Vacinas: os Dogmas

A Doutora Sherri Tenpenny é uma profissional da Medicina que opera nos Estados Unidos.

Licenciada na Universidade de Toledo (Ohio), apresenta um curriculum com seis páginas de comprimento. Isso não significa estarmos perante uma pessoa que garantidamente diga coisa com coisa, mas é já algo.
Pelo menos é suposto conhecer o assunto do qual fala.

No site da Dr.a Tenpenny podemos encontrar muitas notícias acerca das vacinas, porque é disto que a doutora trata. Aqui um excerto do ponto de vista dela.
Parece interessante.

Boa leitura.

 O que é um Dogma?

Webster define o dogma como “uma doutrina, uma afirmação positiva e arrogante de opinião.” Com base nessa definição, dogmas médicos certamente não faltam. Muitos deles sobreviveram por décadas, simplesmente porque a afirmação foi feita e depois nunca mais questionada. Ao longo do tempo, a declaração foi assumida como um facto.

Um dos primeiros exemplos de dogma na produção de vacinas ocorreu em 1913, quando o Dr. Simon Flexnor alegou que a pólio era uma doença causada por um vírus que entra no corpo através do nariz e da boca. Ele postulou que a paralisia ocorre quando o vírus viaja directamente do nariz para o cérebro e a medula espinal. As declarações de Flexnor nunca foram reproduzidas e é agora sabido que a poliomielite é um vírus gastrointestinal, não um vírus respiratório.

As dificuldades no desenvolvimento de uma vacina ocorreu porque ele tinha espalhado um dogma segundo o qual o vírus da pólio teria crescido apenas nos tecidos neuronais, um terreno de cultura que foi associado com a encefalite fatal em animais experimentais (1). Ninguém tentou usar outros tipos de tecidos para crescer o poliovírus.

A afirmação dele foi dogma incontestado por 25 anos até o Dr. John Enders ter descoberto, por acaso, que o vírus realmente crescia numa ampla variedade de tecidos. Quando a descoberta revolucionária do Enders foi publicada na revista Science, no dia 28 de Janeiro de 1949, toda a comunidade científica aceitou imediatamente a nova descoberta. A vacina contra a poliomielite foi produzida em cinco anos.
Vendido como um dogma científico, a teoria de Flexnor desapareceu quando desafiada por factos científicos.

O dogma actual das vacinas é promovido pelo Institute of Medicine (IOM), um grupo de médicos, cientistas e pesquisadores aparentemente imparciais. Depois de analisar as pesquisas patrocinadas pela indústria farmacêutica que afirmavam não existir nenhuma ligação entre as vacinas e o autismo, o IOM conclui da mesma forma que não há nenhuma ligação entre vacinas e autismo. Como poderiam ter chegado a outra conclusão?

A frase: “a associação temporal não prova a causa” significa que mesmo que dois eventos ocorram ao mesmo tempo, um evento não é causa do outro. A OIM suporta o dogma da American Academy of Pediatrics: uma vez que o autismo ocorre cronologicamente na mesma época das vacinações do primeiro ano, os pais estão irritados e com necessidade de culpar alguma coisa.

O dogma médico em apoio a esta posição é a afirmação de que “a associação temporal não prova a causa”. A implicação é que a regressão para o autismo teria acontecido de qualquer maneira. A administração de vacinas diferentes imediatamente antes do início do autismo não tem nada a ver com isso, um dogma que promove “a culpa é da criança, não da vacina”.

Da mesma forma, as investigações intensas estão à procura de uma causa genética para os distúrbios do espectro autista (2). A identificação de um gene corrupto irá apontar o dedo para os pais, “defeituosos” e causa do autismo dos filhos.

A seguinte declaração foi publicada no livro do Center for Disease Control, conhecido como The Pink Book:

Não há nenhuma síndrome relacionada com a administração da vacina e, portanto, muitos eventos adversos temporalmente associados são, provavelmente, a doença de fundo, ao invés duma doença causada pela vacina […] A [vacina] pode estimular ou piorar inevitavelmente sintomas já existentes da desordem do sistema nervoso central, como convulsões, espasmos infantis, epilepsia ou SIDS. Por puro acaso, alguns desses casos parecem temporalmente relacionados com [a vacina].(3)

A taxa de autismo chegada em uma em cada 150 crianças nos Estados Unidos e um novo pico de uma em cada 58 no Reino Unido, é precisa uma investigação urgente para determinar se as crianças não vacinadas com idade entre 12 a 18 meses de repente se tornam autistas. Não houve resposta a esta pergunta, pois na verdade ninguém tem verificado.

