OIM: a organização dos migrantes

Então: férias acabadas? Ao que parece… e os problemas? Não, aqueles continuam.

Por exemplo: é dos últimos dias a notícia de migrantes sufocados num camião enquanto tentavam entrar na Europa.

Dezenas, centenas de milhares de pessoas que partem de Países longínquos para viagens perigosas, onde a morte é mais do que uma possibilidade. Objectivo: a Europa, esta espécie de El Dorado. Alguns (a maioria) morrem no meio do mar, outros fechados em contentores, outros simplesmente de fome e por causa da fadiga.

Não é um normal fenómeno de migração: é uma deslocação em massa, quase um êxodo. E Bruxelas observa, aparentemente incapaz de tomar uma iniciativa qualquer. Quando uma iniciativa parte, é feita de palavras para criticar quem tenta controlar o fenómeno, como no caso da Hungria. Aí levanta-se o coro dos bem-pensantes: “xenófobos” é o epíteto mais ouvido. Sem dúvida: mais simples ficar a observar sem mexer um dedo.

Porque nos últimos meses temos assistido a esta movimentação humana sem precedentes? Porque agora? As fronteira europeias estão abertas há muito, não houve mudanças neste sentido. Os Países de origem (esqueçam os “refugiados sírios” anunciados pelos órgãos de informação: estes são uma minoria, a maior parte são oriundos da África subsahariana, do Chade para baixo) não atravessam períodos particularmente complicados: morrem de fome agora como morriam antes, sem que ninguém dos Países ricos faça algo (a não ser as organizações “humanitárias” dos vários “filantropos” como Bill Gates). Nenhuma novidade, portanto.

A vaga do fundamentalismo islâmico? Não, nem ela: esta interessa apenas algumas zonas dum número limitado de Países, não é suficiente para justificar esta maré de desesperados.

Desesperados? Isso mesmo: desesperados. E aqui surge uma dúvida: como podem tantos pobres encontrar o dinheiro suficiente para abandonar os seus Países de origem e chegar até a Europa? Onde encontram os montantes?

Bayin Keflemekal, enfermeira da Eritreia com 30 anos de idade, pagou 6.500 Euros para alcançar a
costa da Líbia. E falta-lhe ainda a travessia do mar. E não é uma excepção. O preço para uma viagem Líbia-Italia ronda os 5.000 Euros (pouco mais do que 20 mil Reais). Aparentemente não é um montante astronómico, não segundo os bolsos dum Europeu. Mas o que dizem os bolsos dum Africano?

Um exemplo: o Ghana, uma das principais “fontes” de imigrantes. Um Euro vale 3 Cedis (a moeda local), portanto 5.000 Euros são 15 mil Cedis. Qual o ordenado no Ghana? 200 Cedis é a média. Dado que na Italia o ordenado médio é de 1.300 Euros, eis uma proporção:

15.000 : 200 = X : 1.300

onde X é quanto, em proporção ao ordenado italiano, custaria a viagem via mar tendo como base o real nível de bem estar no interior dos respectivos Países. Quanto vale X? Vale isso: 97.500 Euros, 393.445 Reais. Este é o dinheiro “real” que um cidadão do Ghana tem que encontrar para alcançar a Europa via mar (e nem falamos da viagem Ghana – Líbia).

97 mil Euros? Quantos no Ghana podem permitir-se uma despesa assim? Estes seriam os “desesperados” que arriscam a morte para alcançar a Europa? Algo não bate certo, é evidente.
É este o mesmo raciocínio feito pelo site suíço Le Observateurs, dirigido pelo professor Uli Windisch, o mesmo que criou a Escola de Comunicação e Jornalismo na Universidade de Genebra.

A suspeita do Observateurs: há organizações que favorecem as viagens destes “desesperados”? E mais: esta não é apenas a dúvida do site suíço, muitos na Europa começam a pôr-se a mesma pergunta.

A resposta é simples: sim, há organizações que “incentivam”. E não são organizações de criminosos, pessoas que querem apenas o dinheiro dos desgraçados. Nada disso: os criminosos são apenas o último elo da cadeia, os que recebem o dinheiro para efectuar as viagens da morte. Antes de chegar aos criminosos, deve haver quem proporcione o dinheiro.

O diário francês Le Monde recolheu o testemunho de alguns desesperados na costa da Líbia. E sim, há organizações que contactam os migrantes uma vez chegados na Líbia, para que a viagem possa acabar. E deve haver alguém também nos Países de origem, alguém que proporcione o dinheiro para que a viagem possa até começar.

