Como escrever um bom post

Após 5 anos de blog (e muitos mais de internet), eis o que aprendi: truques e regras de base para
todos os Leitores que têm uma página web. E não são poucos.

Tanto para sermos claros: este não é um guia para aumentar de forma exponencial o número de Leitores.

Para isso são precisas escolhas diferentes, quais um assunto extremamente popular, uma organização do conjunto artigos-layout-elementos multimedias-links particular e, sobretudo, máxima atenção às regras que determinam o funcionamento SEO e SERP.

Mas não há nada de mal em aumentar o número dos Leitores. Aliás, se a ideia for trocar opiniões, quanto mais forem os Leitores tanto mais serão os pontos de vista alcançados. O importante é decidir se escrever apenas para os Leitores (isso é, seguindo unicamente os gostos deles e as regras SEO/SERP) ou se escrever para todos, autor incluído. O nosso é o segundo caso: então nunca o blog será uma fonte de rendimento económico mas sim de enriquecimento pessoal.  

1. Ideia!
A ideia de escrever um artigo pode ocorrer a qualquer momento, mesmo quando não estamos no computador. Por isso, convém tomar nota das ideias que passam pela cabeça para não esquecê-las. Com um smartphone é possível utilizar um aplicativo como Evernote para tomar notas e planear o trabalho.

Dito entre nós: esta é uma coisa que nunca faço, mas fica bem dizê-la, dá a ideia dum Max sempre atento e à procura da melhor inspiração.

2. Atitude
O autor dum blog não tem a verdade no bolso. Por isso, escrever sabendo que podemos errar e, sobretudo, respeitando sempre as opiniões de quem comenta o nosso trabalho. Mesmo que sejam opiniões completamente disparatadas, nunca insultar uma pessoa, não temos este direito (assim como ninguém tem o direito de nos insultar, óbvio).

Como costumo dizer: criticar é perfeitamente lícito, desde que no fim admitam o vosso erro 🙂

3. Informar-se
E aqui fica bem um leitor RSS, como por exemplo Quite RSS (aquele que utilizo: gratuito, portátil e simples). Útil também para os Leitores: sem “saltitar” duma página para outra, com um leitor RSS temos as novidades de todos os sítios que nos interessam comodamente reunidas.

O leitor RSS é também útil qual fonte de inspiração. “O que escrevo hoje? Ah, olha: a nova namorada de Justin Timberlake! Vou logo escrever um artigo sobre isso”.

4. Actualidade?  
Temos um blog que escreve sobre assuntos ligados à actualidade? Então provavelmente sobrestimamos as nossas possibilidades. Não somos donos dum diário nem podemos pensar de competir com os órgãos de comunicação. Os Leitores consultam antes os diários online, depois visitam um blog; e não querem ler as mesmas coisas. Por isso, melhor oferecer uma actualidade comentada, “explicada” (aspas necessárias, pois é bem repetir: não temos a verdade no bolso).

Nada “Ultima Hora!” (que também é um tipo de conteúdo que morre no prazo de poucas horas), bem melhor tentar A) entender B) “explicar” o porque de determinados factos.

5. Já visto
Tivemos uma boa ideia? Algo que pode dar um bom post? Stop! Antes melhor espreitar o que já foi escrito acerca do assunto. Internet está cheia de post que parecem ter saído duma fotocopiadora. O post poderá ser escrito na mesma, mas numa forma “nova”: por exemplo, acrescentando novos dados aos que já circulam.

6. Outra vez?
E porque não escrever artigos sobre o mesmo assunto? Parece o contrário de quanto afirmado no ponto 5, mas atenção: se um artigo teve uma grande recepção entre os Leitores (que comentaram e/ou compartilharam), significa que gostaram do tema, então porque não aprofunda-lo? Não repeti-lo, óbvio, mas ir mais além.

Neste blog, o artigo mais lido até hoje (com minha grande dor) é “Porque Nibiru não existe” com 93 comentários. Notaram que não voltei a falar do assunto? E a razão é simples: façam como digo mas não façam como faço.

