Tablet e 3D. E ¡Viva España!

A Sony é uma das empresas mais conhecidas no mundo.

Fundada em 1946, conta com 167.900 dependentes e um facturado de 7.214 biliões de Yen (em 2009).
Por isso o chef, Sir Howard Stringer, pode permitir-se uma viagem até Joanesburgo para assistir à final da Taça do Mundo de futebol.
E, enquanto espera para o apito inicial do arbitro, conversa com os jornalistas de Il Sole 24 Ore.

Problemas? Sim, há.
Por exemplo há uma “bolha de pessimismo”.

Curioso: nós estávamos convencidos que houvesse desemprego, alguns milhões de trabalhadores em casa. Mas não, a final é só pessimismo.
E para boa sorte há o 3D…

O mais importante? Tablet e 3D

Os consumidores estão presos numa bolha de pessimismo, mas, mais cedo ou mais tarde vai estourar. Sir Howard Stringer, galês de 68 anos e numero um da Sony (é simultaneamente presidente e CEO da empresa) está em Joanesburgo para a Copa do Mundo, da qual a Sony é a principal patrocinadora, com 315 milhões de Dólares investidos nesta e na próxima edição no Brasil.
Diz Stringer:

Mas, na realidade, vim aqui também para ver a final de StreetFootball, o futebol de rua, que a estamos a ajudar para ajudar também as crianças de todo o mundo a superar a pobreza, o crime e as divisões através do desporto e a amizade. A final foi disputada ontem e venceu o Quénia, contra a Nigéria, mas todos eles foram felizes juntos.

A bolha de pessimismo a que se refere Stringer, uma expressão que foi cunhada pelo New York Times como lembra o CEO da Sony, é agora o maior obstáculo para a recuperação do mercado, juntamente com a taxa de câmbio desfavorável do Yen, sofrida por empresas japonesas baseadas nas exportações, “Se penso como seriam diferentes as coisas para nós com um valor do Yen como há seis anos”, disse Stringer num encontro apertado com a imprensa europeia, que contou com a presença exclusiva do Sole 24 Ore.

Tal como o Walkman da co-fundador Akio Morita trinta anos atrás, hoje o desafio para a Sony é a em tecnologia 3D que para a multinacional japonesa não está limitada aos aparelhos de televisão, mas que envolve toda a empresa: câmaras profissionais e amadoras, conversão de jogos em 3D, filmes e outros produtos.

Na prática, Sony com Stringer Sony tenta tornar o 3D num cavalo vencedor para a superioridade num mercado onde a concorrência das empresas chinesas e coreanas está cada vez mais apertada sobre os custos.

Eu não aposto a minha carreira por isso, também porque com 68 anos não tenho as perspectivas de carreira dum homem de 38. Mas o importante é que todo o top management da Sony está a agir na mesma direcção, aceita e compreende a importância da 3D através de todas as divisões diferentes, para alcançar as sinergias necessárias e obter uma vantagem competitiva que, de facto, já temos com o 3D. Dos 25 milhões de televisores que serão vendidos no ano fiscal de 2010, espero que 10% sejam em 3D. O preço “premium a pagar por esses dispositivos é realmente um pouco mais de 15% em comparação com um bom HD TV, e é claro que há total compatibilidade.

O 3D é o tema principal da Sony para os próximos anos: a empresa tem fornecido tecnologia para a realização das directas de 16 jogos da Copa do Mundo com os próprios aparelhos, é literalmente o corpo docente das grandes emissoras internacionais acerca de como trabalhar com as novas máquinas para a realização de eventos desportivos em 3D. A outra grande área tratada por Stringer e da qual o CEO da Sony é apreciador é a área dos tablets. Apple tem hipotecado com iPad este novo mercado que a Microsoft inventou em 2001, mas nunca conseguiu obter lucros. Sony trabalha em protótipos que serão anunciados em Setembro, durante a IFA, em Berlim, uma das mais importantes feiras de tecnologia do mundo.

Temos uma relação duradoura com Android, o sistema operacional da Google, que usamos nos telefones portáteis Sony Ericsson e na nova Google Tv, em breve. Temos uma importante parceria com eles, certamente, não limitada a isso. Os tablets podem ser uma opção. Em vez disso, os nossos leitores eBook, os reader, que inventámos no Japão e que de princípio não venderam bem, foram superados pelo Kindle, da Amazon, são mais úteis para a leitura de livros do que dos jornais ou de outras actividades mais interactivas. Obviamente, levamos para frente o desenvolvimento, com maior interacção e conectividade

Também há tempo para comentar a noite final entre Espanha e Holanda. Stringer permanece  diplomaticamente suspenso: 

Lamento a eliminação da Inglaterra, mas pelo menos temos na final o árbitro. Gostei muito da Espanha até agora, pela sua capacidade de jogar um futebol total. Mas é muito válida a Holanda também. Vamos ver como termina esta noite, vai ser interessante.

Sim, sobretudo os Espanhóis devem ter achado a noite muito interessante.

Fonte: Il Sole 24 Ore

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