Só uma breve actualização antes de dedicar mais espaço ao acordo entre Brasil e Irão.
As Bolsas europeias continuam com sessões anémicas: Londres -0,01%, Madrid -0,13%, Paris -0,47%, Frankfurt -0,02%, Amesterdão -0,20%, Milão -0,23%, Lisboa +0,10% (!!!).
Parece mais uma jornada de espera, com os mercados que não sabem qual será a direcção do próximo vento.
Quem não espera é o Euro, decidido a bater todos os recordes negativos, passados, presentes e futuros: 1,232 face ao Dólar, o nível mais baixo dos últimos 4 anos. E ainda não acabou, cada dia melhor do que o anterior.
Mas não há crise: as mentes pensantes de Bruxelas já marcaram um novo encontro.
Ansa:
A tendência do Euro nos mercados, as contas públicas dos Países com atenção nas medidas correctivas e nas dívidas, a proposta da Comissão Europeia de alterar o Pacto de Estabilidade, introduzindo os procedimentos de endividamento excessivo e uma forma de controlo prévio por parte de Bruxelas sobre as leis de orçamento. Estas as questões que serão abordadas na reunião de hoje e amanhã, respectivamente, pelo Eurogrupo e Ecofin.
Agora sim que podemos ficar descansados.
O presidente do Eurogrupo, o luxemburguês Jean-Claude Juncker, declarou que as medidas correctivas tomadas pela Espanha são correctas, e que segundo ele o País está respondendo bem, na direcção certa
Claro: cortes, reduções dos salários, sacrifícios, o pior deficit para as comunidades na história recente, uma greve geral já marcada, uma crise imobiliária que queima milhões. Que mais poderia desejar uma nação?
A preocupar Juncker é a tendência do Euro nos mercados ”não a taxa de câmbio – precisou -, mas o ritmo acelerado de deterioração da taxa de câmbio”
Ou seja: a taxa de câmbio.
Do Ministro austríaco Joseph Proell chegou um aviso: ”cuidado para que as medidas rigorosas contra os deficit não destruam os sinais de recuperação.”
“Sinais de recuperação”. Ele disse mesmo “sinais de recuperação”…
Ipse dixit.