A amiga Ravena enviou um link bem interessante: o blog é Trinity a Tierra, é espanhol, e o artigo trata da possibilidade de que os bancos americanos possam fechar ao longo dum tempinho.
Vamos ler? Boa ideia, vamos.
Voltam os receios dum fecho temporário dos bancos
Com o mundo que está à beira duma guerra de moedas, com a Federal Reserve que continua o seu programa de flexibilização quantitativa e mata o Dólar, os boatos sobre um “feriado bancário” ou fecho temporário dos bancos, ao longo do qual os cidadãos não pode retirar o dinheiro ou, pelo menos, vão existir fortes limitações, está de volta.
Há rumores de que o bank holiday (literalmente, o “feriado bancário” em Inglês), terá lugar esta semana, com o dia 11 de Novembro qual data mais provável.
Segundo um convidado da rádio de Steve Quayle , um sacerdote recebeu informação dum dos seus superiores de que um grande banco na costa leste [dos EUA, NTD] ficaria fechado por tempo indeterminado e, quando aberto, “poderia retirar-se com cheques um máximo de 500 Dólares por semana, independentemente do saldo da conta.”
Limitar a quantidade de dinheiro que os clientes podem retirar ou bloquear esta capacidade faz lembrar uma circular enviada pelo Citigroup aos clientes no início deste ano , que dizia que o banco “reservava-se o direito de exigir 7 dias aviso para retirar dinheiro das contas.”[…]
O bank holiday tem precedentes nos Estados Unidos. Em 5 de Março de 1933, o recém-eleito F. Roosevelt declarou um “bank holiday” que durou 4 dias, durante o qual foi aplicado o Emergency Bank Act, que garantia a Roosevelt um control quase ditatorial sobre os assuntos bancarios. O Act também obrigou todos os cidadãos e empresas do País a desistir do próprio ouro em troca de dinheiro de papel.
O bank holiday de 1933 serviu como mecanismo para salvar os bancos, muitos dos quais nunca reabriram as portas após o período de fecho.
Que dizer?
Procurei outros pormenores na internet mas não encontrei rigorosamente nada: parece que o único bank holiday foi o na cabeça do sacerdote…
A minha ideia é que não vamos assistir a nenhum fecho, por uma simples razão: é verdade que muitos bancos dos Estados Unidos já fecharam as portas nos últimos dois anos (mais de 200 até agora), mas é verdade também que foram instituições de pequena ou média dimensão. Nenhum grande banco foi envolvido nesta vaga de falências.
O que significa isso? Significa que a cada pequeno ou médio banco que fecha corresponde uma nova garrafa de champanhe aberta num grande banco. O qual pode contar com menos um concorrente.
Além disso a situação financeira (não a económica) não é comparável com a de 1933: Wall Street não evidencia perdas, bem pelo contrário. Verdade, estamos perante uma Bolsa “drogada”: mas os activos são sempre activos e os bancos ganham com isso.
E, para acabar: um fecho dos bancos seria uma terrível demonstração de fraqueza económica de todo o País. Assustaria não pouco os investidores internacionais numa altura em que os Estados Unidos estão à procura de capitais estrangeiros, pois um bank holiday significa “Meus senhores, os cofres estão vazios e não há nada para fazer”.
Mas a Federal Reserve acabou de injectar 900 biliões de Dólares (uma parte deles, para ser mais precisos) no mercado, com o Quantitative Easing 2.
Mesmo assim há uma coisa que não pode passar despercebida: há alguém que fala no assunto, o que teria sido impensável só um dois anos atrás. Na altura este alguém teria sido internado num instituo para doenças psiquiátricas, hoje não é bem assim. E isso significa alguma coisa…
Ipse dixit.
Fonte: Trinity a Tierra,