Intervalo: até Segunda-feira!

Ao caminho do Algarve com Leo

Queridos Leitores,

quando estará a ler estas linhas, já será tarde: terei abandonado o doce berço de Almada e estarei num ponto indefinido entre o Norte e o Sul do Planeta, rumo à novas aventuras e indescritíveis perigos.

Pois esta é a verdade, o bom Max parte para uma missão científica: a exploração do lendário Reino do Algarve, para que a Humanidade possa arrumar outro véu de ignorância.

Ao longo dos próximos dois dias (talvez três, quem sabe o que o fado tem guardado para nós?), esta terra misteriosa será percorrida na tentativa de recolher úteis informações que possam ajudar a desvendar os muitos quesitos que ainda envolvem esta longínqua zona de Portugal.

Poucas as notícias. Sabemos que foi o último reduto dos Árabes, pelo que os habitantes ainda têm nomes como Zé Moahmed ou Nuno Abdul.

Conhecemos os nomes das principais aldeias: Faro, cuja origem é desconhecida e na qual nem mora ninguém; Lagos, assim chamada por ficar à beira mar; Sagres, onde foi inventada a cerveja; e Portimiau, a cidade dos gatos.


A comida é simples: Ervilhas com ovos à Algarvia (um ovo cru e 4 ervilhas), Carne de porco com amêijoas (porco, ameijoas, gelado de pistache, pêssego e um ovo cru), Dom Rodrigos (um ovo cru e 450 gramas de açúcar).

Esquisita uma tal falta de conhecimento, tendo em conta o papel desenvolvido pelo Reino do Algarve ao longo dos séculos.

De Sagres partiu por exemplo o Nobre Vasco da Gama, que com o seu balão deu a volta ao mundo em 80 dias.

Do mesmo lugar afastou-se o Inesquecível Pedro Alvares Cabral, que ao encontrar uma tempestade ao longo da rota para a Índia acalmou os marinheiros “Mas qual tempestade, é um temporal de Verão, nem 6 meses e estaremos em Calcutá”; e que quando viu o Brasil exclamou “Não liguem, é apenas uma ilha”.

Sabe-se que os Algarvios praticam um desporto chamado “Apanha-turista”: bandos de Algarvios cercam famílias estrangeiras (preferencialmente Ingleses) que depois são arrastadas num dos grandes estádios que ocupam a região (30.647.923 € aquele inaugurado em 2004); aí são sacrificados ao Deus Kavako (que segundo a lenda tem expressão de bacalhau e cérebro de banqueiro, nasceu numa aldeia chamada Poupé ou Loulé e que um dia voltará para vender o País aos estrangeiros).

Pessoas estranhas, gente diversa, que será estudada e relatada por mim em ocasião do meu regresso.

Até lá, portem-se bem, fechem o gás, não aceitem rebuçados de desconhecidos, agasalhem-se e deem comida ao gato que do cão trato eu..

Até um Segunda-feira, se assim Deus quiser.

Adeus.

P.S: em verdade já fui uma vez no Algarve, mas vi apenas Vila Real de S.António…e não me pareceu grande coisa. Sem ofensa para todos os eventuais Vilarealitosdesantantoninhos que estejam a ler, óbvio. Desta vez zona de Lagos e Sagres.

Vamos ver. E até já!

Ipse férias.

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