As ovelhas alternativas

Mah…

Salto na internet, um pouco aqui, um pouco aí…até mudo de idioma, nunca se sabe. Mas o resultado não muda. É só queixar-se, apontar as falhas, os erros do sistema, a frustração.

Parem um pouco e perguntem: mas não haverá algo que está a fugir-nos? Tranquilos, não quero começar com a história do “temos que fazer alguma coisa, acção, mexam-se”. Acho que nesta altura do campeonato certas coisas devem estar claras, inútil repetir.

O discurso é outro, um pouco mais complexo.

Alternativas: uma má, outra pior

Quem desejar encontrar notícias tem duas opções: ou confia na informação de regime ou tenta espreitar a informação alternativa.

A informação de regime (mainstream) é conhecida: passam notícias, com certeza, mas na maior parte dos casos não aquelas que interessam ou que podem ser definidas como realmente úteis.

Então o leitor acede ao mundo da informação alternativa: e aqui encontra o caos total. Não “um pouco de confusão”, não, o caos total mesmo. Há teorias para todos os gostos, desde a loucura total até o razoável.
Mas existem alguns pontos em comum, os seguintes:

  • relatórios de notícias e/ou factos negativos
  • apresentação de teorias que justificam as notícias negativas
  • falta de soluções viáveis.

Isso no geral, depois há excepções.


Dos três pontos listados, em ordem inversa:

  • a falta de soluções é flagrante, muito frustrante e constitui uma das maiores críticas ao mundo da informação alternativa;
  • as teorias muitas vezes estão baseadas em não-factos, às vezes são puros delírios, outras vezes são muito razoáveis mas com pouca esperança de poderem ser implementadas;
  • o relatório de notícias ou factos negativos é que nunca falta; aliás, muitas vezes é o ponto de partida de tudo.

Porque na ordem inversa? Porque o aspecto fundamental é mesmo este último: a difusão de notícias e factos negativos. Não “fundamental” para quem escreve o blog, fundamental porque se a internet livre ainda existir é porque continua a espalhar frustração.

Eu, após dois anos de Informação Incorrecta, começo a ter sérios problemas: muitas vezes não sei o que escrever. Não que faltem notícias ou acontecimentos tristes: estes continuam, como sempre. Só que as razões foram já explicadas, mais do que uma vez.

Continuar a martelar-se as…ehm, os dedos só para poder dizer “Já viram? É uma vergonha!” parece agora o principal objectivo da informação alternativa.

A Publicidade do Pensamento Único

É aqui que o Leitor tem que parar para tentar encontrar uma explicação e perguntar: mas onde é que já vimos esta atitude?
Resposta: em todos os lugares, com uma coisa chamada “publicidade”.

O que faz a publicidade? Cria frustração, elemento essencial para estimular o desejo. Eu vejo um bom carro com sentada no lado do passageiro uma mulher bonita e fico frustrado porque penso no meu Renault Clio com 12 anos de idade, no qual evidentemente nenhuma top model irá alguma vez sentar-se. Então surge o desejo.

No caso da internet, a publicidade opera de forma diferente: não tem que apresentar um modelo contrastante para que possa surgir o desejo, a causa da frustração já está presente e repetida (gratis) milhões de vezes em qualquer canto da Web.

Surge um desejo? Sim, surge, é natural que isso aconteça. Neste caso o desejo tem o nome de “rebelião”.
E aqui entra em acção o segundo mecanismo da informação alternativa: o “ganhar tempo”. Este mecanismo é involuntariamente propagado por quem mais desejaria fazer alguma coisa para inverter o sistema: as forças das pessoas ficam retidas em discussões das quais nem se consegue lembrar o começo, em exemplos, em contra-exemplos, em contradições e contra-argumentações.

É uma autêntica maravilha. A melhor maneira para controlar o descontentamento dos cidadãos é dar-lhes um instrumento para comunicar e exprimir este descontentamento. O resultado final será (e é) o caos total do qual nada poderá nascer.

Os blogueiros que pensam fazer informação alternativa trabalham a favor daquele sistema que querem mudar. Os Leitores caem nestas engrenagens e aqui ficam presos.

E há outro ponto que não podemos esquecer: como não há acção, a frustração acumula-se. Com o tempo será algo de muito valioso para quem deseje utiliza-la na implementação duma nova ordem. Não necessariamente “mundial”.

É a glória do Pensamento Único.

Massacres para todos

Dúvidas? Legítimas. Mas pensem num pormenor.
Quantas vezes ao abrir um diário somos confrontados com notícias e/ou imagens de massacres? “Dezenas de mortos” é uma boa notícia, “centenas de mortos” é óptima, “milhares de mortos” é a apoteose.

A experiência ensina que as notícias com “milhares de mortos” são raras.  Mas isso não é verdade: simplesmente não são publicadas.
A cada ano morrem, nos Estados Unidos, 500.000 pessoas de cancro.
A cada dia morrem, no mundo, 30.000 crianças por causa da fome.

Todavia, estas notícias não atingem as capas dos jornais. Porquê? Porque não vendem e até são prejudiciais.
Se fosse difundida e repetida constantemente a ideia de que meio milhão de pessoas morrem nos EUA de cancro, nas pessoas poderia ganhar forma uma pergunta: “Mas que raio comemos? Mas que porcarias respiramos?”.
As notícias ficam assim entregues à boa vontade da informação alternativa que, por definição, não é de confiança e tende a exagerar. “500 mil? Sim, já é muito se forem um décimo…”.

A informação alternativa depois faz a parte de trabalho que lhe compete, que é a destruição total desta incómoda realidade: os 500 mil cancros foram provocados pelos rastos químicos, por experiências secretas dos militares, foi o Haarp, foi a grelha energética negativa, foram os Reptilianos, foi o Sol que enlouqueceu…em breve a realidade (os 500 mil mortos) torna-se uma piada de mau gosto e não passa disso.

Mas este é apenas uma parte do trabalho da informação alternativa. Como afirmado, há também a criação de frustração, do consequente desejo de reacção e da maior frustração obtida uma vez realizada a impossibilidade de fazer alguma coisa.

