A Europa precisa da Rússia

A épica e antiga viagem da Rússia para o Ocidente acabou, tal como as suas repetidas tentativas de
tornar-se parte da civilização ocidental. É uma frase que soa como um julgamento, uma vez que a escreve-la é Vladislav Surkov, provavelmente o estratega mais próximo de Vladimir Putin: Surkov é creditado como sendo o arquiteto da “democracia administrada” que é o estilo do governo de Putin.

Sanções, ameaças de guerra, mentiras e insultos levaram Surkov (e certamente o seu ambiente) a concluir que “a Rússia enfrenta 100 anos de solidão geopolítica. O 200? 300?”. Não é uma escolha feita de ânimo leve, mas um facto melancólico confirmado pela realidade.

A Rússia é parte da Europa, não apenas do ponto vista geográfico. Mas o facto de ser uma ponte entre o Velho Continente e a Ásia, mais razões histórica, condenaram o País a uma infinita marcha para ser aceite: a Europa sempre olhou para Moscovo com uma irracional desconfiança. A Guerra Fria e, por último, a loucura norte-americana cavaram um fosso entre a Rússia e Ásia. O castelo de mentiras e idiotices dos últimos meses fizeram que Moscovo entendesse: a marcha acabou.

Dimitri Orlov, de The Saker, passou duas horas na frente da televisão para assistir a um debate entre especialistas militares. Todos concordaram que “raciocinar com ocidentais, pedir justiça ou simplesmente apelar para o bom senso, é completamente fútil. Os esforços diplomáticos da Rússia (especialmente em relação à Grã-Bretanha no caso Skripal) são inúteis. […] A ideia de que a Rússia possa afundar alguns navios da Marinha dos EUA e disparar alguns mísseis contra as forças americanas no Médio Oriente é considerada uma opção real, talvez inevitável”.

Um amigo pessoal de Putin, Vladimir Solovyov, num outro debate afirmou:

O Ocidente enviou uma mensagem clara ao Presidente apenas reeleito: vamos fazer a sua próxima presidência de seis anos uma crise constante, seis anos de inferno. Eles farão piorar a nossa economia. Mas os russos devem entender que ter um salário de 20 mil rublos (300 Dólares) é melhor do que ter 20 milhões de mortes como na Segunda Guerra Mundial. É um preço pequeno a pagar para ser uma das últimas nações soberanas do mundo. A longo prazo, é melhor para a Rússia cortar a dependência das importações, dos mercados e das tecnologias ocidentais.

No nível político e militar, a Rússia deve adoptar os mesmos métodos que a América usa contra nós, as “guerras por procuração “ou armar as milícias nazistas contra o Donbass. Deve armar todos os Países e povos que a América considera inimigos: S-400 para o Irão, para o Hezbollah, para armar o Taleban, a Coreia do Norte. Os neocons entendem apenas a linguagem da força. É inútil denunciar a ilegalidade e a ilegitimidade das ações ocidentais para invocar o direito internacional.

Precisamos rever as relações muito cordiais com Israel. Israel e os Estados Unidos escolheram este momento para humilhar a Rússia. Putin deve tomar medidas sérias e concretas para bloqueá-los.

É hora da velha classe de políticos se retirar. O ministro das Relações Exteriores Lavrov expressou o seu desejo de descansar depois de dez anos ao serviço às vezes brilhante da Rússia. Putin deveria substitui-lo com um jovem enérgico que deixe de chamar os Países ocidentais de “nossos parceiros”, como faz Lavrov em todas as ocasiões.

É um momento crucial para Putin: ele enfrentará o império dos Estados Unidos-Israel ou se curvará?

Essas são as posições no interior na liderança russa: como vemos, chegam a criticar a política conciliatória de Lavrov e, portanto, de Putin. Surkov, em comparação, parece moderado:

Uma certa elite russa queria ser ocidentalizada, outros líderes tentaram imitar os Estados Unidos para serem aceite pelo Ocidente. Agora, não cultivamos mais ilusões.

E lembra um velho ditado nacional:

A Rússia tem dois aliados: o exército e a marinha.

Um passo importante:

Solidão não significa isolamento completo. A Rússia certamente irá fazer comércio, atrair investimentos, trocar conhecimentos, lutar em guerras, competir e cooperar, provocará medo, ódio, curiosidade, simpatia e admiração: mas sem falsos propósitos e auto -negação.