Por isso a atenção da jornalista belga Anne Lauwaert, que publica também no Observateurs, focou-se num nome: Organisation Internationale pour les Migrations (“Organização Internacional de Migração”, OIM).

A OIM é uma organização criada em 1951 a fim de solucionar os problemas relacionados à migração que haviam sido agravados pelo fim da Segunda Guerra Mundial. Dela fazem parte mais de 149 Países e, com mais de 400 escritórios em todo o mundo, é membro observador das Nações Unidas, colaborando também com as agências especializadas da ONU. Com mais de 8.400 funcionários e um orçamento anual de 1.675 biliões de Dólares, a OIM é dirigida desde 2008 pelo Embaixador dos Estados Unidos William Lacy Swing e, entre as outras coisas, organiza as eleições para os refugiados fora da pátria deles, por exemplo no Afeganistão em 2004 e no Iraque, em 2005.

Repetimos: 149 Países membros, mais de 400 escritórios pelo mundo fora, mais de 8.400 funcionários, contactos com as agências da ONU, um orçamento de 1.675 biliões… esta não é uma miserável ONG, esta é uma multinacional da emigração. Alguma vez ouviram falar dela? Não? Normal.

E até organiza as eleições. Pelo que: antes o País é destruído, depois chega o OIM para implementar a democracia que ninguém tinha pedido. A quadratura do círculo, nada mal mesmo.

Uma leitura da página web da OIM esclarece quais as ideias: a missão “é comprometida com o princípio de que a migração humana e ordenada faz bem aos migrantes e à sociedade”.
Já por isso deveriam ser presos todos, mas continuam:

Numa era de mobilidade humana sem precedentes verifica-se que há uma urgente necessidade compreender plenamente as ligações entre migração e desenvolvimento, tomar medidas práticas para que a migração possa servir mais os interesses do desenvolvimento e elaborar soluções duradouras para situações migratórias que criam dificuldades. Neste campo, o filosofia da OIM é que a migração internacional, se gerida de forma adequada, contribui para o crescimento e a prosperidade dos países da origem e de destino, e para o lucro dos próprios imigrantes.

Traduzindo: a migração é a melhor forma de proporcionar mão de obra de baixo custo que possa ser utilizada nas fábricas das multinacionais. De resolver os problemas que ficam na origem da migração nem se fala, bem melhor criar novos escravos.

De acordo com esta linda teoria segundo a qual “migrar é bom”, a organização promove a emigração em massa. Normal: a OIM é uma das várias armas utilizadas pelos poderes fortes na óptica da globalização. E raciocina enquanto tal:

A OIM faz apelo para arrecadar 80 milhões de Dólares para dar apoio às famílias dos refugiados espalhados por todo o Iraque. Porque, vocês têm que saber, 3 milhões de Iraquianos foram expulsos das casas deles por causa de conflitos violentos.

William Lacy Swing

Qual será a causa desses conflitos violentos? Ehhh, difícil responder. Talvez o Pentágono pode ter uma ideia. Se os sauditas, os turcos, os americanos, os israelitas parassem de fornecer armas e assistência ao Califado, quem sabe, isso poderia ajudar, não? É apenas uma hipótese que, em qualquer caso, não aparece nas páginas do OIM.

Talvez seria engraçado ter do simpático director Lacy Swing, ou dum dos seus oito mil e quatrocentos apóstolos, mais algumas informações sobre a grande migração de África para a Líbia, e daí para Italia, Grécia, Espanha, ex-Jugoslávia, Hungria. Afinal ele passou uma vida de diplomata na África, terá alguma opinião sobre o que fez aumentar brutalmente as deslocações e os afogamentos em massa no meio do mar.

A dinâmica das migrações costuma atingir tais picos somente perante um evento catastrófico, como guerras, fome, genocídios… Mas dado que na África nada mudou nos últimos tempos, não haverá, por acaso, alguma “promoção” do êxodo? Se calhar feita por alguém convencido de que “emigrar é cool“?

Ipse dixit

Fontes: Le Observateurs, Organisation Internationale pour les Migrations

34 Replies to “OIM: a organização dos migrantes”

    1. Faz sentido. O chefe e o sub-chefe da OIM são ambos dos EUA e acredito não ser esta a única organização que trabalha neste sentido.

      Fica para encontrar uma explicação acerca do porque. Já li que os EUA querem com isso desestabilizar a Europa. Não me parece uma boa conclusão. Acho mais provável estarmos perante um novo capítulo da globalização.

