Poucos dias atrás, o blog publicou um vídeo acerca do bombardeiro que as forças governamentais ucranianas levaram a cabo contra a cidade de . Agora emergem novos pormenores, bastante inquietantes.
Os moradores de Slavyansk e das redondezas tinham sido acordado na noite da passada Quinta-feira por aquelas que julgavam serem bombas incendiárias. Mas os novos relatos sugerem também o utilizo de bombas de fósforo branco.
Grande parte da aldeia de Semyonovka, um subúrbios de Slavyansk, foi incendiada. Os habitantes afirmam que o terreno não parava de queimar. Roman Litvinov :
Vimos tudo o que aconteceu aqui ontem. Usaram bombas incendiárias e lança-foguetes contra nós. O chão estava em chamas. Como pode a terra queimar sozinha? Queimou por cerca de 40 minutos
Tayana, outra moradora:
A partir das duas da manhã, todos os que conheço acusaram dor de garganta e tosse. Acho que foi devido à combustão. Tenho medo de que vamos experimentar as reais consequências mais tarde. Ainda há um monte de gente aqui, incluindo muitas crianças que não foram ainda enviados para outro lugar.
O uso das bombas incendiárias, concebidas para causar incêndios através do uso de materiais como o napalm, fósforo branco ou outros agentes químicos, é estritamente proibido pela ONU.
Em Kiev as autoridades negaram as notícias de que tais armas foram usadas contra civis. Mesmo a Guarda Nacional negou que o uso de munições de fósforo.
Durante a última conferência de imprensa, o porta-voz do Departamento de Estado Jen Psaki tentou evitar responder a um repórter da Associated Press sobre o uso de bombas ao fósforo branco, mas deixou-se escapar que não tinha elementos suficientes sobre a situação no terreno, afirmando que ele pensava fossem os russos a empregar as tais bombas.
Perante a afirmação de que existem vídeos e fotos do ataque, Psaki respondeu: “Não, nunca vi esses reportagens”.
Slavyansk, uma cidade industrial no sudeste da Ucrânia, com uma população de mais de 100 mil habitantes, tem sido até agora um ponto focal da repressão do governo. A área residencial da cidade foi regularmente submetida ao fogo da artilharia ucraniano, ao longo de semanas.
Charles Shoebridge, um ex-oficial do exército, detective da Scotland Yard e oficial de inteligência do contraterrorismo:
Aparentemente algo pelo menos semelhante, se não exactamente fósforo branco, foi usado durante a noite de Quinta-feira. Vi o vídeo e vi de perto … há todos os sinais e pistas sobre o uso de fósforo branco. Por exemplo, os fortes incêndios relacionados com o brilho que desceu do céu. Foi certamente usada uma arma airburst, lançada de um morteiro ou duma aeronave tripulada. […]
O fósforo branco não pode ser extinto com água, queima os corpos até os ossos. No caso de utilizar grandes quantidades também pode tornar-se um veneno. Grandes quantidades podem também contaminar o abastecimento de água.
Segundo Shoebridge, e de acordo com as imagens, “é muito provável que tenha sido usado fósforo branco. É muito difícil alterar o vídeo que vimos, se combinado com as evidências no terreno”.
A utilização de fósforo branco como componente de armas químicas é proibida pelas Convenções de Genebra e especialmente pela Convenção sobre Armas Químicas, reafirmando os termos do Protocolo de Genebra de 1925, que proíbe o uso de armas químicas e biológicas.
Bombas e munição de artilharia que contêm fósforo, explodem em flocos inflamáveis, mediante impacto. São artefactos incendiários e causam queimaduras, podendo mesmo ser letais.
O fósforo branco pode causar ferimentos e morte de três maneiras:
por queimaduras profundas;
por inalação, como fumo;
por ingestão.
Uma exposição prolongada, sob qualquer forma, pode ser fatal. Segundo a GlobalSecurity.org, citada pelo The Guardian, “O fósforo branco provoca lesões dolorosas por queimadura química”.
Partículas incandescentes de fósforo branco, resultantes da explosão inicial de uma bomba de fósforo, podem produzir extensas, dolorosas e profundas queimaduras, de segundo e terceiro graus.
As queimaduras do fósforo implicam um maior risco de mortalidade do que outras formas de queimaduras devido à absorção de fósforo pelo organismo, através da área queimada, resultando em danos ao fígado, coração, rins e, em alguns casos, falência múltipla de órgãos.
Além disso, o fósforo branco continua a queimar até que seja completamente consumido, de forma que as pessoas atingidas, ainda que mergulhem na água, continuarão a queimar ao emergirem para respirar.
Para acabar, um pormenor engraçado.
Até este altura, apesar da existência de fotografias, vídeos e testemunhas, consegui encontrar a notícia apenas:
- como feed Rss no Daily Mail
- na versão inglesa de Prensa Latina
- no Channel New Asia
- na página das agência Independent (Macedónia)
e, claro, nos social media (Facebook, Orkut). Nada mais.
Notável, não é?
No seguinte vídeo, o ataque. Quem está acostumado aos ataques dos israelitas contras os palestinianos não fadigará em reconhecer a típica “chuva” branca de fósforo.
Ipse dixit.
E, como no resto do mundo, quando coisas que não aconteceram de facto aconteceram, agora é ir lentamente despachando as provas que cada uma das pessoas expostas é.
De uma maneira ou de outra vai ser tudo "resolvido".
Vale tudo.
Nada que tanta gente pelo mundo fora já não tenha percebido na pele… mas dos "pobres e miseráveis" ninguém quer saber.
A vida humana vale mesmo muito pouco.
A falta de empatia pelo próximo é um sinal de psicopatia… dá que pensar.
Olá Max: fósforo branco!! Parece que já se tornou lugar comum, quando se quer aterrorizar, além de ferir ou matar. Se alguém tiver alguma dúvida, tente experimentar só um pouquinho na pele…Seguro que não vai esquecer. Abraços
Max ja agora qual a sua opiniao acerca do que se passa agora no Iraque.
E que sinceramente nao estou a compreender absolutamente nada.