Hipótese de segurança 

O exemplo clássico de um dogma indiscutível é a noção de longa data segundo a qual o sol gira em torno da Terra. Em 1530, Copérnico desafiava a suposição com evidências de que a Terra girava no seu eixo uma vez por dia e completava uma volta em torno do sol uma vez por ano. Um conceito fantástico para a época, tanto que a nova informação foi considerado heresia. Mais tarde, quando Galileo corroborou as conclusões de Copérnico, foi preso, submetido a um julgamento pela Inquisição e obrigado a retirar as sua prova para salvar a vida.

Da mesma forma, os pais são forçados a decisões de vacinação pelos inquisidores da medicina moderna. As ameaças incluem a expulsão da prática médica e a chamada do serviço para a protecção das crianças com as alegações de negligência médica. Os pais são informados de que as vacinas são seguras e necessárias para manter as crianças saudáveis. Mas são realmente seguras?

A vacinação é um tratamento médico. Os pressupostos sobre a eficácia de muitos tratamentos médicos são abundantes. Um relatório publicado pelo Government Accounting Office (GAO) concluiu que “apenas 10-20% de todos os procedimentos actualmente utilizados na prática médica têm-se mostrado eficazes de acordo com os estudos controlados (4) Portanto, presume-se que entre 80 e 90% das práticas habituais são eficazes sem prova. E a vacinação entra nesta categoria.

Ao contrário das repetidas declarações do governo e da indústria farmacêutica, as vacinas nunca foram comprovadas como seguras pela elite da pesquisa médica: o estudo duplo-cego, controlado com placebo. Num estudo placebo-controlado, a segurança dum fármaco é determinada pela comparação com uma substância neutra, como uma pílula de açúcar.

Nos estudos sobre a segurança das vacinas, a nova vacina não é comparada com um composto inerte, tal como uma seringa de água estéril. Em vez disso, o “placebo” é outra vacina. Se o número dos efeitos colaterais causados ​​pela vacina experimental parece ser o mesmo do número de reacções causadas pela vacina-placebo, os produtores dizem que a nova vacina é tão segura quanto o placebo.

Outro truque usado pelos pesquisadores para promover a segurança das vacinas é excluir qualquer parte dos dados dum estudo que sugira um problema. O seguinte é um excerto dum estudo clínico que demonstra como é usada uma vacina-placebo e como os dados negativos sejam apagados. O estudo foi planeado para determinar a segurança do COMVAX ®, uma vacina que combina a vacina Haemophilus influenza (Hib) e vacina contra hepatite B numa única injecção.

Durante o estudo, 17 crianças (1,9%) tiveram um evento dentro de 14 dias da vacinação, que estão incluídos nos critérios definidos como uma experiência adversa grave. Essas experiências incluíram ataques de crise, asma, diarreia, apneia (paragem respiratória) [e muitos outros]. Praticamente todos esses eventos adversos foram classificados como graves, pois implicam o internamento hospitalar.

Nenhum destes foi julgado pelos pesquisadores do estudo como sendo relacionado causalmente [causado pelo] COMVAX ® ou [as outras duas vacinas]. Além disso, três mortes entre os participantes deste estudo foram atribuídas à síndrome da morte súbita infantil, que ocorreram mais de 14 dias após a administração duma dose de vacina (29, 31 e 38 dias, respectivamente.) Mais uma vez, nenhum foi julgado pelos investigadores como relacionado com a vacinação.(5)

O placebo neste estudo tinha sido a vacina Hib e a vacina contra hepatite B subministrada em duas vezes. Como o número dos efeitos colaterais da injecção única foi semelhante ao número dos efeitos colaterais induzidos por vacinas separadas, o ® COMVAX foi declarado seguro como o placebo. Os investigadores removeram a associação entre vacinas e SIDS (Síndrome de Morte Súbita Infantil) com um golpe de uma caneta. O COMVAX ® foi declarado como “bem tolerado”.

