Objectivo Síria

Funcionou o joguinho na Líbia? Então porque não deveria funcionar na Síria?

Assim: outra vez a Nato, outra vez civis armados, outra vez uma ofensiva militar contra o governo. É um deja- vu, muda apenas o pano de fundo. O que falta? A missão humanitária? Com um pouco de sorte nem vai ser precisa.

VOA News relata que os rebeldes do exército sírio grátis dispararam com foguetes e metralhadoras contra um complexo de intelligence da Força Aérea, no subúrbio de Harasta, Damasco, na madrugada de Quarta-feira.

A notícia veio de um “porta-voz com sede na Alemanha”, apesar de não haver confirmação independente do ataque que, alegadamente, matou 11 pessoas.

Enquanto isso, a Turquia e os Países da Liga Árabe reuniram-seu para considerar novas sanções contra a Síria por causa da “recusa em acabar com a repressão” contra os rebeldes violentos, os mesmos que aqui entre nós gostamos de definir como “manifestantes pacíficos”.

A Síria tem atribuído grande parte da violência a terroristas apoiados do exterior, e está a crescer a evidência que mostra como estas preocupações fossem válidas. Olha a surpresa.


Mesmo antes do anúncio em Agosto de que a NATO estava secretamente a armar os manifestantes sírios, elementos do Líbano relacionados com Estados Unidos e Arábia Saudita foram surpreendidos enquanto contrabandeavam armas em favor dos rebeldes de Damasco.

Agora, com o ataque militar de ontem, a situação muda para um novo nível: dum lado manifestações em massa de dezenas de milhares de apoiantes do governo, do outro lado manifestantes “pacíficos” com metralhadoras e foguetes.

O esquema é sempre o mesmo. E funciona. Assim, após Tunísia, Egipto e Líbia, eis que a peça entra em cena na Síria também: em primeiro lugar o apoio ao civis “zangados”, depois que paralisam a actividade económica. Então, os rebeldes são armados e começa a acção coordenada a partir do estrangeiros. Falta mesmo ela, a intervenção humanitária.

Mas atenção, pois nem todos os civis são iguais: na Arábia Saudita, no Bahrein e no Qatar, por exemplo, os manifestantes pacíficos não contam. E nos Estados Unidos são brutalizados pela polícia, como no caso de Oakland, ou/e presos.

Imaginem se a China armasse Occupy Wall Street e ameaçasse uma intervenção humanitária…

Ipse dixit.

Fontes: Activist Post, Voice of America, Infowars, WSWS

3 Replies to “Objectivo Síria”

  1. Max,
    andei olhando o blog do Tibirça e achei posts muito interessantes.

    Um deles foi este:
    http://prezadocarapalida.blogspot.com/2011/11/impeachment-de-obama.html

    É exatamente o que eu penso sobre a situação política global em relação aos EUA. Obama e muitos outros antes dele, foram escolhidos e influenciados pelo Império Britânico. Eu venho comentado isso no blog a tempos, A raiz de tudo isso não está nos EUA, mas sim na Europa. Os americanos não elegem um presidente representativo digno a muitos anos. Gostaria que você e todos os leitores pensassem melhor sobre o assunto. Seria legal também uma pesquisa mais aprofundada sobre isso junto com as fontes Tibirça para criação de um post. O que acha?

    abraço

  2. Max

    O joguinho na Líbia não funcionou tão bem assim, a Resistência Líbia está muito grande, eles nem sabem o que vão fazer em relação a isso, não esperavam que o povo Líbio fosse reagir tanto, estão meio apovorados agora, sem saber direito o que fazer, pois a opinião pública ainda é importante para o Império.
    Os líbios estão resistindo de uma forma heróica, mas a mídia desgraçada não mostra.

    Abraços

  3. Se até hoje os EUA pagam a Coroa Bitanica, a mesma que ficou dona de toda a dívida da Grécia,será PORQUE que a Inglaterra NÃO QUIS entrar no Sistema EURO?!?! PORQUE SERÁ?!?!

Obrigado por participar na discussão!

This site uses User Verification plugin to reduce spam. See how your comment data is processed.

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.

%d bloggers like this: