As bases do milagre chinês: o que não é explicado e porquê.

Siga-me s.f.f., pois este é um artigo importante, mais importante do que poderia parecer. Mais importante porque a questão central não é a MMT (Modern Money Theory: é disso que aparentemente vamos falar) mas algo ainda mais abrangente: é uma espécie de “resumo total” acerca da questão do dinheiro e do nosso sistema. Nada menos.

É um artigo cumprido? Claro que é. Estou em casa ainda com as consequências da gripe, a alternativa seria ligar a televisão: bem melhor chatear os Leitores, justo? Por isso: muita paciência, fiquem cómodos e leiam o Sagrado Texto. Exagerei? Talvez, um bocado…

Dinheiro como se chovesse

Os factos: a revista Forbes, em 2013, informava que o Primeiro Ministro chinês Li Keqiang estava a implementar o que no topo do Banco de Desenvolvimento da China apelidam de “estímulo económico não oficial”, no qual os fundos são injectados nos governos locais por meio de bancos, sem aumentar o deficit do governo central. Resultado: a seguir, para fazer um exemplo, a província de Sichuan disponibilizava 4.3 bilhões de Yuans para construção/melhoria de rodovias, ferrovias, aeroportos, etc., um montante equivalente a duas vezes o seu PIB e dez vezes as suas receitas fiscais dos dois anos seguintes (Skynews.Sina.com, 23 de Outubro de 2013).

Mas vamos ainda mais atrás: onde é que os chineses encontraram o dinheiro para industrializar o País durante os anos ’80 e ’90, dado que a China não tinha matéria-prima para exportar, não tinha moeda ou reservas de ouro suficientes, era extremamente pobre, com altos níveis de poupança. em termos percentuais mas marginais em termos absolutos, sem grande dívidas internacionais?

Como conseguiu a China, em vinte anos, aumentar o PIB de 2.600 bilhões para 51.000 bilhões de Yuan (desde 488 bilhões para 8.200 bilhões de Dólares)? Como financiou este aumento de 20 vezes o PIB em vinte anos? Onde encontrou os fundos?

A China concentrou-se nas exportações e nos superavits comerciais, acumulando enormes reservas em moeda: mas a quantidade dos investimentos destinados à sua industrialização e as enormes obras de infraestrutura criadas desde 1990 até hoje excedem o valor dos superavits comerciais (que, em qualquer caso, só tornaram-se relevantes depois de 2001, isto é, depois do País ser admitido na Organização Mundial do Comércio e depois da conseguente remoção das barreiras comerciais).

A verdade é que a China não tinha materialmente o dinheiro para industrializar-se de forma tão rápida, no sentido de que não tinha uma economia e uma riqueza preexistentes para financiar esses investimentos colossais. Investimentos que, é bom lembrar, ano após ano eram sempre maiores do que 40% do PIB.

Dito de forma extremamente simples: a China ganhava 100 e investia 140. Como era possível?

Não tem dinheiro e gasta? Milagre!

O motor do desenvolvimento chinês tem sido a criação de enormes quantidades de crédito, com bancos, “geridos” pelos governos locais ou centrais, que oferecem empréstimos a taxas iguais ou menores que a inflação e que, quando incobráveis, são simplesmente “atirados” para o Estado e “esquecidos”. Exemplo prático: a empresa XYC não consegue reembolsar o empréstimo? A dívida é passada ao Estado, o qual refunde o dinheiro em falta. E nada mais, sem crise. Mas atenção, pois é claro que assim é o Estado que perde dinheiro: e onde encontra o Estado todos estes fundos para refundir todo o dinheiro perdidos pela empresa privada?

Quando a crise financeira de 2008 estourou, a China sofreu um colapso nas exportações e o seu superavit precipitou de +8% para -2% do PIB. O governo chinês imediatamente lançou um plano colossal de obras públicas e infra-estruturas enquanto os governos locais estimularam a construção residencial e comercial: os investimentos passaram desde 40% do PIB para 50%. Portanto, em plena crise, a China ganhava 100 e gastava 150. Como é possível isso? Nenhum País antes ou depois, nem mesmo em toda a Ásia, tinha ultrapassado a fasquia de 40% do PIB. Onde encontraram o dinheiro?

Possível resposta: usaram o dinheiro acumulado com a exportação. Mas não, porque já vimos que, na prática desde os anos ’80, a China sempre tinha gasto muito mais de quanto ganho.