      Abraçooooo!!!!

  1. Porque é que será que esses migrantes pagam tão caro por viagens tão perigosas??? O preço dos bilhetes de avião são muito mais baratos! Porque não veem de avião? Porque será? Será que existe alguma norma especial que os impede de o fazer? Que acham?

  2. Esperava por este post para me ajudar a pensar. Assistia aqui os mídias fazerem desfilar hordas de brancos, referindo-se pouco à africanos, escaramuças em fronteiras, tendo como objetivo alcançar a Alemanha, gastos individuais que podiam chegar a 9 mil euros, e a bondosa Angela Merkel recebendo milhares de braços abertos. E me perguntava sobre a fonte do dinheiro, o porque dos africanos afundarem no mar e a maioria dos brancos chegarem à terra firme, mas principalmente sobre a súbita solidariedade alemã. Cheguei a sentenciar aqui em casa que…bom, a Alemanha está com 6 milhões de trabalhadores em tempo parcial, sem direitos…e deve querer mais; está com meio milhão de desempregados, mas quem sabe estes já estão drogados o suficiente para ser considerados inúteis para o trabalho, e também tem de se considerar os que não aceitam trabalhar daquele jeitinho um tanto quanto escravizante…sabe-se lá. Mas, como previa, o post começa a me elucidar e, sinceramente, me curvo ante a competência técnica dos poderosos que manejam os cordões onde milhões de palhaços se movem sem saber como e porque. Então entende-se: porque levar as multinacionais para estes paizinhos inóspitos, onde até pode haver uma certa dose de resistência coletiva? Ao contrário, se traz esta turba insensata e totalmente desorganizada para os locais das multinacionais e aí se os põem a escravizar, sem que eles tenham qualquer chance de reação a não ser agradecer ao bom deus e a boa Merkel por estarem vivos. De lambuja, se mata alguns milhares, os mais fracos, os mais despreparados para o trabalho porque afinal não servem mesmo para nada, e afogamento, asfixia etc é uma forma de auxiliá-los a tomar uma decisão na vida, ou seja, morrer.Decididamente se desenraiza essa gente abominável que não se junta aos corpos de treinamento militar terrorista nas zonas de guerra declarada ou não. É só vantagem, não é não?

    1. Olá Maria!

      Concordo. A Europa "tem" que ser mais competitiva no mercado mundial. O aperto de cinto requerido pelas Mentes Pensantes de Bruxelas não deu o que era suposto dar e há resistências: limite inferiores no bem-estar que ninguém no Velho Continente quer ultrapassar.

      Então contorna-se o problema: atiram-se para Europa uma massa de desgraçados mortos de fome para os quais 300 Euros mensais são uma riqueza. Mão de obra particularmente barata, melhor ou ao mesmo nível da chinesa. Isso, em teoria, consegue estancar a hemorragia das empresas ocidentais para o Oriente.

      Claro, há desgraçados e desgraçados, não são todos iguais. A maioria dos africanos chegam até as costas da Líbia e daí têm que enfrentar uma travessia que tem tudo para correr mal. Paciência, não são estes os mais valiosos e depois são muitos: mais ou menos 100.000, quem repara nisso?

      Diferente o discurso dos orientais, que viajam via terra mesmo que o percurso mais curto e com menos fronteiras seria aquele feito por barco. A taxa de mortalidade é bem inferior, mas estes são oriundos da Síria, do Iraque ou de outros Países da área. São menos e a Alemanha, por exemplo, já está habituada a estas etnias orientais (há mais de 3 milhões de Turcos a viver aí há alguns tempos).

      Vi com os meus olhos como vivem os turcos na Alemanha. Há a aldeia principal, feita de casinhas típicas, com flores nas janelas; depois, na periferia, há grandes condomínios de cimento, sem flores, com bastante degrado, longe das lojas e dos serviços. É nestas últimas zonas que vivem os turcos, é nestes modernos guetos que irão acabar os recém chegados. Os mesmos guetos que agora podes encontrar na Italia ou na França (todos estes vistos em primeira pessoa, não simplesmente "ouvidos").

      A integração não passa dum mito. Mas afinal: quem quer integrar um escravo?

      Grande abraçooooooooooooo!!!!!!!!