Até onde leva tudo isso? Qual o fim último?
Loucamente simples: a aceitação da nossa sociedade tal qual ela é.

Pode parecer absurdo, mas uma vez desligado o ecrã, uma vez saídos do caótico mundo das teorias alucinadas ou dos relatos deslegitimados, o que encontramos é o nosso mundo. O nosso velho e querido mundo, onde as coisas acontecem de forma mais calma, muito mais tranquilizadora, onde afinal temos a ilusão de exercer um certo poder.

Sigam o dinheiro!

Eu sei, até sou aborrecido com esta história, mas vou repetir mais uma vez: para perceber o que se passa é preciso olhar para a economia. Dito de outra forma: sigam o dinheiro.

Não é uma paranóia a minha, nem uma deformação profissional.
Alguns entre os Leitores achavam-me um economista, um empregado da Bolsa ou algo parecido. Não, nada disso. Na minha vida sempre tinha ficado longe da economia, até como interesse pessoal.

Só que há alguns anos pensei informar-me um pouco mais acerca das coisas que se passam no mundo: as mesmas dúvidas de cada Leitor deste blog. Nem sei quantos blogues e sítios de informação alternativa visitei, mas com certeza foram muitos. E passei não poucas noites a ler tudo e mais alguma coisa, isso enquanto uma pessoa com um pouco de cérebro deveria dormir ou dedicar-se a actividades bem mais agradáveis.

Afinal reparei numa coisa que ainda hoje reputo ser fundamental: não apenas os blogues que tratavam da economia eram capazes de fornecer uma explicação teórica dos acontecimentos, mas, ainda mais importante, conseguiam fazer previsões em boa medida acertadas.

É esta a enorme diferença entre uma teoria da conspiração e a tentativa de interpretar a realidade tendo como base os relacionamentos económicos: as teorias da conspiração na maior parte dos casos pretendem explicar o passado enquanto as previsões são (quando presentes) limitadas a poucos eventos de carácter episódico.

Podem reler o que este blog escreveu acerca da Grécia nos últimos dois anos: a Grécia vai sair do Euro, uma previsão obtida não com a interpretação de tábuas sanscritas mas com alguns instrumentos só económicos. A Grécia irá sair do Euro e no blog podem encontrar, bem explicadas, todas as razões.

Utilizar a economia também permite perceber qual o nosso papel.
E qual é o nosso papel?

Leonardo e as ovelhas

No Domingo fui com Leo para o campo até encontrar um grupo de ovelhas. As criaturas estavam calmamente a pastar enquanto Leo estava enervado: queria saltar, entrar no campo, correr atrás das ovelhas, ladrar, fazer barulho, criar confusão. Não é maldade, é que Leo é feito assim, se fosse uma criança já teria sido rotulada como hiperactiva.

Eu olhei para as ovelhas e fiquei triste: uma ovelha ia pastar um pouco para à direita e todas iam no mesmo sentido; esquerda? Mesma coisa. Eram o nosso retrato!

De facto, comparar a actual sociedade a uma grupo de ovelhas não é errado.
Não sabemos para onde vamos nem porquê, por isso seguimos a “onda”. De vez em quando aparece um pastor que indica o caminho e nós, todos contentes, obedecemos: finalmente uma direcção certa, alguém que percebe algo.

Qual o papel da informação alternativa no rebanho? A informação alternativa deveria ser como Leonardo: saltar a cerca, entrar no campo, abanar a calma olímpica do rebanho, pôr todos a correr.

O problema é que a informação alternativa muitas vezes opera na tentativa de ser um pastor ou, pelo menos, um aprendiz tal. Tenta direccionar o rebanho, tenta até fornecer uma razão para isso, mas consegue o resultado contrário: não apenas não consegue abanar a tranquilidade das ovelhas como não percebe que não passa, ela mesma, duma simples ovelha.

Porquê isso acontece? Há aqui duas razões, subtis mas simples:
1. é espalhada a convicção de que cada um pode ser pastor
2. a cerca fica escondida.

Não é apenas a informação alternativa que acha poder desenvolver o papel de pastor: cada um de nós está convencido de poder gerir a própria vida. (“…o nosso velho e querido mundo, onde as coisas acontecem de forma mais
calma…”), pois os blogues são, em algumas medidas, espelhos da sociedade.

Mas além disso há a segunda razão: poucos conseguem ver a cerca.

“Ehi, ehi, ehi, calma lá: isso significa que tu, Max, és tão arrogante ao ponto de afirmar que és um dos poucos que conseguem ver a tal cerca?”
Sim, sem hesitação: sou um entre os poucos. Há os poucos blogues que tratam dos mesmos assuntos, há os Leitores deste como dos outros blogues que compartilham esta visão, há os donos do rebanho, há os economistas que sabem e não falam ou falam de forma “limitada”, há os que trabalham no sector. E mais ninguém.

Há também muitas pessoas que já ouviram falar do problema, mas não querem/não sabem/não podem ligar.
Há quem conheça o problema e mesmo assim prefere percorrer outros caminhos.
Em termos absolutos podemos não ser poucos, mas em termos relativos, quando comparados com todos os que vivem neste mundo e que tratam de informação alternativa, o número é bem limitado. A maioria das pessoas pouco ou nada sabem.

A maioria das pessoas, por exemplo, acha que o dinheiro é riqueza; que o dinheiro é criado pelo Estado; que a dívida pública é um pecado; que a Grécia está falida porque gastaram demais antes; que o FMI tenta ajudar os Países em dificuldade; que o Banco Mundial tenta resolver os problemas económicos; que a União Europeia é uma instituição democrática; que o Banco Central Europeu está ligado à União Europeia; que o Euro é a moeda da União Europeia; que a austeridade é necessária porque o Estado gasta muito; que pagar taxas e impostos é justo; que a Federal Reserve pertence ao governo dos Estados Unidos…isso e muito, muito mais.