O título do artigo do qual são extraídas estas últimas frases é “A solidão do meio-sangue”.
Porque a Rússia, que tem (mais) Europa e (menos) Ásia na sua cultura, é como “nascida dum casamento misto, um mestiço. É parente de todos, mas ninguém é a família. Tratada como um estrangeiro, um sub-membro entre o seu próprio povo.

Acabou o “mito” da Eurásia. Um sucesso de quem? Do Ocidente político ou do verdadeiro Poder? Porque se impedir a união de Europa e Rússia sempre foi um dos objectivos prioritários da doutrina estratégica americana, esta atitude atira a Rússia para os braços da China e acelera a mudança do centro de gravidade mundial para a Ásia.

Aos olhos europeus esta é uma grave derrota. Na verdade, o Velho Continente perde um pedaço. A cultura Europa pode tranquilamente abdicar dum Hemingway, mas não dum Dostoievski, dum Tolstoi, dum Bulgakov o dum Solgenitsin. A sociedade europeia precisa duma Rússia como trincheira contra as criminosas violações e a impunidade dos Estados Unidos. A religião europeia precisa da Rússia como ponte entre o cristianismo e o Islão.

A Europa (e não só ela) não precisa de false flag, de mentiras, de media escravizados, do pensamento único obrigatório, do politically correct, duma classe política (May, Merkel, Macron, etc.) de servos: a Europa não precisa desta nova barbárie feita de hedonismo em massa, irracionalidade e subversão moral.

A Rússia não é perfeita, longe disso. Há coisas que deveriam ser mudadas, existem perguntas ainda sem respostas, há necessidades não preenchidas. Mas é precisa.

Dostojevski observou que a alma da Europa sem a Rússia era pequena. Hoje arrisca tornar-se pequena e prostituta.

Ipse dixit.

Fontes: The Saker, Blondet & Friends, Russia Insider, Global Affairs (versão russa)

22 Replies to “A Europa precisa da Rússia”

  1. É verdade, mas Putin não tomará medidas drásticas contra a Europa. É diplomata afiadíssimo, talvez o melhor da contemporaneidade, e negociará até a exaustão.
    Este tipo de artigo de conclama a separação total com a Europa apenas prepara as modificações que Putin fará nos altos escalões da governança russa, extirpando os liberais a moda Mendeleiev e nas chefias dos principais bancos do país. É chegado o momento para "administrar a democracia" de forma mais confiável às suas percepções e daqueles que lhe são realmente próximos, garantindo ao mesmo tempo o apoio e o reconhecimento da maioria da população russa, como de fato acontece.
    Na minha recente viagem à Russia me deparei com muitos opositores locais ao Putin, e percebi claramente que eles não tem noção da importância diplomática de Putin internacionalmente em função de um mundo multipolar. Queixam-se que as prisões estão cheias de opositores. Não falam que a porta de saída da Rússia está aberta aos dissidentes mas que a traição é punida com o exílio, a prisão ou a morte.A "administração da democracia" russa funciona assim. E se assim não funcionasse a mudança de regime a moda ocidente já teria sido re implantada e a Rússia voltaria a viver os anos negros 90, tendo no Kremlin um fantoche do império a moda Yeltsin. A Rússia não seria o país soberano de hoje, seria um Brazil branco de olhos azuis.

    1. Pois Maria….
      Aqui pelo ocidente ainda vao pedir para que Putin volte.

      Como escrevi aqui ha uns tempos atras , tanto a Russia como a China ja esgotaram a paciencia para com os eua e a ue.

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  2. Parte 1
    Na prática, fontes russas em posições de decisão falam do renovado poder, hoje, do complexo militar-industrial russo e do alto comando militar, para combater contra os empresários oligarcas que sonhavam com derrubar Putin e eleger outro presidente. Estão prevendo [artigo de março/2018, ainda antes das eleições (NTs)] que o sucessor de Putin será mais militarizado e mais anti-norte-americano do que Putin considerava seguro para ele próprio, até agora."

    E assim aconteceu que, já antes de o Tesouro dos EUA ter anunciado as mais recentes sanções do 'ocidente' contra indivíduos e respectivas empresas russas por "atividade maligna por todo o mundo", o presidente eleito Vladimir Putin cuidou de preparar um gabinete de ministros para o novo mandato, baseado no princípio de que teria de ser construído como comando do quartel-general para combater guerra total, em todas as frentes, sem a opção de negociar os termos da guerra com o inimigo.

    O impacto das sanções dos EUA, além da campanha do Governo Britânico no caso Skripal, e a escalada no front sírio a partir do fim-de-semana, reforçaram o que já estava decidido no Kremlin. O próximo governo Putin será um gabinete de guerra. Em russo, Stavka.

