Petróleo atómico

A BP ainda não sabe como travar o petróleo.

No entanto alguns avançam hipóteses acerca das razões do incidente.

Los Angeles Times:

Um professor da Berkeley University, Robert Bea, que está conduzindo uma avaliação informal da explosão da plataforma Deepwater Horizon, disse nesta terça-feira que os documentos BP levam a crer que os contaminantes presentes no cimento foram a causa inicial da explosão que levou ao derramamento de óleo em curso no Golfo do México.

Bea disse que o cimento estava contaminado com a mesma lama de gás hidrato que fez fracassar o plano da BP para conter o petróleo com uma cúpula na semana passada.

Mas se isso pode explicar a explosão, a solução permanece um mistério.
O vídeo que segue é o primeiro que consegue mostrar a lugar donde sai a maré negra.
Estamos no Golfo do México, obviamente, e a câmara da BP enquadra os robôs subaquáticos que tentam em vão conter o vazamento de petróleo abaixo da plataforma Deepwater Horizon.

Como vídeo é um bocado confuso, mas lembramos que as condições não são as melhores. E a BP, nesta altura, tem outras prioridades além de realizar um bom filme…

Entretanto a Rússia também quer dar o seu contributo e sugere a utilização da bomba atómica.

Corriere della Sera:

Segundo o jornal Komsomoloskaya Pravda, na era soviética, problemas similares foram resolvidos por explosões nucleares controladas. “No passado, este método tem sido utilizado pelo menos cinco vezes, a primeira vez para fechar os poços de gás de Bulak Urt, 30 de Setembro de 1966. A carga utilizada foi de 30 quilotons, uma vez e meia a de Hiroshima, mas explodiu a 6 km de profundidade.

A explosão subterrânea empurraria a rocha de forma a fechar a brecha. Das outras tentativas feitas na antiga URSS, continua o artigo, só uma não funcionou, em 1972, enquanto as outras conseguiram, também com ogivas nucleares de 60 quilotons. O método não foi testado em água, insiste o jornal, mas, de acordo com os cálculos de especialistas da Rússia, as probabilidades de fracasso são apenas 20%. Seria o suficiente cavar um poço perto da perda, e detonar a bomba. A Rússia tem uma longa tradição de explosões subterrâneas controladas – conclui o artigo – que poderia ser disponibilizado para os E.U.A.

Bomba atómica. Claro, na boa.

Ainda uma vez perguntamos: quanto custa o barril de petróleo? Qual o verdadeiro custo de um litro de gasolina?

Fonti: Los Angeles Times, Repubblica, Corriere della Sera

2 Replies to “Petróleo atómico”

  1. Pelo que se diz:
    Petróleo convencional (de superfície e até 2 km de profundidade) o preço do barril (159 L) = US$ 5,00. Diz-se que o petróleo dos campos das Arábias é vendido por US$ 1,50.
    Petróleo não-convencional (mais de 2Km de profundidade)= US$ 20,00.
    Quanto lucram nas bolsas de petróleo, se ele está sendo vendido por até 80 dólares?

  2. 20 Dólares ao barril…seria interessante contabilizar todos os prejuízos provocados por esta maré negra. E conhecer os reais lucros médios das companhias que operam na região. Assim seria possível ter uma quadro preciso dos custos (de muitos) e dos ganhos (de poucos).

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