Insólito: o avião desaparecido (Malaysia Airlines MH370)

Os Leitores pedem? Então vamos a isso.
Cadê o avião da Malaysia Airlines?

Antes: resumo.

1. O voo

  

O voo MH370 decola de Kuala Lumpur à 00:41 (16:41 de 7 de Março GMT). A chegada é esperada em Pequim às 06:30 do mesmo dia 8 (22:30 GMT do dia 7).

Depois dum último contacto com o centro de controle de tráfego aéreo de Subang, às 01:30, o avião desapareceu dos radares. Na altura, sobrevoava o Golfo da Tailândia, em um ponto intermediário entre Kota Bharu, a nordeste da Malásia, e a Península de Cà Mau, ao sul do Vietname do Sul.

2. O avião

O avião é um Boeing 777-2H6ER bastante recente, tendo sido construído em 2002. É uma máquina robusta, com autonomia incrementada (as letras ER significam Extended Range), movida por dois motores Rolls Royce série Trent 800: o avião pode voar até com um só dos motores operativos.

O Boeing 777 é um dos meios aéreos mais seguros: desde a entrada em serviço, em 1995, até 2011 tinha havido apenas 5 acidentes, nos quais morreu uma única pessoa (um técnico de aeroporto, morto durante as operações de abastecimento).

Um Boeing 777

O avião, com 53.465 horas de voo e 7.525 ciclos de decolagem/aterragem, tinha ficado envolvido
num ligeiro incidente no Aeroporto de Xangai, em 9 de Agosto de 2012, quando uma das asas atingiu um Airbus A340-600 da China Eastern Airlines. Todavia, o avião tinha sido submetido às operações de manutenção 12 dias antes do desaparecimento e nada de anormal tinha sido encontrado.

3. A tripulação

A tripulação é integralmente composta por pessoal da Malásia. O comandante, Zaharie Ahmad Shah de 53 anos, ingressou na Malaysia Airlines em 1981 e tem 18.365 horas de experiência de voo. Zaharie também foi um examinador qualificado para testes de simulador.

O primeiro oficial, Fariq Abdul Hamidfoi de 27 anos, trabalha na Malaysia Airlines desde 2007 e tem 2.763 horas de vôo. Fariq efectuou a transição para o Boeing 777-200 depois de ter completado o treino no simulador.

4. Os passageiros

No avião voam 227 passageiros de 15 nacionalidades: 152 da China, 26 da Malásia, 7 da Indonésia, 6 da Austrália, 5 da Índia, 4 da França, 3 dos Estados Unidos, 2 do Canada, 3 do Irão, 2 da Nova Zelândia, 2 da Ucrânia, 1 de Hong Kong, 1 a Holanda, 1 da Rússia e 1 de Taiwan.

Na lista não aparecem indivíduos internacionalmente conhecidos.

5. O desaparecimento

Zaharie Ahmad Shah (esq.) e Fariq Abdul Hamidfoi

Após ter alcançado a altitude de cruzeiro de 35.000 pés (10.600 metros) e uma velocidade de 471 nós (872 km/h) às horas 01:01, começam a perder-se gradualmente os contactos
com as estações em terra, 6 milhas ao norte-leste de Igari, ponto onde o
Boeing teria sido obrigado a desviar um pouco a rota para leste: às
01:07 deixa de funcionar o sistema ACARS (Aircraft Communications Addressing and Reporting System) e 14 minutos depois também o transponder parar o envio dos sinais de identificação.

A Malaysia Airlines anuncia às 07:24 que o contacto radar foi perdido às 2:40 e foram logo lançadas as operações de busca e salvamento. Antes de desaparecer do radar, não foram detectados pedidos de socorro por parte da tripulação ou alertas do sistema de comunicação de bordo, nem qualquer indicação de condições climáticas adversas ou falhas técnicas.

Nos dias seguintes, através dos dados de algumas estações militares e dados de satélite, é revelado que a aeronave continua a voar para o oeste por várias horas depois de ter interrompido o envio de sinais, com o última observação satelitar registada às 08:11. Os mesmos dados também indicam que o avião teria alterado várias vezes a altitude e a rota.

Isso resulta num aumento considerável da área de pesquisa, que abrange Mar da China, Oceano Índico, Quirguistão, Turcomenistão, Uzbequistão, China, Índia, Tailândia, Nepal, Indonésia, Filipinas, Austrália, Timor, Papua, as duas Coreias,Japão, Paquistão, Mongólia, Bangladesh, Myanmar, Cambodja, Laos, Vietname.