Mais e mais dinheiro…

Em vez disso, a China expandiu continuamente o crédito, + 30% por cada ano, e utilizou o deficit público. Em palavras mais simples: os governos locais aumentaram a dívida de 25% para 50% do PIB. O que é fantástico porque significa que tanto em época boas, com fortes exportações, quanto em épocas más, de crise, a China sempre respondeu da mesma forma: investindo e gastando dinheiro que não tem. Foi sempre o Estado que assumiu toda a despesa, ao ponto que os governos locais tinham sido proibidos de endividarem-se com os bancos: não era preciso pedir empréstimos aos bancos, era o Estado que continuava a imprimir e distribuir o dinheiro. Estima-se que quase todos os gastos em infraestrutura desde 2008 tenham sido financiados desta forma e estima-se que a quase totalidade destes financiamentos foram “fundos perdidos”, nunca devolvidos.

Podemos pensar: se a China sempre gastou muito mais daquilo que conseguia ganhar, deve ter uma Dívida Pública enorme, bem próxima do nível de falência. Mas não: a China tem uma Dívida Pública de apenas 23% do PIB.

Seria possível continuar com outros exemplos. Um entre todos: estima-se que o Estado chinês, em 1999, assumiu perdas (créditos em default) para cerca de 15% do PIB. Quinze porcento do Produto Interno Bruto, e falamos aqui do PIB da China: um montante monstruoso! E nem podemos esquecer que políticas económicas parecidas foram seguidas também por outros Países asiáticos, como Coreia, Singapura, Hong Kong e Taiwan.

Portanto, volta  a pergunta de sempre: onde estes Países encontraram o dinheiro necessário para uma industrialização acelerada e espetacular, algo que no prazo de duas gerações transformaram economias miseráveis, aos níveis de pobreza africana, no fenómeno dos “Tigres Asiáticas”, com resultados que excedem aqueles de muitos Países ocidentais?

A receita

Em extrema síntese, a resposta é a seguinte: os Países asiáticos

  • evitaram quase inteiramente recorrer ao empréstimo do estrangeiro e, de forma mais limitada, do sector privado
  • não estabeleceram um verdadeiro sistema de mercado de bancos privados e investidores financeiros abertos ao mercado global (excepto Hong Kong e Singapura, por uma série de razões específicas)
  • os governos, nacionais e locais, administraram e controlaram o o crédito e regulamentaram fortemente o sector financeiro para que este financiasse o crescimento económico
  • os governos têm criado grandes quantidades de dinheiro a partir do nada e têm manipulado indirectamente e directamente a sua taxa de câmbio.

Este sistema de criação de dinheiro e de crédito funciona nestes Países porque o dinheiro, criado desta forma “elástica”, tem sido usado em grande parte para investimentos produtivos e infra-estruturas, apesar do enorme desperdício e dos fenómenos de corrupção em larga escala. Sem dúvida há também fenómenos sócio-culturais (esta gente trabalha como sem parar), mas na base temos um mecanismo monetário que é o factor preponderante do rápido sucesso: hoje os Países asiáticos produzem mais de 40% do PIB mundial e continuam a crescer, enquanto no Ocidente há estagnação e até depressão.

Os Tigres “dirigistas”

As modalidades que encontramos não são exactamente idênticas entre Japão, Coreia, Taiwan, Singapura ou China e deve ser dito que no Ocidente os estudos sobre o sistema monetário asiático são raros. No entanto, aqueles que existem (como o trabalho fundamental de Richard Werner sobre o Japão), mostram um modelo bastante semelhante, centrado na criação de dinheiro “elástico” pelo Estado ou bancos controlados ou dirigidos pelo Estado, que não depende do mercado financeiro global, mas que mantém poderes de intervenção em moeda, bancos e crédito.

Não se trata aqui da habitual oposição do “dirigismo” ou “liberalismo” do mercado, porque estes Países têm regulamentações e sistemas de tributação até mais “liberais” do ponto de vista do empreendedor. Mas, no que diz respeito ao sistema financeiro, a posição é claramente “dirigista”:  eles controlam a taxa de câmbio directa ou indirectamente, não permitem que flutue por causa de interferências exteriores, não pedem dinheiro emprestado no estrangeiro, estabelecem rígidas directivas para os bancos em termos de crédito, quando os bancos falham o Estado absorve as perdas cancelando a dívida e sem fazer recair as perdas na sociedade.

