À procura dos Bons…

Maria, para variar, fez uma pergunta inteligente.
Mais do que isso: uma pergunta para a qual encontrar uma resposta é muito difícil.

Antes demais, a pergunta:

Max: eu queria muito saber quem são os “bons”?
Não me diz que são Obama, Hilary Clinton, Cheney etc porque não vale!
E te digo porque não vale. Simplesmente porque na falta destes, vem outro igualzinho.
Eu quero saber quem são “os bons de verdade” hoje; nome e sobrenome.
Também não vale me dizer: “os” Rothchild, “os” que tal etc.
Assim como se nomeia com nome e sobrenome “os maus”, e na falta deles, o mundo sorri satisfeito pela eliminação de um demônio, eu quero os nomes dos santos, daqueles que se forem eliminados, o mundo vai ficar “muito pior”, e tão cedo não vai dar para substituir.
É sério!!
Abraços.

Ops…e agora, que digo?
Bom, vamos ver.

Dinheiro, poder

Em princípio, uma pessoa “boa” deveria ter algumas características:
– operar tendo como fim o bem comum
– compartilhar alguns dos valores que a maioria das pessoas reconhece como “bons”.

Existem pessoas assim?
Sim, claro que sim. Mas…

Pois, ainda uma vez um “mas”.

Freud dizia que na base de qualquer acção humana há o sexo.
Pontos de vista. A nossa sociedade parece mais fundada sobre o ideal do dinheiro e, ainda mais, do poder.

Estas são duas coisas que podem arruinar a integridade de qualquer ser humano: é difícil resistir perante ofertas que não são feitas para ser recusadas.

Podemos observar isso na nossa comunidade: com certeza, todos nós já ouvimos falar dum candidato que, uma vez eleito, afastou-se dos seus antigos princípios para conseguir um enriquecimento material.

É normal, triste e deplorável, mas normal.
Imaginemos o número e a qualidade das tentações às quais são submetidas as pessoas que conseguem cargos de particular relevância, graças aos quais entram em contacto com homens de poder.
Quantas entre estas pessoas conseguem resistir?

Mas estou convencido de que a chave para a resposta nem esteja aí.
Vamos ver as coisas sob outra luz.

Elites

Na maioria dos Países há um sistema político pelo qual os partidos que gerem o poder são na realidade poucos, independentemente do número dos partidos presentes no mesmo sistema.

Em Portugal, por exemplo, há movimentos normalmente representados no Parlamento que nunca tiveram a oportunidade de governar (como o Bloco de Esquerda); outros que já governaram mas há décadas estão condenados à oposição; outros que, alternadamente, estão constantemente no poder.

Neste sentido, Partido Socialista e Partido Social Democrata constituem a verdadeira elite política portuguesa: um dos dois estará sempre no poder.

O mesmo processo pode ser encontrado na maioria das democracias e também naquelas organizações supranacionais que gerem um determinado tipo de poder.

Esta situação cria uma elite da elite, isso é: no seio da elite política há na realidade uma outra elite acostumada a gerir o poder e, por isso, mais “habituada” a ter relacionamentos com homens e empresas ricos, poderosos, particularmente influentes.

Como todas as elites, também esta tem um instinto de conservação, pelo que os elementos radicais e/ou subversivos ficam naturalmente afastados.

Temos depois de considerar que no mundo político a mudança geracional é um processo extremamente lento: há políticos que ocupam cargos de relevo ao longo de décadas, o que prolonga os contactos com as “tentações” descritas antes, aumentando os relativos riscos.

Por isso: instinto de conservação dum lado e uma demasiado lenta injecção de forças novas tornam a classe política algo de muito fechado e de particularmente resistente às novidades; tudo isso enquanto quem gere a res pública tem inúmeras ocasiões de “cair em tentação” ao longo da própria vida pública.

