O que é a homossexualidade? – Parte I

Após o artigo anterior e, sobretudo, os polémicos comentários relativos à homossexualidade, lembrei que até hoje nunca foi tratada neste blog a questão do que é um relacionamento gay e, mais no geral, a história da homossexualidade.

Estou consciente que um tal artigo irá desencadear as reacções indesejadas por parte de pessoas histéricas e/ou limitadas; mas não é para estas pessoas que o artigo é pensado.

E, dado que prevenir é melhor do que curar, lembro que desta vez a censura será aplicada com “tolerância zero”, pois estou farto de idiotas (não é Luciano?): perante a primeira ofensa, “zac!”, o comentário desaparece.

Ficam de fora assuntos como o casamento gay ou a adopção por parte de casais homossexuais, pois não são estes o tema principal e o risco seria de perder de vista o verdadeiro objectivo: falar da homossexualidade, da sua história, de como desenvolveu-se ao longo das épocas.
Também não é abrangido neste artigo o assunto do hermafroditismo.

Nota: as imagens forma ligeiramente modificadas para não ofender as minorias, incluídas aquela dos porquinhos.

A biologia

O Homem é um mamífero, e como tal encontra-se dividido em dois géneros: o masculino e o feminino. Esta diferenciação é necessária para que seja possível a reprodução, com a união entre um elemento macho e um fêmea. Sendo a reprodução e a consequente perpetração da espécie o fim último de qualquer entidade biológica, neste aspecto a homossexualidade representa uma anormalidade.

Entender isso é simples:

  • um porquinho e uma porquinha podem dar à luz os porquininhos.
  • um porquinho e um porquinho não, mesmo com alguns esforços.
  • uma porquinha e uma porquinha não, mesmo que se empenhem muito. 

Esta é uma realidade que não pode ser posta em causa e quem pensar o contrário ou tem sérios
problemas psicológicos ou é oriundo dum outro planeta.

Todavia o homem não é apenas uma entidade biológica: há algo que diversifica uma bactéria dum ser humano (pelo menos, a maioria deles). Sem este “algo” não haveria a homossexualidade (já viram um gay pride de bactérias?), verdade, mas também a música, a poesia, a engenharia, a pintura…

Resumindo: o Homem é, na maior parte dos casos, algo mais do que uma bactéria e não pode ser julgado apenas como entidade biológica que tem como fim só a reprodução.

Então, se desejamos entender o que é a homossexualidade, temos que ir além disso.

A história

O assunto “reprodução” é importante para compreender as razões pelas quais as grandes religiões tradicionais proíbem o relacionamento homossexual. Podemos ler um texto sagrado de duas formas:

  1. na óptica religiosa
  2. na óptica racional

A óptica religiosa exclui qualquer tipo de debate: “Deus quis assim porque sim e nós só temos que obedecer”. Não há mais que possa ser dito.

Do ponto de vista racional, pelo contrário, o discurso é bem mais rico e articulado.

As “recomendações” dos textos sagrados muitas vezes têm origem em precisas necessidades do contexto histórico no qual foram escritos. Exemplo clássico é a proibição de comer carne de porco contida no Alcorão: Maomé não tinha nada contra os porcos, animais simpáticos e espirituosos, mas sabia que a gordura da carne pode provocar problemas no clima quente dos Países árabes.

Nem a Bíblia foge a estas regras. A proibição de práticas homossexuais deve ser vista como necessidade de aumentar o número de indivíduos numa altura em que não havia problemas de super-população (pelo contrário). Se este argumento pode soar estranho, lembramos que ainda no início do século XX os regimes fascistas incentivavam as famílias a ter mais filhos, segundo a equação “mais braços = mais trabalho = mais riqueza” (ou “mais homens = mais soldados”).

A sodomia representava um acto sexual não finalizado à procriação, portanto era condenado mesmo que não estivesse relacionado com acto entre pessoas do mesmo sexo: a sodomia entre um homem e uma mulher, por exemplo, ainda no século XVIII era punida com a morte. Segundo Tomás de Aquino, a sexo anal é o principal de todos os pecados.