6. As vozes

Come sempre acontece nestes casos, não faltam vozes e teorias, algumas baseadas em factos tangíveis, outras nem por isso. É o caso dos passaportes roubados (um italiano e um austríaco) que tinham feito pensar numa acção de terrorismo.

Outras teorias: transporte de material valioso escondido (armas, ouro, etc.), rapto alienígena, acção suicida dum dos pilotos, false flag.

7.  A investigação

Nas últimas horas, as autoridades investigam a vida do comandante, Zaharie Ahmad Shah.
Pouco antes de sentar-se ao comando do voo voo MH370 (7 horas antes), Zaharie tinha participado como espectador no processo contra o líder da oposição da Malásia, Anwar Ibrahim. Este, condenado com a acusação de sodomia, viu anuladas as possibilidades de participar na próxima corrida eleitoral. O comandante Zaharie que, como os apoiantes de Anwar Ibrahim, pensava numa campanha de difamação contra o líder, tinha ficado muito impressionado pelo acontecimento.

8. A solução do caso (elementar, Watson)

A melhor explicação do caso é a seguinte: boh?

Tudo isso parece não ter muita lógica.

Por exemplo, a hipótese duma acção suicida do piloto: qual o sentido de desactivar o envio de dados? É suficiente pôr o avião em estol (perda de sustentação) para que a máquina precipite contra a superfície do mar sem deixar sobreviventes (ver caso do voo Air France 447 perdido no meio do Atlântico em 2009). 

Ainda pior: voltar atrás para quê? Para suicidar-se um lugar vale quanto outro. Só se for para despenhar-se contra algo, tipo uma montanha, para tornar tudo mais espectacular.
Mas não parece muito lógico.

Acção terrorista? Se fosse, seria a acção mais estúpida alguma vez arquitectada: ninguém reivindica? E porque correr tantos riscos? Como por exemplo ser interceptados por acaso. Melhor uma bomba, de efeito imediato.

Rapto? Isso já parece melhor, mas há um problema: estamos a falar de 227 passageiros mais a tripulação, onde encontrar uma prisão e comida para todos? Só se parte dos passageiros já foram eliminados. Mas ainda ninguém pediu um resgate?

A coisa que parece ter um mínimo de lógica é um desvio intencional por parte dos membros da tripulação (ou alguns deles) para poder entregar algo, possivelmente escondido na carga. Este algo pode ser material valioso de qualquer natureza: metais preciosos, armas, droga. Neste caso, os passageiros já foram eliminados, pois inúteis.

Também aqui há alguns problemas: entregar para onde? E como? A China, por exemplo, tem o próprio espaço aéreo bem controlado, o avião teria sido interceptado pelos radares militares. Mesmo discurso pode ser feito em relação à Índia e alguns outros Países da área. Para poder voar nestas condições seria preciso um óptimo conhecimentos dos “corredores” sem cobertura radar (sempre admitindo que existam).

Eu voto esta última hipóteses, parece-me a que faz mais sentido.
Então, eis a reconstrução dos acontecimentos feita por quem nada percebe destas coisas (eu!):

O piloto (ou os pilotos com ou sem a tripulação) teria desligado as comunicações, mortos os passageiros despressurizando parte do avião (o que poderia explicar o facto de atingir alturas muito mais elevadas do que o costume), seguido um corredor aéreo sem cobertura radar e aterrado num País não muito longe do ponto do desaparecimento (isso para limitar a possibilidade de ser interceptado).
Depois entrega do material, ocultação do avião (numa floresta?) e fuga.

Qual País? Eu digo Myanmar, porque tem um nome esquisito.
Pronto, mistério resolvido. Mais ou menos.
Ou se calhar nem por isso. Se calhar o piloto simplesmente endoideceu.

Mas que o caso seja bem esquisito, ah isso é…e mais do que isso não consigo imaginar.
E os Leitores, o que acham?

Ipse dixit.

25 Replies to “Insólito: o avião desaparecido (Malaysia Airlines MH370)”

  1. E como o Piloto e Copiloto sabiam dessa carga "valiosa" ? Desculpa mas, não faz sentido essa "teoria".
    Terrorismo também não faz muito sentido , se não , já teriam feito algo em algum lugar, ou será que estão a espera de alguma coisa (ou acontecimento) para provocar um terrorismo. Enfim, seja o que for ,que venha logo a tona essa novela. Já tá enchendo o saco esse "suspense".

