem pode obter lucro com sua disseminação?"
      As casas farmacêuticas. Porque quando falamos de authoemoterapia falamos de extrair sangue venoso, enriquece-lo com ozono (ou trata-lo com raios ultravioletos, com oxigénio, etc, existem variantes) e depois reinjecta-lo.

      Abraçoooooo!!!!!

    2. Max, você acha que estava me referindo ao câncer do Buffet e não à espécie humana da qual é representante? Você crê que esta gente é capaz de buscar qualquer saída para seu problema? Pois bem, talvez até possam agir desta forma, coisa que duvido muito (isso é subjetivação minha), daí a divulgar qualquer tipo de alternativa à um tratamento convencional e respectiva cura, creio que jamais assistiremos nada deste tipo saindo das bocas destas pessoas. Afinal, com certeza não sou eu que tenho qualquer tipo de interesse na indústria farmacêutica. Isso posso garantir. Já estes acima citados tudo é plausível.

      Quanto a autohemoterapia curar câncer, creio que não fiz tal afirmação em lugar algum. Apenas a citei como exemplo de algo que se tentou apagar aqui no Brasil e hoje lhe é dado um novo nome para a algo bem similar, apenas ficando de fora o enriquecimento que você falou que é de fato usado no PRP (nome da técnica consentida no Brasil). Desta forma passou para o domínio de laboratórios e ficou contextualizado somente para determinadas práticas. Nada que diminua os lucros da indústria. Na minha concepção é como se fosse uma espécie de cooptação para evitar prejuízos maiores aos grandes interessados.

      Sobre o Dr. Luiz Moura digo apenas que ele não foi pioneiro no assunto no Brasil e no vídeo deixa isso bem claro. Teve sua licença cassada por difundir a técnica.

      Somente para corroborar com teu artigo e creio que testemunhe à meu favor:

      "- a primeira coisa que faz um médico formado na Europa ocidental é agarrar no bloco das receitas e prescrever uma série de fármacos. Se for suficientemente estúpido, acrescenta um antibiótico também (eh sim, aconteceu-me isso também no sistema de saúde nacional).

      – a primeira coisa que faz um médico formado na Europa oriental é prescrever-te um anti-inflamatório e um chã com mel, canela mais um punhado de ervas.

      É uma questão de forma mental."

      Concordo. A mesma forma mental de um Buffet por exemplo. Ambos bem malthusianos.

      Abraço.

      Expedito.

  4. Falei da minha incredulidade sobre determinadas mentes em aceitar, mesmo que seja na hora da morte, uma espécie de antídoto para seu problema. E já tive experiência de que determinadas posturas perante a vida não mudam mesmo na hora do sufoco.

    Há anos (mais de 10) tive crise absurda de hérnia de disco. A segunda que me acometeu. Fiquei quase 90 dias de cama, sem conseguir dormir direito por causa das dores. Descobri um tratamento com uma semente chamada SUCUPIRA (em letras garrafais porque lhe sou eternamente grato) e nunca mais tive crise alguma. De lá pra cá já indiquei diversas vezes este tratamento. Não adianta, aqueles com a "forma mental dos médicos da Europa ocidental" preferem aquelas injeções de cortisona que te fazem mijar vermelho. Isso é uma constante, com suas raras exceções que confirmam a regra. Alguns poucos aprendem apanhando e só então mudam seus conceitos.

    Expedito.

    1. Olá Expedito!

      Acho importante separar as coisas: dum lado o câncer, dum lado as outras doenças.
      Porque importante? Porque na primeira parte do artigo falei, não acaso, da minha experiência pessoal com médicos de ambas as formações (ocidentais e não ocidentais), deixando claro que os ocidentais têm uma forma mental que julgo estar errada. É preciso re-aproveitar os remédios, é preciso que as casas farmacêuticas deem um passo atrás, disso não pode haver dúvida.

      Hoje demasiadas vezes fala-se em "medicina alternativa" quando, na verdade, se trata da medicina tradicional, antiga de séculos ou até milénios (acupuntura, por exemplo). Até é errado defini-la como "alternativa", a alternativa é aquela baseada na química porque surgida depois das outras (mas sabemos como e porque as palavras são utilizadas duma determinada forma…). É a mesma medicina química que ainda recusa a utilização da cannabis (que tem inegáveis efeitos positivos em muitas áreas) para favorecer os produtos saídos de empresas cujo único objectivo é o lucro e nada mais (BigPharma é apenas um grupo entre os muitos criminosos).