    Na verdade, o Stavka foi uma improvisação a partir de métodos russos de controle-comando do século 19. Foi uma resposta dos comandos militares e de segurança, e dos serviços de inteligência, para momentos quando o chefe de Estado tenha-se mostrado errado demais, vacilante, incapaz de tomar decisões para defender o país contra ataques estrangeiros que visassem à decapitação da liderança russa, à liquidação de suas defesas e à destruição da economia da Rússia.

    As imagens distribuídas pelo Kremlin desde 6ª-feira passada mostram que Putin decidiu, com o Ministério da Defesa, o alto comando do Estado-maior, os comandantes dos serviços de segurança e o complexo industrial-militar russo, que deve trocar os primeiros-ministros. Significa o renascimento da candidatura do Prefeito de Moscou , Sergei Sobyanin.

    Sobyanin é movimento de Putin na direção do que desejam os comandantes militares e de segurança russos, que sempre viram Medvedev como capitulacionista; como alguém que já estava perdendo a confiança do Kremlin para fazer frente à escalada dos ataques anglo-norte-americanos. Em vez de Medvedev, os comandantes militares e de segurança preferiam ter Sergei Shoigu, ministro da Defesa, ou Dmitry Rogozin, vice-primeiro-ministro encarregado do complexo industrial-militar.

    A intensificação das provocações bélicas vindas dos anglo-norte-americanos depois da eleição presidencial na Rússia, de 18 de março reforçou a causa central da questão; e também fez diminuir a resistência de Putin, contra tirar Medvedev.

    Fonte:. http://johnhelmer.org/?p=17683

    continua abaixo

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  3. Parte 2
    Continuacao

    "Sim a uma guerra econômica" – diz um veterano do Ministério das Finanças da Rússia. – "É o regime sob o qual o país pode revelar seu verdadeiro potencial e tornar-se criativo. Por aqui, tempos de paz já significaram tempos de estagnação. Numa guerra econômica, os indivíduos já não importam só enquanto desempenhem bem as próprias funções. Além disso, acabam-se as facções dentro do governo, porque o governo passa a ter de ser um grupo de pessoas que não vivem tentando puxar o tapete dos vizinhos."

    A fonte alerta que na situação que a Rússia atravessa, a abordagem preferida de Putin é impossível: "escolher a dedo e premiar a 'melhor facção' não dará o resultado que a situação exige."

    "Mais especificamente, não deve haver primeiro-ministro. Claramente o que temos aí é uma equipe presidencial, de modo que um primeiro-ministro é excessivo, se se consideram as necessidades reais. Todos aqueles joguinhos de manter um primeiro-ministro 'técnico', para culpá-lo quando o trabalho não resulta como o esperado, são hoje desnecessários. Ou vencemos a guerra, ou perdemos. Quando o líder tem alto apoio, ele é o encarregado de tudo."

    A abordagem sob formato Stavka é endossada por várias fontes, por mais que ninguém comente nesses termos com amigos não russos; e ninguém menciona o nome de Sobyanin. Mas a recondução de Medvedev ao posto de primeiro-ministro, que há dois meses parecia ser o resultado provável da reformulação do gabinete de Putin, é hoje impronunciável.

    A abordagem sob formato Stavka também significa que saem do serviço ativo do gabinete e dos postos da linha de comando, todos os que dependiam do patrocínio de Medvedev; doadores de suas campanhas presidenciais; e todos quantos, no governo, manteriam aberta a possibilidade de, sucessão no Kremlin, só se fosse negociada com Washington, Londres, Bruxelas e Berlim. Entre esses estão Igor Shuvalov, vice-primeiro ministro; Arkady Dvorkovich, vice-primeiro-ministro; e Alexei Kudrin, ex-ministro das Finanças e aspirante a
    primeiro-ministro. Sobre a história de Dvorkovich.

    Também não se qualificam para voltar a qualquer posto com real poder público são todos os ministros proprietários de palacetes em London.

    "Na guerra que os norte-americanos e a OTAN estão fazendo agora contra a Rússia – diz um banqueiro internacional não russo –, todos os "direitos dos empresários" tornam-se obsoletos. EUA conseguiram reverter 25 anos de privatizações russas, que os EUA imaginavam que tivessem tornado eternas, irreversíveis.

