EUA: a guerra poupada contra o ISIS

Navega aqui, navega aí… e eis que aparece um documento interessante.
Assunto: os Estados Unidos bombardeiam o ISIS (ou Estado Islâmico).

O pesquisador Micah Zenko pensou bem comparar as últimas séries de bombardeios dos EUA, desde a Primeira Guerra dos Golfo até hoje, contra o ISIS. Coisa não simples, porque Washington gosta de bombardear: o lema parece ser “nunca é demasiado cedo para largar uma bomba”. Portanto é precisa paciência. Mas compensa.

Eis o resultado:

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A fonte? Tranquilos: é o Council on Foreign Relations, melhor não há.

O que significam estes números?
Significam que Washington bombardeia, sim, mas sem muita convicção. Uma bomba de vez em quando, justo para mostrar que está empenhada numa luta feroz contra os radicais mais radicais da galáxia, mas sem exagerar. Aliás: poupando (menor percentagem de bombardeios), porque o risco de acertar num combatente do ISIS existe. Risco não muito grande, dadas as 43 bombas por dia, mas nunca se sabe: um pouco de vento e pronto, eis que aconteceu o dano.

Os dados são claros: quando os EUA querem ganhar uma guerra, o esforço não poupa material. Na Segunda Guerra do Golfo (Iraque, 2003) foram 596 bombardeios por dia, na Líbia (onde eram empenhadas também outras forças da NATO) foram 46. Na guerra contra o ISIS não passam de 11.

Apenas como curiosidade: só nos conflitos considerados acima, os Estados Unidos lançaram mais de 350 mil bombas. Destas, 292 mil no Iraque: uma por cada 108 habitantes.
E depois dizem que os EUA são egoístas…

Ipse dixit.

Fonte: Newsweek

6 Replies to “EUA: a guerra poupada contra o ISIS”

  1. Bom, infelizmente eu não pesquiso geopolítica e tantos assuntos que gosto de saber. Mal e mal leio blogs cujos redatores me inspiram confiança, livros e relatórios de jornalistas independentes que admiro, ouço muitas vezes os "ganidos" da mídia majoritária (é impossível atualmente viver no planeta e não ter enfiado pelos ouvidos estes "ganidos"). Então os meus pitacos são apenas o que passa pelo filtro da minha interpretação a partir destas informações, resultado das discussões ao vivo com quem estiver próximo, e minha própria experiência de vida…não dá para levar muito a sério (cientificamente falando). É só opinião, não tenho outras pretensões. Dito isso, lá vai: para mim este ISIS nada mais é e sempre foi um dos vários braços armados terroristas a serviço da estratégia estadunidense de espalhar pânico e terror, e consequentemente forçar a solicitação de serviços de apoio e segurança por parte dos estados atingidos. No momento, de alguma forma a estratégia está saindo pela culatra porque curiosamente o tal apoio e segurança está sendo solicitado para a Rússia, no caso da Síria. Por outro lado consegue um efeito colateral brilhante porque expulsa africanos e oriundos do Oriente Médio de seus países, atolando a Europa em mais pobreza, muros, guetos e medo.

  2. Nada de novo… "interesses de agenda"… não "Direitos do Homem"… Esses direitos nunca serão aplicáveis globalmente (infelizmente…), por isso resta às pessoas de bem praticá-lo na ínfima medida das possibilidades (…).

  3. Micah Zenko é famoso por seus artigos sobre armamentos é dele um dos primeiros estudos sobre o uso de VANTa no mundo (não só os States usam os Vants, qual a diferença entre drones e vants?). Mas os EUA costumam ser bem pragmáticos em Geopolítica: o inimigo do meu inimigo…Para os EUA Israel é contraponto natural contra o Irã (ou Irão para os tugas), enquanto o ISIS (nome cínico=deusa egípcia?) existir os problemas ficam longe de Jerusalém or isso o ódio venal contra a Russia, pois o plano é o seguinte: destruir Damasco para atingir Teerã.

  4. Também reparei algumas vezes na semelhança do nome ISIS, com a deusa egípcia.
    Há ainda quem diga que ISIS significa na verdade: Israel Secret Intelligence Services

    1. Pode ser tanto Israel Secret Intelligence Services como Italy, Ireland, Islamic, Iraq ou até mesmo Illuminati Secret Intelligence Services… hehehe

      Creio que o IS é autêntico, mas é utilizado pelos EUA como proxy.

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