Também não podemos esquecer que tanto a religião cristã, como a árabe ou a hebraica, defendem uma sociedade patriarcal, onde é o homem o elemento mais importante da família. A homossexualidade, portanto, representava uma ameaça contra este tipo de visão (neste caso o papel do homem era”diminuído”) e tinha que ser condenada.

A Antiga Grécia

Mas qual a situação nas sociedades onde a religião não tinha uma presença tão dominante?

É dito, por exemplo, que na Grécia a homossexualidade era considerada “normal”. Isso é falso: trata-se dum mito criado pelas comunidades gays, para justificar as raízes históricas da homossexualidade.

Pergunta: se na Antiga Grécia a homossexualidade era “normal”, como é que não temos registos de casamentos gays?

Na verdade a situação era diferente e é preciso distinguir entre pederastia pedagógica e a homossexualidade.

A pederastia pedagógica era o relacionamento entre dois elementos machos com idades diferentes: usualmente, era um relacionamento mestre (mais velho) e discípulo (um adolescente, desde os 12 anos). Actualmente, o termo “pederastia” implica o abuso de menores, mas o direito da altura  não reconhecia o consentimento e a idade como factores fundamentais num relacionamento sexual.

A pederastia grega tinha finalidades pedagógicas e mirava a transmitir aos mais jovens uma bagagem cultural para poder entrar no mundo dos adultos. No caso das Academias, a pederastia era ainda mais ligada ao aspecto cultural. O sexo era permitido mas não em todos os casos, variando as regras de cidade em cidade. Em qualquer caso, a sodomia era excluída e o relacionamento interrompia-se uma vez o discípulo ter alcançado a maturidade.

Na verdade, fora da pederastia pedagógica, a homossexualidade era recusada. Para percebe-lo, é suficiente ler o que escrevia Aristófanes nas obras dele, onde os homossexuais são alvos de escárnio.

A Antiga Roma

E na Antiga Roma? Aqui os homossexuais eram definidos com alguns termos específicos: delicatus debilis, effeminatus, scultimidonus (o mais ofensivo), morbosus.

Este último termo (que significa “doente”) bem reflecte qual o espírito romano perante os que hoje chamamos gays: um adulto que quisesse praticar a sodomia com um papel passivo era visto como a negação do elemento masculino, essencial na civilização romana. A sodomia era limitada aos prostitutos ou aos escravos com idade inferior aos 20 anos.

Pelo contrário, um adulto que assumisse um papel passivo era alvo de desprezo: neste caso, a designação mais comum era cinaedus, uma palavra depreciativa que denotava um macho com uma identidade de género considerada desviante da norma para a sua escolha de certos actos sexuais ou preferência por certos parceiros; essas preferências eram percebidas como uma falta de virilidade.

A Lex Scatinia (149 a.C.), condenava expressamente o adulto, no caso de relações homossexuais entre adultos e adolescentes, enquanto que no caso duma relação homossexual entre cidadãos adultos livres era punido quem entre os dois assumia um papel passivo, com uma multa de 10.000 sestércio (na mesma altura, um legionário recebia um salário de 900 sestércios).


Um erro constantemente cometido pelos defensores da historicidade da homossexualidade é extrapolar determinadas atitudes sem considerar o contexto histórico.

Na verdade, não é possível traduzir correctamente o termo “homossexual” com o sentido moderno para o latim, pois os Romanos (como também os Gregos) consideravam a bissexualidade como a norma.

Não havia uma real distinção com base na orientação sexual ou na identidade de género típico de um indivíduo, mas tudo era definido a segunda do papel na relação sexual; na prática, a identificação sexual e as leis que regiam as relações sexuais eram baseadas não no facto de que o objecto do desejo fosse uma pessoa do sexo oposto ou do mesmo sexo, mas sobre o facto da pessoa desempenhar um papel activo, associado à masculinidade e à virilidade, ou um passivo.

