Coronavirus: pronto o plano para a reabertura

Preocupados com o mundo post-Coronavirus? Tranquilos, temos um plano. Um óptimo plano, diga-se.

Já o título é bom: National Covid-19 Testing Action Plan Pragmatic steps to reopen our workplaces and our communities (“Plano de Acção Nacional de Test Covid-19 – Medidas pragmáticas para reabrir os nossos locais de trabalho e as nossas comunidades”). Autores: vários membros da Fundação Rockefeller e algumas das mais prestigiadas universidades dos EUA (Harvard, Yale, Johns Hopkins e outras), tudo para construir um mundo que possa enfrentar com sucesso a terrível pandemia que até agora fez muito menos mortos duma gripe sazonal.

No topo do plano eis o Pandemic Control Council, algo que podemos traduzir como “Conselho de Controlo Pandémico”, uma espécie de War Production Council que os Estados Unidos criaram na Segunda Guerra Mundial. Doutro lado, aquela contra a Covid-19 é uma guerra, portanto temos que estar organizados e um Conselho faz falta.

Quem compõe o Conselho? “Líderes empresariais, governamentais e académicos”, enumerados por ordem de importância. Os representantes “do povo” não estão em primeiro lugar? Não, no topo têm que ficar pessoas da finança e da economia, os indivíduos que sabem e que podem. Os representantes do povo sabem e podem muito menos, pelo que: atrás. Em último lugar os académicos, que sabem pouco e podem ainda menos.

Este Conselho teria o poder de decidir sobre a produção e os serviços, com uma autoridade semelhante à conferida ao Presidente dos Estados Unidos em tempo de guerra.

O Plano prevê que 3 milhões de cidadãos dos EUA sejam testados pela Covid-19 a cada semana, número que deverá ser aumentado para 30 milhões por semana no prazo de seis meses. Objectivo: atingir no prazo de um ano a capacidade de testar 30 milhões de pessoas por dia.

Como? São muitos testes? Pois são. E os testes custam. Pelo que: cada teste gozará dum “um reembolso adequado ao preço de mercado de 100 Dólares”. Isto exigirá “milhares de milhões de Dólares por mês”. Todo dinheiro público, como é óbvio. É nesta altura que sentimos a falta dos “filantropos”.

A Fundação Rockefeller e os seus parceiros financeiros ajudarão a criar uma rede para o fornecimento de garantias de crédito e contratos com os fornecedores, ou seja, as grandes empresas farmacêuticas. O que não deve ser difícil, pois Rockefeller e parceiros são também entre os principais accionistas de Big Pharma. Tudo em família, lucros incluídos.

De acordo com o Plano, o Conselho de Controlo Pandémico está também autorizado a criar um “Corpo de Resposta Pandémica”: uma força especial (não acaso denominada “Corpo”, como os Fuzileiros Navais) com um efectivo de 100-300 mil membros, recrutados entre os voluntários do Peace Corps e da Americacorps (oficialmente criados pelo Governo dos EUA para “ajudar os Países em desenvolvimento”) e os soldados da Guarda Nacional. Um exército de 300 mil homem só para controlar os Estados Unidos? Claro, é tudo para o bem dos cidadãos.

Os membros deste Corpo receberiam um salário bruto médio de 40.000 Dólares por ano (que não é muito), pelo que a despesa estatal será de 4-12 biliões de Dólares por ano. Dinheiro público, claro. O Corpo teria, sobretudo, a tarefa de controlar a população com técnicas de tipo militar, através de sistemas digitais de localização e identificação, em locais de trabalho e estudo, em zonas residenciais, locais públicos e em movimentos. Sistemas, lembra a Fundação Rockefeller, implementados por Apple, Google e Facebook.

De acordo com o Plano, as informações sobre os indivíduos, no que diz respeito ao seu estado de saúde e actividades, permaneceriam confidenciais. Sempre e em qualquer caso? Não: “na medida do possível” reza o texto. O que faz sentido: sendo o objectivo supremo o bem estar do cidadão, este tem que estar disposto a sacrificar parte da sua privacidade para ficar mais protegido. Mas não é o caso de preocupar-se: todos os dados seriam centralizados numa plataforma digital gerida pelo Estado Federal e por empresas privadas. Bluetooth e blockchain, 100% seguros.

