A ONU reconhece a Palestina

A Palestina foi reconhecida como Estado observador por parte da ONU. Até que enfim.

Após terem sido afastados ao longo dos últimos 90 anos dos territórios onde viviam há milhares de anos, os Palestinianos voltam a ter um Estado.

A resolução das Nações Unidas passou ontem com 138 votos favoráveis, 9 contra e 41 abstenções.

Votaram contra:
Israel, Estados Unidos, Panamá, Palau, Canada, Ilhas Marshall, Narau, República Checa, Micronesia.

Abstiveram-se:
Albânia, Alemanha, Andorra, Austrália, Bahamas, Barbados, Bósnia e Herzegovina, Bulgária, Camerun, Colômbia, Coreia do Sul, Croácia, Congo, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Fiji, Guatemala, Haiti, Hungria, Letónia, Lituânia, Macedónia, Malawi, Moldávia, Mónaco, Mongólia, Montenegro, Países Baixos, Nova Guiné, Paraguay, Polónia, Reino Unido, Roménia, Ruanda, Samoa, San Marino, Singapura, Togo, Tonga, Vanuatu.

Ausentes:
Guiné Equatorial, Kiribati, Libéria, Madagáscar, Ucrânia.

As reacções

Israel:

A resolução da ONU não vai mudar o que se passa no terreno. Não vai fazer nascer o Estado palestiniano ou fazer com que o seu nascimento esteja mais próximo; pelo contrário, está mais distante. Tenho uma mensagem simples para os que estão reunidos na Assembleia Geral. Não será uma decisão da ONU a quebrar quatro mil anos de vínculo entre o povo judeu e a terra de Israel.

Tradução:
israel conta mais do que todos os outros Estados juntos ou da ridícula Onu deles. Nós vamos continuar a massacra-los alegremente em nome de Deus, aliás, agora com mais força, assim aprendem.

Estados Unidos:

Hillary Clinton: Quero dizer algumas palavras  sobre a infeliz e contraproducente resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas. Só com negociações directas entre as partes os palestinianos e os israelitas chegarão à paz que merecem.
Condoleezza Rice: A resolução infeliz e contraproducente de hoje coloca ainda mais obstáculos ao caminho para a paz, e é por isso que os Estados Unidos votaram contra”.

Tradução:

Votar em favor? Mas estão malucos ou quê? Mas fazem ideias do que significa a lobby israelita no nosso País? Mas alguma vez os EUA podem votar contra as decisões de israel? Não estão a ver bem o filme, pois não? Além disso temos muitas empresas que exportam armas, qualquer conflito é toda fartura.

Vaticano:
A decisão está de acordo com o contexto dos esforços para solucionar definitivamente, com o apoio da comunidade internacional, a questão já tratada pela Resolução 181 da Assembleia-Geral da ONU de 29 de Novembro de 1947. Esse documento é a base jurídica para a existência de dois Estados um dos quais não foi constituído nos últimos 65 anos, apesar do outro ter visto a luz.
O resultado não constitui por si uma solução suficiente para os problemas existentes na região e que estes só poderão ser resolvidos com um compromisso efectivo de construir a paz e a estabilidade mediante a justiça e respeitando as legitimas aspirações de israelitas e palestinianos.
Tradução:

Parabéns, felicitações aos infiéis simpáticos árabes e à terrinha deles. Este documento conta como o outro de 1947, portanto está tudo bem. Se a paz for o objectivo, terão que acordar-se como os outros heréticos os simpáticos israelitas. Problema vosso.

Portugal:

Esta votação expressiva traduz o reconhecimento da solução de dois Estados como a única via para a paz, segurança e prosperidade dos povos palestiniano e israelita, e para a estabilidade da região. 

Tradução:

A troika disse para votar “sim”. Nós até tivemos um pouco de medo, epá, não será que os EUA depois ficam irritados? Mas disseram que não, que está tudo controlado.

Informação Incorrecta:

Já era altura.

Tradução:

E era mesmo.

Ipse dixit.

Fontes: Público, Corriere della Sera, Diário das Notícias

2 Replies to “A ONU reconhece a Palestina”

  1. Krowler:
    عدم استعادة حدود 1967

    Tradução:
    Falta repor as fronteiras de 1967

    PS. Não sou arabe mas sei usar o tradutor do Google

    abraço
    Krowler

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