Portanto, estamos bem longe do significado moderno de “gay”.

Todavia, a homossexualidade romana mudou com o passar do tempo (contrariamente à grega).
No Baixo Império começam a aparecer relacionamentos homossexuais baseados não no sexo mas no sentimento.

O historiador Svetónio, por exemplo, afirmava que o Imperador Nero casou-se duas vezes como homens, uma vez com o papel de mulher, a outra como homem. Mas é preciso acrescentar que Svetónio já era cristão e detestava Nero.

Apesar disso, é verdade que na última parte do Império o relacionamento entre um adulto e um jovem do mesmo sexo aparece com cada vez mais frequência. Há a importação da pederastia grega, mas sem o aspecto pedagógico: é nesta altura que nascem obras que exaltam os prazeres eróticos homossexuais. E há também uma fractura entre aquela parte da sociedade mais conservadora (gymnasia et otia et turpes amores, “desporto, ociosidade e amores vergonhosos” dizia Tácito) e a mais “liberal”.

A prática da pederastia tem o seu apogeu durante o reinado do Imperador Adriano, que compartilhava uma paixão para garotos.

Depois disso, houve a implementação da Cristandade. E o obscurantismo foi total.

Mas isso é o que vamos ver na segunda parte.

Ipse dixit

23 Replies to “O que é a homossexualidade? – Parte I”

  1. Não acho que a Cristandade tenha sido obscurantista em relação à homossexualidade, antes pelo contrário, ajudou a perceber o óbvio: que relações sexuais entre dois seres do mesmo sexo, seja lá com que intenção ou objetivo fôr, não é coisa que seja suposto nem designado para acontecer, e que, portanto, não deve acontecer nunca!
    Não me canso de dizer: Por acaso o rabo foi feito para deixar entrar? Claro que não, o rabo não é órgão sexual, nem sequer no sexo heterossexual! E por acaso o esperma foi feito para ser engolido? Claro que não, a boca também não é órgão sexual, nem o esperma foi feito para ir para o estômago, nem sequer no sexo heterossexual!
    Com a Cristandade, teve-se finalmente a oportunidade de acabar com a prática desviante da homossexualidade, infelizmente voltou à carga! Digo desviante porque é isso mesmo que ela é: um desvio em relação ao que está "desenhado" (chamemos-lhe assim) para acontecer.
    E voltou à carga porque temos uma agenda homossexual implantada pelas elites e controlada pelas sombras, na tentativa de criar o homem da nova ordem mundial.

  2. A agenda gay está em andamento por causa do mito da superpopulação, da mesma forma que era condenado quando no mundo não tinha ainda tanta gente.

  3. Tu precisavas mesmo escrever um post para explicar que porquinho com porquinho ou porquinha com porquinha não fazem filhote?

    É uma falácia porque a falta de filhotes só ameaçaria a população de porquinhos no caso de ela ser 100% composta de indivíduos homossexuais e me parece que não é o caso, nem entre animais e nem entre humanos, vide os 7 bilhões de indivíduos povoando a terra, como vê, a homossexualidade tem reduzido drasticamente a população humana…. NOT.

    Mas, se não bastasse a constatação de que a homossexualidade existia também nas civilizações mais antigas e inclusive entre tribos indíginas de Ásia e América (certamente todas influenciadas pela televisão e pelo sionismo… cof cof cof) e igualmente entre alguns répteis, mamíferos e aves (daí ser "contrária à natureza porque assim desejamos" heheh), talvez seja conveniente lembrar aos leitores de que a ciência já vem perscrutando o mistério da sexualidade humana há algum tempo e EXAMES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO CRÂNIO já provaram que o cérebro de homossexuais está fisica e biologicamente estruturado COMO OS DO SEXO OPOSTO, ou seja, que as lésbicas possuem cérebros análogos aos de homens heterossexuais e gays possuem cérebros análogos aos de mulheres heterossexuais. Todos podem encontrar esses estudos pesquisando no Google, com boa vontade. Mas quem quiser prosseguir no autismo de fechar os olhos e ouvidos e gritar "lálálá", é mais fácil do que pesquisar.