Olha quem está aqui: a História!

E espantem-se: os Países asiáticos, em primeiro lugar a China, não inventaram rigorosamente nada. O Japão, em 1945, quando as dívidas incobráveis ​​eram 100% dos activos, utilizou um sistema similar, transferindo todas as passividades para o Banco Central, absorvendo-as e recomeçando com empresas e bancos privados “limpos”. Mesma coisa na Alemanha de 1945, quando os Aliados declararam inválidos todos os débitos públicos e privados existentes: a Alemanha conseguiu recomeçar a partir do zero, sem o fardo das dívidas anteriores.

Em todos estes casos, o Estado, através do banco central, utilizou o seu poder para criar dinheiro e fazer desaparecer a dívida pública e privada tornada excessiva ou incobrável. Porque o Estado sabe que o dinheiro não é uma “riqueza”, mas uma convenção social, um mero instrumento regulado pelas leis da comunidade: e quando um excesso de dívida ameaça o funcionamento da sociedade, o Estado tem o poder de removê-lo. Na verdade não existe o problema da Dívida Pública, o Estado pode elimina-la quando assim desejar. No caso dos Países asiáticos, o Estado usou o seu poder para criar dinheiro a partir do nada e não deixou que a economia ficasse paralisada: através do Banco Central, o Estado cria dinheiro e assume as dívidas, neutralizando-as.

Dinheiro “encontrado”? Nem por isso…

Portanto, a resposta à pergunta “Mas onde é que encontraram o dinheiro?” é simples: não o encontraram, criaram o dinheiro a partir do nada. O mercado, quando existe uma situação competitiva, trabalha na produção de bens e serviços. Mas o dinheiro não é uma mercadoria produzida e trocada, é uma unidade de medida. E quando i dinheiro não for vinculado ao valor do ouro (isso é, quando não é convertível em algo precioso), então não passa duma convenção social. É absurdo que um Estado diga estar em dificuldade pelo problema de “encontrar o dinheiro”, pois pode criá-lo sem custos; a tarefa do Estado é usar (ou alocar) o dinheiro para que sirva para produzir bens e serviços, para fazer que mais pessoas trabalhem e, se for o caso, fazer desaparecer a Dívida. Exactamente como foi feito pelos Países asiáticos, pelo Japão e pela Alemanha antes deles.

E deve-se notar que estas soluções monetárias “não-ortodoxas” não criam inflação: todos os Países asiáticos dos quais falámos até aqui cresceram durante 20 ou 30 anos de forma constante, com um ritmo de “milagre económico” e sem inflação significativa.

Velharias

Tudo bem: mais um artigo em favor da MMT, porque afinal é disto que estamos a falar? Nada disso. Pessoalmente considero a MMT como algo assumido, que não merece ulteriores aprofundamentos (que depois seriam apenas repetições de quanto amplamente já dito). O ponto é outro.

Vamos reler uma linhas atrás:

…na Alemanha de 1945, quando os Aliados declararam inválidos todos os débitos públicos e privados existentes: a Alemanha conseguiu recomeçar a partir do zero, sem o fardo das dívidas anteriores.

Este é o ponto. Porque nem a teoria MMT é uma novidade absoluta: retoma ideias económicas já existentes. E isso significa que os “magos da Finanças” e a classe política conhecem a verdade, sabem perfeitamente que o nosso sistema está baseado em princípios falsos, alicerces que a experiência prática já demonstrou serem mentiras. O nosso sistema trata o dinheiro como se este fosse um “valor”, como se ainda estivesse ligado ao padrão ouro, quando na verdade o actual dinheiro não passa duma unidade de medida e, como tal, não tem valor em si.

Isso acontece por uma razão extremamente simples: o nosso é um sistema que, se devidamente manipulado, permite enormes lucros. Não dinheiro para todos, mas montantes fabulosos para um grupo restrito de pessoas. Falamos aqui, como é óbvio, do mundo da Alta Finança. Se a razão é simples, a explicação técnica é mais complexa. Mas será suficiente tomar como exemplo o que se passa com a Zona Euro, lugar onde uma moeda é criada e gerida (com os tais consequentes enormes lucros) por parte de privados; e nem podemos esquecer as recaídas em termos políticos, porque quem controla o dinheiro controla um Estado (ou um conjunto de Estados).

