E hoje duas perguntas, duas dúvidas que irão acompanhar o Leitor ao longo do fim de semana, tirando-lhe o sono.
Um artigo publicado no New York Times revela que o fundador da Apple, Steve Jobs, assim como
outros executivos de empresas de tecnologia, limitava a utilização de dispositivos electrónicos por parte dos filhos dele.
De acordo com o jornal, numa das suas entrevistas, Jobs afirmou que os seus filhos não iriam usar uma das suas criações mais populares, o mítico iPad:
Nós tentamos reduzir ao limite a quantidade de tecnologia que os nossos filhos possam usar em casa
Assim falava o fundador da gigante da informática.
O artigo revela que um número significativo de executivos de empresas de tecnologia, tal como Jobs, vivem de acordo com regras que são bastante diferentes daqueles sugeridas ao resto do planeta pelas suas próprias empresas. Os bilionários sabem algo que a sociedade ignora?
O administrador da 3D Robotics (um fabricante de drones), Chris Anderson, tem total controle sobre o uso de qualquer “gadget” por parte dos seus filhos. Explica esta escolha educacional porque viveu “em primeira pessoa os perigos da tecnologia”:
Eu não quero que os meus filhos passem a mesma coisa.
Mas quais seriam estes perigos? De acordo com Anderson, o livre acesso a smartphones, tablets e computadores viabiliza o contacto com conteúdos nocivos, como a pornografia, o assédio e algo que ele vê como o pior de todos: a dependência do dispositivo.
O fundador do Twitter, Blogger e Medium, Evan Williams, e a esposa dele, Sara Williams, deram aos seus dois filhos centenas de livros que podem ler quando quiserem, em vez de um iPad.
Dá da pensar, não é?
os seus investimentos do sector com o qual ficou rica?
Conforme relatado pelo The Guardian, a alegre família Rockefeller juntou-se ao movimento de desinvestimento que insiste na necessidade de abandonar as empresas produtoras de petróleo, carvão e gás. Esta alienação está a envolver as duas instituições e investidores.
O Fundo Rockefeller Brothers controla cerca de 860 milhões de Dólares americanos em activos, 7% dos quais são investido em combustíveis fósseis.
Stephen Heintz, o presidente do fundo, acredita que esta decisão estaria em consonância com os desejos de John D. Rockefeller (o fundador), que acumulou uma fortuna de milhões depois de ter fundado a Standard Oil Company no final do século XIX.
Afirma Heintz: :
Acreditamos que se J.D. Rockefeller estivesse vivo, inteligente e homem de negócios previdente qual era, iria abandonar os combustíveis fósseis para investir em energia limpa e renovável.
De acordo com as declarações da Fundação, o Rockefeller Brothers Fund está profundamente comprometido na luta contra as alterações climáticas e isso a levou à decisão de abandonar os combustíveis fósseis, especialmente carvão e petróleo, duas das principais fontes de dióxido de carbono. A decisão foi tomada na véspera da cimeira climática da ONU, que começou na passada Terça-feira, dia 23 de Setembro.
Actualmente, mais de 800 investidores em todo o mundo, incluindo fundações como a Rockefeller Brothers Fund, grupos religiosos, organizações de saúde, municípios e universidades, concordaram em retirar-se, dentro dos próximos cinco anos, do investimento em combustíveis fósseis: um total de 50 biliões de Dólares que irão desaparecer do sector.
Agora: podemos pensar que os Rockfeller tenham sido finalmente atingidos por uma qualquer forma de sensibilidade, tal como já acontece com o resto da espécie humana.
Ou podemos pensar que os Rockfeller são os mesmos tubarões investidores de sempre e que as razões sejam bem outras…
Ipse dixit.
Fontes: The New York Times, The Guardian, RT
Resposta: se qualquer bilionário tivesse um pingo de responsabilidade/sensibilidade social não seria bilionário.
Resposta da pergunta 1: : olhemos a nossa volta a rua, a casa, as escolas , as empresas, e nelas as pessoas trabalhando, se divertindo, amando, estudando ou até não fazendo coisa nenhuma. Arrisco dizer que 80% delas não enxerga outra coisa senão uma pequena telinha a sua frente, e logo dedos rápidos se movimentam agilmente junto à telinha, daí surgindo um mundo de sentido que na maior parte das vezes não tem nada a ver com a realidade das pessoas nem do mundo em que vivem. Se esse cotidiano é salutar, então eu não sei o que é viver.
Jogo de cena as vésperas de uma reunião importante sobre o clima. Até porque 50 bilhões de dólares é uma quantia insignificante nesse oceano de petróleo. Sou capaz de apostar que há uma segunda intenção nessa história, talvez o Xisto, que estão tirando no Canadá, ou a questão ucraniana, ou quem sabe o PRE-SAL ?. Um tubarão será sempre um tubarão.
Pergunta 1. Para os filhos não serem tão facilmente manipuláveis e dependentes, ele sabia o que fazia e com que intenções o fazia… consumo é consumo, manipula as pessoas, logo torna-as mais fáceis de controlar e mais dependentes.
Pergunta 2. Porque arranjaram outra fonte mais rentável para o dinheiro que vão deixar de investir nesse sector.