As boas notícias

E se pensam que Informação Incorrecta trate apenas de notícias negativas, então estão enganados. E de que maneira.

Por exemplo: sabia o prezado leitor que há algumas empresas que irão fechar o ano com úteis recordes?

Não, não são as fábricas de armas, não pensem logo mal.

Pelo contrário, são empresas que cuidam de nós, da nossa liberdade: são elas que nos permitem ligar o carro, sair com amigos e familiares, ir até a praia onde acabaremos por sofrer uma insolação.

Adivinharam? Exacto: são as petrolíferas!
A situação no Médio Oriente, as revoltas da África do Norte, o Dólar débil: todos factores que contribuíram para que o crescimento dos úteis no primeiro trimestre deste ano em alguns casos ultrapasse 50%.
50%!!! Estes sim são gestores, estas sim são pessoas que sabem trabalhar.

E, como se costuma dizer, a sorte ajuda os audazes: por isso as petrolíferas foram audazes e especularam sobre o preço do ouro negro, com aumentos bem acima do normal. E a sorte ajudou as petrolíferas.

A simpática Exxon Mobil, por exemplo, fecha o orçamento dos primeiros três meses de 2011 com uma subida dos úteis de 60%. Fantástico, não é?

E a Shell? Mais 22%. Não muito, mas enfim, melhor do que nada.
E a Chevron? Mais 33%, já é melhor.

Mas claro, a sorte de alguns é a inveja de outros.
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, instituiu um grupo de estudo no Departamento de Justiça, para vigiar e erradicar qualquer fraude que possa condicionar o preço da gasolina.

Com que dinheiro o bom Obama conseguiu inaugurar este grupo é um mistério, provavelmente foi um empréstimo das mesmas companhias petrolíferas.

Mas não interessa: afinal não é a primeira tentativa de prejudicar empresas que brilham de luz própria e, como as tentativas anteriores, também esta acabará mal.

Nós, sempre atentos ao mundo do trabalho, não podemos não torcer para tais intrépidos empreendedores que enriquecem com o suor dos outros e esperar que o futuro seja cada vez mais rico de úteis.
E de gasolina.
Cara, possivelmente.

Ipse dixit.

Fonte: Agoravox

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