2012: As previsões dos outros – Parte I

Previsões? Ainda? Já temos as fantásticas profecias de Informação Incorrecta!
O que é verdade. Mas como de natureza sou magnânimo, espaço para dois aspirantes profetas, o jovem George Soros e Jack Rasmus.

Comecemos com Soros.

George Soros é um jovem e prometedor empresário de 81 anos, americano de origem hebraica, que Wikipedia define como político, economista, filantropo, esperantista (que fala o Esperanto), filósofo. Teria sido suficiente escrever “homem dos Rockefeller” para explicar isso e muito mais.

“Filosófo”? Com certeza. Eis um dos pensamentos profundos:

Uma sociedade aberta é uma sociedade que permite aos seus membros o maior número de graus de liberdade para atingir o próprio interesse compativelmente com o interesse dos outros.

Sem dúvida, é filósofo.
Mas vamos ler as profecias, recebidas em estado de transe durante uma entrevista com Newsweek.


Segundo o jovem,  os protestos nascidos com os movimentos como Occupy Wall Street podem tornar-se incontroláveis se a economia dos EUA continuar a piorar , e estes protestos terão as características de uma revolta civil. Os Estados Unidos devem preparar-se para uma violenta revolta social nas ruas.
E não é tudo.

Para as autoridades será uma desculpa para usar tácticas repressivas muito severas que, se levadas aos extremos, podem criar um sistema de repressão política, uma sociedade onde a liberdade individual estará sujeita a cada vez mais vínculos, o que representa uma ruptura com a tradição dos Estados Unidos.

Os protestos crescentes na América será um dos muitos sintomas de um agravamento das condições económicas globais: não já “ficar rico” mas sim “preservar o próprio bem-estar” vai tornar-se a prioridade. Sim, porque em tempos como estes, a sobrevivência é o mais importante.

Eu não estou aqui para espalhar bom humor [é filósofo, não comediante, ndt]. A situação é a mais séria e difícil que eu já experimentei na minha carreira.

Estamos num período muito crítico, em muitos aspectos lembra a década dos anos 30, a Grande Depressão. Estamos num período de restrições e dificuldades no mundo industrializado, uma situação que ameaça fazer-nos cair para uma década de estagnação.

Na melhor das hipóteses, temos de nos preparar para a deflação. No pior dos casos, para o colapso do sistema financeiro. Por esta razão as autoridades económicas mundiais terão que manter viva a área do Euro na sua forma actual.

Um default confuso e de saída do bloco nem que seja dum dos Países apenas pode desestabilizar o mundo inteiro.

Ah pois é, Soros não brinca.

O quê? Não são grande coisa como profecias?
Pois não, mas enfim, é Soros, um pouco de respeito.

Pense o Leitor que enquanto está aqui, comodamente sentadinho na frente do seu ecrã, com uma lata de Coca-Cola na mão direita e uma posta de bacalhau na esquerda (feijão preto caso o Leitor seja Brasileiro), o pobre George está no meio dos Alpes, em Davos, entre neve, gelo, lobos e ursos polares, para tentar resolver os problemas que ele mesmo ajudou não pouco a criar.

Respeitinho, é o mínimo.

Ipse dixit.

Fontes: Bloomberg,

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