George Ivanovich Gurdjieff em Em Busca do Milagroso: Fragmentos de um Ensinamento Desconhecido (1949) de P. D. Ouspensky:

Há períodos na vida da humanidade, que geralmente coincidem com o início do declínio das civilizações, quando as massas perdem irremediavelmente a sua razão e começam a destruir tudo o que foi criado ao longo de séculos e milénios de cultura.

Estes períodos de demência, que frequentemente coincidem com cataclismos geológicos, perturbações climáticas e outros fenómenos planetários, libertam uma enorme quantidade destes conhecimentos. Isto, por sua vez, requer o trabalho de colectar esta matéria de conhecimento, que de outro modo seria perdida. Assim, o trabalho de colectar matéria dispersa de conhecimento frequentemente coincide com o início da destruição e queda de culturas e civilizações.

As massas não querem saber do conhecimento, não querem saber dele e os seus líderes políticos, no seu próprio interesse, apenas trabalham para reforçar a sua aversão, o seu medo do novo e do desconhecido.
A escravidão na qual vive a Humanidade baseia-se neste medo.

Aqueles que possuem este conhecimento fazem tudo o que podem para transmiti-lo e comunicá-lo ao maior número possível de homens, para os ajudar a abordá-lo e para lhes permitir prepararem-se para receber a Verdade. Mas o conhecimento não pode ser dado à força àqueles que não o querem.

Aquele que deseja o conhecimento deve ele próprio fazer os esforços iniciais para encontrar a sua fonte, para aproximar-se dele, fazendo uso das indicações dadas a todos, mas que geralmente as pessoas não desejam ver ou reconhecer.

O conhecimento não pode chegar aos homens sem que estes se esforcem.

Ipse dixit.