Zero Time

Existe o “Peak”? Existe o ponto de não retorno? Uma altura na qual o petróleo começará por diminuir?

Sim, existe, pois sabemos que as reservas não são infinitas, como já os leitores de Informação Incorrecta tiveram modo de ler.

As companhias petrolíferas afirmam que o peak está ainda longe e, com frequência quase semanal, são anunciadas descobertas de novas explorações.

Mas a realidade pode ser mais inquietante e o ponto poderia estar mais perto do que imaginado.

Counter Currents comenta um documento do EIA (U.S. Energy Information Administration) no qual podemos ler o seguinte:

A disponibilidade da mais importante fonte mundial de energia está para acabar repentinamente. Não num futuro longínquo, mas no prazo de um ano e meio. A produção de todos os combustíveis líquidos, incluído o petróleo, em vinte anos será reduzida até a metade. E a esperança reside em projectos não precisados, que um dos principais geólogos petrolíferos mundiais define como “eufemismos por escassez”, enquanto o maior banqueiro da indústria petrolífera define como “baseados na fé”.

 As curvas dos combustíveis líquidos: a partir de 2012 é só descer (Fonte: EIA)

Colin Campbell, geólogo que já trabalhou com muitas empresas ligadas à actividade de exploração, explica:

Os sinais de aviso eram visíveis há muito. Eram claros, mas o mundo preferiu não olhar para ler a mensagem.

 As previsões de C.Campbell relativas à produção dos hidrocarbonetos (Fonte: Great Change)

As consequências?
Segundo Counter Currents muitas e nenhuma positiva. Zero Time, já não há tempo para:

  • planear a troca do nosso carro
  • substituir o petróleo como fonte de produção energética
  • substituir  o papel indispensável do petróleo na indústria
  • preservar milhões de quilómetros de estradas que acabarão sem asfalto
  • substituir o petróleo nos transportes, na agricultura, na indústria manufactureira 

E esta não é uma lista completa.

Mas Zero Time porquê?

Porque, continua Counter Currents, a cada dia os nossos consumos de petróleo sobem e ao utilizar mais petróleo daquele consentido pelo gráfico acabaremos por acelerar o fim.

We have no time to decide.

Não temos tempo para decidir, conclui o artigo.

Comentário: não é a primeira vez que aparecem datas e proclamas alarmistas acerca do peak oil. E isso não ajuda no factor credibilidade que, pelo contrário, é fundamental. Porque cedo ou tarde o peak será alcançado, embora ainda não haja um prazo certo, e temos que pensar desde já no “depois”. Para não ficar com um “E agora?”.

Ipse dixit.

Fonte: Petróleo, Counter Currents, Great Changes

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