  3. A mão-de-obra 'migrante' vai estimular a economia.
    .
    Todos diferentes, todos iguais… isto é: todas as Identidades Autóctones devem possuir o Direito de ter o SEU espaço no planeta.
    [nota: Inclusive as de 'baixo rendimento demográfico' (reprodutivo)!… Inclusive as economicamente pouco rentáveis!…]
    .
    Devemos estar preparados para a CONVERSA DO COSTUME dos nazis made-in-USA [nota: estes nazis provocaram holocaustos massivos em Identidades Autóctones]: «a sobrevivência de Identidades Autóctones provoca danos à economia…»
    .
    .
    P.S.
    Existem 'globalization-lovers' (que fiquem na sua… desde que respeitem os Direitos dos outros… e vice-versa), e existem 'globalization-lovers' nazis (estes buscam pretextos para negar o Direito à Sobrevivência das Identidades Autóctones).
    .
    P.S.2.
    É preciso dizer não ao nazismo democrático e sim ao separatismo, isto é: é preciso dizer NÃO àqueles que pretendem determinar/negar democraticamente o Direito à Sobrevivência de outros.

  4. Sou a favor dessas migrações, mesmo que subsidiadas por OMGs, a Europa explorou colônias na África, Ásia e América, nada mais justo que os colonos agora requeiram seus direitos de expropriados. Digo mais, dinheiro nenhum paga as mãos cortadas do povo congolês. Os mortos nas guerras coloniais (Angola,Moçambique) e as guerras da savana. Povos explorados uni-vos!

    1. Ohhhh, finalmente alguém com uma ideia de jeito.

      Vingança, é disso que precisamos, uma sociedade baseada na pura vingança. Mulheres europeias violadas, homens com mãos cortadas, bebes atirados para a fogueira: maravilha. E mais: que as culpas do pais recaiam sobre os filhos. Eu, por exemplo, que nunca fui em África, mas mereço morrer. Porquê? Porque sim, porque o meu avô foi para a Líbia e ponto final, assim requer a vingança.

      Mas, meu caro amigo, acho a Sua ideia um pouco limitada. Porque não amplifica-la?
      Por exemplo: que tal os índios do Brasil massacrarem todos os actuais habitantes do País? Afinal é e terra deles, os outros não passam de invasores.

      E mais: eu rogo a exterminação dos Árabes que na Idade Média invadiram o Sul da Italia. E também uma fogueira para todos os povos do Leste (Polónia, Rússia, etc.) que invadiram Roma no V século d.C.

      Mas podemos ir ainda mais além: os Neanderthals, estes coitadinhos anulados pela nossa espécie, o Homo sapiens? Morte para todos os Homo sapiens, que fiquem torturados, cortados e queimados numa fogueira purificadora.

      E depois? Não sobra ninguém? Bom, paciência: a vingança foi feita, é isso interessa.

      No entanto, ficamos com a vingança dos imigrantes africanos, que viajam para Europa para viver em condições sub-humanas nos guetos. Que como vingança não será grande coisa, mas é sempre algo. Não é assim, meu caro Anónimo?

      Ah, ia esquecendo: melhor não perguntar o que ganham as várias ONG's ao enviar desgraçados para Europa. Pode ser que a resposta não seja tão agradável.

      Mesmo assim: os meus sinceros parabéns e faça o favor de escrever mais vezes que a gente gosta.

      Abraço!

  5. Portanto…..qual é o objectivo desta instituição (ou EUA?) de inundar a europa de "refugiados"?

    Aumentar ainda mais as tensões por aqui?
    Estão a juntar o máximo possível de pessoas num único lugar para depois rebentar com tudo?

    PS: A ultima questão é uma questão de quem ainda não conseguiu entender o que realmente se esta a passar 🙂

  6. As vezes é mesmo difícil perceber o big picture. A minha alma está parva depois de ler este texto. È mesmo incrível o que as elites fazem para atingir um determinado fim.

  7. A baixa de salarios parece ser o objectivo, mas maior será a destruição da multicultura europeia, vai demorar um pouco e no fim não existirá mais paises na europa.

  8. Sharia é a solução para a Europa! Que os imigrantes muçulmanos salvem a Europa, que está morrendo após anos de corrupção.

  9. A Maria, tocou no ponto que me parece ser essencial: A globalização da pobreza (sem querer plagiar o título do livro de Michael Chossudovsky).

    Existe na Europa e EUA uma pressão generalizada para a baixa dos salários.

    Parece-me que uma inundação dos países europeus por povos sujeitos a receber qualquer coisa em troca de trabalho escravo, é mais um caminho de conduz ao mesmo objectivo.