Este conjunto de crenças representa a explicação que satisfaz a maioria das pessoas. Só que são crenças e nada mais do que isso: a realidade é bem diferente. Mas quantos sabem disso? Façam duas contas, tentem somar todas as pessoas da vossa cerca de familiares-parentes-amigos que têm consciência desta situação: no final será mais simples perceber porque afirmo “sim, sou um dos poucos”. Porque somos poucos, ponto final: a cerca permanece em boa medida invisível.

E aqui, mais uma vez, em destaque fica a culpa da informação alternativa e a forma como esta ajuda, nos factos, o sistema.

Tratamento?

Fiz uma lista de teorias da conspiração há poucos dias. Na lista constam coisas nas quais eu acredito. O problema não é acreditar numa ou em algumas destas teorias: o problema é que esta é altura para pegar em todas as teorias e fecha-las num armário, porque vivemos tempos complicados que requerem outros assuntos no centro das atenções.

Existem os Ufo? Acredito que sim, apesar de não poder dizer qual a explicação deste fenómeno. Mas agora estou nas tintas acerca dos Ufo, porque enquanto eu observo o céu à procura da amizade galáctica, o meu vizinho perde o trabalho, os supermercados aumentam os preços, o governo aumenta os impostos, a gasolina está cada vez mais cara e todos perdemos parte das nossas liberdades.

Neste contexto, para que serve ser um dos poucos que conseguem ver a cerca?
Resposta: nada. Não “pouco”, mas nada mesmo.

É como ir ao médico e ouvir dizer: “Meu amigo, você tem um cancro, não há tratamento e vai morrer no prazo de 3 meses”.

Importa numa altura como esta conhecer os mecanismos com base nos quais o cancro se desenvolve? Como a célula tumoral entrou no organismo, ataca as outras células, multiplica-se? O que conta é saber que não há tratamento, isso é o que realmente conta. Tudo o resto é inútil. Pode ser útil como forma de cultura pessoal (pelo menos sabemos de que morremos…), mas do ponto de vista prático é inútil.

O discurso muda caso haja possibilidades de tratamento. Neste caso é útil, aliás decisivo poder entender a doença.
No nosso caso: há possibilidade de tratamento?

Não faço ideia.
Se tivesse que olhar para os simples dados a resposta seria “Não, sorry, tentem da próxima vez”.
Os “inimigos” que enfrentamos representam o maior exército alguma vez existido em termos de recursos. E isso sem considerar que o mais perigoso dos inimigos vive em nós.

Seria bom, por exemplo, que o mundo da informação alternativa tomasse uma atitude diferente. Não mais “controlada”, pois é um mundo anárquico por definição: mas que tentasse pelo menos concentrar-se num menor número de assuntos. Não vale a pena abrir o blog de manhã e começar a disparar em todas as direcções: cria-se uma nuvem de poeira e nada mais.

Também os Leitores poderiam fazer alguma coisa: por exemplo, pedir que nos blogues que costumam frequentar fossem tratados determinados assuntos.

Não é necessário que todos criem um ABC da Economia, nada disso: mas começar a espalhar a noção de que a economia tem um papel nada secundário já não seria tão mal.

Eu sei que o mundo da economia é bastante aborrecido: mas, na minha óptica, é aí que podemos encontrar muito do sentido da realidade.
Qual a alternativa? Continuar a esperar o regresso de Nibiru? Continuar a publicar a “lista dos maus”? Replicar as notícias que todos já tratam? Continuar a fazer o trabalho por conta do sistema, pelo qual nem somos pagos?

Um dos Leitores do blog, Voz, acha impossível ganhar o sistema a partir do interior do mesmo.
Eu não concordo. Concordaria no caso dum ataque frontal. Mas é sempre possível atacar tendo como alvo algo diferente, algo do qual o sistema não está à espera. Neste caso seria possível explorar as fraquezas do sistema e torna-las uma arma em nosso favor.

Mas disso podemos falar uma próxima vez.

Ipse dixit.

34 Replies to “As ovelhas alternativas”

  1. ótimo texto, ótima reflexão!

    "Seria bom, por exemplo, que o mundo da informação alternativa tomasse uma atitude diferente. Não mais "controlada", pois é um mundo anárquico por definição: mas que tentasse pelo menos concentrar-se num menor número de assuntos. Não vale a pena abrir o blog de manhã e começar a disparar em todas as direcções: cria-se uma nuvem de poeira e nada mais."

    É isso mesmo! Sempre penso assim, tem tanta coisa, tanta informação misturada, tanta confusão, desinformação e exageros que ficamos sem saber se tudo não passa de histórias conspiratórias ou se no fundo se baseia em alguma verdade. Acho que está tudo muito misturado, não conseguimos quase distinguir o que é verídico e o que não é. A intensão de muitos blogues pode até ser das melhores, porém, acabam indo para o lado sensacionalista ou se empolgam com tudo o que encontram no mundo da internet. Daí as vezes cada um acrescenta uma coisa a mais ou diferente e assim vai se criando mais informações confusas. É por isso que a elite não liga para eles, nós mesmos nos perdemos nessa imensidão de informações.

    Como diria Jesse Ventura, e agora também o Max, "SIGAM O DINHEIRO"

  2. A propósito do post, o que me lembrei…

    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=379350772112966&set=a.377007919013918.81428.261705443877500&type=1&permPage=1

    https://www.facebook.com/photo.php?fbid=379453648769345&set=a.377007919013918.81428.261705443877500&type=1&permPage=1

    “Pode parecer absurdo, mas uma vez desligado o ecrã, uma vez saídos do caótico mundo das teorias alucinadas ou dos relatos deslegitimados, o que encontramos é o nosso mundo. O nosso velho e querido mundo, onde as coisas acontecem de forma mais calma, muito mais tranquilizadora, onde afinal temos a ilusão de exercer um certo poder.”

