AQAP!

Antes a boa notícia: Al-Qaeda já não é um perigo.
A má notícia: agora temos AQAP.

O que aconteceu?

Segundo a CNN, de Al-Qaeda no Afeganistão sobram mais ou menos uns 90 militantes.
Isso significa que a Nato pode abandonar o País? Nem pensar: há ainda os terríveis Talebans e os ferozes camelos deles.

Mas, como afirmado, do grupo terrorista ficou praticamente só a representação diplomática a nada mais.

Terrorismo derrotado? Nem pensar: morta uma Al-Qaeda, pronta logo a nova. E aqui entra em cena AQAP, que significa Al-Qaeda in the Arabian Peninsula (Al-Qaeda na Península Arábica).

Explica a omnisciente Wikipedia:

AQAP é uma organização militante islâmica, principalmente activa no Yemen e na Arábia Saudita. […] É considerada o mais activo dos ramos da Al-Qaeda, ou “franchising”, que surgiram após o enfraquecimento da liderança central.

Não é uma piada, Wikipedia fala mesmo de franchising, como se duma empresa se tratasse. E se calhar nem anda tão longe da verdade.

A AQAP nasceu em 2009 da fusão das actividades das células da Arábia Saudita e do Yemen e conta hoje com “várias centenas” de militantes. Pelo menos, assim é explicado.

De acordo com o contra-terrorismo dos Estados Unidos, Anwar al-Awlaki foi o principal promotor da nova força que conseguiu transformar a AQAP de ameaça regional para a filial mais activa de Al-Qaeda fora do Paquistão e do Afeganistão: até que hoje em dia a maior parte dos atentados anti-Ocidente têm origem no Yemen e na vizinha Somália.

E não podemos esquecer que os antepassados do defunto Bin Laden eram originários mesmo do Yemen: tudo bate certo.
Após o Afeganistão a Guerra ao Terrorismo chegará na Península Arábica? Provável, é só resolver o dossier Síria e depois exportar a guerra para novos horizontes.

Controlar o Yemen significa controlar quem entrar e sair do Mar Vermelho, tal como os 15 milhões de toneladas de petróleo e os 480 biliões de metros cúbicos de gás natural produzidos no pequeno País anualmente.

Por isso, já sabem: esqueçam Al Qaeda, agora é a vez de AQAP.

Ipse dixit.

Fontes: CNN

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