A notícia circula na internet há alguns dias: os Estados Unidos estão a transferir o Isis para a Ásia Central. Os terroristas viajam por mar até o Paquistão, depois para o norte até a fronteira do Afeganistão, atravessando a seguir a zona com o maior controle americano. O objectivo é infiltrar-se nas repúblicas do Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão.
O que estaria em jogo é a preparação de uma operação ofensiva em larga escala contra a Rússia através das antigas repúblicas soviéticas: o Afeganistão funcionaria como pilar deste plano.
Numa recente conferência de segurança realizada na capital uzbeca de Tashkent, o Ministro das Relações Exteriores do Tajiquistão, Sirodzhiddin Aslov, informou sobre os movimentos terroristas na região:
Vemos a ativação de grupos terroristas, o avanço nas regiões do norte do Afeganistão, especialmente em territórios que fazem fronteira com o Tajiquistão, o aumento do número de apoiantes do Isis e a participação de um número de cidadãos das pós-repúblicas soviéticas em grupos terroristas. Esta é a nossa maior preocupação.
De acordo com a agência de inteligência russa, o número de terroristas do Isis que operam no Afeganistão varia entre 2.500 a 4.000 indivíduos treinados. Esta informação foi confirmada pelo Ministério da Defesa da China: fontes de Pequim afirmam que actualmente há pelo menos 3.800 militantes que operam em 160 células terroristas móveis. Estão concentrados na província de Nangarhar, na fronteira com o Paquistão, onde o Isis aumentou a produção e o tráfico de drogas, além de criar infra-estruturas para o treino de militantes e homens-bomba.
Dois são os caminhos utilizados. De acordo com fontes militares russas, os terroristas islâmicos abandonam a Síria, entram no Iraque e depois seguem por via marítima até o porto de Karachi, no sul do Paquistão. Depois disso, viajam para Peshawar, perto da fronteira afegã, parando temporariamente na província de Nangarhar (pormenor interessante: a fronteira entre Paquistão e Afeganistão na zona é controlada pelo posto avançado americano de Torkham Gate). A nova sede do Isis na região está localizada no distrito de Achin, menos de 30 quilómetros da fronteira com o Paquistão.
A maioria dos combatentes são cidadãos de França, Sudão, Cazaquistão, República Tcheca e Uzbequistão. A Arábia Saudita e os seus serviços de inteligência ajudam no recrutamento e fornecem material para o treino, num plano acordado com a inteligência dos EUA.
O principal objetivo da CIA, com o Isis no Afeganistão, é não tanto desestabilizar o País, quanto a invasão em larga escala das repúblicas pós-soviéticas da Ásia Central, as já referidas Turcomenistão, Uzbequistão e Tadjiquistão, com o fim de aumentar a tensão na fronteira sul da Rússia. Mas nem pode ser esquecida a posição estratégica do Afeganistão para o “controle” do Irão (com o qual faz fronteira) e do Paquistão, este último cada vez mais longe politicamente da Administração americana.
Por enquanto, as agências dos serviços secretos russos e chineses apontam para dois caminhos que serão percorridos pelos terroristas: um leva para o Tajiquistão através das províncias de Nuristão e de Badakhshan, enquanto o outro passa por Farah, Ghor, Sar-e Pol e Faryab até o Turcomenistão.
Mohammad Gulab Mangal, Governador da província de Nangarhar e ex-Governador da província de Helmand, é acusado de ajudar o Isis na exploração do território: ele utilizaria as estruturas dos radicais para aumentar a sua influência nas regiões vizinhas. Além disso, Mangal é conhecido por participar nas operações financeiras do Isis. Segundo as fontes, qualquer tentativa de protesto por parte das populações locais é violentamente reprimida pelas autoridades, inclusive com operações punitivas contra os civis.
O Isis teria como objectivo expandir os seus membros até alcançar um total perto das 5.000 unidades, a maioria dos quais estabelecidos na província controlada por Mangals, Vale frisar que as duas maiores bases militares dos EUA no País estão localizadas perto da região de Nangarhar, que dista 160 km da grande base americana de Bagram.