    Pois… e o poder é o controlo de algo e controlar o ambiente é algo que nos dá uma sensação de segurança… longe de “teorias alucinadas ou dos relatos deslegitimados”…

    “para perceber o que se passa é preciso olhar para a economia. Dito de outra forma: sigam o dinheiro.”
    Nem mais… basta olha para o pequeno Portugal e onde estão e quem são so detentores dos milhões, quem conhece quem e num instante já demos a volta ao mundo e começamos a ver quem é realmente dono do quê…

    Eis uma das minhas razões para seguir o II… o blogue segue o dinheiro… em caso de dúvida sobre o que escrever… eu sugiro este tema sempre.
    (continua)

  3. (continuação)

    Ligar as operações e empréstimos que se fazem… quem anda a comprar quem e o quê… é que boa parte das teorias que por aí circulam na informação alternativa andam à roda desta questão: dinheiro. Por isso… Quem compra o quê, quem controla o quê. A economia não está parada e quem tem o dinheiro muito menos.

    E saber ao que andam, quem e o que compram, actualizações, eles garantidamente não andam parados e há países que já lhes têm mudado os objectivos… e isto não o saberemos na informação mainstream.

    “Não é maldade, é que Leo é feito assim, se fosse uma criança já teria sido rotulada como hiperactiva.”

    Sorte a do Leo, ou já estava a Ritalina e isso é se quisesse ir à escola como os outros meninos todos. Eis outro tema interessante… o que se anda a ensinar nas escolas aos meninos… o sistema controla e mantém-se. As respostas possíveis e as existentes para quem é de alguma forma diferente… dá muito que pensar.

    “Também os Leitores poderiam fazer alguma coisa: por exemplo, pedir que nos blogues que costumam frequentar fossem tratados determinados assuntos.”

    Sempre a desafiar as pessoas. 😉 e do pouco tempo que acompanho este blog há pessoas que correspondem. Ver a cerca por si só não resolve nada, mas ler as ideias e as sugestões de algumas pessoas que por aqui passam ajuda e muito.

    É que seres o único a ver algo pode dar-te o rotulo de esquizofrénico ou vitima de surto psicótico…

    (continua)

  4. (continuação)

    Assiduamente passo por aqui. Como já disse, a minha sugestão é temas sobre onde está o dinheiro com actualizações na medida do possível.

    “Neste caso seria possível explorar as fraquezas do sistema e torná-las uma arma em nosso favor.
    Mas disso podemos falar uma próxima vez.”

    Fraquezas do sistema? Ocorre-me o subestimarem as nossas fraquezas, somos manipuláveis, mas… por outro lado, quando fizeram de nós consumistas criaram a ambição de mais e mais… isso pode ter o seu lado perverso nesta história toda.

    Afinal podemos ambicionar muita coisa…

    Claro que como diz a Maria, cada pessoa sente as situações de forma muito individual. Subscrevo.

    Fico à espera do post sobre as fraquezas do sistema.

    Lá me entusiasmei outra vez…
    Um abraço
    Rita

  5. UUUIIIIII … até doi. Grande lucidez na análise.

    E o que fazemos ? A cerca está lá. Conhecemos o inimigo. Uns mais, outros menos. E agora?

    O inimigo é como uma Hydra tem muitas cabeças. Se perder uma, nasce pelo menos outra no seu lugar.
    Tem um sistema imunitário a toda a prova. Derrotá-lo pelo interior não me parece possível. Tem todos os recursos em seu poder, neste campo tambem a guerra está perdida.

    Ataque frontal. Concordo. É a unica solução. E como implementar um ataque frontal desta magnitude?

    – Link the Dots ( ligar os pontos )

    Tem de ser um plano bem implementado a nível global. É muuuuito dificil mas não impossível.

    Por todo o mundo ocidental vão surgindo mais e mais vozes a denunciar este sistema podre.

    Essas vozes vão aparecendo por todo o lado. Algumas delas chegam bem longe.
    Vejam esta miuda de 12 anos que foi do Canadá aos EUA denunciar e mostrar como funciona este sistema financeiro parasita.

    Para acordar um mar imenso de ovelhas acreditem que vai ser preciso muito barulho.

    Se as ovelhas falam da 'crise' é porque esta as preocupa. Este é o ponto de entrada
    Se não vêm as causas, então alguem tem de lhas mostrar.

    Problema é: muitas ovelhas = precisa-se de muito barulho.

    Existem milhares e milhares de blogues, pessoas etc. etc. que isoladamente falam do mesmo. Têm os mesmos lamentos e a mesma ausência de soluções, mas , que não se importariam nada de se juntarem uns aos outros num coro estridente.

    Como implementar isto? Os tempos são propícios para por em prática esta ideia, pois as pessoas em tempos dificeis estão mais receptivas.

    Um movimento global contra a ameaça global. Sem lider.

    Começar com um coro de 10 que passaria a 100 a 1000 a 1.000.000 de vozes.

    Criar uma tempestade através do efeito borboleta, com um leve bater de asas.

    P.S. – ao almoço bebi agua, mas posso estar a delirar com o calor

    Abraço
    Krowler

  6. A cerca!!!

    "Já dominam as Sociedades (há séculos), e na perfeição a técnica de esconder da vista das Populações o "menino, a carroça e o burro" que está mesmo à frente do nariz…" (alterada do original!!!)

  7. @Anónimo pela minha parte agradeço a comparação.
    A Maria é uma pessoa lúcida e com muito mais experiência de vida do que eu. Tomo como elogio 🙂
    Realmente identifico-me com muito do que ela escreve.
    Abraço
    Rita

