Máscara contra Covid-19: vale a pena?

Mãe Natureza pensou assim: um fulano inspira e enriquece o seu sangue com uma boa dose de oxigénio; depois expira e “descarrega” o dióxido de carbono acumulado no mesmo sangue. Este processo tem um nome: “respiração” e é um habito saudável praticado com um certo sucesso por biliões de pessoas em todo o mundo. Mãe Natureza não é estúpida.

Agora as coisas estão a mudar. Anda pelo ar um vírus terrível que ameaça extinguir  a raça humana. Ou se calhar nem por isso mas tanto faz: temos que utilizar máscaras de protecção. Já experimentaram? Não são simpáticas. Nos primeiros minutos até podemos achar graça, mas quando formos obrigados a manter as máscaras ao longo de mais tempo, a graça desaparece. O ar fica “pesado”, a parte do rosto coberta transpira, a vontade é aquela de tirar a raio de máscara para voltar a fazer o que Mãe Natureza achou melhor: engolir ar fresco e cuspir dióxido de carbono.

Que fique claro: ninguém morre por causa duma máscara, não podemos combater um exagero com outro exagero. Mas podemos fazer uma pergunta: quanto é saudável utilizar um meio que interfere com uma função vital básica como a respiração? Esta é uma pergunta lícita.

É a mesma pergunta que fez o Dr. Russell Blaylock, um neurocirurgião e nutricionista que trabalha há 26 anos na Louisiana (EUA). Autor de vários ensaios sobre temas médicos, para entender mais acerca das máscaras reviu a literatura científica sobre o assunto: 17 estudos anteriores, dos quais “nenhum dos estudos estabeleceu uma relação conclusiva entre a utilização de máscaras e a protecção contra a infecção da gripe”. O que não admira: como sabemos, o vírus é demasiado pequeno para ser bloqueado, seriam precisas máscaras com uma capacidade filtrante excessiva, que impediriam até a respiração (ou, em alternativa, máscaras profissionais com custos bem superiores).

O Dr. Russell Blaylock conclui que as máscaras não só não protegem as pessoas saudáveis da doença, como também criam riscos para as pessoas saudáveis que as utilizam. O resultado final é que aqueles que não estão doentes, não devem usar uma máscara.

A máscara causa hipóxia em cerca de um terço dos pacientes. Sabe-se que a máscara N95, se usada durante horas, pode reduzir a oxigenação do sangue em até 20%, o que pode levar à perda de consciência (nos casos extremos, claro); tem havido episódio de acidentes de viação causados pelo desmaio do condutor que usa a máscara.

Também provoca hipercapnia, ou seja, um aumento do dióxido de carbono (CO2) no sangue, que é uma intoxicação. Os dois efeitos, como não é difícil de supor mesmo sem um diploma em medicina, reforçam-se obviamente um ao outro, a ponto de concluir que os idosos ou mesmo os jovens com uma função pulmonar deficiente devem evitar o seu uso para evitar desmaios e quedas.

Um inquérito entre 212 trabalhadores de saúde (47 homens e 165 mulheres) que tiveram de usar a máscara N95 no trabalho revelou que um terço deles tinha dores de cabeça persistentes e tinha de tomar analgésicos. Um estudo mais recente entre 159 profissionais de saúde com idades compreendidas entre 21 e 35 anos revelou que 81% desenvolveram dores de cabeça enquanto usavam uma máscara. E todos eles sentiram que a dor de cabeça afectava o seu desempenho no trabalho.

Outro estudo sobre máscaras cirúrgicas também encontrou reduções significativas no oxigénio no sangue. Neste estudo, os investigadores examinaram os níveis de oxigénio no sangue em 53 cirurgiões utilizando um oxímetro. Mediram a oxigenação do sangue antes da cirurgia e no final da mesma. Os investigadores constataram que a máscara reduzia significativamente os níveis de oxigénio no sangue (pa02 ). Quanto mais tempo se usa a máscara, maior é a queda dos níveis de oxigénio no sangue.

A importância destes resultados reside nisso: uma queda nos níveis de oxigénio (hipóxia) está associada a uma redução da resposta imunitária. Estudos demonstraram que a hipóxia pode inibir os linfócitos T CD4 +, o principal tipo de células imunitárias que combatem as infecções.