E aqui nem falo dos que desfrutam a própria posição para conseguir objectivos exclusivamente pessoais ou de quem é cultivado no interior da elite para que possa perpetrar os hábitos da mesma (ver caso do simpático Barack Obama).

O panorama não é risonho?
Não, não é: porque uma vez eliminados os que nunca poderão chegar ao verdadeiro poder; os que ficam excluídos por ter ideias demasiado “novas”; os que começam bem mas depois “perdem-se”; os que poderiam fazer bem mas falta-lhes “alguma coisa”; as pessoas que poderiam mas não fazem por causa do medo; uma vez eliminados todos estes, quem sobra?
As caras do costume.

Democracia, mediocridade

Mas nesta altura, encontrar um “bom” é quase impossível.

Falamos de pessoas que vivem de politica (um erro que deveria ser corrigido pelo sistema), dispostas, na melhor das hipóteses, a aceitar compromissos para obter um “lugar ao sol”.

Isso acontece porque a Democracia representa o terreno ideal para tais elementos: a Democracia sublima a mediocridade, ao mesmo tempo que elimina as responsabilidades.

Na Democracia o medíocre vive feliz enquanto a pessoa de fortes convicções encontra problemas, sendo menos disposta ao compromisso.
Além disso, encontrar um responsável na Democracia é complicado pois a estrutura é construída de forma a criar uma rede de protecção feita de assinaturas, leis, decretos, pareceres, reenvios, recursos, apelos, etc. etc.

Um importante papel é depois aquele dos media: sempre focados nas figuras mais proeminentes, concedem pouca margem aos “adversários”, um pouco por uma questão de sujeição psicológica, um pouco porque pagos pela elite (de forma directa ou indirecta). Isso reforça ainda mais o papel da elite enquanto marginaliza os opositores.

Por todas estas razões seria incorrecto afirmar que “não há bons”. Há, com certeza absoluta de que há. Só que o nosso sistema é configurado de forma tal que os “bons” são relegados a figuras secundárias e bem pouco influentes.

Infiltrados

Há depois outros aspectos.

A elite de poder não é estúpida nem inexperiente: por isso sabe muito bem como infiltrar próprios elementos naqueles grupos que poderiam tornar-se um obstáculo e retirar-lhe poder.

As organizações ambientalistas são talvez o exemplo mais impressionante neste sentido: a credibilidade de Greenpeace aos níveis mais baixos por causa de financiamentos duvidosos, o WWF que como Presidente tem o Príncipe Carlos de Inglaterra…

Não tenho dúvida de que a maioria dos elementos de Greenpeace e do WWF seja composta por pessoas de valor e com valores: mas que serve isso se depois quem gere  tais organizações são elementos, no mínimo, duvidosos?

Na mesma linha: haverá políticos de valor também nos movimentos políticos dos vários Países, sem dúvida; mas qual a utilidade se também neste caso as elites que gerem apresentam embaraçosos relacionamentos dos quais nascem favores, cumplicidades e, porque não?, enriquecimentos ilícitos?

Os de cima são problemas antigos como o mundo. Até hoje ninguém encontrou remédio e não vou ser eu o primeiro a conseguir isso. Gostaria, mas não sou capaz.
A verdade é que o homem é um animal imperfeito e talvez a solução seja projectar um sistema que abandone os grandes ideais, substituídos por um conjunto de regras que tente limitar ao máximo as nossas possíveis falhas.

Resumindo: a Democracia, ou se preferirmos, a actual sociedade que é vendida como forma democrática, constitui o ambiente ideal para a criação de forças medíocres e negativas, ao mesmo tempo que trava de forma eficaz qualquer tentativa de mudança e melhoramento, abafando a acção dos eventuais “bons”.

“Bons” que, no entanto, existem. Tal como existiram no passado.
Vamos procura-los? Não: vamos ver uma pessoa que é oficialmente reconhecida como “boa”, aliás, a “mais boa” de todo o mundo e arredores; Gandhi!