  8. Max, este seu post retrata muito bem a razão porque a teoria da conspiração que mais me agrada atualmente é aquela acerca da depopulação, mas uma depopulação bem boinha mesmo, de 100%, e não uma “meia boca”, só de 90%, como dizem que é a meta da tal NOM.
    Houve uma época em que eu tinha mais fé no surgimento da tal "Massa Crítica" de mentes pensantes, com o esclarecimento passando de corpo a corpo, como se a vitalidade estivesse realmente nos proles (pobres proles) e não no Partido (sistema), como diria Orwell. Hoje tenho "enfraquecido" nessa fé.
    Não me entenda mal: não se trata de um desânimo, mas de uma constatação: a escravidão é uma espécie de síndrome de Estocolmo disfarçada de democracia, onde vamos, de tempos em tempos, “escolher” nossos senhores e o chicote que nos pareça menos cortante.
    Tal qual em Estocolmo, esses senhores que regularmente “escolhemos pelo voto” sequestraram a nossa liberdade e, democraticamente, tentamos a todo custo nos identificar com eles, os senhores, muito embora o discurso geral seja o da repulsa a eles: a repulsa por serem senhores eles e não nós.
    A dependência psíquica do status quo está tão arraigada em nós que as necessidades do dia-a-dia tornam toda vontade em medo: medo é a única força motriz da sociedade atual.
    O papel das ovelhas (alternativas ou não) humanas nisso tudo? Nenhum. Ou melhor, vislumbro um que, ironicamente, se revela nobre: servir de alimento. Vai que, antes da almejada depopulação, a Terra tem alguma sorte e surge por aqui uma raça realmente inteligente que careça de ovelhas para se alimentar…
    E antes que algum gaiato ache por bem dar-se nos cornos e tentar entrar em altercações comigo por conta deste meu comentário, deixo uma perguntinha: sabem o que é sarcasmo, não?

  9. Olá Max:"seria possível explorar as fraquezas do sistema e torna-las uma arma em nosso favor.". Claro, Max, claro que é possível. Te pediria fixar-te nisso, na hora de selecionar o assunto do post. Me parece fundamental, embora imprescindível é identificar as grandes mentiras, que passam como coisas óbvias, e atacar. Por sinal, é o que vens fazendo,e me ajudando muito.Queres ver um exemplo de grande mentira!? Sobre valores de salario para definir classes sociais. Isso me deixa alucinada, porque induz a considerar que a fonte da renda é o salário, para todos.Induz o sujeito a lutar por bom salário para chegar até a elite, como se a elite dependesse de salário para viver, como se a elite trabalhasse…entendes!? São mentiras como estas que reduzem as pessoas comuns a ovelhas burras, criando para elas o chafurdar num mundo irreal. Por isso reitero: continua por aí!

  10. Olá Rita:a simpatia é recíproca, e posso te definir o momento exato no qual ela começou. Houve um momento em que o povo do botequim do Max se debatia sobre o que fazer para acordar os portugueses. Era lamento para cá, excomungação para lá, retórica para acolá…e, de repente, aparece a Rita com uma listinha simples de coisas a fazer; distribuição de pequenos textos elucidativos nos trens…e por aí. Pensei com os meus botões:essa jovem promete…!E, desde aí, tu andastes sumida. Mas ao que tudo indica, voltastes com vontade…ou tempo.Abraços

  11. Olá Maria 🙂

    Acabo de perceber que há mais uma Rita 🙂
    Eu não sou a Rita que apresentou essas propostas.

    Eu sou só mesmo a Rita dos últimos dias/posts mais recentes e a partir de agora assino Rita M., assim não há confusão.

    Abraço 🙂

    Rita M. 😉

  12. Olá Rita M.: obrigada de qualquer forma pelo esclarecimento, e pela simpatia.Parece que o botequim está crescendo… Abraços

  13. @ Anónimo: Maria e Rita são a mesma pessoa. É como Dr. Jeckyll e Mr. Hide. Só que aqui temos dois Mr. Hide…

    Funciona assim: Maria comenta, entra em trance, perde o sotaque brasileiro e torna-se Rita. Rita comenta, entra em trance, ganha o sotaque e torna-se Maria. Um ciclo infinito.

    É um claro caso de dupla personalidade, acontece…

    A minha dúvida é: dupla ou múltiplas personalidades? Haverá mais manifestações além de Maria e Rita?

    Não sei, por enquanto, mas continuo a observar com muitas suspeitas os comentários da Voz… 🙂

    Abraço!!!

  14. Eu voto em tripla personalidade:
    Maria
    Rita
    Rita M.

    Sendo que eu, a terceira aquisição, ainda estou em fase de ambientação.

    Abraço para todos
    Rita M.

  15. Fraquezas do sistema. Há? Sim, há. Cada sistema construído pelo homem tem pontos fracos.

    E disso vamos falar também nos próximos tempos.

    Como repetido até a náusea, nestas semanas estou ocupado, mas quando a obra-prima estar acabada vou começar alguma coisa neste sentido. Algo "grande". Mas não perguntem mais.

    Estou farto de esperar, estou farto de ler sempre as mesmas coisas na internet, estou farto de ver forças desperdiçadas.

    Algo é preciso fazer, e vou fazer. Pensei muito sobre o assunto e fiquei com dor de cabeça pois o meu cerebrinho tem limitações. Mas valeu.

    Uma nota para Krowler.
    Eu falei de "ataque frontal" apenas como ideia para ser posta de lado.

    Ninguém poderá ter forças para competir contra um inimigo tão forte.
    É preciso agarrar-se às pequenas falhas da estrutura, que existem, e explora-las.

    Mas, como afirmado, haverá tempo para falar do assunto.

    Abraçooooo

  16. Ainda Krowler:

    Nada de borboletas, nada de coros.
    Se for por isso, melhor ir todos para a praia, preparar um churrasco com uma cervejola fresca….dá mais gozo.

    Abraçoooooo!

  17. A MINHA DEIXA!

    MAX… porque andas a embirrar (2./3.) com a VOZ?!?

    Já comprou o balde e tudo! De resto ser mencionada duas vezes seguidas… Isso sim é suspeito!!!

    Continuo a acreditar que não seremos, infortunadamente, capazes de alterar o Sistema apenas com base no diálogo, na harmonia, na compaixão e na amizade… Pois não são estes os VALORES que o Sistema replica, nem são estes os VALORES que existem actualmente.

    O triste é que nós TODOS SOMOS O SISTEMA, e infelizmente os poucos que estão despertos (Tu e mais uma mão cheia), não são (ainda) suficientes para o conseguir ALTERAR, e provavelmente nunca serão!

