A partilha

Diz a Sempre Muy Nobre Maria acerca do problema da Palestina:

Ficamos indignados, sim, nós atores deste mundo com lucidez, mas com pouco protagonismo, mas a pergunta que me faço é: que vamos FAZER, além de gritar???Se tiveres, ou os demais leitores, alguma ideia concreta, terei imenso prazer em participar das ações.

Ideia concretas? Também me associo ao apelo de Maria e deixo a pergunta para todos os Leitores.
A minha ideia é bastante simples e limitada, infelizmente.
Nesta altura, a única coisa viável é a partilha de informação.
É pouco? Até um certo ponto sim, é pouco, por isso escrevi “limitada”.
Mas reflectimos.

Claro, seria bom ter uma varinha mágica com a qual acordar o mundo e
acabar com as injustiças. Mas esta varinha não existe, pelo que temos
que procurar outra estrada, mais realística. Não há uma “via rápida”.
As interceptações, a espionagem, o NSA, os programas para condicionar as ideias do público, a obra de “catequização” dos media…tudo isso tem alguns objectivos: limitar a livre circulação das ideias, controla-las, recolher informações acerca do maior número possível de indivíduos.
E os imensos recurso gastos nestas operações deveriam ensinar algo: informação é poder, não é possível pôr em causa esta ponto.
Deter a informação é essencial para conhecer e poder agir. Podemos ver isso na espionagem das potências ocidentais, mas também na censura da internet chinesa. Manter calma a sociedade é o passo fundamental para a manutenção do poder. E a calma pode ser conseguida conhecendo a sociedade, controlando as suas emoções, fornecendo-lhe informações miradas. Só depois vem tudo o resto.
Neste aspecto, como já analisado várias vezes, internet é um instrumento formidável que, na minha óptica, tem ultrapassado em importância os media tradicionais. Estes, de facto, são direccionados para um público já predisposto para a aceitação das verdades pré-confeccionadas. Mas sobra uma franja, aquela formada pelas pessoas que não ficam satisfeitos com as explicações oficiais e procuram algo mais na internet.
Aqui internet dá o seu melhor, criando e mantendo o caos, no qual é possível encontrar tudo e o contrário de tudo, desacreditando as teorias alternativas, ridicularizando assuntos sérios, tornando vã logo no princípio qualquer tentativa de mudança.

Por esta razão acho que uma das mais importantes tarefas de qualquer pessoa que deseje mudar é a partilha das informações.

Informação Incorrecta (I.I.) não é o único espaço de internet onde é possível encontrar “factos” em vez que “boatos”. Há outros. Por isso: partilhem. Não custa nada: é só enviar um link para parentes, amigos reais e virtuais. Com Facebook, por exemplo, isso fica à distancia dum click.

Um apelo inútil? Nada disso.

Observem a coluna de direita: podem encontrar o símbolo de Google com escrito ao lado ” Recomendar este URL no Google”. Os artigos deste blog (que são 2817) foram partilhados no Google 62 vezes. Pouco. 

Podemos pensar: bom evidentemente este blog não presta.

Mas assim não é, pois o número dos seguidores (aqui e no Facebook) aumenta, tal como as visitas diárias. Então: os Leitores não faltam, falta a partilha. Assim como poucos são os comentários.

E não é apenas um problema deste blog. O de Gilson Sampaio, por exemplo, é um óptimo blog do qual nunca alguém me enviou um link. E nunca recebi nada de Redecastorphoto, de Octopus, Jader Resende, Jornal GGN (a única que me enviou algo do Jornal GGN foi mesmo Maria)…

Faltam artigos interessantes? Nem por isso. Aliás, escolhi algumas páginas brasileiras como exemplo porque a maior parte dos Leitores de I.I. é oriunda do Brasil. O problema é que o Leitor não tem o hábito de partilhar. Esta, pelo menos, é a impressão com a qual fiquei.

O que acontece é que artigos deste blog são depois ré-publicados por outros blog. Isso sim. Mas atenção: este é um círculo limitado no qual são envolvidas as pessoas do costume. E, dado que quem segue I.I. seguirá outros blogues também, acabam por ser os Leitores de sempre que recebem a mesma sopa e daí não saímos.

A partilha é o básico. Ler, aprender, reflectir é bom para nós. Mas os outros? Se o desejo for mudar esta sociedade, é preciso que as ideias mudem antes; e as ideias podem mudar, ou até nascer, só se for possível alimenta-las.É importante criar a nossa própria consciência da realidade.

Mas isso não é suficiente: no máximo podemos ficar “atores deste mundo com lucidez” (lucidez?). Que como consolação não me parece grande coisa. Aliás, não partilhar inviabiliza a troca de ideias: até podemos ficar com uma ideia errada mas sem uma contra-parte ninguém poderá mostrar-nos um outro ponto de vista.


Façam um favor para Vocês mesmos: partilhem.
Façam um favor para os outros, os que ainda não tiveram a oportunidade de sair da escravidão dos media: partilhem.

O espaço dos comentários é também um lugar onde podem ser publicados links de outras páginas internet, aproveitem (e em alguns alguém já fez isso, o que é muito bom). Não há por aqui “ciumes”, publiquem à vontade se acharem os assuntos interessantes.

E não esqueçam: o mesmo link que põem no espaço dos comentários pode ser enviado para os tais parentes, amigos, etc.

Nota: esta é apenas uma ideia. Maria espera outras…

Ipse dixit.

7 Replies to “A partilha”

  1. Na minha opinião como "crente" em um Ser maior, …seja la o que for Essa Coisa inexplicavel (ou quase), existe um grande mistério que esta se desenvolvendo aos poucos, e que nada, nada podemos fazer, a não ser acompanhar o desenrolar da história e/ou estoria, dependendo do que para quem serve tanto uma como outra (história REAL ou Estória da carochinha).A certeza é que a varinha magica é utopia e que pimenta na rabiola dos outros é refresco! Do resto é resto! Quem ta certo? Tá tudo errado!!!! E não acredito no despertar de "UMA NOVA CONCIÊNCIA" nem nos annunaki, nem no cão chupando manga! Porem ..".Há alguma coisa de errado no mundo. Sempre houve. Alguma coisa a que ninguém jamais deu nome, que ninguém jamais explicou. "

    1. Tenho minhas crenças e deixo-as de lado para não confrontar as dos outros, guardo-as comigo. Concordo quando dizes que" Há alguma coisa de errado no mundo. Sempre houve. Alguma coisa a que ninguém jamais deu nome, que ninguém jamais explicou." Acrescento apenas que há muitos nomes para o que há de errado e de tão óbvio não conseguimos ver. Essa é minha opinião. Um abraço e que tudo acabe bem, se é que isso será possível.

  2. Olá Max
    Certamente tenho partilhado e falado sobre o I.I., em um número além da sua expectativa. Nossa missão segue em frente.
    Aproveito para recomendar este que considero outra das principais fontes atuais: http://www.globalresearch.ca/

  3. Partilhem também os videos de "George Duke" sobre o Sionismo e percam a inocência de vez!

    Busquem em google, escolham em cima " videos", "lingua portuguesa", escrevam na caixa : George Duke.

    Muito importante…

    1. "DAVID DUKE"
      Exactamente.
      Peço desculpa o engano.

      Rectifico:
      Busquem em google, escolham em cima " videos", "lingua portuguesa", escrevam na caixa : David Duke.

Obrigado por participar na discussão!

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