Gandhi

Gandhi era bom? E quem se atreve a dizer o contrário? Gandhi era super-bom!

Alguém pisava o pé de Gandhi? E Gandhi dizia “Não faz mal, pisa o outro também”. Porque Gandhi era bom e não violento, uma mistura de Jesus, Buda e Super-Homem.
Isso segundo a iconografia clássica.

Na verdade Gandhi não era nada disso: a história da não-violência foi não apenas sobrevalorizada mas as verdadeiras ideias do político indiano foram distorcidas.

Para conhecer Gandhi, nada melhor do que ler os discursos dele: nos quais aprendemos que estava pronto a lutar com armas se fosse necessário, como qualquer bom soldado. E Gandhi tinha sido soldado.

Ao mesmo tempo, aprendemos que o bom Mahatma tinha ideias um pouco menos boas do previsto: ao falar dos negros sul-africanos (os Kaffirs), por exemplo, escreve que

A única ambição dos Kaffirs é recolher animais com os quais comprar uma mulher para depois passar a vida nus, sem fazer nada. São preguiçosos, uma espécie de humanidade desconhecida entre os indianos.

Aos compatriotas que combatiam na África do Sul ao lado dos Ingleses (e combatiam também após pedido do sargento Gandhi neste sentido; isso porque era não-violento, claro…), o Mahatma disse:

Não somos nós que temos de julgar se a revolta dos Kaffirs for justa ou não. Nós somos co-colonizadores ao lado dos brancos desta terra, onde os negros selvagens ainda são incapazes de participar nos negócios políticos desta colónia.

E ainda bem que Gandhi era bom…
Mesma atitude perante as castas da sociedade hindu:

Eu acredito no Varnashrama (o sistema das castas) que é lei da vida. A Lei de Varna (cor e/ou casta) é a lei da conservação da energia. Porque o meu filho não deveria ser um sem abrigo como eu sou? Ele, Shudra (a casta mais baixa) não pode ser chamado de Bramino (a casta mais elevada) apesar dele poder possuir todas as qualidades dum Bramino. E é bom para ele não pretender uma Varna (casta) mais elevada, é sinal de verdadeira humildade.

Sim senhor, um verdadeiro “bom”.

Na realidade, Gandhi era um Bania, um membro da casta dos mercantes: isso explica porque o Mahatma sempre teve o apoio da classe mercantil do seu País.

E há muitos mais pormenores acerca deste “bom”, em relação ao qual só agora a historiografia começa a fazer luz, e não sem dificuldades (de recente o governo indiano censurou um pesquisador que tinha apresentado uma visão menos “santa” do bom Gandhi).

Filantropos

Mas como o assunto aqui não é o Mahatma, o que interessa é reter o sumo.
E o sumo é o seguinte: até na procura dos “bons” há insidias, pois até os “bons” podem não ser tais. Até eles participam duma História que foi re-escrita pelo actual sistema.

História que Wikipedia espalha de mão cheia: verifiquem as biografias dos indivíduos que mais colaboraram ou ainda colaboram para a construção e a manutenção do actual sistema.

Os mais ricos, os mais poderosos, os mais influentes: todos são descritos como “filantropos”.

Significado de filantropo: Que ama os homens e se ocupa em melhorar-lhes a sorte, dedicando-se a obras de caridade.

Eis uma lista de filantropos da mesma Wikipedia:
Bono (dos U2)
Warren Buffett (milionário americano)
Bill Gates
John Rokefeller
John Rokefeller Jr.
John Rockefeller 3rd
George Soros
Levi Strauss
Ted Turner (CNN)
Ariane de Rothschild
Paul Getty (Rothschild)
Anthony Ashley Cooper, 7th Earl of Shaftesbury (sionista)
Edward Harkness (Standard Oil)
Anthony Joseph Drexel (JPMorgan)
Charles Pratt (Standard Oil, Rockefeller)

Se estes forem bons, nós somos o quê? Santos?
Pois, mas estes são os “bons” oficialmente reconhecidos.
Complicado, não é?