    Bom, diante de tudo isso, eu não sei vocês, mas tenho para mim que o propósito divino, a infinitamente sábia mãe natureza, as civilizações antigas, algumas civilizações indígenas e as máquinas de ressonância magnética todas fazem parte de uma incomensurável conspiração cósmica.

    A mãe natureza fez sua parte colocando a homossexualidade… nela própria (natureza) e também nos humanos. As civilizações ancestrais eram sionistas, inclusive as das Américas, pois os judeus já cá estavam presentes desde antes da chegada de Colombo e Pedro Álvares Cabral, e as máquinas de ressonância magnética, vocês sabem, são da SIEMENS, empresa alemã – país sionista.

    Ao editor do blog, gostaria de perguntar, com todo respeito e sem ofensas (tomei o cuidado de redigir este comentário sem palavras rudes), por quê não deu resposta ou satisfação qualquer quando se apontou a contradição essencial de não denunciar como "fascismo" os boicotes antigay promovido pelos ultraconservadores e normatizadores-de-vida-alheia nos Estados Unidos, boicotes estes que foram dirigidos contra várias empresas, dentre elas Starbucks e Google, mas também outras e que SE NÃO RESULTARAM NA DEMISSÃO DE ALGUÉM, é apenas porque não foram fortes o suficiente.

    Assim, coloco o questionamento para reflexão: qual seria o fator oculto, quintessencial, misterioso até, que explica a denúncia de um boicote como "fascista" e aceitação total de outro boicote, idêntico, como se normal e perfeitamente democrático fosse?

  4. Aqui alguns links de artigos científicos peer reviewed provando que a homossexualidade é um fenômeno antes biológico do que meramente social/cultural:

    http://www.sciencedaily.com/releases/2008/06/080617151845.htm

    http://www.sciencemag.org/content/253/5023/1034.Short

    http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0015802#pone-0015802-g004

    http://www.trinity.edu/tmurphy/trinity/3420_files/Levay%20and%20Hammer_1994.pdf

    https://fc.deltasd.bc.ca/~dmatthews/FOV2-00074762/S02DB0598.38/LeVay%20study.pdf

    http://www.pnas.org/content/89/15/7199.Short

    http://psycnet.apa.org/psycinfo/1994-44971-001

    http://depot.knaw.nl/821/1/15106_285_swaab.pdf

    http://chandlerburr.yetanothermess.com/articles/homosexualitybiology.pdf

    Agora me digam, que depois disso e de os/as próprios homossexuais alegarem que nunca tiveram escolha, somado ao pequeno detalhe de que a resposta sexual (ereção nos homens, umidificação e entumescimento clitoriano nas mulheres) ser regulado pelo sistema nervoso AUTÔNOMO, aquele sobre o qual ninguém possui controle consciente e que rege os mecanismos automáticos do corpo como por exemplo os batimentos cardíacos, o que podemos dizer das pessoas que insistem acusar – baseadas em vento – que a homossexualidade é uma "escolha" ?

  5. Olá Max: diante de tanta opinião que defende um ponto de vista X, mas evita a argumentação histórica, me parece oportuno estoricizar a questão. Parabéns pela dedicação. E vai aí uma contribuiçãozinha para quem está curioso/a com a história da sexualidade no Ocidente : História da Vida Privada, um projeto de pesquisa de grande envergadura coordenado por Felipe Ariés, cuja pesquisa dedicada aos gregos e romanos se encontra disponível em português na internet. Também a História da Sexualidade de Michel Foucault em 3 volumes, uma pesquisa primorosa. Bons antropólogos, no caso brasileiro, Darcy Ribeiro, têm trabalhos muito sérios sobre a sexualidade entre os chamados povos primitivos. Abraços