    Fonte:. http://johnhelmer.org/?p=17683

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  4. O artigo é mau e absurdo, desprezo a futurologia, muito mais a catastrófica, é um desabafo no calor do momento, que como todos os momentos é passageiro, os países não são pessoas e personifica-los é um exercício que longe de retratar a realidade a desfigura. Os cidadãos do mundo começam a sentir-se manipuladas por quem as governa em nome de interesses injustificados e obscuros, essa situação introduz uma variante capaz de destruir qualquer futurologia pessimista.
    A Rússia sempre demonstrou uma corrente de pensamento oposta á N.O.M. não faz sentido esta declaração de abandono da doutrina alternativa e de isolamento exatamente num momento em que o desgasta da situação na Síria e todos os eventos fabricados contra a Rússia-Síria-Irão começam, aos olhos do mundo , a ser desfavoráveis aos EUA-NATO de tão toscos que são. Apenas um comentário ao mundo multipolar que " alegadamente" a Rússia personifica… Todos defendem a multipolaridade… até atingir um grau de poder dominante ! A Rússia não será exceção tal como o não foi durante a vigência da URSS, foi tão tirana como os EUA-NATO o são agora .

    1. Olha Olha o meu Trollzinho de estimação apareceu para cumprimentar o dono.
      Muito bem , muito bem. toma la um biscoito canito.

      Agora vai para a camita, esta na hora de dormires.

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  5. Tudo certo, agora me digam o que o Putin fará com os oligarcas sionistas russos moscovitas que controlam a economia interna em parceria com o próprio governo…

    1. Entao Chaplin… e ha precisao de perguntar?
      Claro que os vai entregar a ti para lhes dares umas valentes reprimendas.

      Aiiiii Chaplin… as vezes es tao ingenuo

  6. E 15 anos depois a mesma mentira…mesmo pretexto, mesmos autores, o resto a mídia se encarrega de fazer…armas químicas, um governante francês dizendo ter provas nunca provadas, os defensores da liberdade/democracia entram em ação para salvar o mundo…o mesmo alvo, o Crescente Fértil…e os mesmos mentores ocultados…e a gentarada acredita…

    1. É a única coisa que mostram?
      Estás a espera do quê?
      "Os autoproclamados defensores da liberdade e democracia." Com a economia baseada em defesa…lol…ou será ataques preventivos e desproporcionados baseados em mentiras já habituais que matam possíveis alvos e 10, 30 ,50 à volta (missão cumprida).
      Aqui em Portugal quem tenha o mínimo de raciocínio não esquece a célebre encontro de w.Bush(joguete do pérfido chefe da enron Dick Chenney ,Durão Burroso(comissão europeia e a seguir vender segredos à goldman sachs),Aznar(tentou enganar o povo espanhol e por troca de SMS não voltou ao poder, está ligado à antiga escola das americas/rebatizada e a desgraçar aquele continente) e Tony Blair outro embuste, caído em desgraça no seu país).
      Ou porque atacaram e destruíram sem razão lógica a Líbia o tal de Sarkozy…são muitos inserir a gosto.

      Com governantes deste calibre só para não aprofundar, ao contrário daí o sentimento é obviamente de descrédito e desconfiança e quanto mais disparates em nome de mentiras fizerem maior será.
      Em relação à Rússia quem está sempre numa campanha Anti-Rússia? Os media e opinion makers. Até aqui falam em Gouta Oriental mas não dizem que a população que lá está serve de escudo humano e não saiu porque está agarrada ao que tem. Logo ao lado Damasco passou de 3 milhões para mais de 11 milhões sob protecção Russa. Metade da Siria dos 24/5 milhões fugiu o resto está em área sob domínio do "mau" do seu governante/russos/iranianos…
      Mas se é para ficar um Iraque ninguém fala, aliás o Iraque morreu, sumiu? Ah depois da libertação e de estes anos todos mandam foguetes, e vivem na maior.

      P.Lopes falas bem foi, mas foi a guerra fria e depois o que aconteceu? Ficaram um quase senão país de 3o mundo e como cão obediente a receber ordens do império.
      Com máfias, assassinatos quase como o BraZil.
      Agora essa comparação é desproporcionada, até agora nunca fizeram nada que o império e caniches tenham feito, fora do seu próprio território.
      Quem os convidou para ajuda na Siria? Quem manda lá a tal UE os UK os US? O isis , daesh(falharam) eles falharam, são agora derrotados só sobra 5% (cinco por cento) agora é que russos e Sírios vão atacar com armas químicas??? Isso é normal???
      Ou é preciso ser impossível infinitamente estúpidos
      ou a propaganda de quem financiou esses grupos e tinha interesse em derrubar o regime do Assad?? Seja como for, aliás os meios justificam os fins? E na tv viste a arma química que caiu numa cama? É para rir? Ou passar mais um atestado de estupidez.