Isto porque a hipóxia aumenta a concentração de um composto chamado “factor 1” hipóxico (HIF-1) que inibe os linfócitos T e estimula uma potente célula imunitária inibitória chamada TReg (linfócito T regulatório). Isto lança as bases para qualquer infecção, incluindo naturalmente a Covid-19, e torna as consequências das infecções virais mais graves.

No geral, a máscara obrigatória comporta um risco acrescido de infecção e, neste caso, aumenta a sua gravidade.

As pessoas com cancro, especialmente se o cancro se tiver propagado, correrão mais riscos de hipóxia prolongada, uma vez que o cancro prolifera notoriamente melhor num microambiente de baixa oxigenação. O baixo teor de oxigénio também promove a inflamação, que pode promover o crescimento, a invasão e a propagação do cancro. Foram propostos repetidos episódios de hipóxia como um factor significativo na arteriosclerose, aumentando também todas as doenças cardiovasculares (ataques cardíacos) e cerebrovasculares (AVC).

Pior: dados mais recentes sugerem que, em alguns casos, o vírus pode entrar no cérebro. Na maioria dos casos, entra no cérebro através dos nervos olfactivos, que se ligam directamente à área cerebral que lida com a memória recente e a consolidação da memória. Usando uma máscara, os vírus exalados não conseguem ser expulsos e concentram-se nas passagens e cavidades nasais, entram nos nervos olfactivos e viajam para o cérebro.

É evidente, com base nos estudos examinados, que não existem provas suficientes de que o uso de uma máscara de qualquer tipo possa ter um impacto significativo na prevenção da propagação deste vírus. O facto deste vírus ser uma infecção relativamente benigna para a grande maioria da população e de a maioria do grupo de risco sobreviver também, de um ponto de vista epidemiológico, ao permitir que o vírus se propague através da população mais saudável, permitirá alcançar mais rapidamente um efectivo nível de imunidade do rebanho, o que porá rapidamente termo a esta pandemia e impedirá um regresso no próximo Inverno. Durante este período, devemos proteger a parte da população em risco, evitando o contacto próximo e aumentando a sua imunidade com compostos que melhoram a imunidade celular e, em geral, melhoram o seu estado geral.

O médico acrescenta:

Com o advento da chamada pandemia COVID-19, assistimos a uma série de práticas médicas que têm pouco ou nenhum apoio científico para reduzir a propagação desta infecção. Uma dessas medidas é a utilização de máscaras faciais, uma máscara do tipo cirúrgico, uma máscara bandana ou N95.

É instrutivo saber que até recentemente, o CDC (o Centro de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos) não recomendava o uso de máscara ou qualquer tipo de protecção, a menos que se soubesse que uma pessoa estava infectada. As pessoas que não estão infectadas não devem usar uma máscara. Quando uma pessoa tem tuberculose, obrigamos-a a usar uma máscara, não obrigamos a usa-la toda a comunidade não infectada. As recomendações do CDC e da OMS não se baseiam em estudos sobre este vírus e nunca foram utilizadas para conter qualquer outra pandemia ou surto de vírus na história.

O Dr. Russell Blaylock não é o único a achar as máscaras inúteis. O Surgeon General of the United States (literalmente: “Cirurgião Geral dos EUA”, o chefe executivo do United States Public Health Service Commissioned Corps e o porta-voz para as questões de saúde pública no seio do governo federal norte-americano) Jerome Adams já tinha dito em declarações à Fox News que “os dados não mostram” que o uso de máscaras em público vai ajudar as pessoas durante a pandemia do Coronavírus. Adams prosseguiu dizendo que usar uma máscara facial “pode também dar uma falsa sensação de segurança”.

Já no mês de Março, Adams disse que os americanos preocupados com o surto de Coronavírus não deveriam comprar máscaras faciais para proteger-se, porque as máscaras são ineficazes para quem não tem sintomas. Publicou no Twitter:

A sério, pessoal – PAREM DE COMPRAR MÁSCARAS! Elas NÃO são eficazes para evitar que o público em geral apanhe o #Coronavírus

Adams falou também das máscaras respiratórias N95, aquelas muitas vezes utilizadas pelos profissionais de saúde (como o meu dentista!):

Como profissional médico, não posso simplesmente sair e usar um N95. Tenho de me certificar de que está bem ajustada e tenho que ter o tamanho certo para que funcione bem.