  6. Antropologia e homossexualidade

    A antropologia tem estudado a homossexualidade e o comportamento homossexual entre os diversos povos. Em geral os antropólogos investigam comportamentos homossexuais em tribos e índios pelo mundo sem deixarem de também estudar e discutir sobre comportamentos homossexuais na sociedade. Estudos de antropologia tem constato que muitos povos adotam hoje a homossexualidade como parte da formação juvenil. Numa famosa compilação efetuada em 1952, por exemplo, os pesquisadores Clellan S. Ford e Frank A. Beach apuraram que a homossexualidade era tida como aceitável e normal em 49 das 76 sociedades sobre as quais havia dados antropológicos a respeito. Inclusive, em algumas delas, todos os homens a praticavam em alguma fase de sua vida. Em algumas tribos da Nova Guiné (kerski, kiwai, kukukuku, marind-anim e outras) as primeiras experiências sexuais dos rapazes eram com homens mais velhos. Tipicamente, o homem só adquiriria status para casar com uma mulher após na puberdade praticar coito anal passivo e mais tarde iniciar um rapaz mais novo.1 E, ainda assim, mesmo depois de casados, muitos dos homens podiam continuar a ter relações homossexuais paralelas. Por outro lado, a homossexualidade exclusiva, tanto em relação a homens e lésbicas, era desconhecida e incompreensível nessas sociedades.
    Além disso, existem formas institucionalizadas de homossexualidade entre diversos índios da América do Norte, em tribos africanas, da Oceania e da Sibéria. Na tribo sudanesa dos bobo-nienequés, viúvas estéreis podiam comprar uma noiva e desposá-la na forma tradicional. O status da noiva, por sua vez, até então inferior nessas tribos, melhorava consideravelmente com o papel de "marido" e mais ainda quando a "esposa" engravidava por meio de um amante do sexo masculino que todos fingiam ignorar. Além disso, muitos povos indígenas norte-americanos permitiam que certos homossexuais exclusivos assumissem o papel de bardoche (nas tribos da nação sioux) ou alyha (tribos mojaves), e estes homossexuais usavam trajes femininos, assumiam tarefas e status de mulher e tinham permissão de conviver com um "marido", além de praticarem coito anal passivo. Muitos antropólogos afirmam que a homossexualidade, no entanto, não seria amplamente comum e aceitável somente em tribos "selvagens" e prova disso é sua aceitação e expansão durante a civilizada Grécia Antiga.

  7. Uma das coisas que as pessoas se esquecem, quando analisam um fenômeno como o da homossexualidade humana e animal, é que em biologia não se pode sempre isolar o indivíduo de sua população, ou corre-se o risco de não encontrar respostas ou encontrar "respostas" errônea. Não por outro motivo a ciência biológica deu um salto quando foi fundada a ECOLOGIA, que é responsável justamente por isso: estudar o papel das interações entre os indivíduos da mesma espécie e também entre espécies diferentes.

    O exemplo dos porquinhos comete essa falha: pode nao haver sentido no fenômeno se vc analisa o sistema fechado de 2 porcos isolados do universo em uma caixa. Em populações, ou seja, no ambiente natural, a dinâmica é outra e existem funções do sexo secundárias à mera reprodução, como:

    O alívio de tensões entre os indivíduos de uma mesma população. Exemplo: macacos bonobo

    Fortalecimento da coesão social: Exemplo: lagartos do gênero Uta spp.

    Um estudo interessante sobre o comportamento homossexual entre primatas não humanos intitulado "Nonhuman Primates Homosexual Behavior – A Critical Review of Literature"

    http://www.anthroserbia.org/content/pdf/articles/cvorovic_nonhuman_primates_sexual_behaviour.pdf

    Outro estudo: Novos insights nas raízes (epi)genéticas da homossexualidade / New Insights into the (Epi)genetic roots of homosexuality:

    http://healthland.time.com/2012/12/13/new-insight-into-the-epigenetic-roots-of-homosexuality/

  8. Olá Anónimo.

    Ok, agora desapareceram as dúvidas: você é um troll. Demorei um bocado para lá chegar, admito, mas como se costuma dizer "melhor tarde do que nunca".