Definição de eficácia

Os pesquisadores definem uma vacina como eficaz aquela que cria anticorpos após ter sido injectada no sangue, uma resposta chamada “soroconversão positiva”. A vacina é considerada mais eficaz do que outra, a partir da perspectiva do pesquisador, se conseguir induzir uma maior resposta de anticorpos. (6)

A comunidade médica e o público em geral define como eficaz a vacina que protege contra a infecção contra a qual uma pessoa foi vacinada. Por exemplo, a vacina da varicela (“catapora” no Brasil) é considerada eficaz pelos médicos se, no caso dum surto, os sujeitos vacinados não contraírem a varicela.

As definições são fundamentalmente diferentes e têm diferentes consequências, especialmente porque a presença de um anticorpo não garante que a pessoa será protegida da infecção. Muitos surtos têm ocorrido entre as populações vacinadas. Um exemplo foi um surto de sarampo que ocorreu num grupo no qual mais de 99% da população tinham sido vacinada (7). Muitos surtos de varicela e de parotidite infecciosa (popularmente conhecida como papeira em Portugal e como caxumba no Brasil) ocorreram quando as crianças já encontravam-se totalmente imunizadas (8).

O folheto do HiBTiter ®, uma vacina que protege contra a infecção da H. influência b bactérias, afirma claramente que “a contribuição [dos anticorpos] para a protecção clínica é desconhecida” (9). Resultados semelhantes foram relatados acerca da vacina da tosse convulsa (ou pertússis, ou coqueluche) : “Os resultados dos estudos de eficácia não têm mostrado uma correlação directa entre a resposta dos anticorpos e protecção contra a tosse convulsa” (10). A conceituada revista médica Vacinas afirma claramente: “E sabido que, em muitos casos, os anticorpos não se correlacionam com a protecção” (11).

O dogma de que as vacinas são seguras e eficazes tornou-se uma vaca sagrada da Medicina, considerado um ícone acima de qualquer crítica ou ataque. Os desafios à vacinação têm sido muitas vezes descartados como teorias da conspiração. Os pais têm aprendido através da experiência as dificuldades de pôr em causa as obrigações das vacinas pediátricas. No entanto, muitos estão a resistir aos dogmas da profissão médica e muitos recusam as vacinas para os seus filhos.

Um ponto de referência numa sociedade civilizada é a ausência de doenças infecciosas, uma doutrina que surgiu durante a era pré-antibiótica. Os funcionários da saúde pública relacionam o baixo índice de infecção com as políticas de vacinação obrigatória, em vez de dar crédito à melhor higiene pessoal e aos confortos modernos, como a água corrente em cada habitação.

É hora de que a verdade sobre as vacinas seja amplamente conhecida. A segurança das vacinas não foi comprovada. As vacinas oferecem falsas protecções de segurança. As vacinas podem causar danos. É hora de dispensar o dogma de “seguro e eficaz” antes de que uma outra pessoa fique prejudicada.

 

Notas:
 (1) Rogers, Naomi. Dirt and Disease, Polio before FDR (New Brunswick: Rutgers University Press, 1996), p. 24.
(2) CDC. Epidemiology and Prevention, The Pink Book, 6th Edition, Chapter 6: Pertusus. pg 80.
(3) “Genetic cause of autism,” January 18, 2006.
(4) Assessing the Efficacy and Safety of Medical Technologies. Washington, D.C. Congress of the United States, Office of Technology Assessment, Publication No. 052003-00593-0. 1978. Government Printing Office, Washington, D.C. 20402.
(5) West, David., et. al. “Safety and immunogenicity of bivalent H. influenza type b/hepatitis B vaccine in healthy infants.” Ped. Inf. Dis. J 1997;16:593-599.
(6) CDC. MMWR. “Pertussis Vaccination: Use of Acellular Pertussis Vaccines Among Infants and Young Children.” March 28, 1997/Vol. 46/No. RR-7, p.4.
(7) Gustafson, T.,et.al.NEJM 1987;316-771-774.
(8) NMASeminars.com
(9) HibTiter® vaccine package insert. Physician’s Desk Reference, 2002. Vol. 56. pg. 1860.
(10) CDC. MMWR. Pertussis Vaccination: Use of Acellular Pertussis Vaccines Among Infants and Young Children. March 28, 1997/Vol. 46/No. RR-7, p.4.
(11) Del Giudice G, Podda A, Rappuoli R. What are the limits of adjuvanticity? Vaccine. 2001 Oct 15;20 Suppl 1:S38-41.