Do ponto de vista dos motores de pesquisa, escrever apenas um artigo sobre o assunto faz que Google tenda a “ignora-lo”, enquanto se o mesmo argumento for repetido várias vezes, Google pode começar a nos considerar como uma “autoridade” em matéria e o blog terá mais visibilidade. Eu sei que pode parecer esquisito, afinal posso continuar a escrever disparates: mas Google raciocina assim.

7. Comentários
Ler atentamente os comentários no blog e nas várias páginas conectadas (Facebook, Google+, etc.). Aqui é o caso de fazer o que faço: pessoalmente leio sempre e tudo. É assim que entendemos os gostos dos Leitores, é assim que encontramos muitas ideias para novos artigos, é assim que é possível melhorar o nosso trabalho. E aprender.

Pelo contrário, não façam como eu, que respondo pouco (isso tem um nome: preguiça). Tentem responder sempre, é também uma questão de educação (Max malcriado…).

8. O título
Prestar muita atenção ao título. Mais uma vez: não façam como eu. Observem o título deste artigo: é um óptimo título, o “Como…” é a felicidade dum qualquer motor de pesquisa.

Eu, pelo contrário, muitas vezes escrevo títulos que são a tristeza de Google. Isis e História: a Idade do Gesso é um péssimo título porque os motores de pesquisas não entendem os jogo de palavras.

Por isso: títulos com poucas palavras e com a palavra-chave em boa evidência. E nada de títulos compridos: Google corta-os. UFO: os Clássicos – Kenneth Arnold e os foguetes-fantasma, por exemplo, tem demasiadas palavras.

9. O dogma: as fontes!
Este para mim é um ponto absolutamente central. Se o nosso objectivo for ter um mínimo de credibilidade, então temos de demonstrar de saber o que estamos a escrever, o Leitor tem que perceber que quanto aparece no post está baseado em dados reais e concretos. E as fontes têm que ser sempre citadas.

Atenção: citar as fontes não significa colar o endereço da página web da qual foi retirada uma notícia. Significa conhecer a base sobre a qual a tal página web construiu o seu artigo. Isso implica trabalho (link atrás link até a origem), mas as possibilidades de errar diminuem drasticamente.

Em 5 anos de blog publiquei apenas uma notícia falsa e foi mesmo um caso em que decidi não verificar de forma correcta. Resultado: fui apanhado logo. Justo. Neste caso: apagar o disparate e substitui-lo com as desculpas.

Se na tal página web a fonte não for indicada (mau hábito bastante comum), então tentar com uma outra página que tenha escrito acerca do mesmo assunto ou com uma pesquisa no Google (ou outro motor, claro).

10. Não afastar-se do caminho
Melhor não afastar-se muito do tema principal. Um grande orador usa metáforas, anedotas, citações filosóficas, mesmo quando trata de ciência ou tecnologia. Mas nós não somos oradores, melhor limitar esses voos de fantasia: o risco é que o Leitor caia adormecido e que os motores de pesquisas não entendam o verdadeiro tema do post (os motores de pesquisa percebem mesmo pouco…).

Autocrítica: como gosto de escrever, por vezes excedo.
Paciência.

11. O incipit
Um Leitor percebe muito cedo seu um artigo for interessante ou não. Poucos segundos e já deixou o
nosso blog. Culpa de quem? Nossa, que escrevemos uma introdução fraca ou confusa.

A introdução dum post é vital: em poucas palavras temos que antecipar o conteúdo do artigo e torna-lo interessante. Uma boa forma é por uma pergunta: quem interrompe a leitura depois de um ponto de interrogação? As palavras de abertura são como o trailer do artigo.

12. Mas quanto demora?
Não existe uma regra clara sobre o tamanho correcto dum post, mas o Panda Google (o algoritmo utilizado pelo motor de pesquisa) tem penalizado sites com conteúdo de pouco valor: portanto, em caso de dúvida, sempre melhor escrever um pouco mais. Afinal esta é uma oportunidade para publicar mais informações ainda.

Do outro lado, não podemos esquecer que o Leitor é um ser humano, com as limitações típicas da nossa espécie: após um post de 25 páginas pode ficar um pouco cansado. Que tal dividir o post em duas ou três partes? Eu costumo fazer isso, parece-me uma ideia simpática.