  2. Este caso recordou-me o desapareceimento do navio Arctic Sea no verão de 2009 em que andou tudo doido a procura dele.

  3. Olá Anónimo!

    É óbvio que neste caso o piloto fazia parte do plano. Elementar, meu caro Anónimo.

    O piloto ficou tão decepcionado com a condenação do seu ídolo político que pensou: "Olha, agora é que transporto urânio para Myanmar".

    Pois em Myanmar adoram urânio.
    Com lentilhas.

    Genial, dou-me os parabéns.

    Abraço!

  4. Olá Max.
    Há uma coisa que me deixou intrigado logo desde o inicio. muito poucas horas após o desaparecimento, houve logo uma serie de paises a disponibilizar efectivamente meios, aereos e navais, para ajudar a procura. inclusive os USA e Australia. Ora, os paises vizinhos até faz sentido ajudarem… agora paises tão distantes como o USA? não me lembro de em caso semelhantes, haver tantas nações nas primeiras horas a participarem nas buscas!

    Abraço

  5. Aaaaaa bão rsrsrsr , agora está fazendo mais sentido essa "tese".
    Só mesmo o tempo para mostrar o que realmente está se passando.
    Abraços Max, e obrigado por responder.
    Até mais
    Fernando (1º anónimo).

  6. no séc xx1, um avião de 200 ou 300 milhões de dólares, com centenas de seres humanos a bordo, todos os dias voa, e por cima de oceanos, e passa boa parte desse tempo sem sabermos onde está?
    Quase não acredito que seja possível, dados os beneficios em caso de acidente/salvamento, e para esclarecimento de acidentes, mas parece ser…
    Será de propósito? Será que se esqueceram desse detalhe? Com tanto GPS no mundo, ao alcance de qualquer um, e aviões modernos, circulam no desconhecido quando atravessam oceanos? Acho estranho. Como o avião da AirFrance, Brasil-França, andaram á procura num espaço do tamanho da Europa no meio do oceano Atlantico. Tenho um GPS na mota para saber onde ela está, e as companhias aereas não podem fazer o mesmo? Francamente, não acredito. Nem tenho explicação. É uma das perguntas que faço a mim mesmo durante anos.

  7. Para aumentar a conspiranoia:
    "Twenty of the passengers aboard the flight work with Freescale Semiconductor, a company based in Austin, Texas. The company said that 12 of the employees are from Malaysia and eight are from China."
    fonte: CNN
    Nuno

  8. Para colaborar com a ocasião ainda tem o fato de que foi uma frota enorme para os oceanos na desculpa de procuara o avião que "caiu". Os fins explicam os meios.

  9. Ó Max, tu também…

    1º False flag!
    2º Ou isto ou Futebol…

    Só não podes olhar para a Ucrania…

    Aliás, o esquema da propaganda é sempre o mesmo… 😉

    Além disso até me admira se não se estiverem a concentrar vasos de guerra na região do desaparecimento do dito cujo…

    Seja como fôr é minha convicção que se trata de uma acção de propaganda com vias a esconder o que todas as pessoas estavam a vêr, mas agora já não veem tão bem, tem oculos novos! 😉

  10. P.S. – Se não estivesses a olhar para "Marte" já saberias os segredos da Reserva Federal Americana à 50 anos… O esquema é sempre o mesmo…

    "OLHA O PASSARINHO!"

  11. Muito suspeito 24 países envolvidos na busca. Todos altamente tecnológicos e poderosos e nada… Por que tamanho interesse internacional? Porque nos bastidores do poder todos já sabem muito bem o que está acontecendo, só não podem divulgar para o povão. Fatos semelhantes já ocorreram com outros aviões militares, que o governo abafou. Como nesse caso os passageiros são civis, que têm familiares, não puderam abafar e agora precisam dar um jeito de explicar aos familiares e aparecer com os corpos. Mas, ele sabem exatamente onde está o avião, bem como seus passageiros.

