Goldman Sachs: fraude? Onde?

Poucas linhas na página Yahoo Finance e um título que parece inacreditável:  

Maria Bartiromo e o caso Goldman Sachs: onde está a fraude?

Isso mesmo.
A jornalista afirma:

Passei a semana passada ao telefone com advogados, muitos dos quais não encontram fraude. Eles não conseguem encontrar a fraude neste caso.

A expressão “não ético”surgiu varias vezes ao longo das conversas para descrever a atitude da Goldman Sachs, mas há hesitação em falar de fraude.

Não ético. Criar produtos, vende-los aos clientes e depois apostar contra não é fraude, no máximo é “anti-ético”.
Atrair clientes com um produto que já sabemos destinado ao fracasso, por vontade nossa, é anti-ético. Mas não é fraude.
E ganhar dinheiro, muito dinheiro, com este esquema? É sempre anti-ético. Mas nada de fraude.

Este é o mundo da finança hoje em dia, estes são os indivíduos que geram fortunas, desenham destinos dos inteiros Países, influenciam as escolhas das sociedades.
Podem arruinar pessoas com produtos armadilhados, podem dar cabo das poupanças de uma vida inteira para conseguir lucros astronómicos. E um advogado pode considerar tudo isso como normal. Só um pouco anti-ético, mas nada mais do que isso.
Bartiromo acaba ao observar que existem sinais duma ofensiva do SEC, o ente regulador da Bolsa Valores americana, e realça que isso poderia ser o primeiro passo para uma futura mudança das regras.
Será, mas na nossa opinião a mudança terá que ser mesmo muito profunda.
Ipse dixit.

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