Os planos chineses

Ontem encontrei uma notícia interessante num diário português.
E já isso seria um válido motivo para fazer festa.

Mas há mais: de seguida o artigo original.

Reduzir o Ocidente a uma “mera referência geográfica”

A China deve reduzir o Ocidente a uma referência geográfica e cultural e desenvolver as relações com a União Europeia como “um contrapeso” à influência dos Estados Unidos, defendeu hoje um jornal oficial.

Os dias em que as nações ocidentais se juntavam para derrotar a União Soviética acabaram. Não haverá outra União Soviética

 

diz o editorial do Global Times, uma publicação em língua inglesa do grupo Diário do Povo, o órgão oficial do Partido Comunista Chinês.

Segundo o jornal, há “diferenças significativas” entre os países ocidentais e “excepto quando se trata de desafiar a situação dos direitos humanos na China”, esses países “não agem sempre como um único (bloco)”.

Qualquer tentativa de pintar a China como uma ameaça ao mundo não terá impacto nos países ocidentais porque eles não podem permitir-se perder um parceiro comercial e um mercado tão grande só para obter ganhos políticos e estratégicos

afirma o Global Times.

A publicação do editorial coincide com a chegada a Pequim do primeiro-ministro britânico, David Cameron, um dos sete chefes de governo da UE que se encontraram com a liderança chinesa no último mês.

O Ocidente não está unificado. A ambição dos Estados Unidos de atar a China não é realista

diz o jornal.

O editorialista do Global Times sustenta que o governo chinês

deve ampliar a cooperação com a União Europeia para impedir que os Estados Unidos encontrem facilmente aliados contra a China.[…] A China necessita de diluir o conceito de um Ocidente político e esforçar-se para assegurar que o Ocidente se torne apenas um termo geográfico ou cultural

No início de Outubro, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, esteve na Grécia, Itália, Bélgica e Alemanha, e na semana passada o presidente Hu Jintao visitou França e Portugal.

Recebida a mensagem?

Invadiram o Ocidente com produtos de preços irrisórios; facilitaram em todas as formas a deslocação das industrias europeias e americanas para a China; adquiriram quantias exorbitantes de dívidas públicas americanas; já controlam um inteiro porto na Grécia, fundamental porta de entrada para novas mercadorias.

E agora?

Agora podem falar livremente acerca dos planos para o futuro. Quem terá a coragem (e, sobretudo, as condições) para contrasta-los?

take up your arms pick up your courage
a black sun is rising as the gods of europe sleep
come back into your strength awaken
catastrophes atrocities shall summon you my love
glory glory how we wait in europe
what have they done, what are they doing?
the place i love so butchered ravaged scarred and raped
the years have passed us still we’re fighting
‘til once again somewhere green lands shall be in sight

glory glory how we wait in europe
glory glory how we watch in europe
the day humanity is over
let nations east and west tremble at the sight
‘til standard bearers’ eyes are hungry
and reason dead forever – god let it be soon
 

 (Killing Joke, Europe – 1985)

Fonte: Diário de Notícias

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