    O presente artigo, duma simplicidade e isenção extrema, está ao alcance de qualquer pessoas, até das dotadas de capacidades intelectuais particularmente escassas.

    Recuso admitir que possa existir um ser humano tão estúpido. Por isso, a única explicação que encontro é que você seja um troll.

    No caso dos trolls, vale quanto já afirmado para os fascistas: não tenho tempo.

    Ficam publicados os seus comentários presentes e futuros (desde que educados como os actuais), para que todos possam perceber o que é um troll, qual a técnica que ele utilizada e qual a atitude correcta perante esta (ignorar).

    Adeus.

  9. Olá Anónimo (o primeiro)!

    "Não acho que a Cristandade tenha sido obscurantista em relação à homossexualidade, antes pelo contrário?"

    Que dizer, mandava para a fogueira os homossexuais, o que deveria ter feito para não ser obscurantista? Matar todas as famílias deles, queimar a casa e cantar canções de taberna nas ruínas fumegantes?

    Um mínimo de medida sff, obrigado.

  10. Conhecem Eli Vieira?
    É um geneticista brasileiro, atualmente faz doutoramento em genética na Universidade de Cambridge, Reino Unido.

    Neste vídeo, que já tem mais de 1 milhão e meio de visualizações, ele faz um apanhado do que a ciência sabe até agora a respeito da relação entre homossexualidade e genética. O vídeo é uma resposta a um pastor evangélico brasileiro, adepto da infame teologia da prosperidade:

  11. Olá Anónimo (o segundo, que não sei se é sempre o primeiro)!

    Sinceramente não acho haver nenhuma agenda homossexual com o mito da superpopulação.

    Atenção às teorias da conspiração: podem ser intrigantes, podem ser interessantes, até pode parecer que forneçam uma resposta. Mas muitas vezes carecem de logicidade e de provas: e sem provas, ficamos no campo da mera especulação.

    Abraço!

  12. Olá Maria!

    como já disse em tempos: porque não tentas escrever algo estúpido de vez em quando? Assim, só para variar.

    Toma exemplo do troll aqui, diz um disparate qualquer, dá-me esta satisfação.

    Caso contrário, estou sempre obrigado a concordar contigo. E lembra que concordar com um "paneleiro lisboeta" (como foi escrito no post anterior) fica-te mal 🙂

    Abraço!!!

  13. Fiquei sem entender o porquê de ser chamado de troll. Deu-se ao trabalho de escrever um comentário acusando-me de ser troll, mas esqueceu-se se embasá-lo… ficou uma acusação solta, ao vento.

    Os links de estudos científicos de alto nível são uma característica de troll? a citação de biólogos eantropólogos é típica de trolls? não me parece.

    Por gentileza, revise sua conclusão.

  14. Olá Anónimo nº 64 (perdi a conta)!

    Não, não conheço Eli Vieira, em qual equipa joga? Ah, é um geneticista? Ok, então vou ver o vídeo.

    E muito obrigado! As vossas contribuições são deveras importantes.

    Abraço!

  15. Eu sei que não deveria responder, eu sei que é um grave erro…mas pessoal, pediu "por gentileza"…

    Anónimo, não vou explicar-lhe a razão pela qual acho você ser um troll. Você cometeu um erro, mas não vou dizer-lhe qual (os erros de inexperiência ficam por conta do troll, acho justo).

    Mas posso dar-lhe outra dica, a mais evidente.

    Você entra num blog duma pessoa declaradamente favorável ao casamento gay, começa a insulta-la (e acredite, isso é o menos, pois quem tem um blog aprende a dar o justo peso a estas coisas), a insultar os Leitores (isso sim facto grave), alguns dos quais com o meu ponto de vista (favoráveis ao casamento gay); condena uma pessoa com base no delito de opinião, embirra por causa duma fotografia (encontrada no Google, como bem terá percebido)…

    E você é um apoiante da causa gay? Mas realmente não consegue entender o mal que você provoca com esta sua atitude?