E os dados são precisos: é com base neles que o Conselho de Controlo da Pandemia escolheria quais as áreas ficariam sujeitas ao encerramento e durante quanto tempo. Exacto, aquele mesmo Conselho no topo do qual encontramos os líderes empresariais, os que sabem e podem.

Este é, em suma, o genial plano que a Fundação Rockefeller quer implementar nos Estados Unidos. Por enquanto só nos estados Unidos. Mas o modelo é engraçado e deveria ser expandido ao resto do planeta. Perante uma Covid-19 cuja taxa de mortalidade é agora inferior a 0.03% da população dos EUA, é tempo de pegar em termos como “Constituição”, “Democracia” e “Direitos” e atirar tudo para a sucata: o que o povo quer é protecção.

Confiem na Fundação Rockefeller: deixem governar quem sabe e pode.

 

Ipse dixit.

4 Replies to “Coronavirus: pronto o plano para a reabertura”

  1. Olá Max e todos: e não se fala um pio neste “plano” para a pandemia verdadeira, a da miséria do não emprego. (metade da população estado unidense não está trabalhando), da não remuneração, nem mesmo aborda a tal esmola geral de sobrevivência alimentar. E como sabemos, o que não se fala, não existe. Então os estado unidenses morrerão à míngua, mas protegidos contra o Corona vírus.
    É um plano digno dos que sabem e podem. E ainda com polícia terceirizada. e as pessoas ainda pagando pelos relevantes serviços. E o que é bom para os EUA, é bom para o Brazil, dizia um cretino cheio de condecorações, faz já mais de 50 anos, mas a máxima continua funcionando. Então vamos ver como a coisa é repicada por aqui.
    Creio que a Europa também vai achar o “plano” conveniente. Já não existe um corpo policial a postos da comunidade européia? Pode ser aproveitado.
    Quando os povos podiam ainda reagir, quando deviam ter reagido em massa, não o fizeram, e um vírus inofensivo que não matou nem um décimo do que talvez fosse a intenção quando criado, tornou-se o olho que tudo vê e não é visto. Perfeita alegoria do panóptico para a sociedade de controle.
    Eis um “plano”, segunda operação, talvez global em futuro próximo para o encarceramento definitivo dos pobres mortais. Mas os filhos de Bill Gates, três lindos e saudáveis adolescentes NÃO são inoculados com vacinas, segundo depoimento do médico da família. Ninguém desconfia de nada? Não, as pessoas não querem saber de nada, pelo menos no alcance do meu conhecimento.
    Curiosa situação vem acontecendo por aqui. Deixaram de pagar as contas, conforme sugestão de uns e outros, imediatamente acatada. Estão usando a esmola de 600 reais para comer, estão em casa felizes, como bichos engaiolados que se acostumam ao cativeiro e perderam a memória do passado. Alguém ou algo mítico vai resolver…Estão prontos para qualquer “plano”.

  2. Não é dito se o plano tem participação chinesa, russa e iraniana, e isso fará toda a diferença caso venha a servir de modelo para o mundo, ou surgirá uma nova divisão geopolítica entre ocidente e oriente, agora baseada em tipos de controles populacionais? Perguntas…quem se habilita?

  3. Olá Max e Chaplin: o Pepe Escobar está dando uma entrevista para a TV 271 sobre a militarização da vacina nos EUA, o fracasso dos primeiros testes efetuados pela Moderna e por outra instituição. A denúncia é do Kennedy sobrinho do Robert.
    Por outro lado a China aposta num genérico a ser distribuído grátis para o mundo em especial para o sul global. Não uma vacina, mas um antídoto https://www.youtube.com/watch?v=In3vXSnJyQA Vale a pena para quem interessar possa.

  4. No meio disto tudo, seria profundamente irónico, se Cuba e ou a China, desenvolve-se um antídoto, um tratamento eficaz e fosse disponibilizado por, digamos, 1 euro a caixa/frasco.

    Que murro na barriga isso seria para o império.
    Já para não falar no pesadelo de relações públicas que isso seria.

    Zé Manel da tasca: – Que diabo, afinal os chinocas são mais avançados que os americanos.

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