Estas as vozes que, seja dito, fazem todo o sentido. Ao longo dos anos, as Monarquias do Golfo e os serviços secretos de Washington conseguiram implementar uma estrutura terroristas bem rodada que agora, com a derrota na Síria e no Iraque, pode desenvolver um novo papel na Ásia. “Reciclar” o Isis na frente asiática consentiria desestabilizar as antigas repúblicas soviéticas, ponto de partida para enfraquecer Moscovo: depois dos motos independentistas, a maioria das antigas repúblicas optou para uma aproximação à linha da Rússia e da China. Excepção é o Tajiquistão, muito mais próximo dos interesses iranianos.
Ipse dixit.
Fonte: Controinformazione, Asia Times
A meu ver, o melhor filme de propaganda da história foi feito pelo Estado Islâmico:
https://historiamaximus.blogspot.com/2016/04/o-melhor-filme-de-propaganda-da-historia.html
A produtora oficial de propaganda do Estado Islâmico, a al-Furqan Media, tem sido uma máquina extremamente eficaz na produção de material de propaganda espectacular, que é capaz de rivalizar até com os melhores filmes de acção de Hollywood, com a diferença de que na produção destes últimos, as mortes são simuladas e não reais, como acontece nas peças do Estado Islâmico.
O filme acima (O Ranger das Espadas IV), único no estilo e no género, é possivelmente o melhor filme de propaganda que alguma vez se fez na história da humanidade. Não conheço nada semelhante a isto e as técnicas aplicadas na produção do filme, superam de longe a melhor propaganda nazi ou soviética que em termos de técnicas e linguagem já estão muito ultrapassadas. Ao nível da propaganda, os regimes totalitários do século XX eram uns meros “meninos de coro” quando comparados com o Estado Islâmico. Julgo que acima de tudo, o que torna a propaganda do Estado Islâmico extremamente eficaz, é precisamente a sua crueza sanguinária. Para qualquer jovem muçulmano cheio de adrenalina e vontade de acertar contas com o “infiel”, um filme destes equivale a pura pornografia islâmica com tudo o que essa cultura tem de mais hardcore no campo da violência.
O desejo do Estado Islâmico em dar-nos a conhecer a sua propaganda é tanto, que até legendaram o filme integralmente, de forma a que os “infiéis” possam todos entender bem a mensagem…
A Academi/blackwater e outras já estão a tratar do assunto, nada que uns e outros não esperassem já, e a Academi conhece por dentro e fora a maneira de pensar e operar de quem financia os mercenários.
Os orientais já estavam a prever isso pagaram muito mais é a lei do mercado (sarc)
https://www.washingtonpost.com/news/world/wp/2018/05/04/feature/a-warrior-goes-to-china-did-erik-prince-cross-a-line/?noredirect=on&noredirect=on&utm_term=.ed3c659269b4
Fachadas:
https://www.thenation.com/article/blackwaters-black-ops/
https://www.activistpost.com/2017/02/blackwater-heads-china.html
https://thediplomat.com/2018/03/chinas-private-army-protecting-the-new-silk-road/
Forbes: we created a monster !
Ps: it’s called capitalism dumbass, and you people never see things in long or medium time/outcome its always now.
https://thediplomat.com/2018/03/chinas-private-army-protecting-the-new-silk-road/
Academi/blackwater
https://www.activistpost.com/2017/02/blackwater-heads-china.html
https://www.washingtonpost.com/news/world/wp/2018/05/04/feature/a-warrior-goes-to-china-did-erik-prince-cross-a-line/?utm_term=.08309cec2b6b
Ok ta bem.
Olá Max já postei 2 vezes, sem sucesso.
Olá Nuno!
Às vezes uns comentários ficam “pendentes” e precisam de autorização para serem publicados. Acho que é do filtro spam que é bastante restritivo: no Blogger passava tudo e mais alguma coisa, no WordPress não. Vou ver como posso resolver o problema. Mas os comentários não ficam perdidos, só demoram mais para aparecer.
Abraçooooooooooooooo!!! 🙂
Academi/blackwater contrato trilionario, aliás eles já a muito esperavam isto..
.deve ter ido para o lixo juntamente com os links