    Se eu fosse um gay, pensaria "Deus me salve de aliados destes". E, como pessoa que tem amizades homossexuais, posso dizer-lhe que deploro esta sua atitude, pois a única reacção que consegue é aquela de alienar as eventuais simpatias em favor dos homossexuais.

    Eu entendo que você tenha um trabalho para desenvolver (o troll), mas faço apelo à sua consciência: esta sua atitude provoca prejuízos.

    Tente pôr-se por um instante nos papeis duma pessoa que ainda não tenha tomado uma decisão definitiva acerca do fenómeno gays ou do casamento (e, acredite, existem pessoas assim). Entre num blog como este (que é pequeno mas que pode sempre contar com algumas milhares de visitas diárias), encontra um alegado "apoiante gay" como você: mas com qual ideia poderá ficar?

    Na melhor das hipóteses pensará "se este é um representante da comunidade gay, e um dos mais civilizados por como escreve, imagina os outros".

    Eu tenho sorte, tenho uma orientação sexual bem definida, da qual gosto e que nunca trocaria (sou hetero!). Mas há pessoas que se debatem com problemas muito graves neste aspecto, pessoas que não sabem quem são e o que fazer, se aceitar-se por aquilo que são ou reprimir-se.

    Acha que encontrar uma alegado apoiante gay arrogante, malcriado, que condena o próximo só por causa daquilo que pensa pode ajudar estas pessoas que atravessam uma altura de fraqueza?

    Convido a reflectir sobre isso. Há muitas maneiras de "provocar danos na vida das pessoas , tanto para parafrasear uma sua expressão: neste caso, a sua actividade tem exactamente este tipo de consequência.

    (dito de outra forma: faça um favor, seja responsável e trolle com assuntos menos sérios, ok?)

    E agora vou ler um livro.

  16. EXP001

    Estou atónito por este tema criar nais discução que outros que mexem bem mais com as nossas vidas. Não fazia ideia que houvesse tantos gays.
    De qualquer forma fui indagar e confesso que fiquei doido com o mundo das lesbicas. A missão a que me entreguei hoje e dedicarei no futuro é que todas tenham a felicidade de me conhecer.

  17. Continua Max que esse é o caminho, água mole em pedra dura tanto bate até que fura.

    Pena a dificuldade de alguns em perceberam a importância do tema.

    A questão não está no numero de homossexuais ou de Homofóbicos existentes, tão pouco o que cada um faz com os orifícios e apêndices corporais ou se a lesma azul dos Himalaias tem comportamento gay no dia 1 de Janeiro às 17h.

    A verdadeira questão é a grande quantidade de Trolls que existem.

    O problema?… Está na atitude desses Trolls, que com a sua presunção de serem os donos da verdade e da liberdade (dos outros) promovem e alimentam conflitos Mundo fora, com precisamente a defesa do direito a qualquer coisa e em nome de algo…, e ainda criam milhões de leis e tratados que mais não são que a Ditadura dos direitos e não direitos de alguém.

    O único direito e obrigação que o Homem deveria ter era o de respeitar e aceitar a Liberdade de Pensamento do outro, afinal segundo alguns o Livre Arbítrio foi oferecido ao Homem.

    Penso que o tema abordado no texto de ontem é de suma importância como demonstra a quantidade de comentários, por isso parabéns Max.

    Uma vez mais, só para trolls, acho que o Max não está a julgar a homossexualidade (corrige-me se estiver errado), questiona uma coisa diferente, que todos nós temos Direito ao Livre Pensamento e Liberdade.
    Para que não haja confusões e como não utilizei material bélico espero que tenha ficado claro que não me refiro à liberdade oferecida (ou imposta) pelo uncle Sam e seus parceiros.