13. Auto-citação
Linkar as nossas mensagens antigas é também algo simpático. Isso permite não ter que repetir as coisas; e o Leitor tem a ocasião de aprofundar determinados temas.

14. Spam e ofensas
Como afirmado, os comentários são fundamentais, mas também podem ter contra-indicações. Escrever sobre temas polémicos (como política ou futebol) significa atrair paixões; e com elas podem surgir ofensas ou vulgaridades. Neste caso, não devemos perder tempo porque este é exactamente isso que deseja um troll (pessoa cujo comportamento tende sistematicamente a desestabilizar uma discussão e a provocar e enfurecer as pessoas nela envolvidas): é só apagar.

Eliminar logo também o spam, como publicidade e links clicáveis (a não ser que sejam de blogues amigos ou de nossos Leitores, aí o discurso muda). Os links podem também conduzir para páginas que não agradam os motores de pesquisa (por exemplo com maleware).

Atenção: a detecção automática do spam (que é padrão no Blogger) por vezes elimina comentários perfeitamente legítimos, melhor controlar de vez em quando a caixa do spam (é por isso que, às vezes, alguns comentários aparecem publicados após alguns dias).

15. Simplicidade
Um artigo não é um tratado científico e pode ser lido por pessoas super-espertas ou por novatos. Devemos, portanto, tentar ser rigorosos para os primeiros e claros para os segundos, evitando uma linguagem excessivamente técnica. Pode ser útil inserir uns links para páginas que podem servir de suporte para obter informações adicionais.

16. Reler!
A diferença entre um blog de qualidade e um não de qualidade fica até nos erros de digitação. Mas isso não significa a necessidade de ser licenciado em Letras para ser um bom blogueiro: muitas vezes, um simples releitura de quanto escrito permite a correcção da maioria dos erros (que, por sinal, desagradam os motores de pesquisa também).

Eu, por exemplo, costumo reler sempre o que escrevo. Se calhar não “sempre”, mas na maior parte das vezes sim. Ou, pelo menos, de vez em quando. Raramente. Talvez quase nunca. E os resultados estão à vista….Bom, mas isso sou eu e não interessa.

Obviamente, evitem escrever num idioma que não seja o vosso, a não ser que tenham uma adequada preparação. Conheço blogueiros, por exemplo, que escrevem num idioma que não é a língua-mãe deles e em cujos artigos é sempre possível encontrar erros. Uma tristeza, pessoalmente nunca conseguiria ler blogues assim…


17. Factos e opiniões
É sempre bom manter as informações separadas das opiniões. No geral, dedicar a primeira parte do artigo aos factos e a segunda para as opiniões. E, possivelmente, dividir as duas partes com um novo parágrafo ou um pequeno título.

18. Reconhecer os erros!
É absolutamente normal errar. E não há nenhuma razão para não admitir isso. Não apenas perdemos a estima dos Leitores, mas reconhecer um erro significa criar uma relação de maior confiança. E sempre agradecer aos Leitores que fazem notar um erro, seja de digitação ou de conceito. Agradecer e só depois elimina-los permanentemente do blog lololol….

19. Estilo
Cada um de nós tem um estilo. É normal. E é perfeitamente inútil (e prejudicial) tentar “uniformizar” a nossa escrita: pelo contrário, é bom manter e valorizar tudo aquilo que diferencia o nosso blog. Internet está cheia de páginas que tratam os nossos mesmos argumentos, pelo que é necessário distinguir-se e ser originais. Além disso, escrever ou abordar determinados temas de forma um pouco diferente é também mais divertido para quem escreve.

20. Separar, separar…
Como confessado, muitas vezes não leio antes de publicar. O que é muito, muito mau. Mas uma coisa faço sempre: controlo que não haja parágrafos demasiado compridos. Demasiadas linhas tornam a leitura “pesada” e não são nada atractivos. Melhor separar, criando mais parágrafos.

Poucas frases “dependentes”: uma principal, máximo uma ou duas dependentes, não mais. Utilizem os pontos: são grátis. Óptimos são os elencos: facilitam a leitura e esclarecem as ideias.