      Skripal está quase bom a filha não pode sair dos UK(quando foi visitar o pai)?

      São rápidos a julgar sem observadores no terreno.
      Chamam nomes a Rússia ao Putin, e declaram via Twitter guerra económica a China enfim a todos os que não vão nas histórias deles… que vindos do bronco do Trump, May e do antigo homem da City o Boris(o homem que quer desviar as atenções de problemas internos que são muitos e por sua conivência e ajuda por ele criados, o mais criticado na altura do brexit foi precisamente boris Johnson e não Cameron).

      Sim defendo a multipolaridade, justamente para não existir poder dominante.

      O dia que isso acontecer deixa de existir escolha aí será o quê uma plutocracia, ou uma corporotocracia ditar.
      Os Estados, culturas, línguas deixam de ter razão de existir.
      O que teríamos sim seria uma ditadura de alguns, disfarçada de democracia.
      Seja como for com a extinção gradual da classe média com o atual sistema económico, a longo prazo e se não mudam de caminho muitos locais só vão ter 1%, 5% bem o resto vive para pagar contas e comer para ter forças para trabalhar cada vez mais horas, e os pobres sem estado social vão morrendo de fome ou roubar para comer.
      Isto até já foi alertado pela UNICEF.

      nuno

    2. Meu caro Nuno, nada disse e nada tenho contra a multiporalidade, o que digo é que a multipolaridade é boa mas só dura até um do grupo conseguir implementar uma vantagem sobre os outros. Quanto a tua afirmação sobre a URSS :
      "…essa comparação é desproporcionada, até agora nunca fizeram nada que o império e caniches tenham feito, fora do seu próprio território. "
      Os crimes de guerra cometidos pelas tropas russas durante a 2.º Guerra mundial foram justificáveis para ti? Em 1979 a invasão do Afeganistão foi legitima ? E porque as patifarias dentro ou fora do território sempre patifarias são, o holocausto na Ucrânia em 1932-33 parece-te aceitável.A minha visão é a de que os que combatem os maus não é só por isso que se tornam bons. São apenas isso, os que num dado momento da historia combatem outros piores… só!
      Cumprimentos.

    3. Caro P.Lopes de uma vez por todas URSS está morta, finita enterrada e as suas ideologias assim como os seus piores governantes Estaline da Geórgia e um doido varrido Béria (também da Geórgia).
      Mas se não foram exemplo para ninguém sempre existiram Krushev e do outro lado Kennedy.
      Não vamos mexer muito no passado de uma nação e ideologia mais que extintas. Quem lançou bombas atómicas foram eles? O Afeganistão, quem pediu intervenção foram afegões, nunca deviam ter ido até porque a CIA começou a instruir o lado oposto, aliás foi de lá que veio Hussama Bin Laden(esse até foi instrutor/ instruendo no Afeganistão).
      Não se pode constantemente usar períodos já extintos para antagonizar ou a Alemanha e o seu período mais escuro (isso é chantagem sobre os vivos que não respondem por o que avós trisavos e outros fizeram) curiosamente o fulano era austríaco . Aqui fala-se de Rússia actual desde o início deste século com Putin. Isso é uma forma pouco hábil de desviar o ponto em conversa.
      A resposta é = zero.
      Os outros Santos tem sido guerras umas a seguir às outras.
      Essa mistura desculpa mas não tem sequer sentido e vai por outros caminhos de antes de 1990 ou pós 1990(Jugoslávia). Isso é passado sem representação actual. Mas se quiseres ir por aí…conheci a URSS a CIS a Rússia com Yeltsin e a Rússia com este. E com este intervenções loucas e sem justificação ainda mais fora de território russo é zero, nicht, nada, neste… Os outros já vão em quantos mortos em mais de uma mão cheia de países?
      Peço desculpa mas não caio num engodo desses 😉
      Isso é uma tentativa primitiva e desesperada para desviar o que está em debate(tens razão em parte, mas repito não se debate milnovecentos e troca o passo, mas o recente e o que leva ao presente)