    "…Eu não concordo…" (Com a VOZ é claro).
    No entanto a "A economia "inútil"" demonstra que "Este é um dos principais motivos porque ninguém quer mudar o Sistema, pois sabem que a mudança apenas trará uma PROFUNDA E SEVERA ALTERAÇÃO DA EXISTÊNCIA QUE ATÉ HOJE TIVERAM… Por isso preferem ir existindo na Ilusão… São preferências!"

    Felizmente que não tenho destas preocupações de fornecer "informação alternativa", que canseira, meu espaço lunático apenas serve de meio de comunicação do que vou pensando sobre aquilo que vou observando. Afinal, como todos os outros, também vai-me sendo permitido ir escrevendo na internet este tipo de delírios… Quanto acabar a permissão, ou o dinheiro que me permite ter esta "liberdade condicionada"… Pronto… acabou!

    Para já repouso de comentários inúteis e fúteis (Aleluia estava a ver que não!), pois perco tempo a ler, e ainda mais a escrever, e para treinar dactilografia não preciso de vir aqui, basta-me ficar no meu pedaço virtual e treinar dedicando-me ao que me dá, por agora, mais gozo… Escrever as minhas lunáticas mensagens!

    De resto, vou-me auto-parafrasear

    "Se não tivermos a capacidade de modificar algo que nós dominamos, como poderemos sequer sonhar em alterar algo que está fora da nossa directa influência…"

    Fui… até mais ver!
    Não façam como a Voz…
    Abraços…

    voz a 0 db
    (acho que não deixei nada por pagar!)

  18. Maria disse:
    "Sobre valores de salario para definir classes sociais. Isso me deixa alucinada, porque induz a considerar que a fonte da renda é o salário, para todos.Induz o sujeito a lutar por bom salário para chegar até a elite, como se a elite dependesse de salário para viver, como se a elite trabalhasse…entendes!? São mentiras como estas que reduzem as pessoas comuns a ovelhas burras, criando para elas o chafurdar num mundo irreal. Por isso reitero: continua por aí!"

    Excelente exemplo. Eis mais um assunto quem me deixa rubra, os salários, essa ilusão, e como o próprio critério de atribuição de salários só serve para fomentar uma hierarquização social em que que a maioria vive na ilusão de que a Maria fala! Essa ilusão que dão às pessoas. Subscrevo na totalidade, Maria.
    Já tenho um bom número de conversas dessas no currículo. Caramba, pensar que acreditei em algumas coisas… enfim… aprende-se.
    É por isto que gosto dos seus comentários.

  19. @ Rita M. ("M" de Maria? Eu bem disse…).

    "Ocorre-me o subestimarem as nossas fraquezas, somos manipuláveis, mas… por outro lado, quando fizeram de nós consumistas criaram a ambição de mais e mais… isso pode ter o seu lado perverso nesta história toda".

    Verdade, é um discurso complexo.
    Na Europa estamos a experimentar uma espécie de ensaio, não sei se voluntário ou não: tirar às pessoas uma série de benefícios e ver que acontece.

    Estamos numa situação na qual a publicidade cria desejos mas a realidade imposta reduz cada vez mais a possibilidade de satisfazer estas novas "necessidades".
    É muito interessante.

    Segundo alguns estamos perante um desenho elaborado por um grupo de pessoas perversas, cada vez individuadas com nome diferentes (Bilderberg, NWO, etc.); mas eu não concordo, este é o sistema que entrou em crise.

    Pode-se discutir acerca da actual crise estar prevista ou não; ou até se a sua explosão foi ajudada de qualquer forma. Repito, podemos falar disso, sem problemas, há muitos pontos de vista..

    Mas na base está o facto das crises serem naturais no nosso sistema e não poderem ser evitadas. Esta crise não foi "criada" a partir do nada: esta crise tinha que acontecer porque sempre assim foi e sempre assim será até encontrar um novo sistema.

    Procurar uma causa oculta é, no meu ver, tentar tornar o lobo pior de quanto realmente ele for. Nisso a informação alternativa é mestre absoluta. É, claro está, é um erro particularmente grave, pois leva ao medo, ao desespero e trava qualquer possível acção.

    Fizeram de nós consumistas? Sim, fizeram. Mas na Grécia, por exemplo a crise tornou as pessoas muito menos consumistas: o objectivo de muitas delas é agora sobreviver.

    O que aconteceria se também outro País da UE entrasse em crise profunda? Um País qualquer, tipo Portugal? Ou Espanha? Ou Italia?

    Já seriam dois ou três ou até quatro Países de ex-consumidores, de pessoas preocupadas com coisas básicas como a comida…

    Assim: ex consumidores, zangados, ignorantes (no sentido que ignoram as reais razões da crise), que já não aturam uma classe política convencional, que odeiam o FMI, o BCE, a Europa…parabéns pelo plano!

    Eu acho que não chegaremos até este ponto, mas nunca se sabe…

    Abraçoooooooo!

  20. Max, concordo em muito com o seu comentário. Sei que já está saturado sobre conspirações e histórias mal contadas ou criadas. Mas uma coisa tenho que lhe dizer, baseado na minha opinião e pesquisa, que vai fazer mais de 5 anos. A Nova Ordem Mundial existe sim, eles sonham, tentam e querem nos controlar ao máximo. Para isto, como você mesmo disseste, fazem experiências, engenharias sociais e tudo mais que puderem testar. Para um objetivo que possuem que é o controle, sempre o controle, nunca esqueça: CONTROLE.
    Existem muuuuuitas provas e FATOS sobre o assunto do governo global e NWO, não podemos simplismente ignorar tudo isso. Mas concordo sim, que somos "PARTE" do problema, e digo que somos a parte maior disso.

    um abraço,
    obrigado por tentar lutar e nos mostrar os caminhos.

  21. Ah, e referências bibliográficas sobre NWO e engenharia social é oque não falta. Lá no fórum mesmo tem um tópico sobre isso, com as referências, não de sites, mas de livros sérios. Então vamos ser cautelodos.