Relacionados:
As vacinas: o que são e como funcionam
Vacinas: os dados italianos

Fontes: LewRockwell, Dr. Tenpenny Vaccines,
Tradução e adaptação: Informação Incorrecta

7 Replies to “Vacinas: os Dogmas”

  1. Ó pá…. por isto é que eu adoro esta malta com C.V. de 6 páginas… tipo rolo de papel jumbo…

    "As dificuldades no desenvolvimento de uma vacina ocorreu porque ele tinha espalhado um dogma segundo o qual o vírus da pólio teria crescido apenas nos tecidos neuronais, um terreno de cultura que foi associado com a encefalite fatal em animais experimentais (1). Ninguém tentou usar outros tipos de tecidos para crescer o poliovírus."

    Então apliquem esta frase ao "Dogma VIH/SIDA" e pode ser que se faça LUZ… nem escrevo mais nada que é para não vir a Igreja Católica Apostólica Romana de Madeira meter nojo e dizer que a SIDA é castigo aos Gays!!! Fui… a voar baixinho!

  2. Dogma nas religiões, na medicina e até mesmo na política.
    Essa é a forma como vivemos, cheios de dogmas, e tem mais, se tivermos dúvidas, somos acusados de questionadores, contestadores, e conspiracionistas.
    Quando falo com algum médico a respeito de Autohemoterapia, vem logo a resposta de que isso vai contra a medicina, mas era usada antigamente e até hoje é usado em tratamento de cavalos, pois é totalmente natural, mas não enriquece ninguém.
    Serve o mesmo para as vacinas, aqui no Brasil a criança nasce e antes do primeiro banho lá vai uma vacina contra hepatite, não tem discutir, tem que tomar e pronto, senão, usam a terapia da culpa nas mães, a mãe por medo de ser negligente e por medo da doença consente na vacina.

    É um jogo de paranóia tremenda.

    Doutor, porque tenho que dar vacina em meu filho?
    Resposta: Seu filho pega a doença e pode morrer ou ficar com sequelas se não tomar vacina.

    Qual mãe tem coragem de negar a vacina?

    hehehehehe

  3. Olá pessoal,
    eu andei pesquisando sobre as vacinas, tenho bastante material, porém não posso dizer se é de confiança ainda, vou dar mais uma olhada e quando achar algo que realmente ajude coloco aqui.

    Max, estou gostando bastante destas sequências sobre as vacinas, como sempre, mantendo os pés no chão.

    Abraço!

  4. Mazx, li e quardei uma entrevista de uma médica que escreveu A MÁFIA MÉDICA e foi cassada por isso. Só não ponho aqui porque é muito grande, mas posso enviar por email.

  5. Olá!
    Quero aproveitar para dar os parabéns pelo blog. Já sou visita assídua, mas é a primeira vez que comento. "O que faz falta é informar a malta"…ou pô-la em quarentena de TVI's, SIC's e afins.

    Li recentemente 2 livros bem interessantes, que abordam dogmas médicos (não apenas vacinas, mas também). Deixo a sugestão:

    Ivan Illich – "Limites para a Medicina", ou "Nemésis Medicale", título original

    Ray Moynihan e Alan Cassels – "Selling Sickness"

    No livro de Ivan Illich é abordada a relação entre a melhoria das condições de higiene e a menor incidência de várias maleitas (que em vários casos se deu mesmo antes de começar a ser administrada a vacina).

    Cumps.!

  6. Olá anônimo do último comentário: muito bem lembrado o nome de Ivan Illich porque muitas destas coisas que nos preocupam sobre deixar morrer, fazer viver, provocar a morte ou sustentar a vida, individual ou coletivamente, em 1976, em Nêmesis da Medicina, Illich discutia, apontando as consequências da medicalização da saúde. E mais, em 1985, ele escreveu uma preciosa história das águas, em H2O e as Águas do Esquecimento, com a qual eu gostaria de reforçar a dica do anônimo.Abraços

Obrigado por participar na discussão!

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