Porque estas pessoas fizeram donativos em favor dos mais desfavorecidos, isso está fora de questão: mas pode isso apagar as culpas deles? É suficiente largar um cheque para alguns sem abrigo para que, de repente, todas as intrigas que foram feitas e que continuam a ter lugar à nossa volta sejam apagadas e a nossa imagem tornada limpa?

George Soros, por exemplo: é um filantropo, então é bom?

Segundo Wikipedia a resposta é “sim”.
Segundo nós, a resposta é “não”.

Então não é aqui que podemos encontrar os nossos verdadeiros bons.

Os verdadeiros bons

Talvez seja melhor retomar a anterior definição de “bom” e actualiza-la:

– operar tendo como fim o bem comum
– compartilhar alguns dos valores que a maioria das pessoas reconhece como “bons”.
– evitar o enriquecimento pessoal qual fruto da própria obra em favor da comunidade

Sem esquecer que não estamos à procura de “santos”, mas de pessoas cujo desejo seja melhorar a nossa condição, não tornar-se um ícone de bondade absoluta.

É portanto normal que os “bons” sejam pessoas normais, com os defeitos típicos de todos os seres humanos.

Bons ricos, por exemplo: não há nada de mal em ficar rico. Só que ficar rico graças ao trabalho em favor do próximo é um pouco suspeito. Percebo que esta afirmação não esteja correcta em termos absolutos, seria possível discutir, e muito, acerca deste ponto.

Mas a verdade é que temos muitos problemas em individuar pessoas “boas”, isentas de dúvidas e ricas ao mesmo tempo.
É apenas uma coincidência? Ou é inevitável, uma vez atingido um estatuto superior (em termo de classe social), ficar retido no emaranhado de “favores” e cumplicidades?

Fica a dúvida, pois a nossa procura de pessoas “boas” não admite tamanhas suspeitas.
Por isso, vamos em frente e perguntamos: quem, ao longo da história, dedicou-se ao melhoramento das condições da Humanidade sem obter vantagens materiais a partir deste trabalho?
Quem opera nestes moldes?

Albert Schweitzer
Florence Nightingale
Élie Ducommun
Albert Einstein 

Este são os primeiros dos quais lembrei, mas representam casos limites.
Mesmo assim, não deixam de ser pessoas que dedicaram a própria vida aos outros ou ao melhoramento das condições do próximo, sem receber muito em troca. Nem todos podemos ser Albert Schweitzer, mas o mesmo pode funcionar como óptima fonte de inspiração.

Sem esquecer que todos estes eram seres humanos, com os típicos defeitos da raça.

Albert Einstein, por exemplo: o cientista cometeu erros ao longo da vida, alguns até graves (Projecto Manhattan). Mas, além de ter deixado uma herança fundamental para a compreensão do Universo e das leis deste, soube viver de acordo com o próprio espírito: sempre totalmente mergulhado na pesquisa e afastado dos chamarizes do mundo dos holofotes para o qual tinha o acesso garantido. Acho este um ponto muito importante.

Os bons normais

Ok, ok, mas afinal Einstein era um génio: não há “bons” um pouco mais “normais”?

Felizmente há, pois a lista é muito, muito mais comprida do que isso.

No geral, são pessoas pouco conhecidas ou até desconhecidas: porque o nosso sistema não reconhece de forma suficiente este tipo de dotes, os méritos glorificados são bem outros.

Por isso, acho que os “bons” sejam um categoria bem numerosa: e é muito mais fácil encontra-los nas camadas mais baixas da hierarquia política da nossa sociedade.

Há bons que lutam para que a nossa autarquia não caia nas mãos dos especuladores, outros que querem ajudar os mais desfavorecidos, outros ainda que lutam para a protecção da Natureza.