Repetimos: nada de dramatizações. Mas ao mesmo tempo é bom lembrar: além de ser incómoda, a máscara não faz bem. E, cereja no topo do bolo, na grande maioria dos casos nem consegue evitar a Covid-19.

Máscaras eficazes

Pergunta: todas as máscaras são inúteis? Não, existem máscaras capazes de oferecer mais protecção.

As máscaras FFP2, se usadas de forma correcta, protegem contra produtos químicos em pó e por esta razão são utilizadas em vários sectores do trabalho como indústria vidreira, fundição, construção, farmacêutica e agricultura, sendo também úteis no caso de tintas, tintas sem chumbo, superfícies metálicas e para a limpeza de superfícies com fungos e resinas. A percentagem de filtragem mínima é de 94% e podem ser utilizadas para evitar o contágio de agentes patológicos da gripe, inclusive o Coronavirus (mas também gripe aviária, Yersinia pestis e tuberculose).

As máscaras FFP3 são as mais filtráveis: protegem contra partículas muito finas como o amianto ou a sílica (asbestose e silicose), mas não contra gases nocivos como os emitidos pelos veículos urbanos (óxidos de azoto ou monóxido de carbono). A taxa de filtragem mínima é de 99% para as EN 149-FFP3 e 99.95% para as EN 143-P3.

E os preços? Surpresa: as FFP2 não são caras, a partir de um par de Euros. Se o Leitor gosta de sofrer, pode experimenta-la. Diferente o discuros acerca da FFP3: aqui os preços partem dos 16 Euros, mas chega-se tranquilamente aos 50 ou ainda mais Euros. O Leitor gosta de sofrer, quer atirar dinheiro para o lixo e quer evitar de contrair a imunidade natural? Então pode comprar uma, não ficará desiludido.

Curiosos com o assunto? Para boa sorte, o Dr. Blaylock publicou a bibliografia utilizada para escrever seu artigo. Aqui vai ela:

  1. bin-Reza F et al. The use of mask and respirators to prevent transmission of influenza: A systematic review of the scientific evidence. Resp Viruses 2012;6(4):257-67.
  2. Zhu JH et al. Effects of long-duration wearing of N95 respirator and surgical facemask: a pilot study. J Lung Pulm Resp Res 2014:4:97-100.
  3. Ong JJY et al. Headaches associated with personal protective equipment– A cross-sectional study among frontline healthcare workers during COVID-19. Headache 2020;60(5):864-877.
  4. Bader A et al. Preliminary report on surgical mask induced deoxygenation during major surgery. Neurocirugia 2008;19:12-126.
  5. Shehade H et al. Cutting edge: Hypoxia-Inducible Factor-1 negatively regulates Th1 function. J Immunol 2015;195:1372-1376.
  6. Westendorf AM et al. Hypoxia enhances immunosuppression by inhibiting CD4+ effector T cell function and promoting Treg activity. Cell Physiol Biochem 2017;41:1271-84.
  7. Sceneay J et al. Hypoxia-driven immunosuppression contributes to the pre-metastatic niche. Oncoimmunology 2013;2:1 e22355.
  8. Blaylock RL. Immunoexcitatory mechanisms in glioma proliferation, invasion and occasional metastasis. Surg Neurol Inter 2013;4:15.
  9. Aggarwal BB. Nucler factor-kappaB: The enemy within. Cancer Cell 2004;6:203-208.
  10. Savransky V et al. Chronic intermittent hypoxia induces atherosclerosis. Am J Resp Crit Care Med 2007;175:1290-1297.
  11. Baig AM et al. Evidence of the COVID-19 virus targeting the CNS: Tissue distribution, host-virus interaction, and proposed neurotropic mechanisms. ACS Chem Neurosci 2020;11:7:995-998.
  12. Wu Y et al. Nervous system involvement after infection with COVID-19 and other coronaviruses. Brain Behavior, and Immunity, In press.
  13. Perlman S et al. Spread of a neurotropic murine coronavirus into the CNS via the trigeminal and olfactory nerves. Virology 1989;170:556-560.

 

Ipse dixit.