    Até mais

  22. Vamos então ás fraquezas do sistema. Não deixa de ser um começo inteligente.
    Tachos e panelas para a gaveta. Até porque nem é o meu estilo. Mas se for necessário passa a ser. Com a idade vou perdendo a timidez.

    krowler

  23. Amigos, Max, o problema é raciocinarmos em cima dos programas doutrinados pelos mesmos escravagistas que hipócritamente nos pedem socorro quando seu bife de picanha maturada está menor do que o sempre desejado. O sistema (banqueiros) não tem fraquezas, é aperfeiçoado milenarmente para que não percebamos as roletas e dados viciados no cassino da escassez planejada de tudo, onde "a casa" sempre ganha. O cérebro se vicia em "qualquer coisa" ao fim de duas ou tres repetições. Tudo vicia, inclusive e principalmente "o jogo". Por isso mesmo sempre alardeam a sorte de alguns escravos promovidos ao convívio com seu sdonos. Compelidos, perdemos a autonomia ao entregarmos (tudo sempre "legalmente") às "autoridades" e "especialistas" a condução de nossas vidas, desde o nascimento nesta escravidão compulsória onde apostamos ingenuamente na roleta da ascensão de classe para "fugir" da miséria das senzalas. Milenarmente o sistema toma para si o que a humanidade produz dentro do labirinto do "nada" em troca de pão e água, quando dão. Mais valia é isto? Sobram humanos ovelhados para escravização.
    É preciso olhar de outro modo as crenças e escolhas que o sistema nos impõem com a única verdade, como se ele estivesse disposto a nos ouvir e mudar para nosso benefício. Eufemismos para esconder-nos a escravidão não faltam. Não acredito em explicações de psicólogos e economistas para explicar porque sinto fome e não tenho o que comer se não compactuo com a casa grande na aceitação de minha escravização. Uma alternativa = a duas hipóteses. Ser ou não ser ovelha.
    Espero ter dito alguma coisa útil. Sinto muito, sou grato.

  24. Olá Max,
    Rita M., mas não de Maria 😉

    “Verdade, é um discurso complexo.
    Na Europa estamos a experimentar uma espécie de ensaio, não sei se voluntário ou não: tirar às pessoas uma série de benefícios e ver que acontece.”

    Sinceramente, há alturas em que me questiono se estão a testar-nos ou se realmente o sistema, como dizes, entrou em crise e vivemos um culminar de um jogo/guerra de grupos de interesses (alguns até os descobri aqui no blogue), em que os responsáveis vivem na total impunidade, tal é o controlo e o poder que têm. Eu tendo mais para esta última hipótese, mas claro, é uma opinião.

    “Estamos numa situação na qual a publicidade cria desejos mas a realidade imposta reduz cada vez mais a possibilidade de satisfazer estas novas "necessidades".
    É muito interessante.”

    Exacto e o crescer da insatisfação é cada vez maior. A insatisfação pode levar a uma análise e revisão de valores e às vezes o ser humano também surpreende pela positiva… ainda que muito pouco 😉
    É que às vezes quando queremos muito algo que não conseguimos até chegamos à conclusão que isso não era o mais importante… é que os estímulos são tantos que podemos andar frustrados porque queremos o que a publicidade nos mostra ou podemos simplesmente perceber que nem faz assim tanta falta. Como nos parecia pela publicidade…
    (continua)

  25. (continuação)

    “Segundo alguns estamos perante um desenho elaborado por um grupo de pessoas perversas, cada vez individuadas com nome diferentes (Bilderberg, NWO, etc.); mas eu não concordo, este é o sistema que entrou em crise.”

    De acordo, mas pergunto-me se não entrou em crise porque quem tem verdadeiramente o dinheiro e o poder (sejam quais forem os nomes), simplesmente não se entende e cada grupo de interesses luta pelos seus interesses.

    Exemplo: se temos quem ganhe com a queda do euro, também há quem ganhe com a queda do dolar. E são sempre grupos económicos e financeiros de força. Outro exemplo: há muito que alguns países tentam não vender o petroleo em dolares… é reparar no que o Irão anda a fazer e no segundo ataque informático que já teve.
    Há muitos interesses em jogo, teorias da conspiração ou não.
    Um grupo único custa-me acreditar. Já o teria conseguido há muito. Até porque a maior parte dos grupos destas teorias já têm histórias muito antigas.

    “Pode-se discutir acerca da actual crise estar prevista ou não; ou até se a sua explosão foi ajudada de qualquer forma. Repito, podemos falar disso, sem problemas, há muitos pontos de vista..”

    Exacto, mas às vezes, conforme as teorias, andamos a adivinhar e não tanto a analisar os dados reais.

    “Mas na base está o facto das crises serem naturais no nosso sistema e não poderem ser evitadas. Esta crise não foi "criada" a partir do nada: esta crise tinha que acontecer porque sempre assim foi e sempre assim será até encontrar um novo sistema.”

    Como disse não percebo assim muito desta área, mas confesso que deixar de ter o ouro como referência e permitir a virtualização do dinheiro a este ponto sem qualquer tipo de regulamentação é algo que se me afigura incompreensível.

    (continua)

  26. (continuação)

    “Procurar uma causa oculta é, no meu ver, tentar tornar o lobo pior de quanto realmente ele for. Nisso a informação alternativa é mestre absoluta. É, claro está, é um erro particularmente grave, pois leva ao medo, ao desespero e trava qualquer possível acção.”

    Sim, com ou sem NOM, Bilderberg, a realidade está aí bem visível, ainda que insistam em não ver. Resolver os problemas reais irá resolver a questão por si só. Agora resolver esses mesmos problemas…

    “Fizeram de nós consumistas? Sim, fizeram. Mas na Grécia, por exemplo a crise tornou as pessoas muito menos consumistas: o objectivo de muitas delas é agora sobreviver.”

    E nas próximas semanas vamos ver qual vai ser a reacção…
    Afinal, não estamos a falar de quem nunca conheceu uma vida melhor e por isso não tem termo de comparação. Sabe que está mal e sabe como é estar bem.
    Acho que este consumismo acelerou uma crise de valores que sempre existiu, aliás, alimentou-se dela. Agora vamos ver o que acontece quando tiram o que deram.