    LM

  18. Subscrevo na integra o comentário do LM. Quase que me apetecia fazer copy/paste.

    Mas como hoje acordei bem disposto, não resisto a fazer uma pequena referência à tribo kukukuku da Nova Guiné, que um anónimo mencionou, no 6º comentário acima.
    Peço desculpa mas não resisti.

    Krowler

  19. Max, quanto a isso do obscurantismo, tudo depende então da sua noção de obscurantismo.
    Atirar com gente para fogueiras não tem a ver com obscurantismo, mas com abuso desmesurado de autoridade.

  20. Krowler seu malvado e então oskerski, kiwai, e marind-ani. Da Nova-Guiné? Alto e para o baile: da Papua? ou do lado indonésio o Irian Jaya? ou na ilha toda.

    onuN

  21. Quando o Klu Klux Klan foi "perseguido e humilhado" e proibdo de exercer sua liberdade de opressão nos Estados Unidos, também choramingaram desse jeito, afinal de contas, como ousam os fascistas proibir-lhes de opinar que uma parcela da população não merece ter os mesmos direitos que eles, mas deve permanecer relegada à segunda categoria?

    Igualmente hoje se confunde liberdade de expressão com liberdade de expressão.

    Teu "direito de opinar", ou o do Eich poderia facilmente ser equiparado ao "direito de opinar" dos gays de opinar caso estes estivessem advogando por um mundo exclusivamente gay (!!) onde todos os cristãos/conservadores fossem proibidos por lei de ter seus casamentos com alguém do sexo oposto, ficando relegados à categoria de cidadãos secundários.

    Teríamos aí dois opostos equivalentes.

    Acontece que tal não acontece. A luta que gay/lésbica não é uma luta para diminuir os direitos civis alheios, mas para aumentar os seus próprios, a tal ponto que venham a ser finalmente igualados com os de seus semelhantes.

    É por esse motivo que equiparar o "direito de opinar" do Eich com o "direito de opinar" dos gays – NESTE caso concreto – como se estivéssemos a discutir coisas intrinsecamente idênticas, é uma falácia do tamanho da Rússia.

    Pode se equiparar o chute que A dá em B ao chute que B dá em A, porque se equivalem.

    Não se pode equiparar – sob o risco de abrir mão da honestidade e da lucidez – o chute que A dá em B do protesto de B, que clama: ei, porque me chutas? tenho o direito de não ser chutado.

    É por isso que o "direito livre opressão" de Eich não é absoluto, porque se projeta transubstanciado em lei sobre a vida privada não de Eich, mas de seus vizinhos do outro lado da rua.

    Comparar isso com a reação do vizinho, que diz: "Ora, por acaso eu transformei minha religião em tua lei alguma vez?" como se fosse a MESMÍSSIMA coisa, requer uma dose cavalar de cinismo.

    Levado a cabo o mesmo método e raciocínio que vejo em alguns comentários, a escravidão não pode ser criticada porque os brancos estavam exercendo sua sacrossanta liberdade de opinar quando votaram as leis de escravidão. E aqueles escravos histéricos quando reagiram, era porque não sabiam repeitar a opinião alheia, como se esta fosse inócua e estéril. Como disse, haja cinismo.

    Pensava eu na minha inocência que advogar por privilégios a um determinado grupo social, enquanto se mantém outro, minoritário, ou defender/legitimar as atitudes de quem faz tal proposição poderia ser chamado de fundamentalismo.

    Com surpresa estou aprendendo que, ao contrário, o fundamentalismo está na estranha convicção de que todos os homens e mulheres são iguais perante a lei e na rejeição a movimentos políticos que colidem frontalmente com aquele princípio universal de direitos humanos.

    É como se diz: vivendo e aprendendo.

  22. HORMÔNIOS!!!! Já ouviram falar? Aí reside a origem da questão tão "polêmica". E, como a antropologia mostra, cada sociedade cria suas adaptações, dependendo de inúmeros fatores sociais,culturais e religiosos. É muito troll e muito blablabla…

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