    A OIM está a fazer o seu trabalho neste campo, em conjunto com outras organizações como o FMI, BCE, OMC e essa tralha toda de organizações internacionais, cada uma com a sua competência.

    Sem duvida que tudo faz parte de uma estratégica generalizada para uma politica mercantilista totalitária.

    Krowler

  10. Gostei deste artg, esperava p ele. Tb já tinha lido o do resistir indo. Precisa-se debater este assunto, perceber o q está a acontecer. Pq não atravessam os migrantes o mar até Portugal?

  11. e uma palavra que faz toda a diferença…. REFUGIADO segundo Wikipédia:

    "Refugiado é toda a pessoa que, em razão de fundados temores de perseguição devido à sua raça, religião, nacionalidade, associação a determinado grupo social ou opinião política, encontra-se fora de seu país de origem e que, por causa dos ditos temores, não pode ou não quer regressar ao mesmo. Ou devido a grave e generalizada violação de direitos humanos, é obrigado a deixar seu país de nacionalidade par.a buscar refúgio em outro país."

    Seguindo decisão da Assembléia Geral de 1950 (Resolução n. 429 V), foi convocada em Genebra, em 1951, uma Conferência de Plenipotenciários das Nações Unidas para redigir uma Convenção regulatória do status legal dos refugiados. Como resultado, a Convenção das Nações Unidas sobre o Estatuto dos Refugiados foi adotada em 28 de julho de 1951, entrando em vigor em 22 de abril de 1954.

    A Convenção de 1951 define quem é um refugiado e define os direitos básicos que os Estados devem dar aos refugiados.

    Estes incluem:
    – a segurança de que não serão devolvidos para os perigos de que eles fugiram;
    – o acesso aos procedimentos de asilo que sejam justas e eficazes;
    – medidas para assegurar que os seus direitos humanos fundamentais sejam respeitados, que lhes permitam viver com dignidade e segurança,
    – ajudando-os a encontrar uma solução de longo prazo.

    Um dos princípios fundamentais previstos no direito internacional é que os refugiados não devem ser expulsos ou devolvidos a situações onde a sua vida e liberdade possam estar ameaçadas.

    Como tal o script fica montado desta forma…. fazendo com que se criasse um verdadeiro tsunami HUMANO abatendo-se sobre a Europa, vaga após vaga…

    KABRAL

  12. Precisamos observar dois aspectos: o brutal uso humano advindo da desigualdade étnica em desfavorecimento aos negros, algo que se repete ao longo do tempo, e o envolvimento da Alemanha como destino principal, sede maior do sionismo naquele continente, e que pode representar algum impacto nas relações políticas/econômicas na zona do euro. O resto são conjecturações.

  13. Caro Max sou o famigerado Anónimo1.9.15 (kkk) fiz aquele post apenas para chamar atenção mesmo, principalmente dos portugueses, sabes por que? para mostrar a vocês como nós brasileiros que trabalhamos honestamente nos sentimos frente a um governo corrupto, com domínio ideológico, político, no judiciário, que nos roubas com impostos, subsídios bolsa família, sistema de cotas (num país mestiço!), entre outros absurdos, tirem suas conclusões!

    1. Para uma teia de comunistas frequentadora deste espaço, não houve um mísero 'legalzinho' na tua aparição em 1.9.15. Não dá para empulhar as besteiras daquela aparição, somadas com estas últimas para forjar um perfil do que é o ser "esquerdista". Na verdade pareces um ingênuo criador de teses estapafúrdias. Bem típico dos olavetes.

    2. Olá Anónimo 1.9.15!!!

      Não tenho problema nenhum em pedir desculpa: não é a primeira vez que o meio (a escrita) faz que certas afirmações sejam lidas de forma incorrecta, cúmplice a impossibilidade material de transmitir o tom com o qual as coisas são escritas.

      Tinha interpretado o comentário original como algo sério e isso tinha-me deixado pasmado e enervado, pois trazia consigo um discurso muito mais amplos (colonização, etc.).

      Peço desculpa, ficámos esclarecidos 🙂

      Quanto ao resto:
      "fiz aquele post apenas para chamar atenção mesmo, principalmente dos portugueses, sabes por que? para mostrar a vocês como nós brasileiros que trabalhamos honestamente"

      Bom, eu português não sou mas acho que não há por aqui dúvida do facto de haver brasileiros que trabalham honestamente e duramente. A ideia dos brasileiros que passam o tempo a bailar o samba e beber sumo de papaia só pode existir na mente de alguns atrasados (que existem, não há dúvidas).

