Oh, jingle bells, jingle bells, jingle all the way.
O período natalício é perigoso. A História é cheia de exemplos: as pessoas estão distraídas e os governos aproveitam a ocasião para fazer passar os piores medidas.
Um nome aleatório: Portugal.
Os cidadãos estão ocupados: há que arrumar as prendas recebidas e pensar no réveillon do dia 31.
Assim a gasolina pode atingir níveis que no ano passado, mas longe do Natal, desencadearam fortes protestos. Com a diferença que agora nada acontece.
E hoje outra noticia simpática, boa sobretudo para todos aqueles ainda convencidos de que “o meu partido é que é, os outros são todos ladrões”.
O Partido Socialista (PS, no governo), com o apoio do Partidos Social-Democrata (PSD, oposição), estabeleceram que as multas dum partido político podem ser inscritas nas “despesas”. O Presidente da República (Cavaco Silva, PSD) obviamente promulgo a lei, e o Partido Comunista Português (PCP, oposição) será o primeiro que poderá usufruir da nova normativa: uma multa de 30.000 Euros (irregularidade nas contas) será agora inscrita na categoria “despesas” do partido.
Resultado? As despesas dos partidos são subsidiada pelo Estado: ao incluir as coimas nessas despesas, os partidos acabam por receber de volta o valor monetário das coimas que lhe foram aplicadas.
Os partidos portugueses podem agora cometer irregularidades com os sorriso nos lábios: todos os valores gastos em coimas serão gentilmente devolvidos pelo Estados.
Pensem nisso da próxima vez que apanharem uma multa por mau estacionamento.
Oh, jingle bells, jingle bells, jingle all the way.
Fonte: Público