20. Imagens 
Usar sempre imagens. Ficam bem, dão cor, ajudam a transmitir a ideia. Também vídeos e mapas. E os conteúdos multimédia melhoram a classificação nos motores de pesquisa. Mas atenção a não exagerar: o conteúdo é sempre mais importante do que o multimédia…

21. Não copiar
Pode parecer uma coisa óbvia, mas copiar é muito mau. Não copiem, isso é, não façam copia/cola fingindo ter escrito quanto publicado. Reconheçam o trabalho dos outros. Dá mais satisfação também.

Pessoalmente utilizo este esquema: quando copio e colo, insiro as partes não minhas como citação, mesmo que sejam muitos compridas. E sempre pôr os créditos (isso é: um link para o autor original).
Além de tudo o resto, os motores de pesquisa reconhecem e penalizam as cópias.

22. Quando?
Quando temos de publicar? Com qual periodicidade? Isso depende de nós, claro, mas uma vez escolhida a periodicidade é bom mantê-la. Há blogueiros que publicam a cada dias, outros a cada semana, é uma questão de gosto. Mas é melhor ser regulares.

Pessoalmente escolhi publicar desde Segunda até Sexta, enquanto Sábado e Domingo são acessórios. Mas cada um pode escolher um timing diferente, não é um problema. O importante, como afirmado, é manter uma certa regularidade, em sintonia com a nossa vida.

E as horas? Bom, há blogueiros que estão muito atentos a este assunto, pois as horas de publicação não são todas iguais. Exemplo prático: se desejarmos maximizar o número de Leitores para um determinado artigo, publicar na tarde dum Sábado é a escolha pior.

Eu tendo a publicar na hora do almoço (ou pouco depois) e no fim da tarde. Fica-me bem por questões de trabalho e me permite ser regular ao longo da semana. Mas cada um tem que encontrar o seu horário. No caso de outros assuntos, como por exemplo o desporto, data e hora podem ser determinantes.

23. Nada de pressa
Uma vez acabado o artigo, antes de publicar é bom reler para individuar possíveis erros (como os gramaticais) e não só: observamos se tudo está correcto. A distância entre os parágrafos é melhor que seja uniforme, as fontes e todos os links devem estar presentes e funcionantes, as imagens bem posicionadas. Não serão 2 minutos que irão tornar o nosso artigo desactualizado, não é?

Boa ideia é aquela de utilizar o negrito ou o itálico para realçar determinadas palavras-chave. Esta é uma coisa que não costumo fazer mas que tenciono introduzir, pois facilita a leitura.

Perder tempo para tentar “ajeitar” o artigo do ponto de vista estético? É questão dum par de minutos mas vale a pena porque, como se costuma dizer, também o olho quer a sua parte.

24. Aprender
Quando iniciei Informação Incorrecta, a minha ideia era fazer “divulgação”. Cedo tive que mudar de opinião: porque escrever num blog significa também aprender. Pessoalmente aprendi muitíssimo ao longo destes 5 anos: aprendo enquanto procuro notícias, aprendo enquanto controlo as fontes, aprendo ao ler os comentários.

Em boa verdade, uma das riquezas mais valiosas dum blog é mesmo esta: enquanto passamos por “expert” (lolol), na realidade aprendemos continuamente e temos que estar sempre prontos para mudar os nosso pontos de vista. O que é óptimo: porque só os idiotas não mudam de ideias.

Acabou? Para mim sim. Mas se os colegas blogueiros desejarem acrescentar mais umas coisas, o espaço é todo vosso!

Ipse dixit.

5 Replies to “Como escrever um bom post”

  1. nem acredito que fui eu a apanhar-te o único artigo falso que publicaste até hoje. Até me sentiria mal caso não soubesse que gostas efectivamente que os leitores chamem a atenção para qualquer coisa menos correcta.

    Ainda à procura mas já não me lembro, ainda sabes que artigo foi?

    1. já me lembrei, acho que foi um artigo sobre os contentores de carros para venda nos USA.

      confirmas que foi esse? 😛

      Pedro Martins

  2. There is shocking news in the sports betting industry.

    It has been said that any bettor needs to look at this,

    Watch this now or stop placing bets on sports…

    Sports Cash System – Advanced Sports Betting Software.

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