      Digo isso porque conheci brasileiros, trabalhei com ele, aqui em Portugal, portanto não digo só por ter ouvido. E conheço até pessoas que foram de Portugal para o Brasil porque "lá há oportunidades". E não há oportunidades num País onde se baila o samba o tempo todo…

      Agora, quanto ao governo… eu tenho uma ideia um pouco diferente. Já afirmei aqui muitas vezes o meu afastamento de qualquer ideologia política. Não é uma forma de "elitismo" o meu, é a constatação de que hoje em dia o poder funciona duma determinada forma, seja qual for a cor. E a forma que encontramos no Brasil é a mesma que encontramos em Portugal, na Italia, no Japão, etc.

      Exemplo: o ex-Primeiro Ministro de Portugal (José Sócrates, teoricamente de Esquerda) saiu ontem da cadeia para a prisão domiciliária. Acusação: enriquecimento ilícito.
      O Primeiro Ministro no poder (Passo Coelhos, teoricamente de Direita) ainda não foi para a cadeia só porque a investigação (caso Tecnoforma, outro enriquecimento ilícito) foi "abafada".

      Esta é uma situação que é possível encontrar tanto ao nível nacional (governos) quanto ao nível local, autárquico (Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, etc.).

      Nestas condições, acreditar nos vários "-ismos" políticos implica uma grande dose de boa vontade, porque as ideologias foram substituída por interesses particulares e/ou de corporação.

      Abraçoooooo!!!!!

  14. Mudo. Não tem problema pra mim. Gostaria de saber se pra ti é fácil mudar teu discurso maniqueísta. Porque é disso que verdadeiramente se trata. Você quer imputar há um tipo de raciocínio os males universais, quando na verdade qualquer ser pensante sabe que tudo de triste e nefasto que tem ocorrido neste nosso mundo não é exclusividade de qualquer orientação política, porque todas atuam sob o mesmo script. Ou o que vem acontecendo na Europa é coisa patenteada pela social democracia ou pelo capitalismo? Não vamos reduzir tudo, toda esta engambelação, a este jogo maniqueísta de dizer que o mundo sofre de uma conspiração das esquerdas deixando incólume os conspiradores de direita. Quem entra na dança, dança a música das elites financeiras.

    Minha repetição de fato é pra provocar naúseas, as mesmas que vocẽ me provoca com este teu discurso maniqueísta. E minhas respostas são meramente pra que nenhum jovem com pouca quilometragem à procura de informação, que por ventura visite estas páginas, não seja ludibriado e pense que todos os males do cosmo são culpa da esquerda e assim creia que a salvação mundial é o desaparecimento desta, porque assim não se dará. O vilão é a alta finança e ela controla quem bem ela entende, seja de direita ou de esquerda. Bem, assim tem sido até aqui. A nossa reação talvez possa mudar o rumo dos acontecimentos e pra isso temos que nos manter unidos e não polarizados em esquerda ou direita. O inimigo é mais do que conhecido e sabemos o que tem feito com as nações e suas populações. Esquece este papo de esquerda e direita. Ninguém de esquerda ou de direita, em sã consciência, pode concordar com tua brincadeira do comentário lá de cima.

    1. Teu raciocínio está no caminho certo, mas esqueceu do processo histórico que desencadeou a chamada alta finança…ela não caiu do céu…

    2. Pois, e a quem culpar pelo agigantamento desta alta finança? De onde ela encontrou os meios para se transformar no algoz da humanidade? Foi no mundo após o advento do Manifesto Comunista? Ou ela já andava por aí a provocar seus estragos por meio de guerras, como se sabe, patrocinando todos os envolvidos? Quando não, criando suas próprias guerras. Se hoje planejam um sistema soviético global é por saberem que este lhes dará controle total sobre todos os seres viventes (sobreviventes) e todas as riquezas minerais do planeta. Um sistema travestido de capitalista nos conduziu à este estado de coisas e um outro sistema, agora travestido de socialista, deverá dar-lhes a hegemonia sobre as nações.

    3. Não confunda a ferramenta aceleradora(o capitalismo de Estado, seja ele ocidental ou socialista)com o processo de dominação histórico e a formação da riqueza, concentrada em pequenos segmentos.

  15. Li o comentário de Max após enviar o meu e digo que não há o que retirar nem por no que li. É exatamente a realidade dos fatos. Nos dispersar neste momento é o que de pior podemos fazer, e é o que "eles" fazem com mais afinco.

Obrigado por participar na discussão!

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