É “em baixo” que podemos encontrar os “bons”, pelas razões explicadas antes.
Isso significa que “o povo é bom”?
Não, aliás, esta é uma idiotice: os povos são apenas a somatória de muitas pessoas e cada um pode ser “bom”, “mau”, “assim assim”. Aliás, a julgar pelos candidatos e partidos escolhidos nas eleições, parece que a maioria dos povos é composta por pessoas não muito “boas” ou, pelo menos, inconscientes e /ou bem preguiçosas.

Já ouviram dizer que um povo tem o governo que merece? Acho existir um fundo de verdade nesta afirmação.

Mas voltemos aos “bons”.

Do elenco, por exemplo, deveriam fazer parte muitos artistas, a maioria dos quais viveu e morreu na pobreza. Pode um artista ser considerado “bom”? Um pintor, um escritor, um músico? Com certeza, a obra deles é património de todos e fonte de inspiração.

Santos? Depende, muitos deles eram apenas obcecados pela fé, duma forma irracional e até cruel, não eram propriamente “bons” (e alguns foram mesmo “maus”). Mas alguns sim, sem dúvida foram pessoas de profundo valor.

Empresários? Também há neste sector, por incrível que pareça: é perfeitamente legítimo trabalhar, acumular riqueza e pensar nos outros também, sem que isso aumente o nosso património e sem que signifique mudar a sociedade em nosso favor (casos Soros, Gates, etc.). Claro, empreendedores assim não aparecem nas capas de Forbes.

Políticos? Sim, há políticos bons. O primeiro que vem à cabeça é Nigel Farage, repetidamente realçado pelos Leitores deste blog e que, de facto, parece pessoa que ruma numa direcção contrária à dos grandes interesses corporativos.
E há outros: como sempre não são pessoas que gozam de grande visibilidade, por isso fazer uma lista é muito complicado. Mas, pelas razões listada acima, é muito mais fácil encontrá-las nos níveis mais baixos da hierarquia política nacional, onde as “tentações” e o “obstrucionismo” são menores (mas não ausentes).

E as teorias? Há teorias boas ou más?

O Comunismo, por exemplo, no plano teórico apresenta pontos interessantes que, todavia, na prática ficam letras mortas porque chocam com a natureza dos homens.

E o Capitalismo não é a aberração que podemos observar à nossa volta, é algo de bem melhor, só que, mais uma vez, ficou tal como um brinquedo novo nas mãos duma criança incapaz.

O Homem: bom ou mau?

Mas afinal, e para concluir: o Homem é bom ou mau?

Eu acho que a pergunta não faz sentido.
O Homem não deixa de ser um animal.

Um gato, por exemplo, é bom ou mau?
Depende, segundo Leonardo o gato é mau pois cada vez que encontrar um deles o super-cão recebe um estalo e afasta-se com pensamentos negativos.

Na verdade o gato não odeia o pobre Leo, simplesmente obedece aos seus instintos e nada mais. Não há animais “bons” ou “maus”: há animais e ponto final (única excepção: o mosquito, que é mau, sempre).

O Homem, apesar da capa de evolução com a qual gosta de cobrir-se, não consegue recusar as ordens que a Natureza gravou no DNA dele: isso explica as fraquezas do bípede, as “derrapagens”, mas também os actos altruístas e até heróicos.

Não há animais “bons” ou “maus”, há animais e ponto final.
Da mesma forma, não há homens bons ou homens maus. Há homens, alguns dos quais escolhem cuidar dos interesses pessoais em detrimento do bem comum. E depois há homens que escolhem o oposto.

Eventualmente seria possível ver isso como sinal dum maior ou menor grau no caminho da evolução.
Mas este é outro discurso.

Ipse dixit.