      Acho que até aqui estarmos de acordo.

      Depois há o caso do câncer.
      E aqui as coisas se complicam. Porque é suficiente navegar um pouco na internet para encontrar tratamentos "milagrosos", vendido ou apenas aconselhados. Falo disso porque, infelizmente, no começo deste ano tive uma cara amiga que morreu por causa desta doença e passei horas ao computador à procura duma possível saída.

      Ela seguia os tratamentos "modernos" (quimio e rádio terapia) e fui eu que lhe sugeri experimentar também outras estradas: o bicarbonato, por exemplo, um aumento de determinadas vitaminas, consultas com especialistas "alternativos", etc. Fui buscar e traduzir os protocolos do Dr. Di Bella (um italiano que afirma ter encontrado a cura contra o câncer). E foi tudo inútil. Não apenas porque morreu, mas porque as análises feitas com regularidade não mostravam nem sequer uma mínima melhoria.

      Deixamos a minha amiga, porque um caso sozinho não faz estatística, e voltamos à questão internet: custa admiti-lo mas há uma "economia paralela" baseada na exploração dos desesperados que perante a morte aceitam tudo (como faria qualquer pessoa normal). Então é assim que há indivíduos que conseguem fazer dinheiro vendendo remédios "naturais", preparados segundo as receitas "tradicionais", e que são totalmente ineficazes.

      Não vejo nenhuma diferença entre um indivíduo destes e uma BigPharma: ambos são abutres nojentos e contra ambos (não apenas contra a BighPharma) temos que lutar.
      Este é o meu ponto de vista.

      Mas, dados que o assunto parece sensibilizar outros Leitores também, se calhar vale a pena escrever algo um pouco mais extenso acerca disso, concorda?

      Fica no artigo a seguir.

      Abraçoooo!!!!!!

  5. GCMAF – que rica proteina, porque não a estudam melhor?
    Uma perguntinha: Se alguem descobrisse uma cura para o cancer que acontecia?

    1. "Se alguem descobrisse uma cura para o cancer que acontecia?"
      As casas farmacêuticas multiplicariam os seus lucros para 10 o até 1000.

      Abraçoooooo!!!!!

  6. Na realidade são os indivíduos que são diferentes, não as doenças. Cada ser humano é único, portanto o que pode ser bom para mim não necessariamente será para meu vizinho.
    Não creio em práticas médicas alternativas, mas sim complementares. Parece ser apenas uma questão de nomenclatura, mas não é. A medicina evoluiu nos últimos anos ancorada na evolução de outras ciências como a física, a química, os progressos da engenharia e por aí vai. Práticas médica centenárias como a homeopatia e a Antroposofia e mesmo milenares como a medicina chinesa devem fazer parte do arsenal terapêutico e se fundirem a todo esse "avanço" médico. Sim, isso é possível.
    Eduardo.

    1. "Práticas médica centenárias como a homeopatia e a Antroposofia e mesmo milenares como a medicina chinesa devem fazer parte do arsenal terapêutico e se fundirem a todo esse "avanço" médico"

      Ora bem! Nem todos os fármacos são uma "porcaria", fundir as várias "correntes" (e reconhecer a todas a mesma legitimidade) parece-me a solução ideal!

      Abraçooooooo!!!!

  7. Caro Max, sou leitos contumaz do seu blog… Um senhor aqui no Brasil foi preso porque simplesmente descobriu um remédio no qual as próprias células de defesa do organismo combatem as cancerosas… Ele passou a desenvolver em casa e distribuir gratuitamente às pessoas… foi preso e processo por um laboratório que queria comprar a patente e ele não a vendeu…
    http://wp.clicrbs.com.br/pancho/2015/08/25/prisao-de-homem-que-ajudava-pessoas-com-cancer-em-pomerode-repercute-em-sao-paulo/?topo=52,2,18,,159,e159

  8. Somos presas fáceis na mão da propaganda sionista. Fazem o que querem através dela. O veneno vira salvação, e mais, muito dinheiro. Um exemplo? Quando da ascensão de Hitler ao governo alemão, 85% dos médicos naquele país eram…judeus.

  9. GLÚTEM + FLORA INTESTINAL desarranjada por antibióticos + gordura animal (sacarose contribui) = toxinas que envenenam o cérebro e causam desde depressão a autismo, passando por TDAH e esquizofrenia.
    Tarja preta só trata os sintomas e o "doente" fica na mão dos traficantes de drogas lícitas, até a morte.

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