Ouro? Boa ideia.
Recentemente, o ouro voltou a ser um tema quente. Robert Lenzner, ex-banqueiro e agora analista da Forbes:
A notícia de que a Alemanha quer repatriar parte das suas reservas de ouro dos EUA e da França faz preocupar bastante, porque é o primeiro grande sinal de que a confiança entre os bancos centrais do mundo está a deteriorar-se.
E quando a confiança desaparece, começam os problemas.
Não é um acontecimento isolado. São muitos os Países nos últimos 50 anos têm depositado o ouro nos grandes cofres norte-americanos e britânicos, mas agora queria ter tudo de volta.
Depois de ter passado 50 anos em casa estrangeira, hoje o ouro da Alemanha deveria voltar à sua terra natal: pelo menos 50% do total das reservas. Esta decisão foi tomada recentemente pela Bundesbank, o segundo maior proprietário de reservas de ouro do mundo.
Porque e porque agora? Existem várias razões. Em parte, porque uma lobby de economistas, advogados e empresários alemães está a exercer pressão neste sentido, mas não só.
A história começa em Outubro passado, quando o Tribunal de Contas alemão solicita uma inspecção dos cofres dos bancos centrais que guardam o ouro do País no estrangeiro. Isso nunca tinha acontecido antes e provocou uma atmosfera de suspense internacional. Também porque tinha havido uma ambígua experiência anterior: segundo a revista Der Spiegel:
Em 2007, depois de inúmeros pedidos, os inspectores da Bundesbank tinham sido autorizados a entrar nos cofres da Federal Reserve dos EUA, mas apenas na ante-sala. Quatro anos depois, em Maio de 2011, os inspectores fizeram uma segunda visita e desta vez foram capazes de entrar em um dos nove compartimentos onde está o ouro alemão. Poucos lingotes foram pesados, mas o resultado destas auditorias foram mantido secretos, a pedido da Fed.
A partir desse momento, começa a desenvolver-se um plano de sete anos para a restituição que começaria em 2013 e deveria terminar em 2020. Assunto: a transferência de 54 mil lingotes de ouro dos cofres de New York para aqueles de Frankfurt. Uma operação (aparentemente) sem efeitos secundários sobre o mercado. Na verdade, desencadeia um efeito dominó.
Os holandeses, que têm apenas 10% do seu ouro em casa e o resto nos cofres de New York, Ottawa e Londres, fica agitada e também solicita inspecções e relatórios. Outros Países estão a preparar-se para fazer o mesmo.
Obviamente, nesta panorama também desempenha um papel importante a crise do Euro. De acordo com Peter Krauth, analista de Money Morning:
A Alemanha está a preparar-se em caso de dissolução do Euro e quer o ouro, possivelmente para suportar um novo marco alemão.
Esta hipótese, que traria de volta os ponteiros da história monetária dos últimos 40 anos, também é apoiada por outros analistas e autoridades monetárias.
Aqui surge uma pergunta? Mas o ouro ainda está lá onde deveria estar? Se assim for, porque leva 7 anos para voltar ao seu País de origem?
Steve Scacalossi, vice-presidente da TD Security, diz que o ouro “é alocado fora”, isto é, a Fed tem
“emprestado” ou “alugado” para outras pessoas/empresas/Países, por isso não pode ser devolvido já porque isso poderia causar problemas acerca dos juros que a Fed percebe.
Keith Barron, um geólogo responsável por importantes explorações minerarias, é mais directo:
Eu acredito que a maior parte das reservas de ouro do mundo ocidental, que deveriam estar nos cofres dos bancos centrais, na verdade encontra-se em mãos privadas na Índia e o que resta continua a ser encaminhado para a Ásia. Portanto, a maior parte do ouro ocidental desapareceu dos cofres e agora é só uma entrada nos livros contáveis.
Estes bancos centrais e bullion banks [uma bullion bank é um banco que opera como comerciante de grandes quantidades de ouro, ndt] simplesmente “fazem girar” o ouro que nunca volta para os Países de origem.
Como confirmação das palavras de Barron, há um episódio significativo: em 1990, a Drexel Burnham Lambert, um dos principais bancos comerciais na época, foi à falência envolvida no escândalo dos junk bonds de Michael Milken, homem da grande Finança acusado de extorsão e fraude. Poucas pessoas sabem que o Banco de Portugal (óbvio…) tinha emprestado 17 toneladas de ouro ao banco. Ouro que simplesmente evaporou, numa altura em que era cotado a 380 Dólares por onça.
Mas voltemos aos 7 anos para devolver o ouro alemão. Há alguns meses, o ouro estava a voar em direcção dos 2.000 Dólares por onça: neste novo cenário, já sete meses de tempo apresentaria dificuldades, sete anos torna tudo impossível. O que gera inevitáveis suspeitas.
Pode ser este considerado como um bom momento para “comprar de volta” o ouro emprestado? Claramente não. E como é possível “comprar de volta” (2.000 Dólares por cada onça) uma coisa que no passado valia muito, mas mesmo muito menos? Os bancos que irresponsavelmente puseram em circulação o ouro que deveriam ter guardado, hoje devem pagar montantes astronómicos para recuperá-lo e devolvê-lo. E deveriam também apaga-lo dos seus livros contabilísticos.
Entre outras coisas, se a Alemanha insistir e provocar um real efeito dominó, com outras Nações afazerem o mesmo, o mercado do ouro físico poderia reagir de maneiras inimagináveis: os bancos centrais de muitos Países emergentes estão a comprar ouro como nunca antes e o preço poderia disparar.
Apesar do diálogo entre os vários operadores ter sido sempre bastante “reservado”, começam a circular informações apoiada numa suspeita: mas não será que nos cofres do bancos centrais há menos ouro daquele efectivamente depositado e declarado?.
Tentamos reconstruir um pouco desta história.
Agora? Claro que não: só na segunda parte deste artigo.
Ipse dixit.
Fontes: na última parte do artigo
os annunakis estão voltando. E eles precisam de todo
ouro disponível.
É, deve ser isso…
Eu acho que eles já levaram, é por isso que não tem ouro nos cofre dos bancos nem em Fort Knox.
Esse ouro
não se encontra mais no planeta Terra, duvidam, aguardem que um dia vão saber
Parte dele está em minha casa 🙂
não sei que burro esta escrevendo isso daí, ma que tá zurrando tá!
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