Liberdade de palavra

No silêncio absoluto dos media, a empresa Eutelsat decidiu apagar da própria plataforma satelitar todos os canais do Irão. Dito de forma mais simples: os satélites Hotbird deixam de transmitir os canais emitidos a partir do Irão.

Admitimos: ver um canal iraniano não é o máximo, sobretudo se o idioma for o árabe. O facto é que Eutelsat apagou todas as transmissões, inclusive aquelas realizadas no Irão mas em línguas estrangeiras. Pela medida são abrangidos também os serviços radiofónicos.

Assim Al-Alam, Press TV, Sahar 1 e 2, Jam-e-Jam 1 e 2 e os canais rádio da Irib desaparecem. Não é por acaso que vivemos em democracia.

Pergunta: mas porque raio Eutelsat tomou unilateralmente esta decisão?
Para poder responder é necessário saber quem é Eutelsat.

Eutelsat SA é um provedor de transmissões satelitares com base na França; fornece cobertura sobre todo o continente europeu, bem como o Médio Oriente, África, Índia e partes significativas da Ásia e das Américas. É um dos três principais operadores de satélites em termos de receitas. Os seus satélites são usados ​​para a transmissão de 4.250 televisões e 1.100 estações de rádio.

Eutelsat, como afirmado, está sediada em França, na cidade de Paris, e o seu presidente é Michel de Rosen.
“De Rosen”? Que apelido esquisito. Nem parece francês. E não é: é israelita.

Ex membro da Rhone-Poulenc (químico-farmaceutica), ex conselheiro do governo francês para os sectores da Defesa e das Finanças, actualmente De Rosen é: 

  • Director da ABB Ltd (robótica/alta tecnologia)
  • Membro do Aspen Institute
  • Director do Global Business Coalition on HIV/AIDS
  • Conselheiro da HTH Worldwide (seguros)
  • Director da Pennsylvania Bio (bio-indústria)
  • Membro do Ursinus College (educação)

Interessante a ABB, entre cujos ex-directores encontramos Peter Denis Sutherland (agora Goldman Sachs) e Donald Rumsfeld, que dispensa apresentações.

Só para queimar um pouco de tempo, vamos ver quem são os colegas de De Rosen apenas numa das empresas das quais é director, a ABB:

  • Hubertus von Grünberg (director): Allianz AG (finança), Deutsche Telekom (comunicações)
  • Roger Agnelli (director): New York Stock Exchange (Bolsa Valores), Câmara de Comércio Estrangeiro da Presidência do Brasil, Vice-Presidente do Centro das Indústrias do Estado de Rio de Janeiro, Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Anadarko Petroleum Corporation.
  • Hans Ulrich Maerki (director): IBM
  • Michael Treschow (director): Unilever
  • Ying Yeh (director): Volvo (automóveis)
  • Jacob Wallenberg (director): Skandinaviska Enskilda Banken (banco), Ericsson AB (telefonia), Coca-Cola, Câmara do Comércio da Suécia.

E nem vamos ver quais os amigos do De Rosen nas outras empresas/associações das quais é membro, porque o risco é de ficar velhos antes de ter acabado (pensamos só no Aspen Institute…). Para resumir, podemos dizer que não falta ninguém: o simpático De Rosen, de facto, é membro daquela elite mundial que gere a economia e a finança do planeta. E que agora decidiu apagar as transmissões do Irão.

Porquê será?

Ipse dixit.

Fontes: Press TV, Wikipedia, ABB

4 Replies to “Liberdade de palavra”

  1. O 4º REICH nazi sionista avança sua agenda para a implantação da Guantânamo planetária?

    A dúvida, nem sempre é ironia, em certas ocasiões… Sinto muito, sou grato.

  2. Olá: acho que já falei demais no comentário anterior. Só um adendo: informação também mata, sabe o quê!A capacidade de discernimento, o conhecimento das coisas,uma das únicas liberdades que ajudaria a fazer um mundo mais decente: saber o que se passou e o que se passa, um pouco mais de lucidez, para não sufocar. Abraços

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