  12. Max, ta por dentro disso? O que achas?

    "Ligação entre a Familia Bush, Dick Cheney, Jacob Rothschild, e o desaparecimento do vôo MH370 da malásia .
    Sobre o voo da malaysian airlines MH370 que desapareceu. Apareceu uma narrativa.
    Nesse vôo estavam, segundo a própria companhia de tecnologia, 20 engenheiros de uma empresa de alta tecnologia chamada "freescale semiconductor"
    (aqui o link: http://www.businesswire.com/news/home/20140308005022/en/Freescale-Semiconductor-Employees-Confirmed-Passengers-Malaysia-Airlines#.Uyxn0PldWSo )
    Essa empresa é especializada na produção de chips de alta tecnologia. E entre seus projetos está o RFID, chip subcutâneo que os estados unidos pretendem implantar massivamente através do sistema de saúde.
    (aqui o vídeo do obama anunciando o chip : http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=s73aU0-zZZg)
    Em 2006, segundo a wikipedia (http://en.wikipedia.org/wiki/Freescale_Semiconductor) , a freescale conductor foi comprada , ao valor de 17,6 bilhões de dólares, por um consórcio liderado pela Blackstone Group, (cujo o principal mandatário é o Lorde Jacob Rothschild http://www.blackstone.com/the-firm/overview/our-people/jacob-rothschild) e seguido pelo carlile group, ligado aos bin laden, aos bush, ao dick cheney, e outros figurões da industria bélica e de oleo e gás americano. Como denunciou Michael Moore no doumentário Fahrenheit 9/11.
    Quatro dias após o voo MH370, faltava uma patente de chip ser aprovada pelo Escritório de Patentes. Dos cinco titulares das patentes quatro são funcionários chineses da Freescale Semiconductor de Austin TX.
    As patentes são divididas em incrementos de 20% para 5 titulares. Peidong Wang, Suzhou, China, (20%) Zhijun Chen, Suzhou, China, (20%) Zhihong Cheng, Suzhou, China, (20%) Li Ying, Suzhou, China, (20%) Freescale Semiconductor (20%).
    Os 4 funcionários estavam nesse vôo. Sumindo antes da aprovação da patente, 100% dos direitos vão para a freescale conductor, conduzida pelo consórcio blackstone (rothschild) carlile group (bush).
    podem checar a vontade."

    from:https://www.facebook.com/muhammadpailatif/posts/10152676504513625?stream_ref=1

    1. Olá Anónimo

      20 engenheiros do chip intradermico?!?! quatro dos titulares de uma patente não concluída?!?! Não contara a eles que um staff dessa importância nunca viaja junto para não serem eliminados por um acidente ou sequestro todos ao mesmo tempo?!

      uh-huu! mas que falta de sorte, ou excesso dela, não sei bem.

  13. 1 – Alguém lembra do caso do voo TWA-800?

    2 – E o "avião" que atingiu o Pentágono em 2001 que não deixou leme de pé, nem caixas pretas, ne turbinas. Tudo evaporou-se, inclusive as máquinas fotográficas pois ninguém tirou fotos do avião se incendiando. Ah!!! Aqui tem um argumento, o avião bateu, explodiu, incendiou-se e o material evaporou todo antes que pudessem acionar as máquinas fotográficas…hheheheeheh

    1. Respondendo ao Max sobre a abdução e sobre o Pentágono: este segundo era fake… mas, como as pessoas ainda não aprenderam a viajar num holograma… se houve abdução eu pergunto… os herdeiros do Projeto Filadélfia encontraram o ponto zero para realizar a desmaterialização sem a bagunça que causaram no passado?!

  14. Sabiam que estavam a bordo 20 engenheiros altamente qualificados de uma empresa do Texas chamada Freescale, especializada em semicondutores, inclusive para uso militar? Essa empresa é a responsável pela implantação de chips em seres humanos. Por que ninguém fala sobre isso?
    Célio Pezza – escritor

  15. E estavam ainda 4 acionistas asiáticos do mesmo chip. Havia um 5º., que não estava. Se algum deles morresse, a "herança" seria compartilhada pelos que restavam…ou neste caso pelo que restou. Quem era ele? Era uma companhia de Rockefeller. E claro que, com estas circunstâncias, não espanta que o avião "desapareça"…

  16. Eu estive ligeiramente fora da net por um tempo e sem checar notícias… mas não foi divulgado que os destroços foram achados? uns destroços foram achados e associados ao Malaysian. E então? fatos concretos? …sem teorias da conspiração e outras mais paranoicas?

    esta foto e artigo foi o primeiro vestígio que sugeria ser do Malaysian: http://www.usatoday.com/story/news/world/2014/03/08/malaysia-airlines-beijing-flight-missing/6199161/

    olhem o que achei na imprensa oficial de mais recente: http://oglobo.globo.com/mundo/russia-separatistas-ficam-sob-forte-pressao-apos-acidente-de-aviao-da-malaysia-airlines-13295933

Obrigado por participar na discussão!

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