13 Replies to “À procura dos Bons…”

  1. A "Elite" só tem poder porque nós o damos e sentimos-nos incapazes e precisamos que alguém faça tudo por nós. Para encontrar os bons e os maus basta olhar para o espelho! Todos temos dentro de nós um bom e um mau a lutar entre si pelo domínio do "eu", o vencedor será aquele que nós próprios alimentamos. Ignorem o mal.

  2. Ah…qual Matisse…resposta sagaz, que gostei. Obrigada.
    Olá Max e Leo; tentando incrementar tua lista de filântropos,Daniel Estulin, em O Império Invisível – A Autêntica Conspiração do Governo Mundial nas Sombras,Ed. Planeta, 2011, elenca as seguintes poderosas organizações, cuja testa, com certeza, é composta por estas pessoas "maravilhosas" das quais o inferno, se existisse deveria estar cheio:
    Fundação Heritage
    Instituto Hudson
    Fundação Alfred P. Sloan
    Fundação Sage
    Instituto Cato, e
    Instituto Manhattan
    Talvez possa ser útil, se desejares desdobrar a conversa a respeito.
    Também espero ansiosa o desdobramento daquele assunto das caixas, que o grande Leonardo está te ajudando a compor. Abraços

  3. Caro Max e leitores vou dar aqui uma opinião que de não vai ajudar muito, mas mesmo assim é a forma como vejo as coisas, como foi dito não existe o bom e mau, acredito existem apenas os conceitos que aprendemos e forma como nos manifestamos neste mundo. Tem um ditado que diz "Não há mal que sempre dure e nem bem que não se acabe" como podemos ver estes dois conceitos andam de mãos dadas e é necessário para que possamos discernir entre um e outro. falar sobre o bem e o mal seria como dizer que existem energia positiva e negativa, na verdade só existe energia. Porém, infelizmente no nosso mundo cotidiano o mal está em desequlibrio em relação ao bem. E a busca para o equlíbrio é buscar percorrer o caminho do meio. O sol brilha, os pássaros cantam indiferentes ao que pensamos…

  4. Gostei da sua frase, Pedro. Conheço uma definição que seria mais ou menos isso: hombridade.

    Gostaria de sugerir mais um nome
    : Bob Marley, por querer a paz mas também querer a revolução do pensamento.

  5. Gostaria muito de um artigo sobre "Nikola Tesla"

    Tem muita história e conspiração por trás deste cientista. Dizem que ele era muito superior que Thomas Edson. E que inclusive, teve suas idéias copiadas por Edson. Além disso, tinha uma proposta de energia elétrica gratuita e auto-suficiente para todos, graças ao seu conhecimento super avançado para época. Infelizmente, os corporativistas caíram sobre ele e ficaram do lado de Thomas Edson.

    Tem muita cosa sobre Tesla na internet.

  6. Nikola Tesla… dizem que ele foi bom… que queria o bem da humanidade…

    Enfim… uma frase maravilhosa de Richard Feynman:

    "Homens bons fazem coisas boas, os homens maus as más, mas só a religião consegue fazer com que homens bons façam coisas más"

    Regionalmente somos definidos pelas guerras e moralmente pelas religiões… nossas sociedades são doentias!

    Somos na prática MUITO, mas MUITO mesmo inferiores à gatos e cachorros (principalmente à mosquitos e abelhas)…

    Enquanto houverem guerras e religiões não poderemos dar um passo maior. Para se evoluir devemos abandonar antigos dogmas. A chance de acontecer isso nos próximos 1000 anos é quase nula…

    A raiz de todo o mal é a ganância, que é nada mais e nada menos que a deturpação do instinto de sobrevivência (desenvolvendo isso provamos que somos inferiores à outros animais…). O instinto básico de sobrevivência é individual, mas tem como limite a perpetuação da própria espécie em geral… o bem comum.

    A religião não é nada mais e nada menos que o subterfúgio moral para justificar a ganância… às vezes de forma clara… às vezes nas entrelinhas…

Obrigado por participar na discussão!

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