9 Replies to “Máscara contra Covid-19: vale a pena?”

  1. O uso de máscaras é infundado e um perigo tanto para a saúde pública como para a saúde das pessoas.

    Mas tem mais por de trás da imposição do uso de máscaras que é o efeito provocado na sociedade, nomeadamente nas pessoas, sendo uma forma de humilhar os cidadãos e mostrar uma posição de força por parte da presidência e do governo que se sentem ameaçados pelo desprezo que os cidadãos lhes dedicam, como consequência das más políticas e corrupção praticadas no regime.

    No entanto, não deixa de ser curioso o silêncio dos sectores médico e científico em Portugal sobre esta matéria.

      1. Agredir não dá dinheiro ao estado… prender um cidadão custa 50 euros por dia ao estado, portanto multar o cidadão é como o kinder surpresa, satisfaz 3 desejos , dá dinheiro ao estado, intimida o cidadão e serve de exemplo aos outros.

  2. Aumenta o CO2, logo culpam o CO2 outra vez.
    E: já experimentaram usar a máscara com óculos? Ficam todos embaciados.

    1. Notável experimento … e o meu caro anónimo já experimentou libertar gases debaixo de agua? Faz bolhas…muito divertido.

  3. Olá Max e todos: nesta altura da “pandemia” vários médicos e virologistas têm se manifestado sobre os protocolos seguidos a partir do início desta crise sanitária e de estupidez. Mesmo na América Latina, eles vêm a publico lembrar os colegas do que norteava seus atendimentos clínicos antes de determinações por “especialistas” em investimentos financeiros, táticas de bioterrorismo…mas não em medicina.
    Eu não sou médica, mas a lógica diz o que estes alguns médicos reiteram. Quando um paciente apresenta um quadro de dificuldades respiratórias, demandam exercícios respiratórios ao ar livre, justamente para forçar a entrada de oxigênio, através da respiração. Quando, por algum motivo, falta oxigênio, numa atmosfera rarefeita por exemplo, ou por grande dificuldade de funcionamento das vias respiratórias causada por inflamações ou infecções das mesmas, o paciente vai para o tubo de oxigênio, e não para respiração artificial. Basta lembrar disso para evitar qualquer coisa ou ambiente que atrapalhe a respiração normal, máscaras e confinamento.
    As máscaras profissionais são utilizadas profissionalmente, e desde o início desta loucura coletiva induzida, eu tentei explicar que aquele paninho que os brasileiros fazem em casa ou compram de outros que os produzem artesanalmente não impediria a passagem da maior parte de microrganismos, quanto mais vírus, muitíssimo menor. Não preciso dizer que foi uma vã tentativa.
    Pessoalmente considero que os protocolos utilizados pela OMS, e pelos “especialistas” que deveriam convencer o mundo de uma mentira ridícula tenham sido idealizados justamente para provocar doença, e não para evitá-la. O mesmo com relação a evitar remédios baratos e eficientes, na expectativa de uma vacina, cujos resultados podemos antever, bastando conhecer ( e isto está vindo à público ) o histórico de “salvar vidas” da OMS e dos grandes laboratórios farmacêuticos, seus testes, seus produtos, suas vacinas.
    Estamos em maio, e o desastre sociológico e econômico está feito. Rebeldias são contabilizadas no mundo inteiro, mas os resultados são altamente favoráveis. Ficou comprovado o quanto é fácil conduzir a massa humana para os lugares mais sombrios da história. Dado o sucesso obtido, meu temor maior é pelo que virá.

  4. O evento simbólico de falsa bandeira de 11/9/2001, além da função de justificar o combate ao terrorismo (na verdade invasões em regiões estratégicas), também pretextou o decolar da técnica de jornalismo criada nos anos 1990 como uma adaptação a nova era da internet, chamada Verificação de Fatos”. Trata-se de usar os veículos principais da mídia maestro para divulgar uma classificação de credibilidade de fontes informativas, obviamente elaborada pelos próprios veículos. Funcionam como uma espécie de agências de classificação de risco, mas de cunho informativo. Uma ferramenta conspiratória dentro de organizações conspiratórias, sob o manto de evitar notícias falsas. Como se isso, dependesse de algo além da capacidade de discernir e fazer juízo de valor do próprio leitor.

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