      Cumprimentos
      Nuno

    4. Meu caro Nuno, engodo? Tentativa desesperada ? Não preciso de nada disso, não tenho aqui dinheiro empatado, permite-me recordar que o teu post que estou a comentar não tinha um limite temporal para o passado, dizia apenas " até agora" mas não dizia, desde quando, esse limite apenas foi por ti introduzido neste último, é um pouco complicado para mim mudar de parâmetros a meio do diálogo ( sou limitado). A intervenção soviética foi a pedido dos afegãos e por isso não conta? ( obrigado por este momento :))) Tens razão os meus argumentos são primitivos, eu chamo-lhe antropológicos, mas não vale a pena falar mais nisso, porque tu tens razão em tudo.
      Com os melhores cumprimentos 🙂

    5. Este P. Lopes enrola enrola enrola.
      Esquiva-se a respostas directas, da guinadas de 180º no discurso tenta condicionar os outros.

      Algo de esquisito este comentador tem.

    6. Nada disso, não estou a dizer que tenho razão ou não, estou a expressar a opinião pessoal nada mais (felizmente ainda é permitido aqui). Cada um que pense por si, acho que fui claro até porque nisto de revisionismo histórico ou processos históricos, do passado todos estão com/ ou possuem telhados de vidro.
      A tentativa de engodo não é no mau sentido, acho como disse opinião pessoal não misturar as coisas, pura e simples.
      P.Lopes vamos ser francos não me conheces eu não te conheço logo nem vou estar num local virtual contra ou a favor. Se isto é um local livre: em certas ocasiões que recorde concordei com tudo outras vezes nada mas maioria das vezes em grande parte.
      Sou só um mero participante do ii, mais nada não represento ninguém a não ser um ponto de vista o meu.
      Em relação ao dinheiro já uma vez te disse qual é o mal, melhor para ti (ainda bem e digo com toda a honestidade). Não sou daqueles parvos invejosos que deseja o mal dos outros(que nem conheço), a vida é curta demais para perder tempo a atacar o semelhante(ser humano) enquanto discutimos, o que não é o caso quem manda nisto tudo só agradece.
      Tentativa peço perdão se usei a palavra desesperada, é que faço tudo espontaneamente(daí erros, ou até exageros como no caso)
      Tenho mais que fazer que condicionar(era o que faltava) alguém. Sou só um participante nada mais nada menos.
      Faço "barulho" sim, mas ao menos não escondo esse tal de nuno (existem muitos) no anonimato nem ando para aqui a fazer trolagem acéfala e por vezes odiosa.
      É óbvio que respondi, é misturar algo que antes até tinha outro nome e fronteiras e mudou até ideologicamente o principal.
      O Afeganistão até basta a wiki ou outra fonte meio manhosa sim não eram flor que se cheire mas sim foi a pedido destes, o que até foi bom pois ajudou o colapso da URSS com personagens pouco recomendáveis como Brejnev e um pseudo totalitarismo disfarçado de pseudo-comunismo ou pseudo-marxismo.

      https://pt.m.wikipedia.org/wiki/1979–1989)
      Sim o "pseudo" governo vê outras fontes sem ser tendenciosas pediu ajuda militar á antiga e já extinta URSS.

      Cumprimentos
      Nuno

    7. Amigo Nuno, isto é um passatempo, um espaço virtual de ideias alternativas onde se aprende muita coisa e para onde procuro vir sem ideias pré-concebidas, posso não concordar mas respeito, e já muitas vezes mudei de ideias aqui, não me sinto em nada melindrado com o nosso dialogo pelo contrario aprecio bastante e não há nada para desculpar, há apenas que continuar a debater.
      Um bom domingo e um grande abraço !

  7. Mais grave, foi pedido por Lavrov para compartilhar a informação sobre armas químicas ao Macron (este disse esta pérola):
    Later in the day, the French military released what appears to be a declassified intelligence report claiming Syria concealed some of its chemical weapon stockpiles and capabilities from the Organisation for the Prohibition of Chemical Weapons in October 2013. The report also said that French intelligence services analyzed “testimonies, photos and videos that appeared spontaneously on special websites, in the media and on social networks” in the hours and days that followed the attack in Douma.
    https://www.rt.com/op-ed/423950-macron-evidence-syria-chemical-attack/

    https://www.rt.com/news/424149-skripal-poisoning-bz-lavrov/

    1. Análise de fotos, vídeos
      Em websites, media e redes sociais.
      Já ouvi falar em desculpas parvas mas essa merece um prémio.
      Prémio da ordem Rothshield, por desculpa imbecil do ano.
      Bem que o Max tinha posto aquela figura com a tampa de champanhe a voar quando este fulano foi eleito.

      n

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