Mesmo fora da Zona Euro, o bicho papão da Dívida Pública é constantemente utilizado para determinar caminhos económicos que seriam impossível de justificar de outras formas. Para quê serviria um Fundo Monetário Internacional se os Países africanos pudessem criar e controlar o dinheiro deles, em total autonomia, sem juros astronómicos? Como obrigar a Argentina a uma mudança de governação, implementando o regime “liberal” de Macri, sem a ameaça dum default que só se torna possível porque são estabelecidos limites à criação de dinheiro e uma chantagem internacional? Como obrigar os Estados a privatizar, vendendo verdadeira riqueza (as empresa públicas) em nome duma Dívida que poderia ser tranquilamente apagada pelo Banco Central?

“Não há alternativas”

Tenho insistido muito sobre a questão MMT/dinheiro, até tornar-me aborrecido, e tenho plena consciência disso. Muitos Leitores provavelmente gostariam ler mais análises acerca de factos concretos, como a Venezuela, a Síria, conspirações várias, etc. Mas é importante entender que todos estes assuntos são secundários: tudo começa e acaba no dinheiro, porque é com o controle do dinheiro que se torna possível manipular uma inteira sociedade, a nossa sociedade.

Os problemas do trabalho, o petróleo, a desinformação, Direita e Esquerda… tudo desaparece perante a arma mais poderosa: o dinheiro. É com o dinheiro que somos forçados a determinadas escolhas, para as quais, é dito, “não há alternativas”: é por causa do dinheiro que temos que trabalhar oito horas por dia quando, na verdade, três ou quatro horas seriam mais do que suficientes para todos.

Não se fala disso

A questão do dinheiro é uma das menos tratadas no âmbito da informação alternativa: a maior parte dos autores não têm paciência para ir além das complexas fórmulas matemáticas atrás das quais é mantida escondida uma matéria em si bastante simples qual é a Economia. Tão simples ao ponto que todos nós, diariamente, fazemos Economia (e Política) ao entrar num supermercado qualquer. Eu não gosto de Economia, odeio os números, o facto de que 2+2 seja sempre igual a 4 é uma coisa que tem a capacidade de tirar-me do sério e que, no fundo, continuo a não aceitar. Mas, mesmo com todo este meu ódio em relação aos números, tive que armar-me de santa paciência e começar a procurar, informar-se, ler coisas intermináveis e até estudar. Tornei-me um economista? Nem pensar: nada entendia antes, nada continuo a entender. Mas consegui perceber a importância do assunto, o que julgo ser já um óptimo resultado.

Tudo isso para dizer: nunca percam de vista o dinheiro. Blogueiros ou simples Leitores, nunca esqueçam as duas perguntas de base: “Quem ganha com isso?” e “Ganha o quê?”. A primeira resposta será “Eu não”, a segunda “Dinheiro” (ou “poder”, que é a mesma coisa).

O inexplicável

Sem entender a importância do dinheiro, o seu mecanismo de criação e controle, olhamos para o fenómeno dos Países asiáticos sem entender: ficamos com a pergunta “Mas onde encontraram o dinheiro?” e somos incapazes de responder. Todo o fenómeno dos Tigres Asiáticas torna-se incompreensível e inexplicável. Procuramos na internet e pouco encontramos porque aqui no Ocidente os académicos não gastam tempo em algo que ou não entendem (porque o imprinting deles foi outro) ou já conhecem (MMT) mas vai contra os dogmas.

Depois seria possível falar acerca do que é afinal este poder, para que serve, qual a sua finalidade… mas este é um assunto extremamente complexo, que obrigaria a um enorme “desvio”: e o objectivo principal deste artigo é falar do dinheiro, mais nada.

É tudo uma enorme conspiração? Não, não é: não há nada aqui de “conspiratório”, o que há é um sistema de controle (qualquer sociedade tem sempre o seu sistema de controle) que funciona há décadas. Possivelmente haverá quem veja nisso a mão dos Sionistas, dos Reptilianos, dos Illuminati e mais ainda. Eu não estou interessado nestas coisas, vejo a realidade do ponto de vista pragmático: há gente (pouca) que ganha rios de dinheiro com este sistema, há outros (a maioria) que vivem como escravos por causa disso. E não é preciso incomodar Reptilianos e alegre companhia para justificar a existência duma oligarquia (que é uma boa definição para o nosso sistema).