    “O que aconteceria se também outro País da UE entrasse em crise profunda? Um País qualquer, tipo Portugal? Ou Espanha? Ou Italia?
    Já seriam dois ou três ou até quatro Países de ex-consumidores, de pessoas preocupadas com coisas básicas como a comida…”

    Pois, na França já tivemos um tempo em que a fome terminou com a família real na guilhotina e não acho que a europa seja superior ao que se passa em África. Fome é fome. Miséria é miséria. E as pessoas são pessoas… o Katrina nos EUA revelou bem isso, mas isto não passa da minha opinião, claro.

    Para além disso, se chegar a esse ponto, quem compra os produtos aos outros países como a Alemanha ou a Finlândia e afins? São produtos com custos de produção totalmente distintos dos asiáticos, logo com um preço final muito superior. Aliás, até de países como Portugal, basta comparar o preço da mão de obra.

    (continua)

  27. (continuação)

    “Assim: ex consumidores, zangados, ignorantes (no sentido que ignoram as reais razões da crise), que já não aturam uma classe política convencional, que odeiam o FMI, o BCE, a Europa…parabéns pelo plano!”

    Exacto, quem ganha dinheiro com isto? Para mim a questão é sempre a mesma: quem é que ganha com a situação?

    “Eu acho que não chegaremos até este ponto, mas nunca se sabe…”

    Exacto… já estive mais convencida disso, agora… não sei. Empréstimos com juros exorbitantes, austeridade que aniquila o poder de compra… recessão, logo menos dinheiro para pagar divídas… não sei…
    Um abraço
    Rita M.

  28. Bom, para mim não ha muitas dúvidas que a crise seja parte do sistema, vejam um trecho do texto “Armas silenciosas para guerras tranquilas”:

    Criar problemas e depois oferecer soluções. Esse método também é denominado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” previsa para causar certa reação no público a fim de que este seja o mandante das medidas que desejam sejam aceitas. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o demandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para forçar a aceitação, como um mal menor, do retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços púbicos.

    É o que eles sempre quiseram, diminuir cada vez mais nossos bens, nossa riqueza que ainda resta. Pois quanto mais pobre for um povo, mais difícil de conseguir fazer mudar alguma coisa ou fazer a revolução. Isso é fato Max, pois quanto mais pobre, mais preocupações com coisas como alimento, moradia e etc, serão outras preocupações, não vão ficar pensando ou refletindo sobre política ou poder, uma vez que estarão ocupados ou preocupados com suas vontades e NECESSIDADES mais básicas.

    Rita falou:
    "De acordo, mas pergunto-me se não entrou em crise porque quem tem verdadeiramente o dinheiro e o poder (sejam quais forem os nomes), simplesmente não se entende e cada grupo de interesses luta pelos seus interesses."

    Acertou em cheio Rita.
    Na verdade, ha "alguns" grupos de interesse brigando entre si para ver qual que sai ganhando mais poder. São 2 ou 3 Novas Ordens Mundiais distintas, 2 ou 3 grandes facções de poder lutando pelo que querem. Uma das NWO é a dos EUA, a outra é a do Plano Eurasiano, do Oriente. São Grupos disputando poder.

    Aqui tem uma extensaaaaaa explicação ou debate em cima disso, é muito, mas muito texto e conteúdo, mas vale a pena, pois depois começamos a entender que a tal NWO não é só coisa de EUA ou de americanos, mas sim, é uma disputa entre nações poderosas pelo poder global. Segue o link, que já passei várias vezes por aqui:

    http://debateolavodugin.blogspot.com.br/

    Abraço!

  29. Aqui neste vídeo tem uma explicação rápida de alguns poderes globais que atuam na nossa sociedade:

    Escute a partir dos 5 minutos.
    Aconselho também, se tiver interesse, depois, escutar toda a palestra.

    Até!

  30. Esta parte/continuação é tão importante quanto a anterior, muito instrutiva:

    Tem outro tema muito interessante pra quem quiser procurar também que é sobre o domínio e dinastia dos "Metacapitalistas"

  31. Max,
    É de mim ou começas a ser tão repetitivo, que parece que estás de certa forma a tentar fazer com que ninguém acredite em nada?
    Quantas vezes já li aqui, que já não sabes mais o que escrever, e é dos blogs que mais posts edita por dia?

    Quantas e quantas vezes já li aqui, que pensas que soluções não há e és peremptório?
    Qual é o mal de uns acreditarem nisto, outros naquilo e alguns em ambas as coisas?

    Os blogues alternativos não fazem nada' Então porque dedicas tanto tempo ao teu? Eu nunca conseguiria…

    Porque começaste a ser sarcástico com os que acreditam em teorias da conspiração, se pelos vistos acreditas também? ou estou em erro?

    Se é verdade que muitos desses blogues não propõem qualquer solução, o que é verdade também, é alguns propõem soluções muito válidas, além disso, os que o não fazem têm pelo menos o mérito de denunciar a informação que é escondida pelos media.

    Depois quero aqui sublinhar que a Voz é intocável literalmente.

    A Voz tem o seu blogue, de informação alternativa e foi a pessoa que mais me abriu os olhos até hoje!!! Nada de implicar com a Voz, porque ele sim, está fora do Sistema é dissonante e não ataca o Sistema para a seguir o desculpar ou dar como dado adquirido, como me tenho vindo a aperceber aqui e que não há nada a fazer.

    Da mesma forma que te elogiei, da mesma forma deixo aqui estas questões que me levam a pensar fundo e muito sériamente, qual a finalidade deste blogue.

    Querem uma boa solução? Levantem o traseiro do PC e vão trabalhar na Permacultura. Ali no duro… isso em grande escala mudaria o Mundo e se não sabem o que é, pesquisem. O azar é que a maioria são urbanos e acham que têm de continuar a ser!… aí dou toda a razão ao 1º comentário da Voz.

    Abraços

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