Existe o “Peak”? Existe o ponto de não retorno? Uma altura na qual o petróleo começará por diminuir?
Sim, existe, pois sabemos que as reservas não são infinitas, como já os leitores de Informação Incorrecta tiveram modo de ler.
As companhias petrolíferas afirmam que o peak está ainda longe e, com frequência quase semanal, são anunciadas descobertas de novas explorações.
Mas a realidade pode ser mais inquietante e o ponto poderia estar mais perto do que imaginado.
Counter Currents comenta um documento do EIA (U.S. Energy Information Administration) no qual podemos ler o seguinte:
A disponibilidade da mais importante fonte mundial de energia está para acabar repentinamente. Não num futuro longínquo, mas no prazo de um ano e meio. A produção de todos os combustíveis líquidos, incluído o petróleo, em vinte anos será reduzida até a metade. E a esperança reside em projectos não precisados, que um dos principais geólogos petrolíferos mundiais define como “eufemismos por escassez”, enquanto o maior banqueiro da indústria petrolífera define como “baseados na fé”.
Colin Campbell, geólogo que já trabalhou com muitas empresas ligadas à actividade de exploração, explica:
Os sinais de aviso eram visíveis há muito. Eram claros, mas o mundo preferiu não olhar para ler a mensagem.
As consequências?
Segundo Counter Currents muitas e nenhuma positiva. Zero Time, já não há tempo para:
- planear a troca do nosso carro
- substituir o petróleo como fonte de produção energética
- substituir o papel indispensável do petróleo na indústria
- preservar milhões de quilómetros de estradas que acabarão sem asfalto
- substituir o petróleo nos transportes, na agricultura, na indústria manufactureira
E esta não é uma lista completa.
Mas Zero Time porquê?
Porque, continua Counter Currents, a cada dia os nossos consumos de petróleo sobem e ao utilizar mais petróleo daquele consentido pelo gráfico acabaremos por acelerar o fim.
We have no time to decide.
Comentário: não é a primeira vez que aparecem datas e proclamas alarmistas acerca do peak oil. E isso não ajuda no factor credibilidade que, pelo contrário, é fundamental. Porque cedo ou tarde o peak será alcançado, embora ainda não haja um prazo certo, e temos que pensar desde já no “depois”. Para não ficar com um “E agora?”.
Ipse dixit.
Fonte: Petróleo, Counter Currents, Great Changes