O escravo que não sabe fica mais feliz

Resumindo, as bases do “milagre chinês” nunca são explicadas aqui no Ocidente porque, caso contrário, seria preciso responder a uma simples mas terrível pergunta: “Porque não podemos fazer aqui o que é feito aí?”. E a resposta põe em causa todo o sistema, não apenas aquele vigente nos Países ocidentais mas também em outras zonas do planeta (como a África). Muito simples.

Agora, dado que estou chateado de chatear o Leitor, vou ligar a televisão para matar mais um par de neurónios.

 

Ipse dixit.

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5 Replies to “As bases do milagre chinês: o que não é explicado e porquê.”

  1. O Leo era um filhote quando fizestes aquela série do MMT. Mas como sou estúpida só agora, depois de anos passados me dou conta que a miséria poderia rapidamente desaparecer. Era só QUERER fabricar dinheiro e jogar na movimentação da vida cotidiana de um país, que dívida pública pode não existir de uma hora para outra. Só a afirmação da estupidez mantém vivos todos esses demônios, e só a estupidez faz viver a super riqueza/poder de alguns sobre quase todos. Também depende de haver Estados dispostos a fazê-lo. Entende-se claramente porque a economia é um “segredo” inacessível aos povos, porque os bancos centrais “tem de ser independentes” para garantir este estado da arte. Entende-se porque não se ensina história da economia em instituição nenhuma, e de modo geral se burla e negligencia a historiografia. Entende-se porque se questiona a memória histórica da economia das nações.
    Como deveria haver um banco central familiar para fabricar dinheiro e engolir dívida ? Porque só Estados podem ter bancos centrais que, se quisessem poderiam aliviar a vida das famílias ? Perguntas bobas… Os muito ricos também fabricam dinheiro com a manipulação do mercado de ações e de títulos da dívida pública, com a isenção de impostos e com as contas milionárias em paraísos fiscais.
    De todos modos, obrigada Max, por lembrar ainda uma vez.

  2. Confesso que ainda não consegui entender. Desde criança o ministro da economia, Delfin Neto e seus sucessores , nos contavam aquela estorinha de que toda vez que o governo precisava aumentar a velocidade das maquinas impressoras de dinheiro da Casa da Moeda , gerava inflação.
    Alguns, mais didáticos , exemplificavam com a imagem de um copo de leite, que simboliza a economia , sendo derramado agua dentro, simbolizando a emissão de dinheiro, tornando o leite aguado ( economia inflacionada).
    Inexplicável era economia estagnada e a inflação galopante.
    Porem, como disse, vou usar meu único neurônio para tentar entender. Para isso , preciso ler os artigos anteriores. Prometo me esforçar.
    Abraço.

  3. Excelente artigo, Max. Já que você mencionou o Professor Richard Werner, o documentário baseado em seu livro “The Princes of Yen”, encontra-se disponível no You Yube para quem tiver curiosidade de assisti-lo e quiser aprender um pouco mais sobre o que é esse bicho que atende pelo nome de Economia. A China diferentemente do Japão, não é um país militarmente ocupado pelos EUA. Portanto não teve que se submeter ao Acordos de Plaza dos anos 80 e portanto foi capaz de manter sua “economia de guerra em tempos de paz” basicamente intacta e em permanente expansão até os dias de hoje. A tão decantada em prosa e verso, “Belt and Road Initiative” é a mais recente expressão disso. Mais vem por aí. Evidentemente os EUA estão desesperados com tamanha ousadia. Porém não ousam enfrentar uma China com poder de “deterrence” nuclear para o que der e vier. Nada a ver com embate entre capitalismo e comunisno. Só sei que Sir Halford Mackinder deve estar se revirando na cova.

  4. ” “Não há alternativas”
    Tenho insistido muito sobre a questão MMT/dinheiro, até tornar-me aborrecido, e tenho plena consciência disso. Muitos Leitores provavelmente gostariam ler mais análises acerca de factos concretos, como a Venezuela, a Síria… ” obrigado pelo amorudeudeus foi com você que eu também percebi mmteu já tenho o blog ou site nas minhas leituras, não vejo não ouço não leio nenhuma imprensa corporativa obrigado

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